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domingo, 9 de setembro de 2012

A farsa está no fim, acreditem!

Li uma matéria no WP que computava uma perda no Mercado de Capital mundial de mais de Us$ 14 Trilhões.
E a derrocada econômica ainda nem mostrou sua verdadeira grandeza, dia a dia novos problemas aparecem no sistema.
Os governantes e os economistas (que de ciência não tem nada ficando só no "achismo") aliam-se à imprensa e não mostram o tamanho do buraco em que o capitalismo se meteu.
Fazem jogo de cena mas os fatos é que importam.

A Merkel está apavorada com a saída da Grécia da zona do euro.
A verdade é que essa saída representa um calote brutal à economia da região.
Se a contaminação ocorrer, ninguém imagine que Portugal, Espanha, Itália não acabarão adotando a mesma saída e se livrando das amarras deste sistema.
Ela sabe disso e como representante da grande credora que é a Alemanha teme as consequencias.

O que Hitler não conseguiu fazer com as armas, da segunda metade do século passado para cá a Alemanha e os EUA conseguiram com sua agressividade comercial (e também bélica deste último), ocuparam amplos segmentos de mercado com seus produtos e exportaram suas indústrias para o mundo todo ganhando dinheiro sem derramamento de sangue como o tolo do Hitler fez.
E conseguiram!
Invadiram o mundo com dinheiro e tecnologia e não com exércitos.

Mas o fato é que esse enorme superavit, no caso alemão, foi investido também no projeto de uma europa unificada muito mais esperto que a invasão hitlerista.
Boa parte deste capital foi emprestado para gerar desenvolvimento nos países participantes. Desenvolvendo seus mercados claro, pois é disso que precisam para fazer crescer seus patrimônios.

Emprestaram e queriam receber seus juros.

Acho que já entenderam que não os receberão mais e sua meta agora é tentar conseguir manter o capital investido, já na iminência de uma série de calotes que estão se descortinando.


O capitalismo, que sempre precisou de ações imperialistas para se manter mudou de tática, usou a infeccão de seus gens mais vis via capital e conhecimento de como explorar mercados para fazer esse mesmo capital crescer.
Não é preciso citar exemplos como os conglomerados industriais nas áreas quimicas e farmacêuticas, automobilistica, de base, de comunicações e tantas outras invadiram o mundo. As bélicas sempre em seus territórios.
No Brasil os casos são muitos.

Esse capitalismo de mercado, que visa somente o resultado do capital, além de gerar soluções para os problemas da sociedade, geraram também - e principalmente - novas necessidades, criando um círculo vicioso que primeiramente faz crescer seus lucros, e como efeito colateral nos faz refem de um conforto aos homens das áreas, por assim dizer, civilizadas do mundo e levando à mais absoluta miséria, condenando à morte mesmo, vastas camadas sociais de excluídos.

Com certeza quem tem foco neste capitalismo antropófago preferiria que essas tais camadas fossem eliminadas, Hitler até tentou excluir aquelas que ele julgava desnecessárias.
Que tolo! Seus métodos eram muito condenáveis.
Hoje, de forma muito mais barata e sem nenhum envolvimento aparente, o mundo civilizado faz o que ele não conseguiu via capital, globalização, mercado e subornos. Por vezes, e só para manter os lucros das indústrias bélicas e de petrolíferas, invadem um ou outro país mal comportado.
Mata por atacado com seus métodos modernos e não é acusada por isso, não "suja as mãos" e, na maior hipocrisia do mundo, ainda condena os morticínios e as desigualdades a título de defensores da democracia moderna.

Mas algo está mudando e nós, imersos nos acontecimentos, não temos a verdadeira noção dos fatos.

Vou citar um exemplo.
O Lula primeiro depois a Dilma abriram mão de arrecadação de parte dos impostos favorecendo os mercados automobilísticos e da linha branca. Lembremo-nos que todas as empresas beneficiadas são multinacionais e remetem seus lucros aos países de origem.
Nossa população mais simples, faminta de consumo propalado pela mídia também vendida ao sistema pois refém de seus anúncios, caiu de boca comprando e comprando, além de sua capacidade de endividamento.
A inadimplência é alta.
Por exemplo o Banco Votorantim (voltado principalmente ao financiamento do setor automobilistico) já deu sinais de que pode precisar de uma "ajudinha" como foi dada ao Panamericano.

