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sexta-feira, 31 de outubro de 2014

Propriedade...para que serve?

Eis um tema polêmico e que com toda certeza a maioria será contra o que acredito.
A propriedade privada é um desserviço ao homem.
Simples assim, sou contra a propriedade privada.
Explico.
Numa cadeira de planejamento urbano que cursei na FAU-USP foram apresentados vários projetos das new-towns inglesas que tinham uma visão mais abrangente do que representa o agrupamento social que chamamos de cidades.
Muito estudo foi feito, e por lá existem experiências muito interessantes sobre urbanismo sociologicamente pensado.
Lembremos que a Inglaterra é o berço do capitalismo.
Mas bem lá, uma das cidades novas que não me recordo o nome (fiz algumas pesquisas mas não a encontrei ainda), propôs o fim da propriedade privada em prol da qualidade de vida do seus habitantes.
Uma experiência muito interessante pois colocava por terra um ponto do capitalismo importante que é o direito à propriedade privada.
Mas inverteram a ordem das coisas e lá permitem a privacidade do cidadão em uma local que é do estado, e não dele.
É um tipo de comodato que é pago pelo cidadão para usufruir de um imóvel o mais adequado possível para ele, a cada fase da vida.
De uma quitinete quando jovem até uma casa de vários quartos quando casado com muitos filhos e a volta à quitinete quando velho, por exemplo.
Ao longo do tempo despende com a moradia um valor proporcional às suas necessidades.
A cada mudança solicita ao poder público outro tipo de imóvel.
Ao liberar o que usava esse é totalmente revisado (pelo poder público) para ser entregue a outro solicitante.
São muitos os aspectos interessantes desse modelo:
  1. Permite que a moradia deixe de ser um problema para ser adquirida com problemas de financiamentos e possíveis sub ou sobrevalorização de imóveis que dá na crise da bolha imobiliária que afundou o mundo em 2008.
  2. Garante moradia digna a todos proporcionalmente independente da zona onde more.
  3. A oferta de moradias cresce de acordo com a necessidade da população e o faz de forma planejada.
  4. A valorização dos imóveis não passa por um terrível problema que é a especulação, que é sempre difícil de ser combatida.
  5. A valorização ou não dos imóveis é fruto da melhora da administração pública e esta é que se beneficia com uma possível elevação do preço do comodato.
Devem existir outras vantagens, mas não vale se estender demais nisso.
Vejam que sob o ponto de vista lógico essa forma de administrar as cidades é muito melhor e garante qualidade de vida a seus moradores.

Mas fico imaginando na cabeça das pessoas a indignação: "esse cara quer estatizar minhas propriedades".
Não, não quero porque acho que essa ideia seria inteligente demais para ser absorvida por pessoas tão toscas como o somos aqui, e na maior parte do planeta.

Todos querem ter a propriedade, mesmo sabendo que ao morrer não a terão do mesmo jeito.
"Ah! mas tem os herdeiros" - alguém irá justificar.
Mas também o fator herança só existe se houver o que herdar.
E não há melhor herança que a educação que possamos dar aos filhos, pois daí em diante o resto serão conquistas merecidas por eles.
Bens materiais sem valores morais só servem para criar vagabundos, horda que já não é pequena.

segunda-feira, 27 de outubro de 2014

Ninguém ganhou!

Mais de 1/4 dos brasileiros estão se lixando para as eleições, cujo voto seria obrigatório.Caso não fosse obrigatório penso que mais da metade do eleitorado não teria ido votar.
Os mais aguerridos defensores de cada partido não fazem mesmo a diferença.
É a grande massa ignorante de cidadãos que deve ser cooptada por um processo nada lícito chamado de marketing político.
Um jogo onde tudo é válido.
Um jogo que deveria causar asco aos próprios participantes tantas sãos as mentiras e sujeiras que se faz para tentar ganhar o voto dos idiotas.

Acredito que isso não é política.
Esse processo não pode ser chamado de democracia.
A grande parte dos votos brancos, nulos e abstenções mostram que há uma grande parcela da população que não acredita nessa democracia.
Não acredita no sistema político instituído.

Com isso conseguimos eleger um presidente com 39% dos votos da nação, não pela maioria de seu povo.
Fosse Aécio ao invés da Dilma o quadro seria semelhante.
Quer dizer, quem se elege num sistema como esse não representa a maioria da população.
E no entanto ficaremos sujeitos aos mandos e desmandos de um indivíduo que não nos representa realmente.

Quem nos representa então?
Deveria ser o Congresso.
Num sistema presidencialista as coisas são simples.
Para governar o eleito precisa do Legislativo.
Para convencê-lo deve distribuir benesses aos deputados e senadores para poder ganhar seu apoio.
Como a maioria dos congressistas está mais interessado em suas causas pessoais ou do grupo que representa, está formado o caldo de cultura para a corrupção que graça solta no Brasil.
Tá, não é só no Brasil que temos corrupção.
Mas a impunidade é coisa nossa sim.

Esta é nossa política, ou o que chamam de.

É, em resumo, o resultado de um povo inculto de de péssimo caráter.
Tolerante com a corrupção.
Que usa a lei de Gerson para tudo.
Que é preguiçoso.
Que está pouco se lixando para a herança que deixaremos para as gerações futuras.

Se pudesse viajar no tempo queria estar nas caravelas portuguesas para incendiá-las antes de terem chegado aqui.
Ou no mínimo explodido aquela frota que trouxe a corte para o Brasil, e seus 15 mil canalhas que se multiplicaram mais que os ratos que vieram junto. São a "elite" que ocupa o estado brasileiro.

Guardo aqui os resultados lastimáveis de nossas eleições:

37.277 brancos nulos e abstenções 26,10 %
51.041 Aécio 35,74%
54.500 Dilma 38,86

Ninguém ganhou!

segunda-feira, 20 de outubro de 2014

Prouni, Pronatec e uma esquerda de mentira.

