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terça-feira, 8 de dezembro de 2015

Anarquismo Democratico ou Democracia Anarquica

Na linguagem, a ordem das palavras altera o significado.

Estamos enterrados numa democracia anárquica no mundo todo.
Será que dá para notar o caos?
Fim do Meio Ambiente
Fizeram tanto alarde na COP21 plantando esperanças (pequenas diga-se de passagem), mas quando se falou em financiamento aos países mais atrasados todo mundo ficou mudo.
Ideias e promessas são muitas, mas ações poucas, pífias e estamos ano a ano sofrendo pela passividade humana.
Fala-se em diminuir o desmatamento quando já devíamos estar falando em reflorestamentos, e pior tudo para daqui a décadas.
Penso que reuniram uns loucos naquele local, e o pior é que são considerados os entendedores do assunto.
Pobre planeta, se isso é o melhor que a humanidade pode lhes devolver.

Fosse somente no que se refere ao meio ambiente ainda vá, mas não, é a passividade inata homem da atualidade, voltado para seu umbigo, ego centrado que toma força na modernidade.
Economia x Política
A economia, baseada nesse capitalismo de mercado e consumo, que estando numa sinuca de bico não consegue ver alternativas.
E claro que mantendo os paradigmas não haverão alternativas, isso nos explicou a mais de dois milênios o mito da caverna, mas insistimos em não aceitar sua lição.

A política que está desvalorizada, os representantes não mais representam os que os elegeram, pois o fizeram baseados num instituto que podemos chamar de democracia de mercado, onde o emocional é amplamente conduzido pelo marketing e a razão e a lógica  passa ao largo.
Votamos errado em políticos errados.

Exemplo fresquinho é a guinada à direita na França depois dos atentados de Paris, a teoria da conspiração até diria que a direita francesa deve ter contratado o EI para fazer o atentado, nada mais produtivo eleitoralmente para eles.
E o recrudescimento com os imigrantes, a xenofobia, e tantos outros preconceitos acabarão acirrando a violência, não a combaterão como pregam os radicais.
B de Brasil ou de Bizarro?
Claro que em países mais atrasados como o nosso as bizarrices são gritantes.O circo armado em Brasília é exemplo disso.
Que pessoas baixas vemos no cotidiano da imprensa!
Se há gente decente por lá andam se escondendo.
O impedimento da presidência, que defendo ser ato político e não jurídico pois a justiça é, por vezes, cega demais para fatos como a mentira e a inépcia que se instaurou no governo federal na última década.
Nesse sentido a carta do vice presidente à mandatária talvez seja um dos únicos rebates à hipocrisia política brasileira, que vem de séculos diga-se de passagem.
Não simpatizo com esse senhor, mas ao ver a caixa de laranjas podres uma meio podre pode ser a alternativa possível.
Cai de Pau na Terra da Garôa
A truculência do governo paulista tanto na forma de propor sua reorganização no ensino como no trato com as manifestações políticas dos estudantes nos revelam sua verdadeira face. O autoritarismo, a democracia do "eu mando e você obedece".
Novamente ai o governo anarquizou a democracia.
Mas a adesão das famílias dos jovens manifestantes, dos professores, e de tantas outras organizações ao movimento mostram um possível renascimento do sentido de cidadania tão esquecido.
Cidadania que essa democracia de mercado tem horror, que cria a discussão, o embate, a construção de novas ideias, a crítica e a revolta contra qualquer autoritarismo.
Não basta suspender o processo governador, é necessário refazer o projeto com mais diálogo, em cada escola e com a comunidade interessada em grupos de escolas.
Sinceramente, se um projeto de ensino for levado a sério os alunos deveriam ocupar os prédios escolares por período integral o que duvido desembocasse em superavit de equipamentos, principalmente de prédios.
E se prédios merecerem ser desocupados, sua destinação tem que ser discutida com a comunidade pois a falta de serviços públicos decentes é berrante.
Perigoso não é governador? Estimular a cidadania é risco à falsa democracia instalada.

Cidadão! Quem? Eu?
Sem cidadania, somos indivíduos agrupados, pensando somente em seu micro universo, em seus medos, seus anseios, suas ambições e necessidades.
A palavra alteridade em pouco tempo sairá dos dicionários a continuarmos assim.

Nesses tempos de super populações e do individualismo implantado pelo liberalismo que, por sua vez, gera essa odienta democracia de mercado, temos que voltar nossos esforços ao comunitarismo.
Com maior engajamento das comunidades nos assuntos que lhes afetam a vida, com o fortalecimento da cidadania tão temida pelos autoritaristas.

Está na hora da sociedade, ao menos na parcela ainda pensante dela, começar a mudar os paradigmas atuais, que estão se mostrando catastróficos em todos os aspectos da vida humana.
Temos que revisitar conceitos mais puros, mais profundos por assim dizer, sobre nossa forma de se organizar nos aspectos sociais, políticos, econômicos e  técnicos para tentar novos rumos.
Nosso barco está à deriva.
Temos que tentar algo urgentemente, a sociedade está esgarçada e corre riscos inusitados, como a devastação do meio ambiente, o terrorismo, as grandes massas migratórias e seus choques culturais, uma economia que gera desigualdades brutais, um consumismo exacerbado em certas regiões e a miséria em outras partes do planeta, a violência que instaurou nas regiões onde as desigualdades são gritantes são exemplos do que temos que combater.
Não é pouco a ser feito.
O tempo  é exíguo.
O dia de tempos fatais parece já estar fixado, temos poucas décadas para fazer a diferença ou sucumbirmos.

terça-feira, 1 de dezembro de 2015

Antropofagia planetária.

Interessante como as más notícias vão sendo digeridas por nós como normais.
É assim, como a história do bode na sala, vamos nos ambientando às mazelas que nos são impostas e não temos mais reação contra elas.
Ficamos tão sem reação quanto uma adolescente de 16 anos já quase se desfalecendo que é estuprada várias vezes por por dia por membros do ISIS.

A Europa recrudesceu seus controles, intensificará sua xenofobia (que diga-se de passagem já era muita e excluiu da cidadania plena os descendentes de imigrantes) o que irá agravar mais a revolta natural desses jovens jogando-os nos braços dos terroristas.
Processo semelhante ao que ocorreu com a invasão americana no Iraque.
Só  irá intensificar os conflitos, só não vê quem não quer.
Estado Islâmico x Narcotráfico
A guerra civil está declarada aqui no Brasil.
Não a assumimos por estarmos tão acostumados com a violência que perdemos a referência de civilidade.
Mata-se diariamente no Brasil, mais do que os terroristas mataram no ataque a Paris.
Essas nossas mortes já foram absorvidas pela nossa mente como normais, afinal a maioria é de jovens, pobres e negros, e nosso racismo hipócrita não a considera de maior importância.
Anteontem metralharam mais cinco garotos em um carro.
Mataram cinco e a esperança de mais outros milhares de jovens de uma vida normal e feliz.

Mundo afora a juventude está ficando à margem, e sua revolta acontecerá, em cada local de maneira diferente como são os exemplos citados.

O mal comum
Esse esgarçar da sociedade moderna está muito célere, mais do que se possa imaginar.
O capitalismo de mercado é o agente de toda essa "maravilhosa" transformação, e claro causador de todas essas mazelas.
Acho incrível como esses perseguidores do capital não se dão conta de sua finitude, não a do capital, mas da própria vida.
O que podem deixar de herança é o maldito capital que fará de seus descendentes novos perseguidores escravizados, mas não vida, pois essa está se deteriorando muito rapidamente no planeta.
O culto ao mercado está transformando os que tem algum acesso aos seus confortos pessoas egoístas, que cultuam o próprio umbigo mais que qualquer outra coisa.
O ser humano foi coisificado, o que não lhe tem trazido felicidade.

