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quinta-feira, 11 de dezembro de 2014

IncomPeTência a serviço da Demagogia.

Quando uma nação cai nas garras de um projeto equivocado de desenvolvimento econômico e social as coisas tendem a degringolar com muita rapidez.
Nestes 12 anos (quase uma geração historicamente falando) de administração equivocada do PT, vimos que o programa mais alardeado de transferência de renda está fazendo herança maldita, filhos do Bolsa Família tornam-se bolsistas também e não saem da linha da pobreza mais que econômica cultural também.
Não se movem socialmente.
Sabem o quanto se gasta esses programas? Uma merreca considerando o orçamento da nação.
Gasta-se muito mais com dinheiro grosso dado quase de graça a empresas que o utilizam de forma muitas vezes espúrias.
Um exemplo, os mais de 10 bilhões dados ao Eike para seu conglomerado X que virou M... e nosso dinheiro dado ao BNDES ficará para sempre perdido. O golpe da Petrobras pode ser pequeno diante do rombo que esse senhor causou não só no bolso de cada um de nós como mais diretamente dos seus acionistas.
Sabe porque?
Equívocos simples de gente incompetente.
Definitivamente falta ao PT competência para o executivo.
Foram ótimos na oposição, que mesmo exacerbada na maioria das vezes, nos fazia pensar e colocava em discussão todo e qualquer assunto. Meio cansativo mas esse é o papel da oposição.
Mas no poder são um desastre, não sabem administrar.
A máxima do "rouba mais faz" iniciada com Ademar de Barros em sampa e melhor praticada por Maluf agora é vencida de longe pelo "rouba e não faz" do PT.
Os equívocos estão em todos os setores, é uma pena.
Mas vamos pegar o mais importante, bola da vez agora que é a questão energética.
O projeto esdrúxulo de Lula com o pré-sal é fadado ao insucesso desde o início. Sempre falei isso.
É um retrocesso na gestão energética.
O caminho que os sensatos seguirão é o da sustentabilidade, com o risco de não o fazer provocar a auto extinção. Exemplo disso são os idiotas dos chineses agora se deram conta que se não pararem de poluir não vão conseguir sair de casa sem antes dar uma passada no hospital.
Estão matando muita gente por lá por poluição, o Prof. Saldiva bem o sabe. Eles é que não contam, afinal gente para morrer é o que não falta por lá. Será que pensam que "é até melhor se livrar de um tanto delas"?

O Brasil inaugurou os renováveis com o programa do álcool que o Lula tanto se vangloriou por termos, mas ele mesmo seguido pela sua brilhante gestora de energia acabaram por arruinar.
Atualmente cerca de 50 usinas de álcool já foram para o beleléu.
Serviram para o discurso demagógico do Lula, e agora morrem por incompetência na ingerência corrupto-política na Petrobras que dona Dilma, gênio que faz falir lojinha de $1,99 acabou fazendo.
Temos o melhor sistema hídrico do mundo, mas não sabemos aproveitá-lo, aliás até isso estamos destruindo.
A destruição de florestas e matas ciliares descontrolada, correndo solta sem fiscalização, está comprometendo nosso clima como se pode constatar sem muito esforço. A mudança do sistema de chuvas por aqui é notória, temos enchentes no sul em pleno inverno, secas permanentes no sudeste, enchente recorde no noroeste do país.
Esse destempero veio para ficar, reversões são projetos de longo prazo, matas demoram muitas décadas para se restaurar.
Mas mesmo assim, sobra-nos muita água fluvial que poderia ser muito melhor aproveitada em usinas hidrelétricas talvez de menor porte, com a vantagem de serem mais distribuídas geograficamente falando, e com menor impacto ambiental, mas mesmo assim reservando boa quantidade de água para manter o regime uniforme na utilização desse recurso.
Mas não conseguiram colocar um projeto em pé das usinas necessárias, estamos queimando óleo diesel e gás, poluindo mais que o necessário, e gastando mais por pura incompetência de tornar realidade projetos necessários, mesmo que questionáveis.
A energia elétrica ficou mais cara e ficará ainda mais para podermos pagar a conta dos equívocos.

