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sexta-feira, 28 de novembro de 2014

Hipocrisia...

Lendo as notícias de hoje, vejo que a maioria dos colunistas falam sobre a incoerência entre os discursos eleitoreiros da presidente eleita e sua prática que começa a se apresentar.
Colocar, no mínimo, 4 reaças (denominação de uma esquerda zarolha) em cargos importantes é demais!
A gritaria petista está alta.
Mas se olharmos o ministério tal como está hoje, há muita direita infiltrada pelas necessidades de acochambramentos políticos de nosso sistema político fisiológico e corruptor por si só.
O Trabuco não aceitou e mandou um competente garoto no lugar para testar a verdade da mentira de Dilma. Desenho para explicar: se a presidente delegar a economia aos 3 novos ministros anunciados ontem, estará declarando que mentiu na campanha, e fica difícil dizer o que pensa ela sobre a mentira posta, ou se é mais uma mentira futura. Puts, difícil de entender. Mas é como na matemática menos com menos da mais, mentira da mentira dá verdade, acho que agora ficou claro.
Mas na verdade isso tudo que rola pouco me interessa, acho mesmo difícil que a Dilmona tenha deixado sua índole autoritária de lado pelo bel prazer de se contradizer.
Deve ter tido muita pressão do próprio Lula, que mentiu mais que ela para elegê-la e que tem armas poderosas para ameaça-la, haja visto o processo do Lava-Jato. Eles precisam se safar junto das falcatruas, pois ao se chocarem poderiam cair os dois.

Agora todos ficamos no aguardo para saber se será só mentira ou mentira da mentira.
Se o Ministro Levy tomar pulso mesmo, fará o que quer o mercado e talvez continuemos na corda bamba desse nível do grau de risco, senão a porca vai pro brejo.
O mercado continuará tenso até que medidas concretas sejam anunciadas, até lá estamos assistindo uma novela mexicana na administração pública.
O fato é que a prepotência da presidente não denota que seja pessoa a se curvar, grita pois lhe falta argumentação e mesmo cognição para embates mais arrazoados e produtivos.
Quem viver verá, assistam os próximos capítulos pois a algazarra política vem aí, com a Lava-Jato direcionado nas partes baixas de muitos políticos.


terça-feira, 25 de novembro de 2014

Buddy & Chorão (rip)

  

Este post foi feito para que meus animais de estimação tivessem voz na internet. Buddy o cão, tem certa dificuldade para digitar, sua pata pega umas oito teclas e sai tudo errado. Como ele fica meio irritado, ele dita e eu escrevo. Já o Chorão, o gato, é um nobre (devia ter nascido na Renascença), e com suas pequenas e delicadas patas consegue digitar seus comentários. Acreditem se quiser, eu não decido nada por aqui :o(

  

Eu sou Chorão, o gato.

 
Todos dizem que sou meio gordo... eu não acho, afinal eu tenho sangue azul, sou nobre - por parte do trisavô, mas sou, e os nobres tem que ser meio gordinhos né? 
Nobres tem vida mansa, comem bem, dormem bem, fica meio gordinho mesmo.
Se tivesse carnaval de gatos eu seria o Rei Momo, com certeza.
Nem caçar para comer agente precisa mais, nós que vivemossssss (opa desculpe a tecla travou) com esses humanos ficamos na maior mordomia. Só temos mesmo que comer, dormir, fazer nossas necessidades e de vez em quando chamar a atenção dos donos.
Essa hora é legal, mas como sou gato e nobre tento não dar muito na vista que gosto de carinho. Faço cara que não é comigo, mas como não sou tolo, logo logo me achego aos meus donos.
Além de ser nobre, sou mais velho que o chato do Buddy. Tenho mais de 10 anos e não vou durar tanto tempo quanto ele, acho que vou apagar antes. 
Mais um motivo para minhas gordurinhas.
Ah, e o último forte motivo é que agora além da minha comida, que plebeu do Ricardo não deixa o Buddy comer (acho que por isso o Buddy chama ele de Crápula), eu tenho a dele, daí não resisto e mando ver na dele também.
Bom já escrevi demais, estou com minhas patas cansadas.
Nem era para eu escrever nada, é que o Crápula, ops desculpe o Ricardo, falou que eu tinha que fazer uma apresentação minha neste lugar.
Não gosto muito de escrever para a plebe, pode ser que não entendam minhas palavras, mas fazer o que, dá do Cra... Ricardo cortar a minha dieta, me deixar a pão e água... melhor escrever um pouquinho.
Mas agora cansei, vou deitar em meu puff, que está adequadamente arrumado com meu manto real pela Santa Bia (eu e o Buddy concordamos que ela é uma santa) e tirarei uma breve soneca de umas 3 ou 4 horas, é meio do dia, fica meio quente para ir ao sol. 
Já fui, coloquei meu barrigão branco pra cima para me esquentar.
Bom se der, se eu quiser, se vocês entenderem o que escrevo, outro dia teclo um pouco mais aqui.

Olá pessoal, eu sou o Buddy.