Há caminhos?
Nascido em 1952, em pleno pós guerra, vivi um mundo otimista, que acreditava que as mazelas da primeira metade do século estavam vencidas e o futuro da humanidade seria glorioso.
Mas esquecemos de um fator importante: a ganância humana.
De um lado os defensores de uma sociedade capitalista, voltada ao mercado, e de outro os já antigos regimes totalitários comunistas que já davam sinais de falência.
Ambos os lados baseados na ganância mais que na busca de uma sociedade mais justa.

Sustentabilidade
Parte da sociedade, talvez a mais pensante, anda à busca de sustentabilidade.
É um termo bastante genérico mas que se aplica não só nas questões ambientais, mas penso que prioritariamente nas abordagens sociais.
A ganância, o egoísmo, a esperteza sem inteligência, enfim, as piores manifestações do caráter humano são a base da insustentabilidade em que metemos o mundo.
Com o ser humano que aí está não se mudará nada.

quinta-feira, 12 de novembro de 2015

Mares de Lama Brasileiros - Os Metafóricos

Começo a achar injusto manter presos o Beira-Mar e o Marcola!

Afinal os grandões, os que lavam o dinheiro criminoso lá fora, poderão ter seu Indulto de Natal da Dilma e do Congresso.
Pagando imposto e multa, qualquer bandido de alto escalão esquentará seu dinheiro para continuar mantendo seus negócios criminosos.
Beleza né?

Não acredito que outros detentores de dinheiro no exterior, não declarados na Receita Federal, vejam como interessante trazer seus valores bem protegidos pelo dólar, deixarem 30% para o governo jogar fora como sempre faz, e ainda ficarem sujeitos à instabilidade da economia decadente brasileira.
Só se fossem burros, e isso não são caso contrário não teriam esse erário investido lá fora.

Conclusão: é a bandidagem de grosso calibre que irá esquentar o seu dinheirinho por aqui, e olhe que mesmo assim muitos vão preferir continuar pagando as drogas, armas e propinas em dólar.

É burro ou no mínimo ingênuo mesmo quem propôs tal projeto, como sabemos que essas espécies de gente não circulam na política nacional, são bandidos mesmo.
Ladrão que rouba ladrão tem 100 anos de perdão.
Ladrão que beneficia ladrão tem 100 dinheiros de comissão.
É isso.

Mares de Lama Brasileiros - Os Literais II

No post onde descrevo Brucutu, não quis entrar num mérito importante o que faço aqui.
Fomos e estamos sendo um país de economia primária (matérias primas e agropecuária).
Regredimos muito na indústria nos anos do PT no poder.
Ainda não temos um projeto de nação onde a venda de minério deveria ser proibida, pois temos tecnologia suficiente (umas das melhores do mundo) na produção de aço.
O aço agregaria valor ao minério, isso quer dizer, daria empregos e muito desenvolvimento periférico na sua produção.
Ao contrário estamos fechando indústrias, como exemplo a Cosipa está assim.

Na foto acima dá para entender o que uma empresa como essa representa para o município de Cubatão, para o Porto de Santos, e claro para o Estado e País.
Alegando não ter mercado para o aço produzido fechou!
Mas exportar minério bruto e importar vagões da China pode né?
Pra acreditar no brasil teremos que jurar de pé junto que o Papai Noel, coelhinho da Páscoa, Saci-Pererê e honestidade petista existem.

Mares de Lama Brasileiros - Os Literais

Fiz um projeto de pesagem de vagões no carregamento da mina de Brucutu, da Vale que parece à tempo tirou o Rio Doce do nome pois uma controlada sua acaba de amargar o pobre rio com sua lama fétida e contaminada.
Minha primeira sensação ao me defrontar com a mina foi de perda, como se tivéssemos ali arrancando pedaços de nossa terra para mandar para a China, que à época já importava tudo o que extraímos de lá.
Enfim, são negócios tentava contra-argumentar com meus maus pensamentos.
Só que não, não são só negócios, é um negócio brutal que não tem trazido melhorias para a nação.
E para "limpar" o minério que vem misturado com material indesejado para sua utilização nas siderúrgicas há um tratamento feito por esses  mega-tanques que separam a parte mais pura do minério dos dejetos e no qual se usam produtos químicos.
É um processo contínuo, que resulta em um minério mais valioso, e cujo transporte sai mais barato pois não se carrega partes inúteis.
Extraída a parte nobre do minério, que é transportada (salvo engano meu) para os tanques menores à esquerda para última lavagem, os dejetos são então descarregados em uma represa que está mostrada abaixo.
Um projeto que, sem discutir o mérito, muito bem executado diante as necessidades.
Na parte inferior à direita, temos a barragem típica, semelhante às que ruíram em Mariana.
Barão de Cocais, onde fica a mina de Brucutu, fica próxima de Mariana, toda a região é muito rica em minérios de ferro. 
Tanto que a cidade é toda meio avermelhada, parece que estamos usando um filtro vermelho ao olhar para suas ruas e casarios.
Porque todo esse bla bla blá?
Primeiro para entendermos que estamos sujeitos a 700 desmoronamentos como os de Mariana, e que algo muito sério deveria ser feito de modo a garantir o mínimo de segurança dessas barragens, o que se mostrou absolutamente baixo no caso das desmoronadas.
Há que se ter um monitoramento contínuo dessas obras pois podem sim, por pequenos abalos sísmicos, constantes, ir perdendo sua estabilidade.
Mas não rompe sem aviso, há sinais detectáveis de ruptura que podem muito bem prevenir acidentes como esse.
Houve irresponsabilidade civil e criminal da direção da Samaco, os diretores devem sim ser processados por assassinato, irem para a cadeia, e cumprirem pena por matarem a granel, provavelmente 27 pessoas.
Só pelo medo de uma punição severa esses burocratas irão tomar mais cuidados com suas administrações que priorizam somente o lucro mesmo que matem dezenas de pessoas e milhões de seres à jusante da barragem.
A mineradora tem que restaurar o meio ambiente danificado, cidades e distritos devem ser reconstruídos tal como eram, mesmo que seja nas suas misérias anteriores, mas tudo às custas da mineradora, e suas sócias qualquer que sejam.
Não adianta desculpas.
Perspectivas
Sabemos que nada disso acontecerá, isso é brasil (sim com letras minúsculas mesmo, não está merecendo um B mais digno).
As populações atingidas irão sendo atendidas precariamente até que na desgraça tenham que recorrer na nossa "ágil" justiça que garantirá seus direitos daqui a uns 20, 30, 50 anos; ou o que é mais provável: nunca!

Cada vez mais ficamos sem saída, mas tem mais lama no próximo post.

domingo, 8 de novembro de 2015

Vocacionais um Mito?

Estudei num Ginásio Vocacional em São Paulo, o Oswaldo Aranha, no Brooklin.

Tive que ser teimoso (com ainda 10 anos de idade) para poder entrar lá, pois o Pe. Carlos diretor do Meninópolis onde eu estudava marcou exame final do primário para a mesma data/hora.

Quebrou meu galho a inesquecível Prof. Berenice, cujo rosto continuo recordando agora 55 anos depois que me deixou fazer o exame final na sala da casa dela. Eu era bom nos estudos e acho que isso fez a diferença.