Acho que sou caolho pois não vejo nada de bom nesse Prouni e tenho muitas reservas com o tal Pronatec.
Prouni

O Prouni financia o estudo universitário aos menos abastados.
O problema é que, na verdade, cria uma dívida para o aluno pagar depois de formado, e dá lucro à Faculdades não muito meritórias, para não dizer o pior.
Não seria mais útil engrossar os orçamentos das Universidades Públicas, e permitir sua expansão, já que a gestão de qualidade destas é reconhecidamente maior.
E se é para pagar depois, porque os mais abastados que entram nas públicas também não podem pagar depois.
Se essa é uma ação da esquerda (como se denomina o PT) o que será feito da direita?
Pronatec
Já o tal Pronatec e até os outros programas semelhantes em São Paulo e Minas, que o Aécio citou no debate, não me agradam por não fazerem parte de um sistema de formação mais amplo.
Estudei em uma escola experimental (Ginásios Vocacionais) que era um projeto de sistema de ensino em São Paulo na década de 60 do século passado.
A ideia daquele sistema era iniciar os adolescentes em todas as áreas, permitindo-lhes se aproximar das que mais lhes interessasse.
No ensino médio então, os jovens já se iniciavam na vida do trabalho (um emprego ou estágio era obrigatório) e isso trazia um amadurecimento ao jovem e um melhor foco em suas escolhas.
A formação até o segundo grau deve ser obrigatória para todos os cidadãos.
A partir desse ponto, especializações podem ser o foco.
Não concordo com o sistema S ou das Escolas Técnicas, que iniciam a formação técnica sem completar o devido amadurecimento do jovem, principalmente nos aspectos culturais, políticos e sociais.
Formar apressadamente mão de obra qualificada e pouco cidadã pode ser muito interessante para o capital e para o estado, mas é péssimo para o indivíduo e para a nação.
Vive-se hoje uns 20 anos a mais do que se vivia em média a 60 anos atrás.
Porque a pressa?
Precisamos de um sistema de ensino que inclua a educação, desde aquela doméstica até a social e técnica.
Sem isso nunca sairemos desse estágio de subdesenvolvimento (o termo é antigo mas se aplica como nunca) em que estamos e piorou nos últimos tempos, para dizer a verdade.
A nossa indústria, que seria o berço dos melhores e mais qualificados empregos, reduziu sua participação no PIB quase à metade nos últimos anos.
Nossa construção civil, não evolui a décadas, são novos materiais, até técnicas novas, mas a qualificação da mão de obra é mínima, falta-lhes a vontade (parece não se perceberem como parte da sociedade) e a formação (fazer conta para a maioria dos empregados nesta área é uma dificuldade, geometria então parece bicho de 7 cabeças).

A formação técnica então não pode prescindir da base que o segundo grau dá aos jovens.
Os cursos técnicos devem existir, defendo a formação técnica, mas acho que ela deveria ser um contra-turno de um colegial, garantindo melhores indivíduos para a sociedade e porque não para a produção.
Sem planejamento, sem nação!

domingo, 19 de outubro de 2014

E a seca é culpa de quem?

Estou em Curitiba.
Nesta última semana houveram duas grandes tempestades por aqui, com vendavais de quebrar árvores ao meio.
Nos 5 anos que por aqui estou só uma vez vi tamanha tempestade, que por sinal derrubou uma ameixeira que nos agraciava com seus frutos.
Aí fico pensando: será que essa vai para sampa, bem que podia, antes era assim.
Mas parece que não vai, tropeça nas serras não vence os bloqueios térmicos.

A falta de água no sudeste é culpa de quem?
Os estudos de hidrologia não tinham essas previsões de seca?
Nada poderia ter sido feito antes do cataclismo que vive-se hoje?
Não é só a seca das torneiras, mas a das usinas elétricas que preocupam, estas por usar muita água se comparadas com a torneiras, muitas vezes muito mal educadas.
Difícil prever, mas há um erro estratégico na administração da água.
Já comentei em outro post que um professor de Hidráulica na Poli, defendia a construção de micro usinas espalhadas pelo país afora.
A exemplo das micro e pequenas empresas, poderiam ser elas a ajudar nessa hora.
Vantagens são óbvias:
  • armazenam água ao longo dos cursos d'água, 
  • inundam áreas muito menores e ao contrário do impacto ecológico das grandes usinas, são até benéficas ao meio ambiente,
  • geram energia de forma distribuída no espaço e próxima dos consumidores.
Mas me parece que não há vontade política em fazer isso, muito menos bom senso.

Existe um parque eólico no nordeste que, ficou parado mais de um ano (se ainda não está) porque foi concentrado numa região (provavelmente com ventos mais favoráveis) e a linha de transmissão que levará seu produto a centros consumidores não teria sido terminada ainda.
Governos gostam de mega obras, esquecem-se das pequenas soluções.
Mesmo que os ventos não sejam ótimos, se os geradores fossem distribuídos no espaço talvez o resultado fosse equivalente, pois teríamos menos perda nas transmissões.

Mas de novo a opção pela grande obra é que se aplica.
Esse pensamento se confronta com a sustentabilidade, e daí os ambientalistas tentam o quanto podem obstrui-los, nem sempre com bom senso ou com êxito.
É a falta de humildade do ser humano diante da natureza que o irá matar.
O desequilíbrio está aí, é visível.
Estamos começando a sofrer agora os nossos desmandos no trato do planeta.

sábado, 18 de outubro de 2014

Dizer eu errei não doi.

Quem afirma algo está sujeito ao erro.
Estudei muito, e quase sempre em grupo, aprendi que assim é melhor.
Errei muito (não só nos estudos) e meus colegas (amigões mesmo) sempre apontaram meus erros.
Tinha 2 alternativas a) reconhecer o erro, b) tirar uma nota ruim.
Preferi sempre a primeira.
Aprendi que na vida é assim, ao assumirmos nossos erros fica fácil aprender.
Ah mas dói assumir o erro... eu não acho.
Sou essa coisa mal resolvida mesmo que a natureza fez e é meu dever depois de errar aprender com ele e tentar melhorar.
Dizem os psicólogos (dos os quais tenho certa desconfiança) que ao assumirmos nossos problemas estamos a um passo de resolve-los.
Os historiadores constatam que os que aprenderam com os erros foram vitoriosos a posteriori.
Pois bem, estou em devaneio?
Não, vamos ser objetivos.
Perguntei aos meus amigos petistas que me respondessem se concordam, apoiam, e rezam a cartilha do Fórum São Paulo, uma excrescência que o PT, entre outros partidos radicais brasileiros, apoia e é  representado pelo seu doidivanas e mau caráter Marco Aurélio Garcia (aquele do toptop).
Ninguém me respondeu.
São vários os amigos petistas.
E mais ainda, amigos dos amigos.
Parece que não são muitos neste meu meio.
Ninguém me respondeu.
Ninguém se dignou a falar um sim ou um não.
Que merda!