Levo uma vida de cachorro, bom de papagaio num dava pra ser né?
Essa corrente que vocês  veem me aprisionando foi devido a uma besteira que eu fiz, fiquei com raiva do teclado do computador e dei uma mijada nele.
Daí, não sei porque, o Crápula (esse é o nome do meu dono) me colocou na corrente.
Ainda bem que tem a Bia (Santa Bia) e me deu o paninho para eu deitar.
Bom agora o Crápula digita o que eu mandar (quase tudo acho que quando falo palavrão ele não escreve), mas depois eu reclamo para ele quando agente ve junto o resultado. Mas não adianta ele não quer palavrão aqui. Não sei se vai dar para falar tudo como se deve.
Vamos tentar.
Moro numa casa que tem um gramadão, um lugar com cerca que tem umas coisas plantadas que o Crápula e até a Santa Bia não me deixam entrar.
Nem eu nem o Chorão.
Mas no gramado eu posso correr e me divertir.
Tem uns passarinhos que ficam andando pela grama, já desisti de pegar um, eles são rápidos e se mandam antes de eu chegar perto.
A casa tem uma varanda onde eu posso ficar, mas dentro ai o Crápula não deixa eu ficar, vive me mandando para fora, eu tento, quando tem uma frestinha na porta eu abro com o fochinho, a cabeça e pronto, entro e sento.
Daí o Crápula me vê e diz: o que faz essa bundinha aqui dentro de casa, e me manda para fora. Eu saio, fazer o que, perder a mamata é que não vou, quando der eu entro de novo.
Eu tenho um ano e meio. Quer dizer, sou um cão criançinha ainda. Às vezes pareço ser mais velho, outras mais novo.
Eu adoro crianças, mas o Crápula é um velho chato que só tem um filho e ainda por cima mora longe, ele nunca veio aqui. Se valer o ditado Filho de Crápula Crapulinha é, melhor que não venha mesmo. Mas pode ser que o Crápula tenha sido tão chato com o filho como é comigo, que o filho seja legal, sei lá.
A Santa Bia tem tres filhos. Um mora em outro país com a mulher (esses dois eu já conheci).
Outro mora nesta cidade, mas é longe. Ele que me trouxe da gaiola que eu vivia, ia ficar comigo, mas era um lugar meio pequeno, quando ele viu que eu ia crescer, resolveu me trazer para cá, sorte minha.
Um cachorro meio grandinho como eu deve morar em uma casa, num lugar sem quintal que eles chamam de apartamento não dá.
Me coço toda hora, e daí sai um monte de pelo,num apartamento iam querer me embrulhar.
O outro filho é uma filha, que mora longe também, na cidade onde mora o filho do Crápula, mas ela é legal, também já veio aqui me ver. Acho que ela também é meio que santa, quiném a mãe. Mas mora longe e quase nunca vem aqui.
Bom, pra variar o Crápula falou que já chega, que outro dia eu falo mais, como é ele que digita nem adianta reclamar.
Até mais.

Postado em 08/11/2010 em outro blog que desativei.

domingo, 23 de novembro de 2014

Santo Agostinho Tinha Razão...Em 400DC

Outro dia li matéria sobre a corrupção que citava um princípio preconizado por Santo Agostinho de que "é da natureza humana ser corrupto".
Não sei se é verdade a afirmação dada ao autor, mas acho que seria uma verdade, não fosse o transcorrer de 1.700 anos de história que nos separam daquele filósofo e teólogo que embasa o cristianismo ainda hoje.

Se nesse longo período não conseguimos melhorar nossos princípios éticos convertendo-os em uma moral mais civilizada, deveríamos usar os tablets como tacapes para convencer os outro não é?
Se queremos o direito de usufruir de todo o avanço tecnológico que temos, do aumento de nossa vida útil que com toda certeza deve ter sido duplicada desde aquele tempo, devemos também, por obrigação evolutiva sermos mais avançados em ética, termos uma moral mais adequada para a convivência de uma população que nesse período cresceu geometricamente.
Alegar hoje, que uma pessoa possa ter a posição de "levar vantagem em tudo" como doutrinava Gerson (e diga-se de passagem que não a considerava fora do campo) não é mais tolerável.
Aceitar a corrupção como uma tendência natural do ser humano, e consequentemente incombatível é uma falácia que só interessa aos agentes de tais práticas.

A corrupção, penso eu, é um crime hediondo.
Quando se rouba de outro, seja uma pessoa privada seja pública, está cerceando-lhe uma melhor aplicação que poderia ser dada àquele dinheiro furtado.
Muitas vezes, se está roubando o dinheiro que melhor alimentaria a vítima lesada, ou lhe permitiria uma educação melhor, ou um atendimento médico mais tolerável do que o que vemos hoje.

Hediondo, pois se não mata de fome, mata as esperanças das pessoas.
Mata a fé nas próprias pessoas, o que não deveria acontecer.
Mata a esperança de dias melhores para uma nação.
 Acredito que a maioria da população tende a ser honesta, se desliza vez ou outra é porque se baliza no maus exemplos dos que infelizmente ocupam posições de poder ou prestígio na sociedade.
Um senador ou um juiz que é pego na blitz da lei-seca e se recusa a ser punido, está sendo imoral.
Quando a gente tenta "dar um jeitinho" com o guarda para nos poupar de uma multa, estamos sendo imorais.
Quando se aparelha órgãos de estado com um bando de sangue-sugas que não fazem o trabalho para o qual foram contratados estamos sendo imorais.
Quando um funcionário público nos atende mal, está sendo imoral.
Esses casos são tão graves como  a corrupção que sabemos que sabemos ser endêmica e epidêmica no nosso Brasil de agora.

Se hoje a Polícia Federal e o Ministério Público, brilhantemente organizadas com a ajuda do Dr.Márcio Tomás Bastos que nos deixou essa semana, podem prender presidentes de empreiteiras, corruptores contumazes, haverá o dia em que toda e qualquer forma de beneficiamento, de levar vantagem, de se descompromissar com os deveres de funcionários públicos também serão passíveis de punição.
Quando um rito sumário puder punir um mau caráter que nos atende mal seja gari ou presidente, a ponto de poder demiti-lo de suas funções públicas, teremos um outro país.
Quando a estrutura do estado estiver imune às influências político-partidárias, trabalhando em projetos de longo prazo, com fundamentação técnica, teremos menos imoralidade.
Quando o "doa a quem doer" deixar de ser um simples chavão publicitário e o enriquecimento ilícito e patente de tantos e tantos políticos for colocado às claras, seremos um país melhor.