Temos uma riqueza eólica nos nossos extremos norte e sul da faixa litorânea que não é aproveitada devidamente.
Não com os mega projetos de enormes parques de geradores que depois requerem grandes e custosas linhas de transmissão como já o fizeram. Não sei se no nordeste aquele parque enorme ainda está girando pás à toa por falta de linha de transmissão, não duvido que ainda esteja. Há 2 ou 3 anos a energia era ou é ainda desperdiçada por falta de competência em programar um projeto.

Agora, a Petrobrás e a Eletrobrás estão em profunda crise, 12 anos da mão pesada e absolutamente equivocada, incompetente mesmo, da Dilmona que acabaram por colocar em crise duas das empresas que poderiam ser orgulho nacional, e se tornaram grave problema de gestão.
Se isso não é incompetência, precisamos redefinir a palavra.
Com o preço do petróleo caindo o pré-sal já está comprometido.
Mega projeto equivocado, tanto em termos de mercado como de sustentabilidade, pois se continuarmos queimando combustível fóssil por muito mais tempo o limite será a sustentabilidade da vida no planeta.

Morreremos de calor e da poluição e sem água para beber?
Triste né?

 

terça-feira, 9 de dezembro de 2014

Pobre bilionário infeliz.

Clovis Rossi, em sua matéria de hoje na FSP faz ótima reflexão sobre a distribuição da riqueza.
Eu sempre pensei que o capitalismo terá um limite, pois ter mais dinheiro para quem tem muito, não representará mais nenhuma mudança de vida para ele.
Tudo o que consegue é investir para, não sei se feliz ou infelizmente, acumular mais riqueza.
0,004% da população detém 13% da riqueza, imaginem o que é isso.

Não devem limpar a bunda com nota de 100, podem usar até seda chinesa, sei lá, mas tem um limite para o pensado conforto a partir do qual nada pode ser acrescentado, não é triste?

Sim triste, isso mesmo, pois nossos sonhos de consumo estão todos realizados por ele, acabaram-se os sonhos.
Não se suicidam para não deixar o dinheiro para os outros!
Há uma infelicidade nessa exuberante acumulação.
Lembram-se do Tio Patinhas, naquele prédio-cofre de dinheiro?
Seu único valor de estimação era a moeda-número-um.
Ela representava o começo e o tempo dos sonhos.
Boa a metáfora do Disney né?

Mas quem já nasce nadando em dinheiro, não teve chance de ter sua número-um.

Talvez nunca tenha a chance de ter o símbolo da conquista da fortuna em seu imaginário, o que o torna muito pobre... de espírito quero dizer.

Quem dá valor à fortuna conquistada, tende a ter dúvidas reais sobre a validade do processo. Mesmo que tenha sido pouco escrupuloso no processo de conquista da riqueza, é acometido de certo rompante de generosidade, começa a pensar um pouco nos outros criando fundações de ajuda humanitária.
O Bill Gates é exemplo disso.

Outros, mesmo que tenham nascido em berço esplêndido, têm na sua formação familiar a tradição de cultuar a número-um do clã, aprendem o valor do trabalho, e por incrível que pareça, mesmo tendo fortunas muito maiores, ostentam menos, são muito mais comedidos.
Antonio Hermínio de Morais foi exemplo disso, um de seus filhos que não lembro o nome, foi calouro meu na Poli, e nas férias voltava todo queimado no rosto e nos braços, se tirasse a camisa dava pra ver as marcas do sol de Carajás ou outra mina qualquer em que era orientado a ir estagiar um pouco em cada departamento. Não só para conhecer o negócio, mas penso eu mais importante, conhecer o prazer do trabalho.

O que então será que faz mesmo a felicidade do ser humano.
É o ter? O poder?
Não acredito!
Quando no leito de morte pensaremos no patrão (bom ou ruim) ou nos entes queridos, nos bons momentos, nos aprendizados tidos?
A menos do judeu da piada (podia ser turco também tá?), que no leito cita todos da família e pergunta: quem toma conta "do lojinha ?", acho que as melhores lembranças são as dos momentos compartilhados.