Junto com Dona Berenice, minha professora dos 4 anos primários, e de Dona Glorinha, minha orientadora no Ginásio, e Dona Maria Nilde que além de criar o Vocacional me ajudou nas minhas ações sócio-educativas-políticas, está a educadora que muito admiro é me é muito querida Olga Bechara.
Um dia ela me disse, eu com 12 anos se muito, ela com mais uns 10 talvez: "Não Seja Maria Vai Com As Outras" palavras que me calam fundo, mesmo depois de 50 anos.
Olga não sou mais um "Maria vai com as outras".
Mas agora, depois de 50 anos, a Sra. e me parece alguns dos Becharas que também conheci e sempre respeitei, não estão usando a máxima que tão gentilmente me oferecera aos meus 12 anos.Está na hora de acordar, ser pragmático e pensar como nação, usar a razão e não a emoção que é por sua vez uma das origens do ser "maria vai com as outras".

Tenho outros amigos que, como sacis-pererê, ficam meio na encolha.
Como o saci que acha que se esconde atrás de um mero bambu.
Não deixarei nunca de tê-los como amigos, afeto não tem a ver com razão felizmente para nossa vida.
Uma mãe ou mulher de um bandido vai visitá-lo na cadeia se sujeitando às maiores baixarias dos administradores do presídio.
Mas fico realmente triste quando não me respondem, perdem a chance do diálogo.

Sou anarquista declarado, sem a violência dos idiotas.
Quem não entende direito o anarquismo que vá se informar.
Não sou nem fui  filiado a partidos.
Nossos partidos, mesmo que somados, não me representam não há definições ideológicas, utopias a serem perseguidas, nada. São agremiações eleitoreiras e só.
São feitos como as religiões, baseiam-se em fé e não em razão, e claro no dinheiro.

Mas honestamente espero mais de meus amigos.
Amizades são feitas pelas pelas afeições e pela história vivida juntos.
Isso não dá para desfazer.

quarta-feira, 15 de outubro de 2014

O Transito de Sampa em 2000.



Assunto: Código Nacional de Trânsito e sua Gestão em São Paulo.
Quem escreve: Ricardo Aleixo – Fiz Engenharia Civil na Escola Politécnica da USP e lá estudei Engenharia de Tráfego.

Ouvi uma entrevista no seu programa, com um especialista em trânsito do Rio de Janeiro, na qual combatia a lei em tramitação no congresso que propões alterações no CNT.
Concordo com a opinião do entrevistado.
O CNT tem que ser “duro” na defesa da  segurança do trânsito.
Mas essa segurança deve começar pela boa gestão do tráfego pelos municípios.
E isso está longe de acontecer aqui na capital.

Nossa política de trânsito está baseada nos seguintes princípios:
1.      Quanto mais multa melhor. Exemplos:
1.1.   Na entrada do Túnel Sebastião Camargo (de quem vem descendo do clube Paineiras) existe uma restrição de velocidade de 50 Km /h, logo em seguida um multômetro (desses eletrônicos) e logo em seguida a velocidade volta a 60 Km /h. Não é o único caso que conheço com essa característica.
1.2.   Na Marginal, a velocidade em alguns pontos cai para 70 km /h. Quem inventou 70 Km/h ao invés dos 80 Km / h deve ser um gênio (de 4 patas). Experimente andar nessas 2 velocidades em um carro razoavelmente moderno (fabricado depois de 1980) e você verá que não há diferença prática na segurança. Deve-se definir padrões claros de limites de velocidade. Sou do tipo 40, 60 e 80 etc. Daqui a pouco vai haver 32,46 Km / h em um trecho de 98m da marginal. E é claro um multômetro justamente aí.
1.3.   No cruzamento da Pompéia com a Francisco Matarazzo, devido a uma confusão que os gênios do trânsito fizeram, é normal o tráfego parar extemporaneamente, sem aviso, e deixar um ou outro motorista no papel de palhaço na zona de cruzamento. Aí vem um guarda e multa-o. O guarda deveria estar ali para avisar os motoristas, inibir sua entrada no cruzamento, e não multar. Multar não melhora o trânsito, melhora a arrecadação.
2.      Inibir o trânsito de veículos em ruas onde o interesse particular prevalece sobre o coletivo. Sabe quais... ruas bloqueadas gratuitamente para não serem usadas. Veja a lógica: o tráfego se comporta como um fluido que deve traspassar um meio. Se obrigarmos que o tráfego somente se dê em vias principais, iremos diminuir em muito o fluxo do fluido, causando: a) baixa velocidade e b) congestionamento. Não lhe parecem palavras familiares? Trocando em miúdos, se entupirmos as artérias vamos provocar um enfarto. São Paulo está enfartando!!!
3.      Colocar no planejamento e na administração, orientação e policiamento do tráfego pessoas inabilitadas para essa finalidade.
3.1.   No planejamento temos técnicos na engenharia de tráfego que parecem migrados diretamente dos campos de extermínio em massa da 2a. Guerra! Criam disparates do tipo conversão à esquerda em vias de alto movimento e velocidade. Naquela pista de mais alta velocidade tem uma conversão à esquerda e um pobre coitado parado. Sujeitando-se a tomar uma por traz de perder a vida. É perigoso ou só eu acho isso? E não venham com a desculpa que não tem como fazer diferente... desculpas do tipo  “sabe o traçado urbano não permite”... Bobagens!!! A gestão da coisa pública não pode aceitar essa atitude. a vida humana deve ser a primeira prioridade na política de gestão pública. Hoje não é!!!
Pior ainda é o fato de se ter que dividir o tempo de operação dos semáforos entre 3 fases ao invés de 2. Será que disseram para eles que 1/3 é menor que 1/2?
3.2.   Sobre a gerência do tráfego nas vias deve-se considerar o quem é quem. O quadro atual é mais ou menos o  seguinte:
3.2.1.     Todos podem multar: quando eu era pequeno para multar tinha que ter poder de polícia, agora tem mocinha azul, homenzinhos marrons, flash’s multicoloridos, quadradinhos pretinhos no asfalto, espiões da CIA, Interpol, FBI, e sei lá quem mais a nos multar.
3.2.2.     Ninguém precisa orientar. Pergunto quem já viu, nas ruas, alguém ligado ao trânsito dando uma orientação de bom senso? Daquelas “eu poderia multar, mas se orientar é melhor para o trânsito”. Eu nunca vi!
4.      Abandonar o transporte público ao Deus dará.
Sabe, transporte de massa não é tão complicado. É outra cadeira do curso de engenharia que fiz.
Tem que haver uma hierarquia nas soluções. Temos que usar o exemplo das arvores:
4.1.   Grandes troncos, para altos volumes == Metro,
4.2.   Pequenos troncos, para médios volumes == Pre-Metrô, Corredores de Ônibus Elétricos,
4.3.   Galhos, para captação da população levando-os (de forma integrada) até algum tronco = Ônibus para maiores volumes, e lotações para os menores.
Mas aqui não tem ordem.
Para o metrô e corredores nunca temos verba.
Os ônibus e peruas vão do centro até a periferia. Geram um tráfego desnecessário.
O transporte público é a) de má qualidade, b) muito caro e c) escasso.
É mais barato pegar uma Brasília amarela de rodas gaúchas, juntar mais 3 colegas, e gastar uns R$ 5,00 para rodar uns 30 Km ao invés de gastar R$ 10,00 (se fossem pegar um único ônibus para ir e outro para voltar).
E não venham com a história da gasolina estar barata. Não tá, é a mais cara do mundo.
O que não temos é política de transporte público. Compare São Paulo com Curitiba.
São somente alguns exemplos.
Sabe, nasci aqui a quase 50 anos. Gostava de São Paulo. Não gosto mais.
Estou indo para o interior.
O mais gozado é que para onde vou estou batendo com um monte de paulistanos.
Já que as reformas agrárias, eleitoral, fiscal e outras tão necessárias não vem, estamos criando uma reforma diferente. Estamos reformando uma casa no interior  e abandonando Sampa.
Esta cidade só nos mostra o lado ruim das pessoas. Para onde vou, vemos o lado bom. Aqui todo mundo quer entrar na frente – egoísmo. Lá damos passagem um para o outro -  Civilidade.