Vejo nesses organismos um bando de jovens que me dão esperança de que no dia que nós, os mal educados, passarmos definitivamente os bastões a eles construam uma sociedade mais justa, coisa que nós não conseguimos até agora nestes mais de 500 anos.

sábado, 15 de novembro de 2014

O Petróleo é nosso, mas o "lucro" é deles?

Quando em 1970 entrei na faculdade, havia um certo orgulho na Poli por seu apoio na fundação da Petrobras.
Muitos ex alunos participaram dos movimentos em prol desse objetivo.
Antônio Carlos Zarattini, na escola,  e famoso na dramaturgia como Carlos Zara, foi um deles.
Cito-o agora, entre tantos outros que poderiam ser citados, pois foi defensor do "petróleo é nosso", e se foi pro andar de cima ainda quando a Petrobras era um orgulho para os brasileiros.
Não precisou passar pela vergonha que agora os brasileiros passam pelos desmandos que brotam da companhia que tanto nos orgulhou como nação.
A ideia original, de que deveríamos explorar o petróleo como bem nacional, e distribuir seus frutos para todos os brasileiros, na verdade nunca se realizou.
A empresa foi dominada pela economia de mercado, e nunca tivemos aqui uma gasolina a preços razoáveis.
No mínimo ela subsidiava o diesel e sempre pagou muitos impostos para sustentar governos ineptos em administrar e especialistas em surrupiar (até oficialmente) nosso parco dinheirinho.

Com a iniciativa do Pró Álcool, a Petrobras deu um pontapé inicial num programa de energia sustentável, algo que se bem me recordo, era inédito no mundo.
Nas décadas de 70 e 80 do século passado era comum o cheiro de álcool nas ruas. Dava até pra ficar "meio bebo" tamanho o desperdício dos motores carburados adaptados meio precariamente.

Mas avançamos meio que a trancos e barrancos.
Nosso petróleo até então foi do tipo pesado, que origina poucos produtos voláteis e muito asfalto.
Enquanto a Petrobras crescia como podia, íamos conseguindo chegar à meta da autossuficiência nos combustíveis, no que se refere à exploração dos fósseis e produção dos renováveis.
Lula até tentou fazer do nosso álcool um programa exitoso, a tecnologia havia se desenvolvido muito e os carros, modernizados, passaram a usar indiscriminadamente os dois produtos na mistura que o cliente desejasse.
O clamor pela sustentabilidade inflamou até os norte americanos que passaram a produzir álcool de milho em larga escala.

Os erros

O estado e o capital sempre tiveram essa convivência promíscua no Brasil.
Mesmo mundo afora, se assiste essa desgraça que é a corrupção.
Países mais avançados tentam combate-la, os mais atrasados são governados por corruptos sem escrúpulos e muito menos vergonha na cara.
Vemos um processo de moralização tentando crescer nos países europeus que acabou forçando a Alston e a Siemens (só para exemplificar) se auto declararem corruptoras e se disporem a pagar por isso.
Pagam multas mas os agentes corruptores ficam em liberdade.
O mau caráter na verdade não está sendo combatido, só forçamos as pessoas a agir dentro de uma moral que na verdade não a tem como valor pessoal.
É um vale tudo pelo lucro.
Se a mãe em pedaços der mais lucro vendem-na depois de passá-la nas mãos do Jack.
Sabemos que o PT não inventou a corrupção.
Mas entrou no poder porque seu discurso sempre foi pela moralidade.
Mas sua moralidade não passava de mais uma falácia, eram contra o roubo que fosse para bolsos que não os seus.
Para os seus, aí a moral é outra, afinal precisamos financiar nossas ações partidárias para nos manter no poder.
Roubo petista é revolucionário!
Pô, não há adjetivação para roubo, roubo é roubo.

Implantou-se uma ideia simples de aparelhar todos as instituições com membros confiáveis ao partido e seus aliados, para canalizar o resultado da corrupção para seus bolsos, tanto partidários como pessoais.
Afinal isso já havia sido feito em Santo André e em Campinas. Pena que tiveram que matar alguns um pouco mais patriotas para não inviabilizar a conquista do poder.

E assim foi construída a história que assistimos.
Não há novidade nenhuma.
Para os grandes fornecedores do estado brasileiro só interessa saber a quem irão pagar a propina, estão acostumados, escolados mesmo.
Não lhes interessa nada além do lucro.
E o que é melhor, se o descontrole é grande, a propina alta, o preço pode também ser alto.
Em Abreu e Lima até o verdureiro enfiava a mandioca de maneira aviltante nos contratos de fornecimento.
Se gritar "pega-ladrão" por lá todos levantam a mão, do porteiro ao diretor.
Pode não ser realmente assim, mas para nós aqui de fora, é essa a sensação que passa.

Pré Sal

A "descoberta" do pré sal não pode ser considerada realmente uma descoberta.
Já haviam pesquisas que mostravam esse potencial.
O problema era extrair petróleo naquela profundeza.
Empresas como a Cooper Cameron, a quem prestei alguns serviços há décadas, dizia que um dia conseguiriam chegar à essas profundidades com suas "árvores de natal" equipamento que produzem para extrair o petróleo.
Mas conseguimos certa auto suficiência na extração, mesmo antes do pré sal.
Não houve um bom planejamento dentro da Petrobras para se preparar para destilar o que extraímos.
A inépcia da gestão voltada a atender a demanda dos ladrões, que coloca em postos importantes da empresa pessoas não gabaritadas para as funções que não sejam as de roubar faz com que coisas absurdas sejam feitas.
Um exemplo dos descalabros é contratar uma Abreu e Lima sem projeto definitivo.
É como contratar a construção da sua casa sem saber o quanto vai custar, nem milionário faz isso.
A pressa é inimiga da perfeição e amiga da corrupção.

Um contrato que se multiplica por 10 ou 15 não é sério.
Será que escreveram um "mais ou menos 2 Bilhões" de "Reais ou Dlares não sabemos ainda" no contrato.

