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domingo, 26 de junho de 2011

Intelectualidade petista.

A dita intelectualidade petista tem sim uma posição coerente, antiquada mas coerente.
Defendem um regime totalitário, baseado em um estado forte, como provam suas ausentes críticas a regimes deste tipo como o Cubano, Chinês, Iraniano e Venezuelano, entre outros.
O Sr. Marco Aurélio Garcia é um dos principais maestros destas, por assim dizer, bobagens se me permitem.
Definido o objetivo, quaisquer meios passam a ser aceitos para lá se chegar.
Adesão ao neoliberalismo de FHC para se eleger, aliança com o capitalismo nacional de forma aberrante (nunca neste país nossos bancos lucraram tanto como no governo petista), a promiscuidade entre governo e empresas, tudo isso faz parte das "concessões necessárias" para se chegar ao objetivo final.
O problema é que o dinheiro vicia, Zé Dirceus, Delúbios e Paloccis se multiplicaram no PT, enriqueceram e acabam por esquecer aquele objetivo final... - qual era mesmo? se perguntam com a maior cara de pau.
A gestão petista virou um salve-se quem puder.
Quem pode mais leva mais, é isso o que assistimos nas várias esferas de governo em que o PT se instalou.
É uma vergonha, e se alguém que se intitula intelectual e aceita esse tipo de coisa, sinto muito, mas não pode ser considerado como tal.
Não existe lógica sem ética. Nasceram juntas, são indissociáveis.
Quando a ética se vai, junto vai a lógica.
Um intelectual não pode prescindir desta última, base de qualquer sistema cognitivo.
Por decorrência, não pode prescindir também da ética.
Não pode aceitar mentiras como as que vemos os petistas ditar e desditar de forma contumaz.
Não, não consigo acreditar numa intelectualidade petista.
Ou uma coisa ou outra.
O pragmatismo Lulista deve te-los expulsados, ao menos os reais intelectuais, aos falsos cabem-lhes as honras da farsa instituida.

segunda-feira, 13 de junho de 2011

Brasil e sua Corte pós-moderna

Deve-se ao covarde D. João VI a fundação efetiva de nosso país.
E desgraçadamente, carregamos até agora todas as mazelas deste mito fundador lastimável.
Nossa independência foi absolutamente dependente dos acordos pai-filho, que entrelaçaram interesses brasileiros e portugueses.
Hoje vivemos na mesma corte fundada por esses personagens da história.
Não chegamos nem à república, haja vista que é o Executivo que determina as altas hierarquias do judiciário, e através da distribuição de cargos e verbas públicas comanda um legislativo que deixa muito a desejar, muito não, tudo a desejar.
E essa corte tem estrutura feudal como as de outrora, sendo estes baseados não mais na terra nas nos nichos econômicos em que a sociedade moderna se estruturou. Feudos hereditários.
Concessões midiáticas, banqueiros exploradores, economia rural totalmente segmentada por produto sem projeto, empreiteiras desonestas, classe política corrupta e permanente, e por aí vai, não é necessário ficar listando nossas sujeiras, são públicas.
Acho que está na hora de uma reforma política de verdade.
Primeiro: precisamos fazer uma escolha clara pela república baseada na independência dos poderes e com isso mudar tudo  o que de promíscuo vemos nas ações que ocorrem entre eles.
Segundo: temos que ter claro qual o papel de cada poder no estado, e de como podem funcionar  melhor cada um deles, exemplifico:
  • O executivo deve somente executar a gestão da coisa pública de acordo com os ditames definidos pelo legislativo, levando-se em conta que até a estrutura do estado que a nação deve ter deve ser decidia por este, e não por um presidente que para abrir espaço para acomodar os fisiológicos multiplica essa estrutura a ponto de termos um Ministério da Pesca (a continuar assim teremos um Ministério do Anzol). Deve ser montado em uma estrutura hierárquica, com cargos preenchidos por concursos tanto para acesso como para promoções, chegando no caso das mais altas escalas a decisões por votos e gestões de curtos ciclos de permanência.
  • Ao legislativo cabe definir o arcabouço legal que estrutura de nosso estado, suas funções, métodos e orçamentos. Deve também definir um projeto de nação que desejamos, contemplando todos os subprojetos que nunca saíram de papeis mal lidos. Como será nossa educação, nossa saúde, a infra-estrutura necessária e sua governança, as atribuições claras de cada esfera de governo eliminando sobreposições ridículas como ter duas forças policiais em nossas grandes cidades, fora a separação não menos ridícula entre civis e militares. Um legislativo não profissionalizado, onde um político só pode exercer um tipo de cargo uma só vez, e com uma estrutura muitíssimo menor que a que hoje dispomos para vereadores, deputados e senadores. Servir à nação deve ser uma proposta mais diletante que um modo de se “arrumar na vida” como hoje se pratica. Esses políticos precisam ser eleitos por modo direto ou indireto, desde que respeitada a vontade dos eleitores que imprimiram os escalões mais baixos da hierarquia. O voto não pode ser obrigatório, todos sabemos disso, inclusive os políticos atuais que o mantém assim por puro interesse pessoal.
  • O judiciário, livre de ingerências dos demais poderes, deveria ter uma hierarquia meritocrática definida em lei, e com metas e estrutura definidas pelo legislativo como parte da estrutura da nação que queremos. Temos instâncias demais a recorrer fazendo da própria justiça uma arma a ridicularizar a si mesma. Quando se pode recorrer a várias instâncias para revisar sentenças dadas nas inferiores, ao se constatar o acerto destas últimas, o réu bem que poderia ter sua pena fortemente agravada, para coibir casos como o de réu confesso que fica 13 anos recorrendo judicialmente de seu julgamento.
Mas não será a classe política atual que fará essas reformas necessárias pois é, salvo poucas e honrosas exceções, desonesta.
Desonesta porque mente para seus eleitores.
Desonesta porque muitas vezes é corrupta e trabalha para seu favor pessoal com um tráfego de influência como se expressa bem a ação do ex-ministro da C.Civil (que não era diferente de tantos outros), e a briga por nomeações nos cargos de confiança do executivo.
Desonesta porque usa dos partidos para fins eleitorais, desprezando-os no decorrer de seus mandatos. Não há ideologia nem proposta objetiva para a nação nestes partidos.
Se não podemos contar com os políticos, fica a questão de onde poderá vir a mudança fundamental que o país precisa promover para fugir desse desgraçado mito fundador que atrasa-nos sempre e sempre?