Adeus!!!

R.Aleixo

PS: bom “day after” a todos...

Um poema de 2012

E para as cabeças  a preocupação,
Para as mãos um violão,
E ao coração, um coração.
Com fome...
Moribundo...
Sem esperança.

O Índio cantado  não veio
Da estrela nenhuma nave,
Nem ao menos uma luz ,
mesmo que não estonteante.

Perdemos o ideário!!!
Cuba morre, literalmente,

Pensaram que estavam aí as ideias.
Não estavam ?
Acabaram-se as experiências?
Venceu o capital.
E o trabalho, virou pelego?
Os pensadores desconversam.
Não há mais saída?

Cristo morreu.
Zumbi morreu.
Gandhi morreu.
Mãe Menininha morreu.
A religião impera.

Eu já fiz 40 anos .
Perdi dentes.
Ganhei quilos.
Uns cabelos caíram,
Outros branquearam.
Gosto de mais coisas,
Aprecio mais,
Penso menos ?

E o  Índio cantado não veio.
Ou foi morto por garimpeiros?

O artista não é mais guru.
Mas o rebanho precisa de guia.
É assim.
É a verdade nua e crua.

E a nova Era, quando vem ?
A esperança tem que voltar.
Betinho,
as fomes são muitas !

Cristo morreu.
Zumbi morreu.
Gandhi morreu.
Morreremos todos...

Um texto de 1992!

Sobre a Chacina na Casa de Detenção, os Cabeças Raspadas e Meu Saco Cheio


Toda a imprensa está defendendo os pobres presidiários do Pavilhão 9 da Detenção.
A Santa Igreja, os Santos Políticos, e outros Santos Segmentos Sociais também.
O mais engraçado é que o meu coração também se comoveu, achou um absurdo, ele estava Santo no momento.
Daí ouvi uma história, de que os coitados dos 111 não eram 111, mas passavam , e muito dos 200.
Mas ouvi também, e da mesma boca, que a polícia teve que intervir porque os próprios detentos tinham marcado uma leve execução para a sub-raça dos presidiários portadores de Aids. Os executados é que seriam uns 111.
Para os presos não matarem mais 111, aumentando assim suas penas que devem provavelmente passar de 111 anos cada um,  a polícia resolveu intervir. Matou quem sabe 222, 333 ou ate 999.
Não vem ao caso. Matou!.
Não matou 111, matou também para cada um mais 1, ou 2 ou 10 ou sabe-se lá quantas pessoas cada um já havia matado, pois com eles foram-se se as histórias como  a do casal de aposentados queimados vivos,  com os olhos furados para não terem que ver a própria chacina (Santos Criminosos).
Todo mundo ficou comovido.
Mudemos a cena.
Jovens, classe média, "imitando" o pior exemplo (sic do sistema) da história conhecida do mundo contemporâneo, HITLER.
Declarando-se racistas, querendo expulsar nordestinos, judeus,  bichas e tantos mais.
Fazem terror num show no Rio de Janeiro. Talvez sentindo saudade dos bons tempos do Rio Centro.
Serão filhos de quem?
Não, da mãe nós sabemos a profissão. Queremos saber dos pais.

A visão nacionalista que fomentou o nazismo, bem que numa versão de terceiro mundo pode ser uma visão bairrista.
Vamos mudar a cena de novo.
O trouxa aqui, sentado no sofá, vendo o noticiário.
Sentindo pena dos presidiários, e raiva dos neo-nazistas.
Certinho como o sistema quer que eu faça.
Daí, pensei. Sim, de vez em quanto a classe média pensa!
Vamos inverter a situação! E se eu tiver pena dos neo-nazistas e raiva dos presidiários. O que poderia me despertar tais sentimentos.
Viajei!
O empresariado é cúmplice do sistema pois além de pagar propina (a CPI ouviu declarações diretas destes), pode sonegar os impostos.
A classe média paga. E não chia!!
O pobre chia e não paga. Parecido com o empresário que também chia.
O governo, por sua vez, "alivia os cofres" como ficou provado no episódio do impeachman do LL (dizem que falar no nome delle dá azar).
Eu vou pagar 900 mil de escola para o meu filho.
O meu patrão (que por coincidência é um empresário) me desconta INSS, IR, e além disto um Plano de Saúde.
O governo está falando que só vou me aposentar depois dos 65 anos.
Do jeito que vai, não me aposento. Não vivo até lá.
Paguei de IR mais do que minha mulher gastou na despesa de mes de casa.
Pô! Não tá justo.
O que o empresário paga de imposto ele mesmo fatura de volta, ganhando contrato com propinas quer dizer, ainda se beneficia.
O  que eu pago não vejo de volta. Minha cidade anda um lixo, não tenho disponível assistência médica gratuita, pois o atendimento público está sempre lotado pelos pobres (coitados). Ensino público como aquele que eu recebi na década de 60, qual o que. Até aqui, no meu pobre bairrozinho de classe média, não há vagas. Se não cuidar com meu carro arrebento ele no primeiro buraco que a prefeitura preparou especialmente para mim (e para o fabricante de autopeças).