Mas voltando ao Vocacional, foi talvez a melhor experiência que ocorreu no Brasil para transformar o ensino público, gratuito em algo que fizesse a diferença para as gerações futuras.

Era um projeto com certo cunho anarquista.
Criou um "Serviço Vocacional" que funcionava absolutamente independente da estrutura da Secretaria da Educação, não se reportando à hierarquia burocrata típica do estado patrimonial brasileiro (daí meu pensar no princípio meio anarquista da proposta).
Foi talvez um sonho à época, agora depois de 50 anos, e vendo a realidade brasileira, acho que seria hoje um delírio, doce delírio.
Modelo
Muito se tratou do projeto criado e coordenado por Maria Nilde Mascelani com uma equipe pra lá de competente e dedicada como a Prof. Olga Bechara, Prof. Glorinha nossa querida orientadora, e tantos outros jovens professores daquele tempo em tornar nosso futuro melhor.
São muitos os nomes pois todos os professores foram absolutamente engajados no projeto, tinham tempo integral, cada um com seu espaço, seu tempo de planejamento, de coordenar as aulas (não se pretendiam os sabedores, mas orientadores do aprender), e mesmo de ter um tempo para nós quando precisássemos ou quiséssemos conforme nossos interesses.


Não vou falar muito sobre o projeto pois existe uma organização a GVive, que se pesquisarem na internet encontrarão muito material.
IndigNação

Não é minha intenção aqui divulgar o Vocacional.
Tenho recebido muitos links sobre ele de queridos amigos (que os tenho com orgulho a mais de 50 anos), falando do Vocacional.
Há muito material, alguns que dizem ter "aproveitado" algum ideário do sistema, mas nada disso para mim pode realmente ter eficácia.
Por exemplo, não me interessa quando alguém de uma instituição particular, diz que aproveitou isso ou aquilo do sistema.
Ora, um dos pilares do sistema era ensino público e gratuito.
A busca pela qualidade era o terceiro pilar que fundava o projeto.

Quero dizer que não existirá um modelo de ensino que tenha meu respeito se não for baseado nesses três pilares: Público, Gratuito e de Qualidade.
Porque
O marido de minha prima foi Diretor até há pouco tempo do Colégio Santo Américo, escola para a alta burguesia que tem um programa educacional muito próximo ao do Vocacional, só que não!
Não sendo público quem manda no ensino é o pagante, o poderoso pai cheio da grana que decide o que a escola deve fazer para seu filho senão ele muda.
É a regra do capitalismo, do burro capitalismo: se meu filho não quiser seguir uma carreira "vitoriosa" ou porque não a minha, não poderia ser "orientado" com táticas da "mais alta pedagogia" para conduzi-lo a isso.

A educação deve ser feita pela família, se esse tiver condição pois caso contrário o estado deve supri-la.
O ensino feito pelo estado que deveria representar a vontade da nação (que infelizmente não somos) com um projeto eficiente e duradouro.

Onde quero chegar?
O Vocacional só existiu porque havia vontade política no governo de Carvalho Pinto, e de seu secretário de educação Luciano Carvalho em criar um modelo para ser replicado para todo o sistema de ensino paulista, quiçá brasileiro.
Foi exitoso até a ditadura invadir as escolas, prender muitos dos professores, roubar ou destruir a documentação, e mesmo apavorar os adolescentes que estudavam nessas unidades.
Isso em 1969, quer dizer o sonho durou 8 anos se muito.

O que a ditadura destruiu, até agora meio século depois, não houve mais interesse político em reconstruir.
Não falo dos Vocacionais em si, falo de um ensino público, gratuito e de qualidade.
Isso não interessa aos políticos e poderosos brasileiros que, de Maquiavel a Goebbels leram todas as cartilhas da manipulação de um povo, que quanto mais ignorante melhor de ser conduzido aos interesses deles.

Há tempos conversando com a Prof. Olga Bechara talvez tenha sido rude ao dizer que os educadores não fazem a boa educação, somente a implementam quando o projeto político assim desejar.
Não desmerecendo os educadores, mas temos que entender que o seu lugar depende de diretrizes que os fazem frustrar vida afora pela pouca eficácia de seu trabalho, o que não é absolutamente culpa deles.
O que não falta no Brasil são bons educadores.

Ficar discutindo cotas é assumir nossa incapacidade de projetar um país justo.

Como disse Lenon: o sonho acabou!
... e com ele a esperança num Brasil melhor.

A pobreza do raciocínio Zero ou Um

Já escrevi há tempos sobre o que chamo de "mal pensar", uma conduta de pessoas que misturam lógica e emoção e acabam numa conduta confusa e na contrapartida partem para o raciocínio 0 ou 1, binário e insuficiente.

Não sei se é falta de cognição, ou simplesmente uma disfunção do cérebro que mistura os lados quando deveríamos estar trabalhando só com um deles, ou pior, pela falta de consistência do lado razão fica a emoção dominando as ações.
Eu por exemplo gosto muito de música mas ela desperta sempre nosso lado emocional.
Quando escrevo acabo desligando o som, pois ele interfere no meu raciocínio.
Quando estou programando ouço clássicos ou jazz, bem baixinho, mais para não me sentir solitário que para outra coisa.
Ou seja, devido às minhas limitações naturais, tento aproveitar o máximo possível de minha capacidade cognitiva para desenvolver minhas tarefas.

Estudei bastante matemática e sei que um dos maiores passos que foi dado pela humanidade foi quando cogitamos da existência dos números fracionários e depois os irracionais, e com isso descobre-se a possibilidade de uma linha contínua que liga o 0 ao 1 com um número infinito de valores entre eles.
Na verdade é do desenvolvimento do raciocínio abstrato que estamos falando.
Confusas palavras?
Penso que não, mas se o leitor não entendeu corre o risco de ficar prostrado no 0 ou no 1, sinal que lhe falta imaginação no lado racional para entender.

Se você não gosta de matemática, mas sim das artes ou mesmo das ciências humanas, vamos ver esse conceito 0 ou 1 na relação humana.
Quantos são os relacionamentos que temos que apresentam condutas que discordamos?
O cara é meu amigo mas faz cada besteira que não posso concordar...
Sim, a gente aceita nossas relações mesmo que elas se deem com pessoas que não estão exatamente em acordo conosco.
Nem ela nem você é 0 nem 1, ficamos todos no intermédio, considerando cada aspecto das personalidades humanas como a moral, a ética, a estética, o poder, a inteligência, a amorosidade e por aí vai.
Mas se você não entende isso, deve ter poucas relações verdadeiras.
Seu lugar é sempre no 0 ou 1, ou seja no "é do meu lado ou é contra mim", no branco contra preto, no homem x mulher, no pobre contra rico, e em tantas outras polaridade tolas que assistimos hoje.

É essa pobreza mental que lhe fará ser uma pessoa egocentrada, onde suas alianças (esse é o termo e não relações) são sempre baseadas em seus interesses e, claro, que combinados com os que se propõe a se relacionar contigo.
São espíritos pobres, infelizmente cheios de poder, dinheiro, e de baixíssimo nível ético e moral.

Vivemos no Brasil de hoje uma proliferação desse tipo de gente, desses pobres mentais, que ocupam nosso estado, nossas empresas, e instituições em geral.