Realidade

Não conseguimos ainda sobreviver sem a compra de gasolina e diesel importados, mesmo que agora tenhamos uma aparente auto suficiência na extração.
Não conseguimos destilar o que exploramos pois a Petrobras não tem capacidade de refino ainda.
Aliada forte para a derrubada da Petrobras é a teimosia em usar controle de preços para tentar conter a inflação.
Tese burra, pois ou vivemos em um sistema de livre mercado, ou iremos ser derrubados pela economia mundial, que é o que acontece com a Venezuela e a Argentina de forma mais acentuada e com alguns outros hermanos auto proclamados Bolivarianos.
Pobre Simon, deve contorcer-se no túmulo.
Como resultado, a especialista em economia que governa o país, conseguiu quase que acabar com o programa do Álcool.
Mais da metade das indústrias sucroalcooleiras faliram, foram para o beleléu, pois a política de preços comprimidos da gasolina as inviabilizaram.
Uma pena.
Nos tempos atuais chegamos a importar álcool norte americano, produzido com milho, que é muito menos eficaz em termos de produção sustentável que o de cana, mas fazer o que?
O pré sal que seria a chance de finalmente, algo ser retornado para a nação, dentro dos objetivos iniciais da Petrobras, corre sério risco de não passar no teste de viabilidade.
Dois fatores farão muita diferença:
1. A sustentabilidade do planeta está urgenciando medidas para conter efeito estufa, com o risco de sobrevivência da humanidade. Novas fontes de energia sustentáveis podem tornar inviável a continuidade de exploração.
2. Aliada à causa acima, um produto caro e ultrapassado pode não mais se viabilizar economicamente, ainda mais com a demanda decrescente prevista para os próximos anos com a recessão que o mundo enfrenta.

Pá de cal

O triste da história toda é que mesmo com essa benvinda operação Lava Jato, que ontem conseguiu colocar as mãos em corruptores (sabe-se lá por quanto tempo ficarão engaiolados), será difícil combater a corrupção sem que se mude os paradigmas de nomeação dos gestores das companhias e autarquias estatais.
Mas isso seria esperar muito de alguém que está numa sinuca de bico como nossa presidente.
Nunca na história deste país, para parafrasear discursos ufanistas e mentirosos, um presidente foi eleito com tanta dificuldade não só no pleito, mas principalmente no início de seu mandato.
Dilma não tem apoio da base aliada e nem de seu partido, que agora mais partido que sempre é o P de um lado e o T de outro.
Lula plantou postes e o PT colhe Frankensteins.

Para continuar na sua teimosia numa gestão econômica incoerente (não agrada realmente nem os tais economistas que supostamente a apoiam), querendo ser a grande profissional na economia que faliu uma loja de R$0,99, está nos levando ao descontrole.
A queda no emprego só não é maior porque muitos desempregados não o procuram, tamanho é o descrédito do trabalhador com as suas possibilidades.
Se o desempregado não procura emprego ele não entra nas estatísticas do desemprego.
Mas a dos miseráveis está começando a aumentar, e pode ser mais significativa.

Não bastasse ser essa grande economista, nossa presidente ainda é exímia articuladora política, e mais ainda gestora de equipes.
Um brinco nessas tarefas.
Quando não tem argumentos, como qualquer incompetente, grita, bate o pau (será só metáfora?) na mesa, manda calar a boca e o desmando vira mando.
Cerca-se de capachos que a obedecem.
Fica perdida nas questões de distribuição dos (só) 39 ministérios, e sabe-se lá quantas autarquias, empresas e demais órgãos que tem a esdrúxula nomeação política e não meritória.
As velhas raposas sabem como tratar com cão raivoso, acabam ganhando sua galinha no final.

Lula x Dilma

Das velhas raposas,  talvez a mais esperta seja Lula.
Sabe que a coisa está mal, mas não sabe como controlar o  Frankenstein  que colocou na presidência.
Boa parte do PT o queria candidato neste ano, não conseguiu.
Quase perderam a eleição, ganharam pelas mentiras deslavadas que usaram numa campanha imunda, que nem esperou o baixar da cortina para fazer o que acusavam que o adversário iria fazer.

Mas agora, com o petrolão batendo à porta da presidente, que para se blindar teria que colocar a batata quente no colo do Lula, a coisa está mesmo beirando ao caos.
Lula sabe disso e não duvido que para retrucar a blindagem a Dilma não devolva a batata quente alegando que ela era a gestora maior da Petrobras quando fora ministra da pasta e como sua presidente do conselho.
Quem colocou a Sra. Foster foi Dilma, que aceitava o presidente anterior que corre o risco de ser preso em breve.

Quando o barco faz água, os ratos são os primeiros a fugir.

Se houver comprovação na justiça, que será cobrada na agilidade pela população, da participação do PT, PMDB e PP nos roubos, o impeachment poderá se tornar realidade.
Afinal foi Lula e Dilma, cada um a seu tempo e sua responsabilidade, que nomearam os corruptos. Não dá para dizer mais que não sabia, o povo não engole mais isso.

Por muito menos o Collor foi defenestrado e o PC Farias assassinado.

Hoje é dia de manifestação contra a corrupção em todo o país.
Eu vou para a rua, alias aqui, pra praça.
Vou gritar sim, Chega de corrupção!
Não gritarei Fora Dilma, pois acredito que há leis e critérios para julgá-la a contento, e essa sim quero que se aplique até onde for necessário.

domingo, 9 de novembro de 2014

Com nó na garganta?

A indignação nos traz essa sensação de nó na garganta que parece nos sufocar.

Não falo deste ou daquele governo, nem só do Brasil, mas de um sentimento que tenho certeza as pessoas que pensam, que criticam, que contestam qualquer realidade, tem em todo o mundo.