Resumindo! O que eu pago o pobre usufrui.
Estou procurando uma prova em contrário.

Aí vem todo mundo com demagogia, coitado do pobre!
Será que a igreja sem pobre não acabaria, sem a menor possibilidade de mostrar sua infinita bondade com o dinheiro que o bestão de classe média lhe deu?
Será que os políticos (que sustentam o estado atual) também não acabariam considerando que são os pobres que engolem seu bla-bla-bla e votam neles?

Aí começo a entender os cabeças raspadas!
Se não houvessem pobres, seus pais (trouxões como eu) teriam mais dinheiro para proporcionar-lhes uma vida melhor.
Mais culta, divertida, alegre.
Não teria a igreja demagógica, e sim uma que tratasse exclusivamente da fé.
Não teríamos políticos promovidos por uma classe que, bem ou mal não os sustentam.

Aí descobri que a Chacina da Detenção era também uma atitude dos cabeças raspadas (como conseguiram não descobri ainda). Eles estão muito mais próximos de nós do que imaginamos.
Poderão ser nossos filhos. E nós aceitaremos sua conduta, talvez como fizeram os alemães no pré-gerra, assumindo por omissão esta filosifia.
Pronto, me descobri nazista!
Meu pai tremeu no túmulo (acompanhou de lá meus pensamentos).

Pior, não sou só eu!
A classe média é nazista.
Se for feita uma enquete para ver quem censura a atitude dos policiais que "limparam" (sic junto amigos) a Detenção veremos que somente uma minoria desaprova.
É tudo nazista.
A classe dominante, capitalistas empresários, políticos, igreja. imprensa, etc, nos estão moldando assim. Não pelo que se diz, mas pelo resultado do que se faz. Pela sociedade que nos oferecem. Não adianta campanha publicitária contra. O que dói na pele não é superado com publicidade.

Isto é outubro de 1992.

Paro.
Volto da minha viagem,
Mesclo minha lógica com meus pensamentos.
Volto a ter pena dos detentos mortos, com raiva dos neo-nazistas.
Estou tentando fazer o que o sistema me pede.

Mas no fundo, tô com uma raiva danada do cara que fez o telhado deste  quarto onde estou escrevendo. Tá com goteira. Tenho que secar tudo.
Quem é ele?
Deixa prá lá, senão começa tudo de novo.

Pós Modernidade



E assim caminha a Humanidade... caminha?
Introdução

Li dois textos, um do Veríssimo e outro do Jabor.
Ambos falando sobre as mulheres.
Anexo os dois textos para saberem do que falo aqui, é importante lê-los antes.

O do Veríssimo fala do ser mulher que está rareando, terminando.
Não é mais o modelo da mulher atual.
Quem entende bem o novo modelo é o Jabor, do outro texto.
Essa é a mulher que está nascendo.
Mas vejo nos textos um equívoco: os dois somente constatam: um o que existe e está passando e outro o que está iniciando.
Constatações. Rigorosas, muito boas.
Mas constatações. Pura observação da realidade.
Faltam propostas, ousar no “se fosse assim...”.
Será que ninguém mais sonha, projeta, nem pessoas das mais criativas como os dois autores acima?

Faltou às "antigas" o ideário, que continua faltando às modernas.
Algumas coisas, importantes, foram perdidas.
Não só para nós, mas para a Humanidade.






Existem pesquisas que dizem ser possível fazer um novo ratinho a partir de duas ratinhas, ou até de uma, não vem ao caso.
Huxley, em Admirável Mundo Novo tinha previsto isso.
Sim previsto, ele foi mais objetivo que Nostradamus, e mais assertivo.
Está tudo acontecendo conforme as previsões do Huxley.
Não era ficção, era premonição!!!

O que essas coisas tem a ver com o assunto?

As ratinhas nos dizem que não precisamos mais transar para procriar, falta pouco e tudo estará resolvido!
Tubos de ensaio e uma Pipeta serão os novos símbolos do sexo procriativo.
Ah! sim, haverão dois tipos de sexo: o procriativo que não mais será realizado pelos processos milenares e inseguros e o sexo social, que visa o gozo carnal.
Haverão nada, já são assim.
A esterilização total é que ainda é opcional, mas já é de uso corrente.

Huxley eliminou o relacionamento duradouro entre duas pessoas, tornou-o efêmero, transa-se, mas cada dia com um ou uma obrigatoriamente. Nada de compromissos.
Algum paralelo com nossa realidade atual?
Ele acaba com a unidade familiar, tão importante para a sociedade moderna pois criava uma célula de consumo (puro interesse capitalista).
Agora as células são individuais, dobra-se o consumo e por isso vinga, vira modelo (de novo – puro interesse capitalista).
E o metrossexual, o tal quase viado, também foi previsto.
Se igualou às feminilidades praticadas pelas mulheres.
E elas, as modernas, já aprenderam a "bater na mesa" para defender uma opinião profissional.
Estamos todos iguais (homens e mulheres se é que ainda vingará essa definição?). 
O tal metrossexual está mais preocupado com o ego dele do que com qualquer outra coisa.
As mulheres continuam se preocupando com as necessidades metrossexuais (elas as inventaram), e avançam sobre o lado das antigas habilidades masculinas.

Novo ser se transmutando, em breve seremos todos "mulhomens"?
Aquela coisinha que fica no vão das nossas pernas e só serve para esse prazer efêmero, irá se inutilizando e por fim, segundo Darwin, simplesmente eliminado?

Devemos analisar os dois caminhos possíveis:
·         O sim, que implica em imaginarmos o ser humano se unificando em uma espécie meio andrógina, ou melhor bissexual, onde o sexo permanece somente para seu uso “social”.
Esta é uma alternativa bem possível, ao se considerar que a humanidade poderá parar de evoluir pela ação dos conflitos como os gerados pelo antagonismo ainda reinante mas que, ao se tornar cada vez mais complexa como atualmente, tende a mudar o paradigma da evolução humana do conflito para o entendimento, pois é muito mais produtivo.
Ih! Acho que fui muito fundo aqui, esqueçam...
Talvez esse seja o final do processo, mas muita coisa deve acontecer antes disso.
(mas ainda me inquieta: será que seremos um dia assexuados ou bi?).
·         O não nos tornaremos mulhomens,  penso que representa o início de um processo que tem muita possibilidade de desembocar na hipótese acima.
O prazer do relacionamento polarizado continuará a ser um estímulo às relações humanas.
O homossexualismo que aparenta ser cada vez mais difundido, na verdade está só se explicitando.
A Humanidade sempre teve os homossexuais, exemplificar é desnecessário.
Temos, em cada sexo diferenças muito interessantes, até agora mal exploradas. E o que é pior, muita coisa se perdendo com os novos costumes.