Todo o resto que se passou nesta semana, como:
  • o filho do Lula ser enquadrado no Cirque de Soleil por sua prepotência típica de um sem carater, 
  • no movimento do #meuprimeiroassédio, 
  • no movimento das mulheres contra as idiotices tentadas contra elas pelo Cunha, 
  • pela prepotência do Ministro da Justiça acusar a PF de programar blitz na casa do outro filho de Lula em "horário inconveniênte",
  • pela desfaçatez do mesmo Cunha falar que os seus 20mi guardados lá fora não eram dele eram para seu "usufruto", e fora resultado de venda de carne enlatada da qual ele não sabe o nome nem tem documentação,
  • do silêncio das oposições, paradas no "quanto pior melhor" vendo a mononeural se dar mal a cada passo, o Cunha indo pras cucunhas (para rimar), 
  • os tribunais superiores sendo manipulados, trocando a boa pelo pior, se é que entendem,
é somente fruto dessa corja de gente que ainda não saiu do tempo onde a matemática se fazia contando pedrinhas e as relações humanas eram baseadas em tacapes.

Será muito difícil mudar isso.
Primeiro deveríamos pensar em como elevar a participação pública dos que já entenderam que a realidade é mais que 0 ou 1.
Ou articular nossas cabeças para um projeto de mudança que só ocorrerá com a desconstrução desse estado brasileiro tornando-o desinteressante para a canalha que se beneficia dele, sim só a bancarrota do estado me parece uma saída plausível.
Fica a pergunta, como construir uma forma de organização paralela que ao mesmo tempo que desconstrua o estado, expulsando os 0 ou 1, refaça uma organização sócio-economico-política que venha a ser algo promissor a legar aos nossos descendentes?

sexta-feira, 9 de outubro de 2015

Quanto Pior, Pior...

O jogo político é definitivamente imundo.
Maquiavel ainda é o grande mentor da prática política, ao menos no Brasil.
Talvez também o seja além de nossas fronteiras, mas aqui deve ter sua melhor expressão.

A Bota Petista

O PT pisou em nossos políticos por 13 anos, e achava que iria ficar impune.
Se alinhou com o que há de pior da canalhice congressual, alinhou não, comprou como agora está sendo revelado pela Lava-Jato.
Manteve o PMDB em laço curto e acumulando um fel que prometia ser destilado contra o eles algum dia.
Parece que o dia chegou.
Pisaram no vice, pensando nada temer dele mas ele, afinal, tem um nome que contradiz esse tolo sentimento de desprezo que lhe ofereceram.
O crustáceo ébrio foi fazer papel de salvador da pátria e comandar a mãozinha da poste mononeural e fizeram uma reforma ministerial tão embaralhada como a proposta orçamentária apresentada ao congresso.
Não consultaram as reais lideranças.
Mas nem adiantava tentar dialogar com elas, os verdadeiros mandatários dos partidos, das confederações patronais, e todos os  donos dos poderes da atualidade já abandonaram o barco.
Estão fazendo o crustáceo andar para trás, é vingança mesmo. Lula vai virar caranguejo...
Estão fazendo o PT de bobo, como aliás, sempre se comportou por pura inépcia.

A Falta de Diálogo... Reciproca

Os petistas tem medo do diálogo por pura falta de cognição, ou no raso, por burrice mesmo.
Uma pessoa que não consegue entender a complexidade da sociedade humana, tende a usar certos postulados de forma doutrinária e não avançam, não tem neurônios suficientes para articulações mais elaboradas.
Os petistas são esse tipo de gente.
Negociar com patrões fazendo jogo de cena para trabalhadores incautos, dizendo ainda que os está defendendo, é o pior que o PT poderia usar como prática política. Mas a usa.
Um partido que nasceu com apoio de muitas pessoas respeitáveis que, equivocadas ou não, merecem respeito, pessoas que até propunham a um diálogo com a sociedade, não deveria cair nessa prática política da mentira demagógica e do engodo.

Os representantes legislativos do PT eram, por sua vez, praticantes de uma oposição burra que fez com que o PSDB e mesmo parte o antigo PMDB, nos seus primórdios, não pudesse contar com eles para uma aliança mais à esquerda.
Particularmente é o que eu acreditava à época quando trabalhando na assessoria política na Câmara Municipal de SP.
Lá pude conviver com muitos petistas mas já sentia em boa parcela deles a postura doutrinária que o partido impunha, e a consequente falta de diálogo.
Pragmaticamente o político se alia com quem, de alguma forma, viabiliza seus projetos.
E a direita vendilhona, canalha está sempre aí, se oferecendo como prostituta de esquina, para dar seu apoio mediante benesses  variadas.
É assim que caminhamos por duas décadas.

O Outro Lado da Moeda Petista

Ao assumir o poder, já depois de uma debandada enorme de importantes nomes petistas, Lula admite a negação dos princípios que o PT sempre defendeu com a Carta de Campinas.
Assume assim a sua escravatura ao poder eternizado no Brasil.
Era um projeto de poder que o crustáceo pensou que poderia tocar adiante.
Implementaria as deliberações do Forum São Paulo devido à sua esperteza em negociar com o empresariado, o que adquiriu na sua história sindical.
Faria do brazuquinha uma ditadura bolivariana e de troco enriqueceria enfim.
Mas o Brasil não é um paiseco desses latino americanos onde as propostas do Fórum SP avançaram mais como foi o caso da Venezuela e da Argentina.
Agora Lula, o PT e o projeto bolivariano recebem de volta toda a ira que despertaram nessas últimas três décadas, duas pregando uma honestidade e honradez, e uma mostrando que era tudo uma grande mentira só para chegar ao poder.

A Vingança é um prato que se come frio. 

O pior de tudo isso é que o político pensa 99% do seu tempo em como se reeleger.
Sob esse prisma, o melhor agora é deixar o PT sangrar, sangrar bastante, acabar por ser o responsável pelo degradação dos programas sociais que disseram ter feito para ajudar os mais necessitados.
O Minha Casa já está sem verbas; os programas mal orientados de financiamento educacional e bolsas também já teve cortes; o bolsa-esmola vai se esfacelar com a inflação que galga os 10% e corrói aos poucos o valor dos benefícios.
Então para que tirar a Dilma?
Vamos fazê-los de bobos da corte.

Não é isso o que estamos vendo nesses tempos?

As ações do governo federal mostram o desespero em que se encontram, não é desgoverno, é não governo.
Não se pensa em programas de governo, mas em alternativas para tirar o fiofó da reta.
Mas como numa quadrilha de São João, as raposas do congresso sempre dão um jeitinho de colocar a bunda petisca voltada para a fogueira na hora de sentar.

Definitivamente, estamos perdidos na mão da canalhada que assumiu a política nacional, os que não enquadram como canalhas são mesmo é bandidos de uma quadrilha que aos poucos se expõe.
Em Brasília parece que ninguém pensa no país, mas só em si mesmo, em se "arrumar" como dizia o deputado Justo Veríssimo personagem do saudoso Chico Anísio.
E que o pobre se exploda, parafraseiam-no os políticos brasileiros!

segunda-feira, 14 de setembro de 2015

Política de baixo calão. É a dos brasileiros!

Fui testemunha do surgimento de um certo fundamentalismo político nas décadas de 60 e 70.
Lembrei-me disso quando um amigo o Clemilton, postou que agora, depois de uns meses em discórdia com alguns amigos de viés político distinto do dele, estava na ora da reaproximação.
Antes discutia-se política mais pela razão que pela emoção, e com isso não era necessário se inflamar na discussão, o que não queria dizer que não fosse acalorada.
Havia respeito mútuo, só isso.
Daí quando alguém "perdia" a razão no debate da razão, a reação emocional começa a falar mais alto.
Tempo de uma juventude que gostava de discutir sobre política e acabou criando o que chamo de fundamentalismo político.
A ditadura veio agravar essas exacerbações e fizeram com que a animosidade até pegasse em armas, ato de uma burrice imensa.
Quem já se viu defronte de um tanque de guerra, mesmo os nossos fuleiros dos anos 70, ou é um doidivanas a la Quixote ou é mesmo um imbecil.
Enfim a ditadura não foi vencida pelas armas, mas pela mobilização social que exigia a retirada dos militares.
Claro que foi ajudada também pela ruína em que eles deixaram o país.

