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quarta-feira, 29 de outubro de 2008

Homosexualidade ou Homodificuldade?

Quando beijo uma mulher (esses sempre foi meu hábito) muitas vezes o faço de olhos fechados.
Se trocassem uma mulher por um travesti, num passe de mágica e sem que eu tivesse percebido, talvez o beijo não fosse muito diferente, não sei, nunca passei por essa experiência.

Mas fico pensando, a sexualidade se dá independente das preferências de cada indivíduo.
Há casos patentes de homosexualidade, que se manifesta numa clara demonstração que algo deu errado: botaram um corpo errado para a pessoa, sua alma é adversa do corpo que lhe foi dado.
Mas as preferências se formam por outros motivos, e talvez mais importantes que o acima citado.
Mas acho que estatisticamente esse fenômeno é bem menor do que o universo gay atual.

Acho que as preferências homo são motivadas pela dificuldade do hétero que se origina da diferença.
É provável que, na dificuldade de conviver com as diferenças entre os sexos, nos conformemos com a convivência com os pares(cidos) , os iguais. É mais confortável. É mais fácil, menos custoso.

Aí está uma coisa que me preocupa.
Se for por isso, por uma questão de custo-benefício para a construção de uma relação, estaremos jogando com a lei do mínimo esforço. Geneticamente isso é degenerativo, realmente preocupante., pois as espécies que sobrevivem são as que tem no risco a transcendência de sua condição, e com isso vão além, num processo evolutivo.
Não estou falando de reprodução, isso se resolve com inseminação artificial, ou mesmo com um esforço "sobrehumano" de uma gay dar uma transada com um cara para ele lhe "fazer" um filho.
Isso tudo já está nos noticiários dos jornais cotidianamente.

O que me preocupa mesmo é o tipo de personalidade que estamos criando com isso.
Alguém que desiste de se confrontar com as diferenças e aprender com elas na convivência pode estar deixando de lado um processo de aprendizado que é muito interessante, e que faz com que o masculino entenda melhor o feminino e este a aquele.
Claro que é mais fácil para um homem saber como excitar outro homem, faz o que gostaria que lhe fizessem.
Com as mulheres se dá o mesmo.
Mas para o homem aprender como satisfazer uma mulher (coisa que vai muito além do ato sexual) e para ela, entender uma certa obviedade masculina de que sexo é sexo aí sim, a coisa pega.

É difícil.
É uma diferença que vem de antes dos judeus contra os egípcios, vem desde sempre.
É uma diferença que nos ensina muito.

Dizem que uma vez gay, sempre gay.
Não é verdade, conheço casos de revisão de preferências, claro que de pessoas muito mais corajosas que nós, pois conseguiram sair desta posição cômoda para um cotidiano conflitante, mas esse é o custo do aprender.

Minha percepção é de que o no universo gay as relações são muito mais tempestuosas que no hétero.
Não acho que seja comodismo deste último, mas uma insatisfação natural que se dá quando as possibilidades de descobrimento de uma relação se minguam.
É o paradoxo: eu quero o igual mas ele não me satisfaz, pois é uma relação baseada na negação de minha tendência humana de descobrir o novo, o diferente.

Bom isso foi só para armar a fogueira, acho que é um assunto para ser aprofundado.

terça-feira, 28 de outubro de 2008

E Agora FMI?

O primeiro ministro Gordon Brown (que quer dar uma de novo herói do mundo) mostrou a prepotência normal dos primeiro-mundistas quando diz que os países produtores de petróleo e a China podem "ajudar" o FMI dando dinheiro para o primeiro mundo socorrer os especuladores.

Parece piada!

Os ingleses e os EUA usaram os petrodólares, recebendo-os e mal-pagando os países produtores, a ponto de criar uma indisposição que fez do Islã o maior inimigo deles na atualidade.
Claro que os dois adoraram, precisam de inimigos para poder fazer suas guerras.
Mas daí a pedir aos explorados que, agora, doem dinheiro para socorrer os coitados dos especuladores vai uma grande diferença.
Que se danem os especuladores.

Ontem numa entrevista do roda-viva fiquei estarrecido. O Prof. Beluzzo, equiparar o capital especulativo ao produtivo.
O cara é "o cara" da economia. Diz que sabe tudo. E todos acreditam. Eu pasmei!!!