Estamos divididos em quatro grandes grupos:
  1. Os poderosos que querem o poder a qualquer custo, seja ele nos estados seja no capital, cada vez mais misturado com os estados.
  2. Os críticos, ao qual me incluo, que olham, analisam, debatem, criticam, aceitam as contestações e críticas mantendo um processo de crescimento e porque não propõe soluções. Somos também muitos, mais do que se imagina penso eu.
  3. Uma enorme massa populacional que está em movimento para se definir em qual desses grupos um dia, se a ascensão sociocultural lhes permitir.
  4. Vastas populações de miseráveis espalhadas geograficamente mundo afora, claro com manchas mais visíveis em países de terceiro mundo, mas que não esconde os miseráveis, por exemplo de Nova Iorque o que é um certo paradoxo.
Não quero falar dos dois grupos extremos acima, mas dos do meio, onde há uma possibilidade de mudança a ser articulada.
Os primeiros são, no mínimo, doentes pois estão levando o planeta a uma situação insustentável e não agem dentro de uma lógica mínima de sobrevivência. Já os últimos mal conseguem pensar no pão e água de cada dia, ou semana sei lá.

O Estado e seu governo

Li outro dia superficialmente sobre teoria do estado, onde se afirmava que os humanos tem obrigatoriamente que se agrupar para sobreviver e desse fato decorre naturalmente um processo de delegação de poder e criação de lideranças, e com elas e a organização que o povo requer nasce a res pública, uma forma que romana que parece materializar o sentido de democracia pregado pelos gregos, que vamos e venhamos brilhantes democratas que mantinham escravos, mulheres submissas, meninos ou adolescentes a seus serviços sexuais e outras idiotices destas.

Não há como viver em grupo sem uma forma de governo, mas acho que no virar do século estamos precisando repensar mais seriamente o que seria o estado.
Tal como constituído hoje não está atendendo em parte alguma do mundo as necessidades da humanidade.
Fascista, populista, imperialista, democrático, totalitarista, e tantas outras formas de governo estão se mostrando ineficazes.
Mesmo os parlamentaristas, forma que mais se aproxima do que acho a semente do futuro dos governos, tem se mostrado frágil diante do capital, principalmente esse.

Onde está o erro?

Me parece próprio da natureza humana a cobiça, a luxúria e a maioria dos outros pecados capital.
Praticam e depois vão rezar aos seus deuses o perdão bem gratificado para suas seitas.
Não pratica-los seria mais fácil, e menos custoso, além de deixar de alimentar uma corja que se intitula religiosos.
Não precisamos de religião na conduta social.
Precisamos primordialmente de moral e ética norteando nossas condutas.
Em seguida  vem a alteridade, nossa capacidade de nos colocarmos no lugar dos outros e entendermos que sem ele não haverá o eu.
Aliando esses três predicados a uma inteligência razoável seria muito difícil chegarmos ao estado de coisas em que estamos.
O problema são os tais pecados que insistimos em praticar, já que o perdão vem.
Até quando não se sabe, pois coisa diferente do falso perdão por nossos erros graves, é a impossibilidade de um morto por exemplo perdoar seu assassino, ou o planeta perdoar nossas gana por destruí-lo.

Tem jeito?

Não serão o primeiro ou o último grupo dos citados que farão a mudança.
Ela surgira da possibilidade de articulação dos outros grupos que poderão se organizar contra o estabelecido e sustentado pelo primeiro.
A primeira contraposição é se rebelar contra a propaganda, que é sempre enganosa e baseada em meias verdades emocionalismos tolos a que todos somos tentado.
Não é difícil deixar de dar ouvidos a ela se temos um mínimo de noção de como ela manipula nossas condutas.
A mídia noticiosa tem também forte promiscuidade com o poder do primeiro grupo, pois depende de seus anúncios para sobreviver. Também ela deve ser lida com muito senso crítico, pois nem sempre é isenta.
Mas é papel dos jornalistas procurarem a verdade, e devemos acreditar que a maioria deles se esforça por informar com isenção. Portando devem ter livre manifestação e arcar com suas responsabilidades de bem informar.

Anarquia até que enfim!

As redes sociais são fenômeno recente, do início deste novo século e não seria de esperar que elas colaborassem mais do que já colaboraram.
Mas seu poder é muito grande, e mesmo que monopolizado poderá ter sua hegemonia derrubada, pois a tecnologia é aberta e permite vários tipos de organizações.
Mas algo importante foi revelado pelas redes sociais: o processo anárquico.
Elas permitirão a construção de uma sociedade democrática baseada nos bons princípios anarquistas que defendem primordialmente a forte participação do cidadão nas decisões de "res pública" que o atingem, nos vários graus.
Lá vem o Aleixo falando em anarquia novamente!
Sim, mas eu não criei o processo, ele mesmo se cria sozinho, é quase natural querermos mais participação, querermos ser ouvidos e decidir mais sobre as questões que nos tocam.
Não vou citar as várias iniciativas que se coadunam com esses princípios, falei isso em poster anteriores.
O que falta é uma forma de organizar essa bagunça que estamos criando, de modo a gerar uma força transformadora, que siga regras simples e claras para poder se fortalecer, mas que organize propostas e as encaminhe e cobre sua implantação.
Há muitos movimentos de pressão já estabelecidos e prontos para serem usados, mas ainda falta um tipo de orquestração, que não pode ser criada por indivíduos, mas por um tipo de coletivo que impeça o personalismo, pois esse destrói as possibilidades de participação plural e horizontal.

Há muito o que atualizar nas teorias anarquistas de quase 200 anos atrás, mas há fundamentos que se preservam vivos até agora como o sentido de liberdade, de organizações comunais, de hierarquização federalista.

Como se organizar?