Mas porque falo nisso?
Estou vendo na política atual pessoas e atitudes de muito baixo nível.
O político brasileiro de hoje mente como se mentiras fosse algo dentro da moral.
Não é, sinto muito mas a mentira é a desgraça da humanidade.
Mentir todos nós mentimos, mas penso que não há obrigatoriamente má intenção nelas.
Diria que muitas vezes são pequenas mentiras que ajudam a construir nosso próprio imaginário, nossas defesas, não se pretende com elas, entretanto, causar dano a ninguém.
Ainda assim não é uma boa maneira de levar a vida, quanto menos mentirmos para nós mesmos, mais teremos o senso crítico para corrigir nossos erros.

Mas os políticos, ora os políticos, por aqui aprendem a mentir e mentem a tal ponto que perdem a noção da realidade.
No estado brasileiro não estão os melhores homens e mulheres da sociedade, estão os piores.
Me desculpem as exceções que enfim fazem a regra.
Na política ficam os piores dos piores.
Buscam assentar-se nos cargos públicos pessoas que, até competentes, buscam um modo fácil de ganhar a vida sem ter que se dedicar demais, não há altruísmo não, muito menos sentido de cidadania nessas pessoas.
Só querem se acomodar num bem-bom que o mundo privado não nos dá.
Por aqui temos que matar um leão por dia - como se diz - por lá parece que os leões não entram.
Enquanto isso não mudar, enquanto formos mal servidos pelos piores que se acumulam no estado brasileiro seremos essa miséria que somos.

Nosso mito fundador é execrável, talvez nunca nos livremos dele.
Não bastasse as intenções portuguesas de colonizar-nos só para expropriar nossas riquezas, veio a malfadada corte de D.João trazer um segundo mito, que nos tornou essa porcaria que somos hoje.
Como disse José Simão, talvez devêssemos mesmo devolver o país aos índios, pedindo muitas desculpas pelas cagadas que fizemos.
É isso, infelizmente.

domingo, 13 de setembro de 2015

Necessário e Suficiente

Eu acho o ser humano insuficiente.
Estudei um pouco, bastante mas insuficientemente, de matemática para entender, nessa área, as regras de necessário e suficiente.
Transpondo para o comportamento humano penso que somos só o necessário, a grande maioria.
Suficientes nunca seremos, mas o importante é tentar, ter a índole de sê-lo, buscar enfim.
Essa é a diferença.
Não me julgo suficiente, sou tão deficiente quanto todos, mas tenho uma vontade, quero ser mais que o necessário, quero ir além, tentar ser um dia mais do que sou hoje.
Essa é minha diferença, ops, desculpe de uma grande parcela da humanidade.
  • Fazer bem feito;
  • Ter boa intenção;
  • Fazer melhor da próxima vez;
  • Alteridade;
  • Gostar do que faz, ter prazer com isso;
  • Não deu certo, tente de novo, e tente até acreditar que está errado; 
  • Aceitar errar.
São coisas que me dedico a praticar.
Somem as suas aqui.


sábado, 5 de setembro de 2015

Entreouvidos no palácio ontem...

Acordei em forma de mosca, destas como as que conheci aqui no Paraná, que ficam dando voltas em cima da mesa de centro da sala que nunca entendi o porque.
Mas Kafka à parte que já me travestiu de barata uma vez, volto à mosca que passara a ser.
Mais que ter me tornado mosca, fui insetotransportado para um lugar que não conhecia.
Mas tinha uma mesa de centro, e sabem como é o instinto, fiquei ali dando minhas voltas.
Nem tive tempo para umas primeiras voltinhas e entrou uma dona na sala.
Usava uma roupa estranha, um coturno (aquele dos milicos) e uma roupa chique, coisa de gente bem, de costureira de primeira.
Mas tava mesmo nervosa a mulher, não parava de andar de lá pra cá e cá pra lá.
Bufava como touro bravo.
Até pensei em me mandar dali, mas sabe como é o instinto, uma mesa de centro ali, linda, pra eu dar umas voltinhas a mais, ao menos completar as quinhentas para ver se dá barato uai!
Mas que, nada de sossego nas minhas voltinhas, veio uma voz do além, vinha do teto, deve ser um tipo de deus exclusivo para os humanos.
Dizia: "dona Dilma, tá aqui o presidente...", numa vozinha de macho com medo de mostrar o que tem dentro da braguilha.
Ela bateu num broche que tinha no peito e falou para o seu deus: "presidente pôrra nenhuma, agora a presidentA sou eu, manda ele entrar que hoje tô ca gota!".
No meio da fala dela entra apressado o tal cara, gozado...parecia com um boneco que vi na televisão, mas as orelhas dele eram maiores, não, não a do boneco, a do homem! Eita orelhudo que era.
Voltando à cena, o homem chegou bravo também, era um touro contra um bisão ali naquela sala.
Presidente sim dona poste, fui eu que a coloquei ai e exijo respeito, e fique sabendo que estou muito puto das calças! falou o orelhudo.
Mas precisamos nos acalmar coelhinha - ele disse.
Coelhinha é a puta que o pariu seu sem dedo - responde ela - e tem mais não me chame assim pois nunca sei se você está se referindo à imagem daquelas putanas da Playboy ou da dentuça daquele merda do Maurício de Souza.
Tá bom, tá bom, não te chamo mais de coelhinha, castorzinha que tal? - respondeu o tal sem-dedo.
Ocê tá querendo morrer hoje né ô bebum, tá arriscando o pescoço presidAntes! - completou a donzela de coturno.
Tá bom, então vou te chamar de cumpanheira tá? Não se ofenda desta vez pois eu sei que só chamo assim os idiotas que acreditam nos nossos discursos, mas é o jeito que me sobrou para te chamar tá?
Tá cumpanheiro - respondeu ela, numa declaração mutua de dois idiotas a conversar, pensei aqui comigo bem baixinho como só uma mosca pode pensar.
Vim aqui porque estou muito preocupado! - falou o com-mais-orelha-que-dedo.
Você se saiu um poste de farinha mulher, ferrou com tudo! - continuou.
Você que foi me dando as orientações- respondeu a dent... melhor não dizer senão ela me apaga com um daqueles trinta jornais que estavam na mesa dela.
E você foi acreditar em mim sua burra! Você sabe que eu não entendo nada de nada.
Dizem as más línguas que eu perdi o dedo de propósito só para me aposentar, mentira! eu não sabia mesmo é operar aquela máquina, fui o único na história do lugar a perder um dedo com aquela maquininha - ele desabafa com carar de burro-e-meio.
Mas você foi presidente! - disse a coturnada.
Ora - responde o modelo de boneco inflável - ser presidente num país de imbecis de um lado e de sacanas de outro é fácil, aprendi com o sindicalismo, enganar o povão é fácil, e ele me elegeu duas vezes e você outras duas seu poste farinhento.
Mas agora estão querendo nosso fígado, o povo está puto, tá nas ruas, e nosso exército stediliano não passa de meia dúzia, nem pagando eles aparecem mais, vê se pode.
E não é só o povão - falou ela - ontem o Trabuco mirou o trabuco dele no meu fiofó, disse que se eu mandasse o Levy embora, que seria melhor eu pedir o bilhete azul
E continua - Você sabe que não gosto de parecer melindrosa, mas tirei o coturno e tive que dizer "tudo bem meu bem".
Chamei o "filho" do homem para uma reunião com os cupinchas aqui do palácio e lhes avisei : "vocês calem a boca senão nós tamos fudidos antes do fim da semana. Elogiem o orelhudo quando ele chegar, e muito mais para a imprensa lá fora".
Eles reclamaram falando que sempre te elogiam, e eu expliquei que era o outro orelhudo, sabe cumé o novo orelhudo, é a confusão dessas orelhas...
Você quer me deixar irritado com esse negócio de orelha né mãe da Mônica? - reclamou já se exaltando o ex?-presidente.
Assim nós vamos acabar brigando!
E sabe -  falou o rouquinho - aquele embusteiro que queria vender seu negócio para dois concorrentes franceses e acabou se dando mal veio dizer para trancar eu e o Temer e o FHC numa sala para arranjar uma solução, imagina! Tá louco esse Diniz, minhas mentiras acabaram.
O Temer agora quer se vingar por ter ficado de escanteio, vai largar a gente e leva junto o partido que tanto nos custou pagar para ficar.
Tanta mutreta que fizemos agora indo pro ralo.
E o FHC tá rindo à toa de nós, eu tanto falei em herança maldita que agora a nossa vai ficar na história como a pior herança para o país, a realmente maldita.