Mas o fato é que ao dizer que tudo é especulação, inclusive o capital investido diretamente na implantação de negócios, mostra que nossos economistas, pelo menos os melhores, tem uma visão absolutamente distorcida do que seja realidade.
Sempre achei que os economistas tiveram uma formação mais de jornalista que de analista econômico.
Para exemplificar, na minha época de estudante na Poli, o Banco Itaú contratava um montão de alunos e formandos para trabalharem lá e, por testemunho de colegas, eram maioria, poucos eram os economistas.
Ah! e as escolas são de economia, não de administração financeira.
O mercado mexe com finanças, a economia fica - se é que fica - em segundo plano.

Botaram tudo no mesmo balaio de gato para mascarar suas incompetências.

O noticiário ontem afirmou que as empresas brasileiras com capital na bolsa de valores perderam 1 trilhão de reais.
Fiquei imaginando grandes unidades industriais de uma dessas empresas desaparecerem, por nada, com tudo dentro inclusive as pessoas, só porque suas ações na bolsa de valores perderam valor.
Ora nada disso acontece.
Quem perdeu mesmo foram os especuladores que acharam que iriam ganhar dinheiro fácil com ações.
Muitas dessas empresas irão recomprar (tão logo possam) suas ações com esse "deságio" e ainda assim talves acabem pagando seu valor original com um lucro razoável que qualquer negócio deve - ou pode - dar.
A BOVESPA rendeu quase 100% no ano passado.
Isso é mentira, não há como crescer o capital nessa proporção.
A mentira está desfeita e contentem-se os investidores com seu papel de investidor e não de especulador.

Pior é a vida dos que realmente especularam em títulos podres, talvez saiam no prejuíso, ou no zero a zero ou talvez com um lucro razoável.

É isso, como falou o Prof. Beluzzo: "todos são especuladores", acho que faltou ele completar com adjetivos tipo gananciosos, razoáveis, canalhas, bobões, e outros que a crise tem apresentado.

Mas voltando ao Gordon (fosse brasileiro pesaria 320kg acho eu) com o FMI esmolando petrodólares finalmente livres da sacanagem anglo-americana dos anos 70-80 e dinheiro dos chineses, que poupam às custas de uma qualidade de vida baixíssima de sua população, mantidas a punhos de aço.

Pára com isso Sr. Gordon, dê um pouco de sua gordura primeiromundista para tentar fazer acreditar um sistema financeiro que está falido mesmo.
Deixe que os países de terceiro mundo (acho uma bobagem esse negócio de emergentes pois se somos emergentes eu diria que o somos do lodo fecal - detesto falar merda - que o primeiro mundo nos colocou) criarem o novo mercado.

Como já escrevi antes, povos severinos, mercados severinos, regras muito mais rígidas moldadas pela agrura que foi a nossa vida, agrura essa promovida pelos imperialistas europeus, e agravada com a entrada dos EUA nele no século passado.

Se há uma esperança ainda, para as nações desenvolvidas, ela passa por uma atitude mais humilde.
A xenofobia européia e norteamericana apresentada contra os imigrantes do terceiro mundo é, na realidade, uma saudável mudança. Os mãos-finas estão entendendo que catar lixo, ou lavar latrinas, ou servir pratos, ou tantos outros serviços subalternos da sociedade são melhores que um desemprego crônico que pode levar até os sistemas de seguridade social à bancarrota.
Recolham seus lixos, lavem suas latrinas, cuidem de sí e deixem que o terceiro mundo comece a usufruir dos benefícios da modernidade.
Usem suas empresas, sem a ganância que está sendo mostrada antropofágica, para ajudar-nos, e lucrem razoavelmente com isso.

Entendam que a diferença (até agora pregada pelo primeiro mundo) é a pior coisa para a humanidade. Os inferiorizados sempre irão se perguntar: "porque eles - os ricos - podem e eu não?", e terão como resposta ações violentas dos mais diversos matizes e tamanhos. Do roubo do tenis, ao 11 de setembro.

E o FMI que se contente com os recursos que sobrarem do "day after" que ainda não veio.

Enquanto o capital que roda nas bolsas não for purgado da sua fração especulativa (desculpe o termo errado do burrão aqui Dr. Beluzzo) as bolsas irão cair.
Ah! pena que sou tão burrão, pois a jogatina das bolsas fazem muitos espertos ganharem muito nestas crises. Pena que seja um dinheiro que parece poder não valer nada.

Xiiii, já falei demais por hoje. Vou dormir que ganho mais.

quinta-feira, 16 de outubro de 2008

Quando Terminará?

