Páginas

Tradutor - Translate

segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

Lula lá, quer dizer cá?

A verdade acaba saindo, devagar mais vai aparecendo.
Lula coloca Dilma e diz que ela manda, mas faz o ministério que quer, por "pura coincidência" entre o gosto dele e o dela.
Fica claro que, ao menos até agora a mulher é fantoche do profissional do palanque.
Ele não quer cargo internacional nenhum, nem o de Secretário da ONU (como se isso fosse possível).
Quer mesmo é se manter no palanque, abafando a visibilidade da presidente leita por ele, de modo a poder se reeleger depois dela.
Se ela não for bem, ele diz que "até pode se candidatar", isso hoje, depois do dia 01/01/2011 ele se lançará candidato rapidinho.
Pode demorar um pouco mais, mas que vai vai.
Será que a nova presidente, mais culta, e talvez com um currículo bem superior ao do Lula, não conseguirá se impor?
A continuar como está, teremos mais 4 anos de desgoverno.
Os aeroportos estão um caos, 3 anos depois do primeiro apagão, e vão nos envergonhar na copa.
As estradas entupidas, interditadas, esburacadas, ou cheias de pedágios estorcivos.
A corrupção não investigada e muito menos punida dá margem a um dos piores momentos da  República, aqui  se rouba e fica impune com a ajuda de um Judiciário não muito menos corrupto.
As alternativas são poucas.
Espero que a Dona Dilma, como a cita o Lula, tenha brios para impor sua opinião e competência mudando os rumos do país.
Mas é uma fraca, muito fraca esperança.
Por enquanto só um sonho besta de brasileiro que teima em ser otimista mas só leva ferro.
Me desculpem os petistas históricos, mas sua paixão acaba estragando o país. Sua falta de auto-crítica afunda-nos cada vez mais, com a conivência com todo esse teatro mambembe que se firmou nos últimos 6 anos.

quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

Não dá para comparar!

Não há como comprar a prática sindical de acordos normalmente expúrios, que ludibriavam os próprios trabalhadores praticada por sindicalistas como o Lula, com a carreira política de FHC.
Não vou à ingenuidade de considerar esse último um santo.
A política tal como se desenrola nas democracias atuais tem pouco de ideologia e muito de marketing, pouco de interesse público e muito de interesse próprio.
Só sobrevive nela quem deixa de lado muito de seu idealismo, escrúpulo, relativisando a ética - o que é descabido, mas é assim.
Meio nojenta mesmo.
Não consegui acreditar muito no governo petista pois convivi, na universidade, com os sofismas que a esquerda (dita festiva à época) se utilizava para atingir seus objetivos.
Não havia bom senso, lógica que sustentasse suas ações.
Pregavam o ideal comunista russo, mas tão logo esse sonho acabou, poucos assumiram os erros (sinal que passaram a pensar novamente) e a grande maioria se calou ou disse que "não sabia".
Ajudaram a ditadura a destrir bons sonhos que tinhamos para o país, davam argumentos baratos para a repressão, esse é o fato que a história documenta.
Eu os vivi.
Éramos manipulados de um lado pela esquerda bolchevique (e maoistas) e de outro pela CIA e pelo interesse norteamericano.
Jogamos fora na década de 70 a possibilidade de desenvolver um socialismo tupiniquim, baseado na nossa cultura, nas cooperativas do campo, de uma certa puresa do movimento sindical, na vontade dos estudantes.
Por isso não podia acreditar no Lula, mas mesmo assim dei-lhe voto de confiança para que se procedesse a quase obrigatória alternância do poder que é um dos pilares fundamentais da democracia.
Os erros dos governos FHC também foram irritantes, privatizar sim, mas com o dinheiro do BNDES fica fácil para multinacionais comprarem.
Não conseguia concordar com a forma, mas a idéia de um estado enxuto essa sim deve ser perseguida. Um estado que aplica-se no desenvolvimento de seus cidadãos e de toda a infraestrutura que isso possa decorrer.
Na educação, a gestão do Paulo Renato colocou todos os brasileiros na escola, mas que escola? uma onde o professor é quase analfabeto funcional?
Bom era um projeto de longo prazo, mas não era um projeto nacional, fixado em leis, que obrigariam os futuros governantes a investir maciçamente em educação e na saúde preventiva que as escolas podem oferecer.
Regredimos com a política do Lula,meio hipócrita, de fomentar o nível superior como se esse não dependesse da boa formação anterior.
Estamos quase no fim da fila na avaliação da nossa educação relativa a outras nações.
Somos o maior estado sulamericano e o pior em educação.
É vergonhoso quase paradoxal.

Já não dá mais para acreditar nos infindáveis discursos do Lula, dizer que hoje aparece mais corrupção porque se investiga mais, não me parece muito lógico. Mesmo que seja um dos fatores, não se pode negar que em seu governo os casos se multiplicam numa velocidade que não conseguimos acompanhar.
Se a investigação fosse levada a cabo (alguém se lembra duma tal Erenisse?) os culpados punidos, a pratica da malversação deveria diminuir, não explodir como agora.
O pobre Francenildo ficou para a história como uma "pobre vítima necessária", já Palocci vira ministro da linha de choque do novo governo. Seu processo acabou?
O fato é que muitos fundadores do PT, com certa formação cultural, correram para atras das cortinas quando as sujeiras tipo mensalão, Celso Daniel, Toninho do PT começaram a aparecer. Alguns abandonaram o barco.
Talvez fossem pessoas bem intencionadas, equivocadas, mas com boas intenções.
Mas não deixaram de apoiar Lula, só que cada vez mais enrolados nos trapos de uma cortina que não conseguia mais encobrir o mal cheiro que exalava das praticas políticas destes últimos mandatos.
Muitos não mais fizeram campanha aberta a favor de Dilma, mas a campanha velada continuou.

Para completar, com a máxima deselegância, o ainda presidente Lula dá ordens à sua sucessora (nem gostaria de ouvir os termos utilizados nas conversas dos dois), manda e desmanda, monta ministérios, desmente propostas de governo.
Enfim, está mostrando a falta de decoro - falta de educação mesmo - que norteia suas ações.

Aí acabo com saudades da transição civilizada que FHC promoveu para o Lula, a ponto deste último agradecer o empenho.
Fosse Lula mais educado perceberia o quando poderia se calar e deixar agora as palavras para a presidente eleita.
Boas ou más serão as palavras dela que governarão.
Mas acho que falta de educação é algo que não se consegue suprir com ternos Armani e uísque de primeira.
Até porque a injestão desmesurada do segundo pode provocar avarias no primeiro.
Talvez o Brasil ainda tenha que aturar muita bobagem do ex-presidente-quase-futuro Lula.
Enquanto isso as forças de oposição precisam se organizar.
Creio que somos maioria, meio perdida neste jogo onde o poder do dinheiro comprou o que poderia ser a chance de uma reviravolta no país, levando-nos para um estágio sócio-cultural mais elevado.
Juntaram-se todos os interesses expúrios em torno de um governo falastrão e corrupto.

Péssima herança para Dilma.
Terá que começar mentindo, fazendo tudo o que falou que não faria. Agindo ao contrário do que pregou na campanha.
Será que transferir essas más falas para os seus prepostos a isentará da mentira?
Em breve o povo começará a julga-la, e espero, nos livremos da verborragia do Lula.
Conto os dias...