E nem me incluiu na lista - falou ela indignada.
E precisava? adiantava você lá enchendo o saco com suas falas desconexas? Nisso ele tava certo - respondeu ele.
E eu, pequena mosca dando voltas na mesa ouvindo aquele monte de reclamação sem entender nada do que se passava ali.
Mas acho que não era só eu que não estava entendendo nada, acho que os tais duzentos milhões de imbecis, como disse o orelhudo sindicalista, também não estão entendendo nada.
Nem imaginam o que se fala aqui dentro dessas salas do palácio, parece tudo organizado, educado né?
Ufa! completei as quinhentas voltas na mesa e pluft! voltei a ser mais um idiota brasileiro.
Meio indignado com aquela conversa de meu tempo de mosca resolvi posta-la aqui.
Mas continuo intrigado para saber o que me fez virar mosca, dá de acontecer de novo né?
Acho que vou ler tudo do Kafka, talvez assim eu entenda, Nietzsche talvez....

sábado, 22 de agosto de 2015

O Poder na sombra.

Não se enganem não, há um jogo de poder que não aparece para o "respeitável público".
Não é teoria (ou porque não dizer paranóia) da conspiração não, é o que sempre houve na política.
Não esqueçam que até fomos parlamentaristas para tentar viabilizar a posse de Jango, mas que acabou com os burros n´água com a ditadura, quer dizer que foram uns tempos de uns burros se afogando e outros tomando o poder.
A saída PMDB
O vice Temer foi chamado como interlocutor do governo com a classe política, e para isso precisaria se expor, coisa que o poder na sombra não gosta muito, não leva jeito (fala o que não deve ou de forma que não se deve falar) e principalmente tem que marcar posição o que cria, queira ou não, compromisso com a palavra dada.
Chamou o centro-avante Renan para ajudar a levar a bola para o campo adversário, e conseguir a ajuda do, por enquanto, presidente do senado para lançar uma boia furada para a presidente chamar de sua.
Provavelmente Dilma descobrirá que boia com pequeno furo esvazia devagar, mas esvazia.
Fiando-se nessa falácia, deixou que o seu conselheiro-mor Mercadante (mais perdido que cachorro caído de mudança) se achasse todo-todo e mandasse a tropa atacar o vice.
Vice que de burro não tem nada, e que apoiado pelo partido para que deixe a batata quente nas mãos do ganancioso PT para que ele queime a boca e a mão sozinho.
O PMDB de saída
O PMDB que é, provavelmente, a melhor expressão do poder na sombra, esperto sabe a hora de abandonar a canoa, e força a saída de Temer de perto de Dilma.
Sabem que suas outras grandes figuras serão, mais dia menos dia, fritados pela água quente da Lava-Jato e se prestarão ao jogo com o PT.
Os lobos do congresso alimentam esse papel de policial bonzinho no senado e mauzinho na câmara.
Fazem o contraponto, deixam o PT como bobos da corte, e vão assistindo o filme do PT queimar, na esperança que o processo leve a presidência ao colo de Temer.
Efeito realidade
Mas para botar mais água na fervura, o Ministro Gilmar Mendes parece que resolveu acabar com a hipocrisia reinante nessa nossa terra do nunca e manda que se investigue possíveis lubrificações da campanha presidencial do ano passado com os óleos roubados da Petrobras.
Só quem é muito ingênuo, ou burro, ou ambos não vê a orquestração criada desde os tempos de Campinas e depois Santo André, que o projeto de poder do PT passa por desviar dinheiro público através de agentes privados corruptos (o que nunca faltou nesse país de Gersons) e transferí-los (para os mais fieis) aos cofres do partido para poderem promover sua ascensão.
Claro que, no caminho entre o roubo do dinheiro público e os cofres do partido, muito do dinheiro é roubado em segunda instância por ladrões que pretendem 100 anos de perdão, ao que parece.
E quando alguém querendo seguir a ética estabelecida pelo partido, mesmo que duvidosa, tenta impô-la e denunciar os ladrões dos ladrões, ele provavelmente é eliminado do circuito como o foram o Luizinho do PT e o Celso Daniel.
Em terra de cego quem tem olho ERROU, não É REI coisa nenhuma, e corre o risco de morrer como os citados acima.
A história da derrocada
De resto é tudo um grande jogo de cena que o PT andou fazendo nessa sua trilha que começou pregando uma moral ilibada e termina mostrando-se o maior agente corruptor da história moderna.
Uma pena, mas cabe a eles pagar nas urnas todos os descalabros, e as mentiras pregadas.
Cabe também a eles, pagar na justiça se ela começar a existir por aqui como parece acontecer com o Moro, ressarcir os cofres públicos por todas as roubalheiras feitas e cumprirem as penas a que forem condenados por crimes que eu reputo como hediondo.
Quem rouba dinheiro público, mata por atacado por falta de saúde, pela fome, pela insegurança e mata, de forma não menos importante, a esperança de dias melhores para nossos descendentes.