Se existiam cerca de US$ 212 trilhões circulando nas bolsas contra US$ 52 trilhões que é o PIB mundial, parece-me numa matemática simples, que os capital especulativo terá que perder 75% do seu valor para se equiparar ao capital produtivo.
Sei que os economistas devem me chamar de idiota, que as regras não são tão simples assim.
Mas acredito mesmo nessa simplicidade.
Se o PIB é o retrato do que se produz, e o capital é o meio utilizado para trocas nesta produção, o excedente não está lastreado na produção.

O que é chamado de especulativo é, na verdade, um dinheiro usado como jogo, onde a credibilidade da banca é fundamental, e esta parece ter acabado.

Há que se escrever outras regras econômicas, com maior controle sobre os agentes financeiros (que acabam por ser os promotores primeiros da especulação), ancorando o capital à produção para que este realmente se apresente como confiável.
Parece que a Europa já entendeu isso.
Querem um novo FMI.
Querem a inclusão dos emergentes nesta nova escrita, pois sabem que deles pode vir uma esperança de crescimento econômico, e que alguns deles podem trazer experiências de regulação bastante úteis para essa nova economia.

Devemos voltar a valorizar os meios de produção acima dos mercados financeiros, pois a economia real se faz com os primeiros.
Parece-me que o tal "capital líquido" descrito pelo Baumann acaba por evaporar-se em poucos instantes da história.

Não será o fim do capitalismo como dizem os economistas, e eu acredito, mas que provavelmente será o fim da economia baseada nas finanças, nas trocas de valores sem valor, da especulação e da jogatina, eu penso que será.

Está na hora do setores produtivos da economia começarem a falar mais alto.
Dentro das organizações como Sadia, Votorantim e outras onde o setor financeiro poderia apresentar resultados "surpreendentes" agora estão amargando perdas que poderão neutralizar todos os surpreendentes ganhos obtidos na especulação.
Está na hora de valorizar a produção, e deixar que as finanças voltem a seu papel de coadjuvante.

quarta-feira, 15 de outubro de 2008

Vida Severina

É o que nos impôs o primeiro mundo até agora, uma vida severina ao terceiro mundo.
Uma vida dura, sendo explorados primeiro pelo poder colonial depois pelo poder econômico, que aproveita de nossos mercados e nos deixa alijados do real desenvolvimento que pode elevar o IDH destes países.
As diferenças se acumulam, e com ela a violência.
A distância entre a vida abastada de uns e a carência de outros, convivendo no mesmo espaço urbano determina a violência. É uma questão de lógica.

Mas vida uma vida dura tem suas vantagens, deixa seus filhos mais resistentes, mais adaptáveis, mais espertos.

É isso o que aconteceu conosco, e espero que com outros povos terceiromundistas.
Nosso sistema bancário foi elogiado pelo Financial Times nesta quarta-feira, que se rasga em elogios às nossas instituições bancárias e ao sistema de controle do sistema financeiro estabelecido no Brasil.

É algo que nos deve deixar gratificados.
Não foi uma obra de um só governo, o Lula sabe, foi um trabalho que começou na década de 90 tentando um processo moralizatório, que envolveu vários governos, mas que apresenta bons resultados na sua gestão.

Ótimo, é bom que assim seja.
Melhor que a imagem erudita, cheirando de pó-de-arroz e pequeno burguesa do FHC, prefiro que o mundo comece a nos respeitar tendo como ícone o Lula.
Não sou ingênuo a ponto de achá-lo melhor ou pior que outros políticos.
Político é político no Brasil, uma casta bem esperta, e muito pouco ética, malandra, que tem olhos para seus próprios bolsos, e não para o bem público.
Se houverem excessões, são poucas e servem para validar a regra.
Mas como ícone, melhor o Lula, como foi Mandela em relação aos antigos governantes da África do Sul, com seus traços ingleses (lembro-me das reportagens de décadas atrás, vindas de lá, onde apresentavam um presidente branquelo e eu me perguntava "África, cadê o negão?"- os branquelos destoavam).
E ícones são importantes, sintetizam todo um conjunto de coisas em si.

Nossos banqueiros-malandros ficam sujeitos (e até vão às vezes) à prisão.
Os dos EUA foram relaxar em um SPA, pois conseguiram que o governo pagasse suas falcatruas sem praticamente nenhuma punição a eles.

É, muito do primeiro mundo tem fortes raízes na desonestidade, na falta de moral.
Acostumados a processos de ocupação colonial e econômica, construiriam seu "jeito de ser" entendendo que só explorando outros povos poderiam manter seu padrão de vida.
Usaram éticas mais que duvidosas como opressão, aniquilamento, escravidão, etc..
Mas estão se consumindo na própria ganância.
Suas fortunas especulativas estão sendo cobertas por Ações de governo cujo próprio lastro devemos duvidar.