Mas voltando ao assunto.
Na verdade, nos últimos 40 anos (cinquenta no máximo) resolvemos mudar tudo.
As mulheres principalmente!
Que sempre, e tanto, oprimidas resolveram ocupar uma lugar de maior destaque, maior brilho, mais bem remunerado que o tanque ou o fogão e a correspondente mesada fixada pelo marido.

"- Tem todo o direito" - pensamos nós os homens modernos da época.
Vamos dividir as despesas, as obrigações, as responsabilidades...E chega!!!
Não me venha com louça ou roupa para lavar...
Aí já é demais!
Cozinhar só no churrasco de fim de semana! 
Daí constatar as mudanças não é uma questão de ciência, é nosso dia a dia.
Algumas (ou muitas) não aguentaram mais aquele cara, muitas vezes desempregado e de pijama, andando pela casa e ela com uma jornada tripla de profissional-mãe-amante para dar conta.
Vieram as separações, numerosas, acho que a maiorias nos relacionamentos.
Umas difíceis, outras nem tanto.
Os filhos?
Se acostumaram, tanto que agora é a maior caretice ser filho de pais casados a mais de dois anos...
Alias agora é assim dois pais e respectivos namorados.
Já se acostumaram.

Tem até pai está namorando um outro homem! E mãe namorando outra mulher...
Talvez até, melhores essas relações homossexuais, pois tendo tantas barreiras a vencer, me fazem crer em melhores intenções, mais honestas, na verdade de profundo amor entre as partes.

Tudo normal. Banalizou-se.
Nada contra. Só Constatações.

Mas será que seremos sempre seres determinados por necessidades tão imediatas?
Sexo, propriedade, comida, status!
Não existe nem ética nem estética, só status, muitas vezes antiestético, quase sempre antiético.
Feio mesmo! A moda muitas vezes é poucas linda como deve ser a arte.
A falta de ética prepondera, justificando-se com desculpas esfarrapadas que não se sustentam.

E ter isso tudo não traz a felicidade tão esperada e propalada pelos comerciais destas porcarias que consumimos.

A pluralidade dos tempos atuais está aumentando o espaço feminino acostumado a cuidar de várias coisas ao mesmo tempo.
O que não pode acontecer, é a mulher perder muitas das características positivas que tem – e só ela tem -  algumas tão bem ressaltadas pelo Veríssimo no seu texto.
Elas precisam de uma dose a mais de esperteza.
A primeira, de mostrar que é “tão boa quanto o homem” não basta, tem que mostrar que é “melhor”, que aprenderá tudo o que o homem sabe, mas sem perder seu saber feminino.
Parar de imitar tolamente os homens.

As constatações nos textos dos autores citados assusta.
Agem como disse o Jabor não como a do Veríssimo que exigia que se conversasse sobre a relação.
A mulher do Jabor, a moderna está perdendo aos poucos as qualidades da mulher do Veríssimo.
Nos relacionamentos ela é mais dura que os velhos homens, que ao constatarem um par de chifres davam uma botinada no traseiro da produtora dos enfeites e fim.
As do Jabor dizem “dane-se vou usá-lo” como faziam os homens das mulheres “pouco queridas”, elas os mantém – hipocritamente -  muito mais espertas que nós, velhos babacas não nos chutam a bunda.
Usam-nos como nunca fomos capazes de fazer com elas, ao menos com as mais consideradas. Tolamente nos apaixonávamos por nossas amantes.
Hoje, ela, nem pelo companheiro, já que é totalmente natural que não seja um só.
É algo novo. Meio sem amor, aquele de verdade.
Tudo bem, é menos hipócrita, mas falta o ideário e isso é grave.
Acontece simplesmente, como se fôssemos seres inconscientes.

E aquela intuição que o Veríssimo citava?
Ah! Não dá mais tempo...
Talvez nem achem necessário... vida corrida!
E essa intuição era um bem da humanidade, que deveria ser ensinado aos homens, trazido para todas as instâncias da vida.

O jogo da polaridade homem - mulher, está sendo colocado de lado.
De um lado, homens que se tornam mais sensíveis, mas não sabendo ainda como trabalhar essa sensibilidade.
Um parêntesis:
Ser sensível para o homem não é se enfeitar como mulher, tirar sobrancelha, maquiar-se, fazer depilação.
Isso é besteira dos tais metrossexuais.
A Beleza, na espécie humana, é da Fêmea.
É mais bela, tem lindas curvas, delicadeza, poucos pelos.
É a beleza que se espera de seres mais elevados na escala animal.
A seguir com esse pensamento de igualdade estética vamos chegar à conclusão que chegaram as bichinhas : “Elas (as mulheres) são lindas e temos mais é que imitá-las!”.
Assim, o metro sexual, aprendendo com os travecos, irá descobrir o silicone e fazer lindos seios, bundas, maçãs de rosto e coxonas.
Isso é viadagem pura e simples!
Fecho parêntesis

 De outro mulheres, que a título de um profissionalismo crescente, descartam essa sensibilidade que utilizavam de maneira tão natural e eficaz.
Deixam de lado aquele jeito carinhoso, cativante, que destravava a sensibilidade dos homens e esquentava os relacionamentos.
Embrutecem-se, esse é o fato.
Isso não é evolução!
Tem que existir aquela mulher cantada por Vinícius, ou pelo Chico, acrescida desta outra, moderna, plugada, dinâmica que tanto apreciamos.

Insisto, elas devem ser mais inteligentes que os homens e agregar esses novos valores intelectuais, profissionais, etc. ao seu caráter, sem dispensar as qualidades natas que as tornam tão interessantes.

Devem brigar sim para que se divida o turno de dona de casa com o companheiro!.
Devem dispor de mais tempo para si, para suas intuições, para o cuidado com a família, com os filhos.
E ao faze-lo, ir despertando no companheiro essas atitudes, dividindo assim realmente todas as responsabilidades, aumentando ainda a delicadeza saudável desse novo homem, ensinando-lhe esses mistérios.
As relações homossexuais tem essa vantagem, a divisão equitativa fica explicita pois são dois iguais convivendo, apresenta um dia a dia mais harmonioso.
Não estou aqui fazendo apologia a elas, mas é um fato e podemos aprender com ele.

Mas é isso, não seremos ainda dois iguais, mas iremos paulatinamente nos aproximando de valores positivos reais, tornando-nos mais inteiros, completos.  Aprendendo um com outro.