E o poder na sombra o que tem com isso?
Voltando ao tema, temos que lembrar que esse poder nefasto, que vive na encolha, aprovou até aqui todos os desmandos que vemos Brasil afora.
Não se enganem não, quando Collor foi eleito, foi ungido pelo poder na sombra que alimentou a Globo que trouxe-nos um dos maiores canalhas da história.
E quando o poder não mais quis compactuar com ele, mobilizou a nação para derrubá-lo.
Nada escapa dessas mãos enluvadas.
Os detentores do poder por aqui fizeram do Brasil o paraíso da canalhice, haja visto o despropósito dos juros cobrados pelos bancos por aqui, que acumulam lucros imensos qualquer que seja o governo da hora, roubando dinheiro do povo nas aplicações na Selic que em suma são pagas com nossos impostos.
Falam em spread por inadimplência, mas essa mesma inadimplência é fruto de juros escorchantes cobrados do sistema produtivo nacional. Isso é agiotagem.
E como a sopa da imoralidade está estabelecida no país, todos querem levar vantagem, ganhar o máximo no curto prazo sem pensar que país queremos deixar para o futuro, como se esse não existisse.
Esse poder nas sobras é que dita as normas, promíscuo, que deita na cama como amante desonesta com a classe política brasileira.
Desorientado
É verdade que nosso poder nas sombras está meio desorientado, pois esse "moleque do juiz Moro está fazendo tudo errado!".
Está prendendo poderosos das sombras?
Denunciando e condenando à cadeia, como pode?
Não lhe ensinaram as regras da nossa imoralidade tupiniquim?
Se um senador fala palavrão na tribuna do congresso contra um procurador da união, imagino o que ele fala contra o Moro fora dos microfones.
Essa desorientação está a pedir novas regras, pois ficou claro que o jato de condenações não deve parar por aí.
Algo tem que ser feito, e esses poderosos sabem disso.
Algo muito maior do que até agora foi feito no Brasil.
Sabem que tem que mudar os paradigmas, talvez esse negócio de não aceitar mais corrupção como uma coisa normal no Brasil tenha vindo para ficar.
Precisamos mudar de conduta, pensam eles, talvez tenhamos que trabalhar honestamente como acontece nos países mais desenvolvidos, afinal a Siemens e a Alston acabaram por se retratar como corruptoras por conta de regras moralizadoras em seus países de origem.
Penso que mesmo desorientado o poder na sombra está se obrigando a mudar de conduta.
Mas para isso as mudanças tem que vir, e com certa rapidez, pois 2 ou 3 anos de recessão são absolutamente catastróficos para a economia nacional, e o valor dos seus negócios perde tanto quanto a nação.
Construindo uma saída
Os mais lúcidos, se é que na sombra restem alguns, já pensam em alternativas e agem de forma a viabilizá-las.
Talvez a atitude do Ministro Gilmar Mendes seja um início de construção de alternativas.
O afastamento de Temer do PT é uma regra três, pois caso o processo acima falhe, ele pode ter um mandato tampão que pode não ser pior que deixar a presidente desmandando por mais 3,5 anos.
Os bastidores estão fervendo, o que aparece na imprensa é somente a água que vaza pelo borbulhar da fervura.
As mudanças virão, e rapidamente, isso a história nos ensina.
O quadro político-econômico está insustentável.
Há risco de calotes governamentais em áreas sociais, o que sem confiança no governo, podem gerar graves convulsões. Sempre foi assim na história.

O resultado nem imagino qual seja, na sombra sou absolutamente cego.


domingo, 9 de agosto de 2015

Do que reclamar? A falta de ética está no nosso DNA!

Parei de ficar indignado, com a falta de ética que se vê no Brasil.
Com a falta de sentido de cidadania, com a do que se chama nação.
Somos canalhas de nascimento e não sei quando conseguiremos expurgar de nosso DNA essas malditas marcas.
Talvez essa geração da PF e da JF e dos Procuradores consigam algo para daqui a algumas décadas.
Eu sempre tentei ler com bons - e otimistas - olhos a história que preconizava Darcy Ribeiro sobre nosso povo, que ele chamava de moreno e eu de vira-latas.
Mas não está dando mais.
O Brasil está mostrando o maior esquema de corrupção da história da Terra, nossos números superam em mais de 10 vezes os escândalos chineses que tem 5 vezes ou mais nossa população.
Perto de nós eles são o que, 50 vezes mais honestos?
Formados pelas escórias portuguesas que aqui vinham para assaltar as riquezas, se apropriar de mão de obra indígena e depois pela escravidão dos negros, tudo o que se criou aqui tinha caráter duvidoso, oportunista, ou simplesmente desonesto.
A vinda da corte foi a pá de cal na esperança de que se construísse aqui uma nação decente, com ela veio o pior no que tange ao caráter e à cidadania.
Os quinze mil que vieram com ela se multiplicaram mais do que os ratos que os acompanharam na fuga covarde de D.João nas tais embarcações.
No entanto talvez poderia haver alguma esperança em buscar um código ético que brotasse dos imigrantes que começaram a chegar a partir de meados do século XIX, mas pensando não seriam eles também a provocar uma revolução ética por qui.
Foram, isso sim, novas hordas de degredados, desesperançados, ladrões, aproveitadores e fugitivos pelas mais diversas questões que se somaram à população brasileira.
Somos uma colcha de retalhos de várias culturas, já arraigadas ou nativas ou importadas, todas costuradas com o fio forte do oportunismo e da falta de ética.
Não teremos nunca uma nação enquanto for essa a verve do cidadão brasileiro.
A corrupção graça solta em todos os lugares, em todas as instituições e esferas de governo e do estado em geral.
Nenhum dos poderes escapa dessa construção sem ética, é parte do que somos.
É a vergonha de ser brasileiro que devemos estampar na cara se quisermos que um dia, daqui a muitas gerações, surja um país decente por aqui.
Os bancos brasileiros tiveram o maior lucro em sua história no semestre passado, quando toda a economia se retraia e a miséria batia à porta da casa de tantos que acreditaram nas mentiras dos governos petistas.
Banqueiros daqui seriam condenados como agiotas em qualquer país decente, mas no brasuquinha seguem a regra bandida daqui.
As oligarquias que detém o poder e o dinheiro não se dão conta que estaremos legando, para nossos descendentes,  níveis praticamente insustentáveis de violência, que brota em última instância, na desigualdade socio-econônico-cultural.
O dinheiro, em determinado momento não irá segurar a violência, e o caos se instala.
É a sociedade adoecida que irá à ruina.
Sim estou otimista com a possível revolução de conduta que pode surgir nesses tempos onde poderosos estão sendo presos e condenados.
Mas pessimista porque sei que as forças retrógradas das oligarquias, da classe política e dos mandatários do poder irão opor muita resistência às mudanças.
Nos resta comprar panelas mais fortes e sair às ruas mostrando nossa indignação.

domingo, 2 de agosto de 2015

O mesmo do mesmo do mesmo do mesmo....

Dei um pontapé no ttw.
Merda ficava me convidando para conectar com quem eu já estava conectado, ou pior, com pessoas com as quais nem tenho afinidade, ou grupos tipo futebol, que pra mim já morreu.
Penso que o facebunda será o próximo.
Somos muito mesmíssimos, falamos as mesmas merdas cotidianamente.
E recebemos notificações, muito importantes, da filha da vizinha da prima da puta que a pariu dizendo que... curtiu.
Viramos todos uns idiotas.
Vou debandar com os ratos, do navio, que vêm que o barco está afundando. São mais espertos que eu  e vou segui-los.
Quer me dizer algo, mande um e-mail... até ele funcionar senão usarei pombos-correio, talvez sinais de fumaça.
fui, foda-se
ricardo aleixo

sábado, 27 de junho de 2015

Gay sim, covarde não!