Enquanto isso, diz o Financial Times, o Brasil (e espero esses outros terceiromundistas sofridos) poderá ter até um dos melhores crescimentos econômicos em 2009.

Como o mercado do primeiro mundo pode apresentar forte retração (a ferida financeira aberta nesta crise durará a cicatrizar - a desconfiança criada em semanas deve demorar meses, anos a ser revertida), resta-nos unir como estão fazendo os IBAS, e aliarem-se aos demais emergentes e explorados para criar um mercado mais objetivo, baseados em suprir primeiras necessidades, exterminar a fome, a falta de educação e saúde, melhoras as condições de moradia, transportes.

Como o capital do primeiro mundo vai acabar se voltando para os mercados possíveis, é importante que nós pensemos em sistemas regulatórios muito rígidos, pois esse capital virá com muita voracidade explorar-nos.
Nós precisamos dele, mas de forma menos volátil, num investimento de médio e longo prazo, que permita que o desenvolvimento possa ser planejado e seu resultado eficaz.

BNDES x Equador x Odebrecht

Acho que perdi os óculos!

Por acaso o Brasil tem todos os seus problemas resolvidos?
Tem metrô onde precisa, as hidrelétricas que poderão nos fazer falta já já?
Tem educação e saúde com qualidade para todos?

Então, por que cargas d'água o BNDES tem que financiar obras fora do Brasil?
Porque a Odebrecht tem amigos junto ao poder em Brasília?

Se o Banco é para o Desenvolvimento Econômico e Social do nosso sofrido brasuca, tá na hora de termos um controle melhor sobre o que eles fazem ou deixam de fazer.

Se queremos apoiar outros países do cone sul, façamos do Mercosul uma realidade, e criemos o tal Banco unificado para esses fins.

É fácil aos gestores do nosso país fazerem política com o dinheiro da nação, ninguém controla mesmo.
No site do BNDES constam aplicações por empresas, por estado, mas não vi nada como aplicações em outros países.
Na área de Consultas, não existe a possibilidade de procurarmos p.e. Consulta por empresas > Odebrecht para saber o que ela tem de projetos em andamento no banco. Deveria estar disponível.

Ah! a transparência depende dos óculos usados, entendi.

sexta-feira, 10 de outubro de 2008

FMI - fundo da m... internacional

O querido FMI "ativou" um sistema de emergência para os países emergentes poderem pegar dinheiro rápido.
Pára, pára, pára.
Na história dos petrodólares foi a mesma coisa.
Depois ficamos, ainda como sub-desenvolvidos vinte e tantos anos para pagar uma conta de mentirinha.
Chega, espero (acabo de acender 850bilhões de velas) que os "emergentes" não escolham submergir novamente.
É outro golpe, nova versão do golpe de 70 e tantos outros anteriores.
Vamos enterrar o FMI de uma vez por todas, é o crupier mais canalha que o mundo já viu.
é isso

quinta-feira, 9 de outubro de 2008

A mentira debaixo do tapete

Os capitalistas acusavam os países comunistas de centralizarem o poder político e principalmente o poder financeiro.
Lutaram tolamente contra esses regimes que, praticamente sozinhos, se destruíram. Fim previsível para regimes totalitários.
Mas a crise econômica atual mostra a grande mentira deste mundo capitalista, principalmente em suas formas mais atuais chamadas de neoliberalismo ou qualquer outro nome que interesse ao marketing do poder.
Mas a realidade, quando vemos um país como a Inglaterra despejando US$ 800 bilhões no mercado fico me perguntando: de onde vem todo esse dinheiro?
Afinal, trata-se de um volume igual ao aprovado pelo congresso americano, que fez a maior barganha para aprovar os US$700 bilhões elevando-os aos US$850 bilhões para "agradar" os congressistas.
Sem alarde nenhum, a neoliberal inglaterra, que quer o estado mínimo, vem com uma intervenção no mercado igual ao dos EUA.
Não há uma contradição entre o tal "estado mínimo" preconizado por eles, e uma intervenção como essa?
Ah! os bancos de lá dizem que "concordam". Só faltavam não concordar não é, estão livrando a cara deles, pelas malversações que fizeram com o dinheiro alheio.
Roubaram dos investidores.
Agora roubam das reservas financeiras das nações para pagarem esses ladrões.
Essas são verdades jogadas para baixo do tapete, e escondidas por um jogo de cena aloprado como esse que vemos nos noticiários econômicos.

