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domingo, 13 de março de 2011

Covas, a falta que nos faz.

Nos 4 anos em que foi prefeito de sampa, eu assessor parlamentar, tivemos muitos bons momentos.
Homem honrado, ético, teimoso mas com flexibilidade inteligente.
Não segui carreira política a seu convite, pois não vi no meio a mesma dignidade que ele tinha, e nunca mais entrei em Câmaras Municipais ou Assembléias.
Sinto saudades… dele e de outros como Montoro e Ulisses, que não deixaram sucessores à altura.
Sinto saudades do tempo em que os melhores da sociedade queriam se tornar homens públicos por princípio. Hoje vejo, com raríssimas exceções, os piores a ocupar esse lugar.
Está na hora de fazermos um novo Brasil, já perdemos tempo demais com essa política corruptora que vem se fortalecendo dia a dia. Temos que nos livrar do mito fundador torpe que vem desde os tempos do descobrimento, com um forte impulso dado pelo maldita corte covarde de D.Joãoque nos torna eticamente fracos e da qual nunca nos livramos.
Há que existir um resto de gente descente neste país que possa repensá-lo.
Faltam-nos lideranças reais como Covas.

segunda-feira, 7 de março de 2011

A mentira tem perna curta


Aos apaixonados de ambos os lados da política brasileira: paixão e política são coisas que não se deve misturar.
Não foi o PSDB que instigou os adversários como fez o Lula dizendo de que havia recebido uma herança maldita, e desfazendo sem o menor pudor as conquistas dos governos anteriores, como se não fosse algo favorável.
O PT havia cooptado com o neo-liberalismo (que continuo sendo contra) quando publicou aquela maldita carta em março de 2001, jogando por terra muito de seu ideário, para ter chances de chegar ao poder.
Foram muitos os erros na administração pública brasileira e o maior deles é a ação marqueteira da qual se utilizam os governos para balizar suas ações.
Usam estratagemas da publiciade para ludibriar o povo.
E isso é grave, é a mentira adoçada com propaganda para ser servida como verdade.
Aconteceu em todos os governos e, para nosso azar, se acentua ano a ano, governo a governo, e em todas as esferas da administração pública.
E a propaganda explora exatamente a paixão, a emoção das pessoas, não seu senso crítico, sua racionalidade.
Daí tantos comentários sem o menor sentido para uma matéria que visa esclarecer dados da gestão pública.
A matéria acima, fundamentada em um trabalho de um pesquisador da UFRJ, o que deve ser cobrado é a íntegra do estudo para que possamos analisá-lo à luz da razão.
Para quem conhece matemática financeira, concluir que o crescimento de 2009 e 2010 acumulados ficaram por volta de 3,2% na média dos dois anos não é difícil. É um número que não pode ser negado.
E é pífio, ninguém pode negar.
Se comparado com outros emergentes e mesmo países vizinhos, o que avançamos foi pouco.
Muito mais há de ser feito.
Se ficarmos justificando erros do passado, esquecemos das mazelas que nos caberão no futuro.
Para crescer 7,5% no ano passado, que foi um ano eleitoral e ningúem pode negar isso, o povo se endividou comprando bens duráveis com prazos de pagamento de 5, 6 ou mais anos.
Será que ainda há folego para mais endividamento das classes menos favorecidas, ou veremos nosso país estagnado, pagando altos lucros para os bancos, por terem comprado bens que deram altos lucros às indústrias e ao governo?
Essa é a questão real.
E a presidente Dilma sabe disso e deve estar preocupada, pois quando o cinto aperta não há marqueting ou repressão que impeça a opinião pública saltar de um lado para outro.
O mundo árabe está sentido isso na pele.
E aí pode entrar o Lula como pedra de salvação, mas com a economia comprometida, sem capacidade de investimento em infra estrutura, e perdendo a chance de crescimento ante as políticas mais eficazes da China, da Índia e outros países emergentes, talvez nem ele queira esta batata quente, apesar da sede pelo poder que o PT tem demonstrado nestes seus períodos lá assentados.
A dose de mentira deverá então ser aumentada ao extremo, e todos sabemos, mentira tem perna curta.
Vamos parar de puxar o saco deste ou daquele político e vamos começar a criticar duramente as besteiras que andam fazendo por aí para podermos sair do buraco.
Emergente é um estado transitório que pode levarnos à tona ou voltarmos a afundar.