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sábado, 30 de outubro de 2010

Eleições

Amanhã é dia de votar no segundo turno.
Que pena que estejamos em uma campanha eleitoral tão pouco esclarecedora do programa de governo dos candidatos.
Aliás programas que foram colocados de lado pelos dois candidatos à presidência.
Não falam com a clareza necessária a um postulante de cargo público.
Falam o que os marqueteiros querem que falem, pois acredito que assim terão mais voto.
Não estamos em uma democracia ideológica, mas numa mercadológica.
Foram-se os ideais, ficou a estratégia para ganhar.
Como sou meio velho fico pensansando: ganhar para que se não tem utopias a defender.
Fica claro que querem ganhar pelo poder, poder que embriaga, que os distancia da vida real e ficam vivendo como se fossem as pessoas mais importantes do universo.
Querer tanto o poder é não ter o menor senso da própria pequenez, é esquecer que nossos sonhos juvenis preconizavam o despojamento, a alegria em fazer junto trabalhar em equipe com cada um sendo respeitado. Sem grandes caciques.
Mas como o único regime sobrevivente da real proposta socialista foi o de Fidel (por enquanto), parece que todas as propostas socialistas se espelham nele.
Principalmente na pretenção caudilhesca do Kirshener, do Chaves, do Morales, e muitos outros, e claro a do nosso presidente o Lula.
Mas estado que se baseia em uma personalidade é um estado fraco, de gente que pensa pouco ou nada sobre a coisa pública.
Fica a mercê de um totalitarismo que, em última instância, é o que acabamos vendo ocorrer na América Latina.
Esse filme já vimos e sabemos que não acaba bem.
Tentemos votar com a razão, e não com a emoção.