Há redes para todas as finalidades:
O Face eu uso para generalidades, inclusive propondo discussões como esse texto;
O Twitter eu uso para notícias e relações digamos "mais sérias" politicamente falando.
O LinkedIn teria um cunho profissional, mas é extremamente confuso, ou eu muito ultrapassado.
O Instagram ou o Pinterest deveriam ser exclusivos para as belas fotos e filminhos de adoráveis bichinhos, bebes, etc. Momentos de devaneio, mas não mais que isso.
O Asc.fm é uma plataforma que não uso, mas pode ser interessante para a finalidade de criar debates.
Qual seria um espaço ideal para criarmos grupos hierarquizados, para se debater interesses públicos sem ficar enchendo o saco dos outros como faço quando indico meus posts?
Os blogs são veículos para manifestação individual ou de grupos, talvez sejam um caminho.

Só penso que, por se tratar de um tipo de organização coletiva, deveria ter visual e funcionalidade simples pois quanto maior o número de pessoas acessando inclusive com pouco conhecimento de tecnológico, maior seria a inclusão real das pessoas.
Penso em discussões setoriais separadas como:
  1. Regionais (bairros, regiões urbanas e rurais, cidades...)
  2. Sociais e Educacionais (gêneros, faixas etárias, educação....)
  3. Culturais (folclore, música, literatura, teatro, mídias...)
  4. Políticas (estado, representatividade, legislação municipal estatual e federal,federalismo...)
  5. Econômicas (mercado, economia solidária, estruturas econômicas...)
  6. ...um monte de outros que não me arrogo dizer sabedor de todo o tipo de interesse.
Esses grupos poderiam chegar a consensos sobre temas importantes e criar propostas positivas a serem levadas às instâncias representativas nas várias esferas e forçar mesmo a barra para sua aprovação com mobilizações não violentas, organizadas e quaisquer forma de pressão que puder ser feita sobre os nossos representantes.
Não basta falar que esse ou aquele político não me representa, vamos fazer com que eles nos representem na marra, eles são sensíveis ao voto, ao mandato.

Esse post é pra não dizerem que não falei das flores, possíveis flores que podem ser plantadas hoje.

sábado, 8 de novembro de 2014

E agora José, quer dizer Luis Inácio.

Não adianta comentar o óbvio, em uma semana todas as mentiras da campanha da Dilma foram reveladas de maneira explicita.
Quem votou a favor ou se omitiu, quem acreditou não vai, claro, reconhecer o mal que fez.
Adota ela tudo o que censurou nas propostas do Aécio.
As divulgações represadas de índices desfavoráveis, o aumento de juros, gasolina e energia são exemplos das mentiras.
Não vou cita-las está tudo estampado na mídia, não vê quem não quer.

É uma pena, pois ainda por cima são medidas tomadas com certo equivoco, com a incompetência com a qual estamos familiarizados.

O Mantega foi capaz de dizer que a eleição da Dilma foi uma aprovação ao programa econômico (que nunca se entendeu qual é) adotado. Uma piada, fosse dita pelo Tiririca, mas para um ministro faz favor.

O país e seus representantes estão saturados dessa política mentirosa, que por si só já demonstra o mau caráter de quem a pratica.
Se sua existência é baseada em mentira, você perde a noção do que é realmente, você se torna uma mentira, que triste não?

O congresso está respondendo como deve ao autoritarismo petista e isso irá tornar os próximos quatro anos desse governo uma luta livre na lama.
Os grandes partidos já disseram a que vieram, e não sei se continuarão a concordar com a troca de benesses (apelido light para corrupção) pois o petrolão irá mostrar o equivoco dessas soluções de cooptação.
Agrava-se as decisões de que agora o "núcleo duro" que habita o palácio será composto só por petistas, acho que não denota tentativa de união nenhuma, ao contrário.

A coisa está preta, e ficará pior.

E agora José, a festa acabou?

A mentira, a democracia e a economia antropofágica.

 Mais de setecentos economistas brasileiros assinaram documento on line de apoio à condutas econômicas que antes chamamos heterodoxas (mas virou palavrão infelizmente).
Eles têm  argumentos que devem ser considerados.

E Dilma convidando banqueiros ou um "homem do mercado" para a Fazenda.
É um poço de contradição essa Sra.

Não acredito nos paradigmas atuais que regem a economia, não só aqui, mundo afora.
O tal capitalismo de mercado, em relação promíscua com governos ineptos está fazendo água em quase todo o mundo.
O mundo não cresce economicamente adotando a ortodoxia atual.
E quando cresce, prejudica o planeta como fazem os EUA e a China.

Algo está errado e ninguém quer ver?
Quando a ignorância prepondera, mesmo que encastelada em títulos doutos, não há como sair do círculo vicioso.

Sustentabilidade

São Paulo está tendo a chance de aprender o quanto a água pode fazer falta, mas daqui a pouco será a comida que se encarecerá, pois também faltou água para a agricultura e pecuária.
Precisaremos implorar gotas de água para entendermos que algo muito maior deve ser feito para que nos mantenhamos vivos no planeta?
Hoje o governo permitiu publicação dos índices de desmatamento que o Green Peace já vinha se esgoelando dizendo que tinha que parar.
Mas ninguém faz nada.
Será que o Ibama não tem competência para fiscalizar?
O desmatamento mais que dobrou, e para retirar madeira que é vendida fora com documentação emitida pelo Ibama, mas pouco fiscalizada.
Será que o Ibama também tem lá suas maracutaias?
Não duvido. Não pode ser só incompetência.

Economia sustentável

Mas porque misturo economia com sustentabilidade da vida?
Porque acho que a primeira erra quando se baseia no capital e não no ser humano.
Marx montou todo um arcabouço econômico focado na mercadoria e no capital.
O trabalho era medido como algo que se converteria em capital, parte para quem o exerce e parte para a remuneração do próprio capital.
É o tal do lucro.
Mas que lucro é esse?
Por mais que se tenha dinheiro, sem água, com ar poluído, poucos poderão sobreviver.
E sem os consumidores, não haverá mercado.
E sem mercado não haverá lucros.
Esse sistema econômico que destrói os meios de vida irá se auto destruir, e levar junto o planeta arrasado.