Eu, por exemplo acho o amor materno lindo, é o amor que ensina a amar!
Como homem tenho inveja da profundidade que a mulher pode dar a esse amor.
Por mais que tente, sei que não chego lá.
Gostaria de aprender mais com elas.

Apesar das religiões serem comandadas por homens, é nas mulheres que se encontrava o desprendimento e a elevação espiritual para o contato com o divino.
Até isso está se perdendo.

Já se viu algo mais poderoso que lágrimas de mulher para mudar tudo?
Seu efeito sobre os homens é mágico, não é chantagem!
Abrem novo departamento nestes, e os permeabilizam para as emoções também.
Se elas pararem de chorar, a terra ficará seca, amarga.
A energia dessas lágrimas (não só as de tristeza) alimenta nosso planeta.

Ao fundirem sexo e amor ofereciam uma forma muito mais rica de relacionamento.
Mas insaciáveis os homens tinham que separa-los, transando muito e se relacionando pouco, até com a própria companheira.

Elas aprenderam o mau hábito.
Fazem agora como nós, pior como já disse.
Vingam hoje milênios no desprezo; sem necessidade, pois as mulheres de antigamente eram coniventes com esse sistema.

Mas será esse o caminho?
Desistir do pouco que restava de qualidade no relacionamento, e que devagarzinho ia sendo ensinado aos homens?
Sexo é bom, muito bom.
Pode-se passar a vida transando cada dia com um!
Os primatas já o faziam.
Mas vem o dia em que se cai no vazio, como tantos já notaram.
Não prego a caretice.
Acho que se pode (deve) experimentar, ou viver experimentando, mudando mesmo.
Só que relacionamentos.
Algo com mais conteúdo do que aquele que enche a camisinha.

É verdade que não precisamos mais viver a vida com uma "cara metade", não mais a muleta que o companheiro representava.
Agora somos unos, inteiros, relacionando-se com outros inteiros.
Natural que não se pretenda mais "amor eterno até que a morte nos separe".
Mas que tem que ser infinito tem, como já cantado.
Nos fazer viver emoções, sonhos e projetos, alegrias e tristezas.
Daí sim, representou vida!

Talvez os relacionamentos atuais venham a ser mais efêmeros sim, mas não podem é ser superficiais, meras transas, encontro de corpos vazios, sem almas.
Tem que representar mais.
Algo que dure no depois, para sempre.
Uma marca que uma alma deixa na outra para a eternidade.

Isto está sendo jogado fora!
Não vejo propostas que permitam essa nova forma de relação. 
Agora, constatar os fatos com bom rigor, como fizeram o Veríssimo e o Jabor não basta.
Teremos que ir além disso para desenhar nosso futuro, a nova equação de relacionamento depende das qualidades femininas para ser montada.
Nós homens não sabemos como colocar esses componentes femininos em uma equação, vocês mulheres é que tem que ajudar a monta-la – a quatro mãos - senão continuaremos tentando essa velha fórmula, que está provando não funcionar mais.

Por milênios o patriarcado parece ter levado-nos ao que estamos agora.
Uma sociedade com todo potencial de evolução material que quisermos e primitiva nas relações humanas, emocionais e sociais.
Talvez, neste novo milênio, as mulheres comecem a comandar.
Impor seu jeito de ser (preferencialmente aquele feminino por favor).
Tornando-nos mais justos socialmente e felizes como seres.

A sociedade esta se tornando feminina, isso é um fato a assumir.
Na nova era a Terra mudará desta fase masculina, bruta, guerreira, polarizada para uma  feminina, mais delicada, plural, inclusiva!

É um tipo de desafio, que as mulheres devem aceitar, pois acredito poder fazê-lo.





Os textos comentados


Traição -  de Arnaldo Jabor

Como não ser um homem traído nos dias de hoje.
Você homem da atualidade, vem se surpreendendo diuturnamente com o "nível intelectual, cultural e, principalmente, "liberal" de sua mulher, namorada e etc...
As vezes sequer sabe como agir, e lá no fundinho tem aquele medo de ser traído - ou nos termos usuais - "corneado".
Saiba de uma coisa...esse risco é iminente, a probabilidade disso acontecer é muito grande, e só cabe a você, e a ninguém mais evitar que isso aconteça - ou então - assumir seu "chifre" em alto e bom som.
Você deve estar perguntando porque eu gastaria meu precioso tempo falando sobre isso. Entretanto, a aflição masculina diante da traição vem me chamando a atenção já há tempos.
Mas o que seria uma "mulher moderna": a principio seria aquela que se ama acima de tudo, que não perde (e nem tem) tempo com/para futilidades, é aquela que trabalha
porque acha que o trabalho engrandece, que é independente sentimentalmente dos outros, que é corajosa, companheira, confidente, amante... é aquela que as vezes tem uma crise súbita de ciúmes mas que não tem vergonha nenhuma em admitir que está errada e correr pros seus braços... é aquela que consegue ao mesmo tempo ser forte e meiga, desarrumada e linda...enfim, a mulher moderna é aquela que não tem medo de nada nem de ninguém, olha a vida de frente, fala o que pensa e o que sente, doa a quem doer...
Assim, após um processo "investigatório" junto a essas "mulheres modernas" pude constatar o pior. VOCÊ SERÁ (OU É???) "corno", ao menos que:
·          Nunca deixe uma "mulher moderna" insegura. Antigamente elas choravam.Hoje, elas simplesmente traem, sem dó nem piedade. - Não ache que ela tem poderes  "adivinhatórios". Ela tem de saber - da sua boca - o quanto você gosta dela. Qualquer dúvida neste sentido poderá levar às conseqüências expostas acima.
·          Não ache que é normal sair com os amigos (seja pra beber, pra jogar futebol...) mais do que duas vezes por semana, três vezes então é assinar atestado de "chifrudo". As "mulheres modernas" dificilmente andam implicando com isso, entretanto elas são categoricamente "cheias de amor pra dar" e precisam da "presença masculina". Se não for a sua meu amigo...bem..
·    Quando disse que vai ligar, ligue, senão o risco dela ligar pra aquele ex bom de cama é grandessíssimo.
·    Satisfaça-a sexualmente. Mas não finja satisfaze-la. As "mulheres modernas têm um pique absurdo com relação ao sexo e, principalmente dos 20 aos 38 anos, elas pensam - e querem - fazer sexo TODOS OS DIAS (pasmem, mas é a pura verdade)...bom, nem precisa dizer que se não for com você...
·    Lhe dê atenção. Mas principalmente faça com que ela perceba isso. Garanhões mau (ou bem) intencionados sempre existem, e estes quando querem são peritos em levar uma mulher às nuvens. Então, leve-a você, afinal, ela é sua ou não é????
·    Nem pense em provocar "ciuminhos" vãos. Como pude constatar, mulher
insegura é uma máquina colocadora de chifres.
·    Em hipótese alguma deixe-a desconfiar do fato de você estar saindo com outra. Essa mera suposição da parte delas dá ensejo ao um "chifre" tão estrondoso que quando você acordar, meu amigo, já existirá alguém MUITO MAIS "comedor" do que você...só que o prato principal, bem...dessa vez é a SUA mulher.
·    Sabe aquele bonitão que, você sabe, sairia com a sua mulher a qualquer hora. Bem... de repente a recíproca também pode ser verdadeira. Basta ela, só por um segundo, achar que você merece...Quando você reparar... já foi.
·    Tente estar menos "cansado". A "mulher moderna" também trabalhou o dia inteiro e, provavelmente, ainda tem fôlego para - como diziam os homens de antigamente - "dar uma", para depois, virar do lado e simplesmente dormir.
·    Volte a fazer coisas do começo da relação. Se quando começaram a sair viviam se cruzando em "baladas", "se pegando" em lugares inusitados, trocavam e-mails ou telefonemas picantes, a chance dela gostar disso é muito grande, e a de sentir falta disso então é imensa. A "mulher moderna" não pode sentir falta dessas coisas...senão...
·    Bem amigos, aplica-se, finalmente, o tão famoso jargão "quem não dá assistência, abre concorrência". Deste modo, se você está ao lado de uma mulher de quem realmente gosta e tem plena consciência de que, atualmente o mercado não está pra peixe (falemos de qualidade), pense bem antes de dar alguma dessas "mancadas"...proteja-a, ame-a, e, principalmente, faça-a saber disso. Ela vai pensar milhões de vezes antes de dar bola pra aquele bonitão" que vive enchendo-a de olhares... e vai continuar, sem dúvidas, olhando só pra você!!!