É isso o que move Gates e os Moraes em suas ações.
O primeiro por algum tipo de dor na consciência acredito eu.
Os segundos porque colocam sua fortuna em serviço do desenvolvimento do país e até os da minha geração valorizavam a criação de trabalho como forma de fazer o homem crescer.

A humanidade só se dará conta da sua infelicidade quando descobrir que o compartilhar é que nos realiza.
Não adianta arrancar dos ricos seu dinheiro na força, eles se armam cada vez mais e aumentam assim seu poder.
Enquanto essa ínfima fração de poderosíssimas pessoas continuarem a ditar as regras, a humanidade toda (inclusive eles) estará fadada à infelicidade.
A crise econômica atual, sintoma da derrocada deste capitalismo de mercado selvagem e promíscuo com estados incompetentes e ditos democratas, é a crise desse homem que valoriza mais o ter que o ser.

Vai demorar muito para tudo isso mudar, a menos que se invente um tipo de vírus letal que se adquira pegando em dinheiro.

quarta-feira, 3 de dezembro de 2014

Direto do Eden...

O Chorão (rip), o gato da foto, já está no Eden mas mesmo de lá fica aparecendo nos meus sonhos para reclamar. Primo em 3o. grau do Garfield, veio dizer que eu não lhe dei toda a comida que merecia em vida, pode? Vejam o reclamo:

Sr. Crápula, estive aqui do Eden pensando naquelas várias oportunidades em que o Sr. se refastelava fazendo comida, preparando aquelas carnes e frangos deliciosos e nos deixava de fora.
Eu sei que uma ou duas vezes acabou tropeçando em mim porque eu ficava ali, literalmente no seu pé, pedindo meu petisquinho, que demorava mas vinha.
Sei também que o Buddy, esse coitado desse magricela que não tem nada pra comer que não seja ração assim como eu, ficava ali também no seu pé, atrapalhando não só seu preparo mas também concorrendo com minhas súplicas.
Eu ficava meio chateado com ele, mas como ele é mais novo e tinha que tentar orientá-lo permitia sua presença.
Era maiorzinho que eu, não dava pra tropeçar mas que ele ficava no caminho ficava.
Depois, não sei o que deu na sua cachola de nos manter fora da cozinha enquanto cortava as carnes, pensa que o vidro não deixava passar o cheiro do franguinho, da carne, da linguiça. Engano seu agente cheirava aquilo tudo e ficava ali na porta, miando eu dando umas fracas latidinhas o Buddy.
Sei que por fim, quanto dava na telha, você abria a porta com os petiscos na mão para distribuir para mim e pro magricela.
Ah! que alegria, eu até parava de chamar o Sr. de Crápula, por uns 2 ou 3 minutos.
O Buddy também, dizia (como ele é bobo né?) que eu chamava o Sr. de Crápula sem motivos, mas quando ficava de fora da porta bem que usava o termo.
Imagina, me deixar ali fora sem poder me enroscar nas pernas dele, dando meus miadozinhos de mendigo implorando pelos petiscos, isso é crapulice das grossas.
Ele é Crápula crapulento isso sim - dizia eu pra ele enquanto ele, maior e mais rápido acabava comendo mais petiscos que eu.
Mas o Buddy, sabe como são os cachorros que parecem esquecer de tudo quando os humanos chegam. Fazem festa mesmo que tenham sido repreendidos.
Nós gatos não, ficamos uns dias a mais chateados, amuados num canto, mas depois acabamos perdoando os humanos que, coitados, não sabem muito bem como se comportar.
Não fosse a Santa Bia, eu teria me mandado de lá, talvez me arrependesse porque às vezes o Crápula bem que era legal.
Um nobre como eu não devia ficar na dúvida mas fico.
O fato é que meu primo, mais famoso, ganha do Jonh uns hambúrgueres, umas linguicinhas, e o Oddie, que é o magrela bobo do meu primo, que nem chegue perto que o Gar (é o apelido dele na família) já estica as unhas.
Se eu estivar as unhas pro meu magrela, o Crápula sai correndo atrás de mim com a vassoura na mão, é só pra assustar, mas sabe... assusta mesmo!
O Buddy nunca tentou me dar umas mordidas de verdade, ele é mais novo e não se olha no espelho, respeita minha autoridade.
Apesar de achar que eu era criança como ele pra ficar brincando de morde-morde, bestão mesmo, nunca me atacou.
Como o Crápula ficava regulando os petiscos, agente se divertia caçando passarinho. Formávamos uma boa dupla. Agente conseguia encurralar os sabiás que rondavam por lá e vez ou outra o Buddy acabava por comer o bichinho, e olha que droga o Crápula não gostava!
Pô Sr. Crapulento tem que entender que é um petisquinho a mais pra nós tão mal nutridos só com ração!
Mas minha reclamação agora tem muito sentido.
Estava lá no Eden, e lá não se come nada, uma chatisse, dizem que não precisa, mas é tão gostoso dar uma mastigadinha e pensei. E se eu for reclamar com o Crápula, implorar mesmo por uma sardinha, ou um pedacinho de frango será que ele me dá?
Sabe tenho a meu favor a diferença com que fui tratado em relação ao magricela.
Quando tinha churrasco por aqui, ele se refastelava com um monte de carne que davam para ele, eu via, mas carne assada eu não como, é nojenta!
Daí ficava longe para não ter inveja do Buddy, ao menos ele né?
Bom mas vê se amanhã, na hora que for cozinhar lembra um pouco de mim e manda um pedacinho de carne ou do frango ou mesmo do peixinho pra mim tá?
Não, não chore, fique feliz!
Sei que não vou conseguir comer o petisquinho, mas saberei que lembrou de mim, será tão bom!