Vamos concordar que parece ser um caminho irreversível dada a burrice humana.
A horda caminha para a beira do precipício discutindo a cor cinzenta do céu e por ele será engolido.

Sou pessimista, vão dizer.
Não, acho que vivemos misturados sãos e insanos, tá uma miscelânea sócio-cultural-religiosa no mundo que ninguém está mais se entendendo.
A Babel moderna está posta.

A alternativa passa pela mudança da consciência de cada ser humano.
São muitas as iniciativas que rolam pelo mundo que se colocam como alternativas ao sistema atual: a economia solidária,  os vários movimentos em defesa da natureza, as pesquisas de melhoria de produção agropecuária, as pesquisas científicas que nos fazem mais longevos e tantas outras iniciativas nos fazem acreditar que há um tipo de ser humano que emerge desse caos destrutivo e que está realizando algo em prol da sustentabilidade.

É tudo uma questão de como conseguir criar uma unidade política dessas pessoas mais lúcidas, fortalecendo um movimento realmente participativo, sem cabrestos, que nos levem a contrapor o sistema atual.

Quero pouco poder a governantes.
Quero um estado organizado por especialistas, com projetos e planos bem construídos e aprovados em instâncias realmente representativas da sociedade.
Acredito na república e no sistema representativo, com pequena diferença: sem remuneração oficial aos representantes.

Quero um estado independente do poder do capital.
Aliás quero que o capital repense seu papel, não adianta o lucro medido como mais capital acumulado, se as condições de vida da população forem tão ruins que gerem a violência que vemos por toda a América Latina e também nos EUA.
Essa violência que não permite mesmo quem tenha mais recursos usufrua de uma vida saudável, segura e feliz.

Isso tudo só poderá acontecer se de alguma forma nos unirmos em discussões que aprofundem as alternativas do dia a dia.
As redes sociais são o novo veículo que irá fazer essa revolução.
Com menos pets bonitinhos, e mais consciência da gravidade das mazelas atuais.

Ou fazemos algo agora, ou nossos descendentes não terão uma sociedade para viver.

quinta-feira, 6 de novembro de 2014

Projeto? para que.

Estudei engenharia e sei que sem projeto qualquer obra vai pro brejo.
Ou sai cara, ou sai errada, ou nem sai.
Eis o diagnóstico do que estamos vendo no Brasil, fácil assim.

Governos sem projeto não realizam nada a contento.
Foram raros, e muitas vezes equivocados, os governos que apresentaram algum projeto.
Mesmo que parciais, como o Getúlio com a siderurgia nacional, como o Jucelino com 50 anos em 5 que o que fez mesmo foi fazer uma capital nova (e superfaturada lembrem-se) e que trouxe a indústria automotiva para o Brasil e acabou nos deixando refém de um projeto logístico que destruiu as nossas ferrovias e afundou nosso potencial hidroviário.
Projetos parciais também mostram que sem planejamento fica difícil acertar.

Nunca tivemos um projeto de nação.
Nossa legislação é ridícula, há tantas leis que acabamos por aplicar somente a que interessa aos mais poderosos.
Nosso sistema político é risível, tanta besteira que se houve fora as bizarrices que nos ridicularizam mundo afora como eleger um palhaço para o congresso, que afirmou que não sabia o que se fazia lá.
Falta eleger o Marcola ou o Beira-Mar para podermos melhor significar o congresso brasileiro.
Palhaços e bandidos, a nata brasileira no congresso.

Países que saíram de seu subdesenvolvimento o fizeram com projeto de nação como o Japão, Austrália, Nova Zelândia ou Coreia e alguns até pouco democráticos como alguns potentados do oriente médio.
A China tem um projeto, dentro de um capitalismo de estado totalitarista, ainda assim tem um projeto, pois cresce não só baseada em seu grande mercado (o que seria uma vantagem para o Brasil), mas porque tem planejamento, objetivos e metas para alcançar.

Mas planejar está fora do escopo da nação Brasileira.
Somos povo atrasado, inculto, egoísta, corrupto na origem de nosso DNA, e provavelmente não sairemos nunca desse estado de subdesenvolvimento.
Me desculpe o Darcy Ribeiro, que vivo estivesse, deveria estar repensando seu otimismo com nosso povo moreno.
Somos sim um povo vira-lata que tem a esperteza desses cães.
Mas sofremos de um tipo de dupla personalidade ao ser afável de um lado e manter algumas características das raças das quais nos originamos.
Há um tipo de esquizofrenia que se cria nessa dupla personalidade.

Bem respondeu Deus quando indagado porque teria feito do Brasil um lugar tão lindo: "vai ver o povinho que vou botar aqui".
E aqui estamos nós exatamente como previsto!

quarta-feira, 5 de novembro de 2014

Os extremos encostam a bunda.

A situação está ficando cínica. Assim dizia Adoniran Barbosa quando as coisas se empretejavam.
A presidente não pode esquecer que boa parte dos votos que recebeu são do PMDB, um partido que tem pouco caráter mas muita esperteza e gana para estar no poder.
É mais que um fiel da balança, pois pode balançar mais que os pratos conforme sua conveniência.
Os petistas mais radicais, estão achando que podem promover as mudanças bolivarianas que fazem parte de seu projeto de poder, alinhando-se aos países falimentares em que tais propostas foram implantadas.

Essa radicalização, mais com cunho emocional que racional.