Carros recolhidos por falta de pagamento seriam até rentáveis pois normalmente o comprador sai perdendo um monte de dinheiro na ocorrência. Mas quem vai querer comprar essa toda essa massa de carros semiusados?
Essa equação não vai fechar, tenho certeza que da missa não conhecemos mais que o amém que nos contam.
 Nos bastidores a coisa está feia.

O Mantega se derrete para justificar o injustificável, parece mesmo o coitado da turma que vai pedir para a vizinha a bola que quebrou sua vidraça.
Não teremos crescimento significativo, o da China despencando como está irá derrubar mais ainda o nosso e o de outros emergentes.
A recessão será muito forte e está só começando.
Em 29 a crise deixou norteamericanos passando fome.
Chegaremos a isso em algum momento nos próximos anos, não obrigatoriamente nos EUA mas em muitos outros países isso deverá ocorrer.

Daí minha fé na transformação.
Não se muda time que está ganhando, mas quando perde algo tem que ser feito.
Estamos caminhando celeremente para o fundo do poço deste sistema.
Paralelamente surgem novas experiências de relações econômicas (como a economia solidária) que irão começar a tomar corpo numa situação de crise.
A consciência de nossa efemeridade e a necessidade de deixar um legado positivo para as próximas gerações estão deslocando o foco de atenção do lucro para a sustentabilidade, da coisa para o homem.

Os governos começarão a ser desautorizados por absoluta falta de capacidade de sustentá-los, a saudável anarquia irá tomar conta do ambiente socio-político-econômico.
Digo saudável pois processos anarquicos requerem forte participação cidadã para poderem ir adiante, e com esta surge uma nova democracia muito mais participativa e menos sujeita ao malcaratismo dos políticos atuais, respeitadas as raras excessões.

A mentira dos governantes virá à tona quando nada mais restar de paliativos.
A cara da Merkel e do Sarcozi nas aparições dos últimos anos deixavam claro suas incapacidades. Os fatos comprovaram aquelas caras de bunda que faziam, me desculpem o termo. A do Holande atualmente não é muito melhor.
Os dirigentes, quando assumem o poder, descobrem que terão que entrar no jogo da mentira instituída, a título de não alarmar as populações.
Mas os fatos, esses não negam, estão aí só não ve quem não quer, ou não consegue não sei o que é pior.
Quando a mentira vem a tona a população reage como vemos nos países que estão tentando "apertar os cintos " para se enquadrar no sistema. Querem tirar o pirulito que a criança acostumou a chupar!

Não imaginemos que as transformações serão muito pacíficas, pois os governantes e agentes públicos que usurpam-nos a verdade sofrem da doentia inebriência do poder, são viciados nele.
Teremos muitos palcos como os da Siria ocorendo em países que nunca iriamos imaginar que pudessem ocorrer para poder transcender esse sistema político-econômico destrutivo.

Por último, resta nos concientizarmos sobre o que esse tal conforto moderno tem nos trazido de bom, digo para quem os acessa.
Somos mais felizes porque temos um carro mais confortável para ficarmos nos congestionamentos?
Somos mais felizes porque podemos contatar qualquer pessoa em qualquer lugar do mundo para falar uma bobagem qualquer?
Somos mais felizes com mesas fartas de porcarias que nos fazem engordar e adoecer?
Somos mais felizes quando nos trancamos nos nossos mundos cibernéticos e carros insulfilmados e nem dizemos um bom dia aos nossos vizinhos?

Tenho certeza, quem pensa está questionando tudo isso, quem não pensa... bom esses continuam votando no lixo que nos oferecem, se "instruíndo" pelas mídias que nos apresentam e comprando as inutilidades que tanto nos fazem falta.
Quer dizer, a humanidade está se dividindo entre o homo-sapiens e o homo-idiotis (como dizia o saudoso Muçum).