Hipocrisia... a cotidiana.

Li outro dia uma matéria sobre a xenofobia nos EUA onde um negro citava o quanto o racismo pode estar arraigado na mente de uma pessoa exemplificando que mesmo ele, ao olhar para trás e ver alguém caminhando na sua mesma trilha, ficava mais tranquilo se a pessoa fosse branca.
Parece paradoxal um negro se sentir mais seguro sendo acompanhado por um branco ao invés de outro negro, mas era fato testemunhado por ele, que quem quer que seja não vem ao caso.
O que me espanta é como a construção de nosso imaginário social se dá fazendo seleções estapafúrdias, e de como nós acabamos seguindo essa estupidez que criamos seja individual ou coletivamente.
O pior é que ela está lá, do mesmo modo que vendo um cão pitbul na calçada, mesmo que preso pelo seu dono, arrepiamos o pelo como gatos, mas não fazemos o mesmo com o pobre vira-latas que cruzamos logo à frente.

Quero dizer que tenho então em meu imaginário certos símbolos adjetivados de modo errado, como associar negro a perigo, bicha a cantada inapropriada, pitbul à ataques, mulher usando estampa de oncinha com puta, e assim por diante.

Mas o pior é que ao julgar as coisas sob esse prisma errado caímos na cilada de acreditar por exemplo que branco não é perigoso (fui assaltado por um branco à luz do dia), fiz um stand para o Clodovil (uma bicha pública) que desde o início foi mais respeitoso profissional e pessoalmente comigo, ainda jovem, que a maioria das pessoas com quem tratei vida afora, vejo muita mulher respeitável usando hoje saia curta,bota e blusa de oncinha, e muita puta vestida normalmente, e mais, vejo muita mulher normal querendo sexo e alardeando aos 4 ventos da internet, seriam putas? Não posso julgar.

Esses equívocos devem ser suficientes para rompermos com nossas crenças, devem agir mais com a razão do que com a emoção e fazer uma revisão desse nosso imaginário para podermos balizar melhor nossas ações.

Conduta dita politicamente correta, não o será se não passar por uma profunda revisão interna nos indivíduos de suas crenças, do que se deve ou não associar a cada símbolo.
Sem isso corre-se o risco de cair numa hipocrisia maior ainda.
É mais justo explicitar o que se sente, pois isso permite o diálogo e talvez a superação de uma forma de julgamento equivocada.

Precisamos olhar para dentro, revisar nossos conceitos para podermos agir melhor e sem tanto preconceito contra raças, gêneros, ideologias, classes profissionais, e tantos outros que já se mostram prá lá de ridículos, mas que muitas vezes não os superamos realmente.
De fachada, só pra inglês ver não adianta nada.