Mulher ou Anjo ? de Luís Fernando Veríssimo

Certo dia parei para observar as mulheres e só pude concluir uma coisa: elas não são humanas.
São espiãs.
Espiãs de Deus, disfarçadas entre nós.
Pare pra refletir sobre o sexto sentido.
Alguém duvida de que ele exista?
E como explicar que ela saiba exatamente qual mulher, entre as presentes, em uma reunião, seja aquela que dá em cima de você?
E quando ela antecipa que alguém tem algo contra você, que alguém está
ficando doente ou que você quer terminar o relacionamento?
E quando ela diz que vai fazer frio e manda você levar um casaco?
Rio de Janeiro, 40 graus, você vai pegar um avião pra São Paulo.
Só meia-hora de vôo.
Ela fala pra você levar um casaco, porque "vai fazer frio".
Você não leva.
O que acontece?
O avião fica preso no tráfego, em terra, por quase duas horas, depois que você já entrou, antes de decolar.
O ar condicionado chega a pingar gelo de tanto frio que faz lá dentro!
Começam os murmúrios:
"Bem que minha mãe avisou"; "a minha namorada chegou a tirar meu casaco do armário e eu não quis trazer"...
As passageiras simplesmente tiram os casacos das bolsas.
Como é que elas sabiam?
"Leve um sapato extra na mala, querido. Vai que você pisa numa poça..."
Se você não levar o "sapato extra", meu amigo, leve dinheiro extra para comprar outro. Pois o seu estará, sem dúvida, molhado...
O sexto sentido não faz sentido!
É a comunicação direta com Deus!
Assim é muito fácil...
As mulheres são mães!
E preparam, literalmente, gente dentro de si.
Será que Deus confiaria tamanha responsabilidade a um reles mortal?
E não satisfeitas em gerar a vida, elas insistem em ensinar a vivê-la, de forma íntegra, oferecendo amor incondicional e disponibilidade integral.
Fala-se em "praga de mãe", "amor de mãe","coração de mãe"...
Tudo isso é meio mágico...
Talvez Ele tenha instalado o dispositivo "coração de mãe" nos "anjos da
guarda" de Seus filhos (que, aliás, foram criados à Sua imagem e semelhança...).
 E sua beleza?
No reino animal, em geral, o macho é o mais belo.
O leão, o pavão, o condor...
Nem é preciso dizer que a raça humana foge à regra...
As mulheres choram. Ou vazam?
Ou extravasam?
Homens também choram, mas é um choro diferente.
As lágrimas das mulheres têm um não sei quê que não quer chorar, um não sei quê de fragilidade, um não sei quê de amor, um não sei quê de tempero divino, que tem um efeito devastador sobre os homens...
É choro feminino.
É choro de mulher...
Já viram como as mulheres conversam com os olhos?
Elas conseguem pedir uma a outra para mudar de assunto com apenas um olhar. Elas fazem um comentário sarcástico com outro olhar.
E apontam uma terceira pessoa com outro olhar.
Quantos tipos de olhar existem ?
Elas conhecem todos...
Parece que frequentam escolas diferentes das que frequentam os homens!
E é com um desses milhões de olhares que elas enfeitiçam os homens.
En-fei-ti-çam!
E tem mais!
No tocante às profissões, por que se concentram nas áreas de Humanas?
Para estudar os homens, é claro!
Embora algumas disfarcem e estudem Exatas...
Nem mesmo Freud se arriscou a adentrar nessa seara.
Ele, que estudou, como poucos, o comportamento humano,disse que a mulher era "um
continente obscuro".
Quer evidência maior do que essa?
Qualquer um que ama se aproxima de Deus.
E com as mulheres também é assim.
O amor as leva para perto dele, já que Ele é o próprio amor.
Por isso dizem "estar nas nuvens", quando apaixonadas.
É sabido que as mulheres confundem sexo e amor.
E isso seria uma falha, se não obrigasse os homens a uma atitude mais sensível e respeitosa com a  própria vida.
Pena que eles nunca verão as mulheres - anjos que têm ao lado.
Com todo esse amor de mãe, esposa e amiga, elas ainda são mulheres a maior parte do tempo.
Mas elas são anjos depois do sexo - amor.

É nessa hora que elas se sentem o próprio amor encarnado e voltam a ser anjos.
E levitam.
Algumas até voam.
Mas os homens não sabem disso.
E nem poderiam.
Porque são tomados por um encantamento que os faz dormir nessa hora...