À esquerda ao se analisar friamente os resultados obtidos para o povo nestes nossos vizinhos rezadores da cartilha do Fórum São Paulo, vemos que fora um assistencialismo barato, a miséria continua perpetrada.
E com ela o baixo nível eternizado das grandes populações carentes da América Latina.
É o pior que podemos ter, como já abordei no texto anterior.
Ficar isolado como Cuba não me parece boa opção.
Fazer demagogia atacando os Estados Unidos, mas vivendo da exportação de petróleo para esse mesmo "execrável" país, como faz a Venezuela, também não apresenta-se como ideia feliz.


À direita, manifestações odiosas de volta de ditadura militar é feita por quem não viveu aquela época.
Foi um atraso, inclusive na economia, que o Sr. Delfim Neto nos legou, aliás fazendo agora caras e bocas de inocente.
Foi um grande promotor de desestruturação da nossa economia esse hipócrita.
Um estado de direito é o mínimo que se pode ter, para sermos considerados democracia e termos a mínima chance de integração com o resto do mundo.
Não há o que acrescentar contra ditadura militar, é desnecessário.
Acho que os que a pregam deveriam simplesmente se calar, parar e pensar, e estudar um pouco da história, analisando bem os fatos.

A quem interessa então essa polarização?
Àqueles que querem que se continue a fazer política pela emoção e não pela razão, é simples assim.
E tem gente com essa má intenção dos dois lados.
E não notam que no final ocupam o mesmo lugar, encostando as bundas e defendendo totalitarismos de lá e de cá.

Não existem essas divisões entre pobres e ricos, nordestinos e elite sulista, ou qualquer outra que se pregou com tanta e triste veemência nas eleições.

Pode ser que as condições de desenvolvimento econômico, social e cultural do norte-nordeste sejam mais adversas.
Pode ser também que por conta disso haja certa defasagem que foi e continua sendo aproveitada por uma política coronelista, onde melhor que ensinar a pescar é ir dando o peixe para deixar o pobre dependente.
Mas isso não pode ser motivo para os do sul e sudeste execrar os nordestinos, mas sim a esses que os mantém presos nesta ciranda de subdesenvolvimento.
Algo está sendo feito contra isso, e acredito que os nossos irmãos destas regiões erroneamente pintadas de vermelho no mapa do Brasil, irão com sua inteligência e perseverança, acabar por sair desse quadro.
Falta-lhes mais empenho político por parte dos governos para terem a vara e a isca para suas pescas diárias.
Mas não se pensa em educação com a grandeza e isenção necessárias para formar cidadãos mais esclarecidos e mais aptos às atividades do mundo atual.

Enquanto esses radicalóides ficarem fazendo pressões extremistas, nossa realidade vai se deteriorando, vamos perdendo o pouco de força econômica que havíamos conquistado, e daqui para frente conquistas sociais passam a correr sério risco, com o desemprego e a escasses de recursos que estão se descortinando para os anos que entram.

Com uma presidente que não sabe exatamente a que pressões aceitar, com um autoritarismo pessoal absolutamente contrário à prática política, com uma base aliada de mentira que se apoia no lodo, ficará difícil  de governar.
O início está trágico, as mentiras e maledicências fazem feridas mais profundas do que se pensa.

Quem vai se candidatar a se servir de capacho aproveitador nos ministérios?

domingo, 2 de novembro de 2014

Caudilhismo, populismo, totalitarismo. A trilogia do atraso!

Postei um vídeo de Gloria Alvarez que fala de nossa situação política em países que seguem a doutrina do Fórum São Paulo e resumida em um clichê "bolivarianismo".
Simon Bolivar que me perdoe mas ou estão usando seu nome em vão ou ele era mesmo um merda!
Desculpem a malapalavra.

O vídeo postado mostra com clareza nosso subdesenvolvimento latino americano.
Velho de guerra e ao que tudo indica a se perenizar com essa falsa esquerda que enriquece os caudilhos que a representam.
Menos o Mujica, homem que ao que me parece muito decente. A exceção que faz a regra de todos os outros.

Sabem o que é triste, é que pela nossa ignorância social, cultural e principalmente política estamos à mercê dessas demagogias emocionais que vigoram na falsa democracia do início do século XXI.

Não quero um presidente que "lava mais branco" como dizia a propaganda do sabão Rinso.
Não quero um presidente que faça o ridículo coraçãozinho com as mãos.
Não quero um presidente que minta nem sobre sua idade, cor ou mesmo opção sexual.
Não quero uma política voltada à emoção.
Pudesse eu mataria, de morte matada - como diziam os nordestinos machos, os João Santanas da vida.
Política não é marketing.
Quem propôs isso foi o maior fascista do planeta Goebells, nome que deveria ser execrado do vocabulário, pior que Hitler que o ouvia.

Porque estou escrevendo essa porcaria agora...
Lembrei!

Não quero financiamento público nem privado de campanhas políticas.
A campanha tem que ser baseada em razão e no máximo na simpatia dos candidatos.
Não quero campanha fora de um esquema rígido do horário gratuitamente-pago-por-nós feito nas sedes dos TRE´s do país, onde o candidato senta-se em frente a um pano preto, ou branco, ou verde-e-amarelo o que seja, e diga a que veio. Conte seus projetos, diga como irá realiza-los, mostre-os viáveis.
Se os incultos não entenderem, danem-se, vão procurar explicação e aprendam o que realmetne representa a política.
Se um candidato mentir, com ações comprovadamente contrárias às que divulgou na campanha, deve ser imediatamente e sumariamente destituído do cargo.
Como comprovar isso.
Dilma eleita falou que o Aécio iria aumentar os juros da Selic o que ela não faria.
Manda ela embora e faz outra eleição.
Fosse o Aécio eleito, não mandasse no primeiro mês um projeto para o fim da reeleição, rua também!
Aí teríamos um pouco de seriedade na política, mas isso é uma mera utopia, um devaneio de um idiota como eu que pensa que o ser chamado humano merece o adjetivo.

Melhor desistir.