O fato é que a ganância está sendo punida.
Não estou falando que as religiões estão corretas, que o Papa está com razão em suas palavras na crise financeira - afinal o Vaticano tem muito dinheiro aplicado neste universo capitalista.
Não se trata de punição de Deus, é um processo antropofágico, onde os mais gananciosos comem os outros.
E neste mundo canibal, os espertos americanos comeram todos os restantes, este é o fato. Correm todos atrás de tampar os rombos (ou melhor roubos) e tentam esconder toda a maracutaia para baixo do tapete, que os historiadores do futuro talvez levantem e mostrem claramente a sujeira que foi feita nestes últimos 20 ou 30 anos.

Os pessimistas que se acalmem, pois os quando os antropófagos comem seus próprios membros como é o caso do mercado americano, quando se obrigam a mastigar suas coxas para sobreviver, é sinal que estão no fim.
Que morram, no maior número possível, para podermos ver renascer uma economia mais sadia, menos especulativa.

E para o FMI que só agia contra os países de terceiro mundo, e agora não passa de um office-boy sem patrão, porque não ficam quietos?
Suas análises são absolutamente desnecessárias, são feitas usando bases econômicas que estamos vendo ser destruídas a cada dia.
Os paradigmas desta nova economia devem ser outros.
Há um terceiro mundo faminto, de comida e bens de consumo, que pode ser a mola do desenvolvimento econômico que está por vir.
Os economistas que só fazem bla, bla, blá não são os que administram os negócios que acabarão por procurar esses mercados para realizar seus lucros.
Esta é a economia real, da produção, não a dos cassinos chamados bolsas de valores.


quinta-feira, 2 de outubro de 2008

Entenda o problema americano narrado em tupiniquim ...

O Beto, um querido amigo de Sorocaba, me mandou essa que eu transcrevo.
É assim ó:

O seu Biu tem um bar, na Vila Carrapato, e decide que vai vender cachaça "na caderneta" aos seus leais fregueses, todos bêbados, quase todos
desempregados.

Porque decide vender a crédito, ele pode aumentar um pouquinho o preço da dose da branquinha (a diferença é o sobrepreço que os pinguços pagam pelo crédito).

O gerente do banco do seu Biu, um ousado administrador com curso de MBA, decide que as cadernetas das dívidas do bar constituem, afinal, um ativo recebível, e começa a adiantar dinheiro ao estabelecimento tendo o pindura dos pinguços como garantia.

Uns seis Zé-cutivos de bancos, mais adiante, lastreiam os tais recebíveis do banco, e os transformam em CCB, CDC, CCD, UTI, OVNI, SOS ou qualquer outro acrônimo financeiro que ninguém sabe exatamente o que quer dizer.

Esses adicionais instrumentos financeiros, alavancam o mercado de capítais e conduzem a operações estruturadas de derivativos, na BM&F, cujo lastro inicial todo mundo desconhece (as tais cadernetas do seu Biu). Esses derivativos estão sendo negociados como se fossem títulos sérios, com fortes garantias reais, nos mercados de 73 países.

Até que alguém descobre que os bêbados da Vila Carrapato não têm dinheiro para pagar as contas, e o Bar do seu Biu vai à falência. E toda a cadeia sifu.


quarta-feira, 1 de outubro de 2008

O Grande Teatro

Não bastasse o grande espetáculo criado pelo Congresso Americano em aprovar o pacotãozinho (zinho porque pelo valor não irá realmente resolver nada), agora estão os membros do G8 falando que já estão montando uma nova sistemática para aprovação de futuros investimentos, de modo garantir a credibilidade do sistema financeiro mundial, que pretendem recriar com novos paradigmas.
É a tentativa de transformar esse mercado financeiro num Fênix, renascido das cinzas.
Mas existem investidores e investidores.
Os que querem garantir um rendimento para suas poupanças, e aqueles que querem - gananciosamente - lucrar cada vez mais.
Os últimos podem voltar a investir nesse cassino pós-moderno que estão tentando reinventar, mas e os outros que perderam boa parte de suas poupanças?
Continuarão a acreditar nesse jogo ou vão tornar-se mais prudentes, desconfiados. Menos tolos.

Acho que vai ficar bem mais difícil aplicar esse tipo de "pirâmide", que os EUA e o mercado financeiro do primeiro mundo criou , nos poupadores calejados de agora.

Quem sobreviver, verá, ou melhor tentará.