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quarta-feira, 11 de junho de 2014

Vai ter Copa, podia não ter é eleição.

Penso que ser presidente, governador ou prefeito requer uma preparação especial.
Não é um cargo somente político, é prioritariamente administrativo, não é para qualquer poste.
Deveríamos ter pré-requisitos para um cara se propor a um cargo destes.
Quando a experiência administrativa é cobrada para superar entraves nas suas gestões é que a coisa pega.

Estamos vendo essas deficiências nas três esferas de governo e isso cria problemas sérios.
A política não pode se antepor à boa administração, e quando o faz causa os descalabros que estamos vendo Brasil afora.

As alternativas ao combate da seca paulistana existem, e precisam ser encaradas de frente.
A interligação das represas já deveria ter sido feita a muito tempo, não deixar a proposta surgir numa situação de crise que gerou reações dos cariocas, mas que deve ser discutida com seriedade e certa parcimônia.
Não aplicar um racionamento foi outro erro, não há como a população entender a crise do abastecimento sem notar que seu dia a dia tem que mudar.
Multas por excesso de consumo ou bônus por queda deste não resolvem em centros de alto consumo como edifícios que não tem medidor individual (que são todos menos alguns).

Erra o governo federal não aumentando a conta de energia elétrica, só doendo no bolso o povo vai repensar seus hábitos de consumo.
O mesmo com relação ao preço de combustíveis que já destruiu mais de 40 usinas sucroalcooleiras, uma pena.

A prefeitura criou um monte de corredores usando somente tinta, sem fazer um estudo adequado de origem-destino, carga nas linhas e outros levantamentos técnicos que subsidiam um projeto de corredor.
Deu no que deu, o tempo médio de viagem diminuiu uma ninharia, pois os engarrafamentos provocados pelos automóveis, que se engarrafaram, acaba produzindo lentidão nos ônibus onde eles acabam tendo que cruzar as áreas liberadas para todos.
Não resolveu e ainda irritou muitos na cidade.
Prometer ao MTST áreas discutíveis como uma em área que precisa de estímulos à preservação e outra em terreno particular não parece ser de bom senso.
E os coitados do MTST, de curta visão, não veem que o que estão pedindo é mais do mesmo, morar nos extremos da cidade, na periferia da sociedade, tendo que sofrer horas e horas no transporte público.
Um plano diretor tem que ser mais bem pensado e acredito que muitas áreas degradadas, mais centrais, deveriam ter estímulo a alto adensamento para populações de baixa renda, isso alivia o sistema de transportes e fornece qualidade de vida muito superior aos moradores.
Coisa que técnicos sabem e políticos não desejam pois teriam que enfrentar interesses econômicos que sempre foram privilegiados nestas terras tupiniquins.




São alguns casos de impropriedade administrativa, onde a política menor, populista, eleitoreira, se sobrepões aos interesses públicos e dia a dia agravam mais os problemas ao invés de resolve-los.

Gostei quando o Alckmin resolveu demitir os metroviários que se exacerbaram, administrar requer também um certo pulso firme. Espero que não volte atrás. E o Lula bem que poderia aproveitar a oportunidade para fazer algo novo: calar a boca.
A ação contra os vândalos feito pela PM que se preparou melhor foi outra boa atitude.
Mas são tão poucas.
Manifestações feitas por poucas dezenas de pessoas que interrompem uma rodovia ou artéria da cidade, devem não só ser reprimidas. Pegue os caras e ponham no xilindró por uma semana que da próxima vez vão pensar duas vezes.
Manifestações são legítimas, mas em países organizados têm que ser comunicadas e combinadas para ver o impacto para o resto da população. Francamente acho mesmo é que essas manifestações extemporâneas feitas por pequenos grupos acabam por criar reações contrárias da população pela causa que as motivaram.

Mas que bla, bla, blá mais besta esse meu né?
Só que não, o que estou dizendo é que a administração pública, voltada a interesses políticos está destruindo o país, esse é o fato.
Para ter esse Estado que temos, preferia não ter nenhum.
Nossa estrutura político - administrativa é absolutamente arcaica, ela parece ser moderna mas no fundo é cheia dos vícios da velha corte.
Pagamos fortunas a aposentados públicos, onde até segunda geração pode se locupletar dos ganhos do já defunto funcionário.
Temos, no Estado, um empregador muito generoso e pouco exigente.
Não se exige desempenho ou competência para o ingresso no funcionalismo público.
A única barreira é um concurso que vencido permite que o todo o esforço do funcionário termine ali.

Não adianta eleger qualquer um que se candidate sem pensar no seu preparo técnico e político para administrar um executivo qualquer.
Ou isso ou diminuir significativamente a influência política na gestão pública.
Mas isso só passando o país a limpo, mas com as mãos sujas que estão em cena é um paradoxo.

Ah! não escrevi sobre a Copa.
Vou torcer para a seleção brasileira apesar de ver pouco do futebol, pois me desencantei há muito quando o esporte virou um comércio e perdemos a arte e a graça.