Hoje é um dia que se comemora algo que não deveria ser comemorado: "Orgulho Gay".
Que merda é essa?
Não, não tenho nada de homofóbico, mas pergunto: os outros 364 dias do ano são do "Orgulho Hétero"?
Quanta bobagem a humanidade está promovendo!
Héteros, vamos fechar a Paulista nos outros 364 dias, bleah!
Estamos fazendo muito carnaval com um fato que não merece todo esse destaque.
Tem gay desde que o homem é homem, acho que até antes dizem os biólogos.
Não pode ter só um dia para lembrar.
Gay é só uma das expressões que definem opções de gênero que adotamos.
Fico me perguntando se um bisexual é enquadrado como GLS´s da vida, ora ele também cai fora dos padrões.
E os assexuados, aqueles que não tem o instinto sexual dos animais, também seria enquadrado?
Então o respeito à qualquer diferença deve ser primordial e fim.
Mas porque falo da covardia no título do post?
Penso que deve ser muito difícil "morar" em um corpo que não corresponde a seu gênero como ocorre com as bichas e lésbicas.
Não me venham com o politicamente correto que não devemos usar o termo bicha, nem viado nem nada disso, principalmente porque os que pertencem aos grupos se dão ao direito de utilizar esses termos.
Voltando ao habitat dessas almas sofridas, a possibilidade de adotar o visual do gênero que lhes correspondem hoje em dia é muito bom.
Poder ter um nome fake como o ENEM está propondo é muito bom.
Estava eu tirando um passaporte quando chamam pelo Sr. Fulano de Tal e levanta uma loirona gostozérrima para ser atendida. Que merda, melhor um apelido formalizado pelo menos ficaria na minha cabeça a imagem do mulherão.

O que me fez lembrar da covardia, hoje foi ter entrado na fila do supermercado atrás de uma moça bonita, não exuberantemente bonita mas bonita, e depois de aguardar um pouco, vem uma outra moça bem menos atraente, de óculos escuros, pede licença e se junta à outra já citada.

Passaram então suas compras, e noto que a de óculos dá um abraço na outra, e esta fica meio que incomodada. A abraçante liga no celular para mais alguém, e a compra vai se finalizando e ela depois de novo abraço e beijos na cabeça da primeira, vai mais à frente do caixa e se volta para meu lado. Eu já tinha dado uma medida nas curvas das duas. Sem dúvida a bonita era também bem gostoza, já a outra era meio derrubadinha de corpo, sem bunda e peito que são predicados femininos que convenhamos, são interessantes. Os óculos encobriam um rosto que, para ser comedido, diria não ser bonito.
Aí fiquei pensando, coitada (coitada não porque não vejo quem praticaria o coito com ela) ela não tem muita chance com homens mesmo, daí sua opção preguiçosa, talvez e muito provavelmente covarde.
Sim, digo covarde pois lembro que em minha adolescência foi muito difícil vencer o medo da relação com o sexo oposto.
Se você não é o lindão ou o lindinho da turma, for somente um cara normal, a insegurança é muito grande, aterrorizante mesmo.
Mas se entender com o sexo oposto é o caminho.
Eu, particularmente, sempre achei as mulheres muito mais interessantes que os homens, elas tem curvas, coxas, bundas, peitos, rostos lindos, sorrisos meio maliciosos (a gente que acha).
São imbatíveis.
Pobre da bicha feia, perde em todos os predicados, e digo isso do fundo do coração. Eita concorrência difícil.
Mas como me interessava mais pelas meninas, tive que vencer meus temores, fazer meus papéis ridículos que se faz quando adolescente, mas fui me entendendo com esse jogo do sexo.
E gostei, ah! nada como o cheiro de mulher.
Devaneios à parte, volto ao meu pensamento no caixa do supermercado: não seria parte da homossexualidade uma atitude covarde, como por exemplo a da moça não bonita (viram como sou politicamente correto) que tendo pouca chance com homens prefere assediar a amiga, e com isso criar um vínculo homossexual na base dessa covardia?
Eu já vi muita mulher feia com uns caras que são bem bonitões, essas tinha boa autoestima e foram a luta. Não seria covardia então a solução adotada pela não bonita?
Será que esse tipo de comportamento também não ocorre de forma mais disseminada nos tempos de agora?
Acho que há mais gayzisse que antes, mesmo supondo que parte dela é fruto dessa disfunção natural entre gênero da personalidade e seu corpo, acho que estamos exagerando na dose por pura covardia.
Não gosto muito do "não conheço mas não gosto".
Gostar ou não tem que ser fruto de experiência, de vivência com a diversidade, não de teorias movidas pelo medo.
Ser gay é mais uma questão de conflitos de gênero.
A sexualidade não é hetero, homo ou bi, ou o que se invente mais.
É instinto das espécies vivas que utiliza os caminhos possíveis para se realizar.
Ter qualquer tipo de preconceito, reserva ou pior recriminação contra qualquer manifestação sexual é confrontar a própria vida, não tem o menor sentido.

domingo, 14 de junho de 2015

Parcos neurônios dos economistas

Já postei antes sobre a dificuldade dos economistas de trabalharem com a matemática mantendo suas preferências nos temas das ciências humanas.
Ou seja, suas análises são sempre muito bem explicitadas em fenomenologia do comportamento humano.
Para eles expectativas são mais importantes que o 2+2 baseado em fatos.
Não concordo com nada do que falam as mais variadas correntes dos economistas que se confrontam defendendo ações opostas no que se refere aos mecanismos de ação econômica como taxa de juros, incentivos, investimentos públicos, etc..
Não concordo simplesmente por pura ignorância minha.
Mas burro também não sou.
O tal do Meireles escreveu hoje que o aumento de juros deve continuar pois a inflação é alta.
Afirma ele que a inflação é fruto do desbalanceamento entre a oferta e a demanda e só diminuindo a demanda é que se combate eficazmente a inflação e permite-se voltar a crescer.
Mas eu, que aprendi a fazer conta de mais e menos, vejo que no tal prato da balança dele tem a oferta a pesar contra a demanda.

Será que o aumento da oferta não seria outro fator importante na queda da inflação?

E no artigo do citado o autor passa ao largo do desbalanceamento das contas públicas que precisam pagar um juro alto para rodar sua dívida fruto da improbidade administrativa de nosso estado perdulário, que para completar não devolve os serviços mínimos à sociedade.
Esse sim talvez o maior motivo de todas nossas mazelas.
É prática que vem de longe, apesar dos governos petistas as terem aumentado muito como mostra nosso noticiário diário.
Temos os juros mais altos do planeta paralelo a uma inflação que galopa a todo vapor e pode passar dos 2 dígitos, e será que esse não é um quadro bastante claro de doença do nosso estado?
A falta de formação matemática dos economistas fica aparente quando não conseguem montar equações com mais de 2 componentes como oferta e demanda.

As mudanças que o Brasil precisa não passam pela só pela economia, e nem principalmente por ela.
Temos um estado que transborda de nossa economia e para sustentá-lo geramos esses desequilíbrios.
E o capital se aproveitando desse descompasso aplica-se no financiamento da dívida pública brasileira ao invés de usar seu poder para fazer avançar o país no tal prato da oferta, investindo em todos os meios de produção de bens e serviços para nos tornar mais competitivos.
Ou seja, colocar nesta equação o desequilíbrio Estado x Economia é o mínimo que se pode pedir para nos aproximarmos mais de soluções plausíveis, caso contrário ficaremos nesse enxugar gelo nesta estagflação que estamos pois o dinheiro vai pra banca de financiar o governo e não a produção brasileira.

O tal pacote de investimentos é uma balela que quem tem mais que um neurônio o sabe.
Antigamente os políticos inauguravam obras prontas, depois passaram a inaugurar pedras fundamentais de projetos que se iniciavam, de década para cá estamos inaugurando planos, utopias que não saem do papel mas são facilmente levados a novos planos, como promessa nova que mata a velha.
É a nova ciência inventada pelo governo a  mentirologia.
A coisa vai de mal a pior, os ratos estão tomando conta!


sábado, 6 de junho de 2015

Merda! Um tratado que a academia não fez.

Títulos alternativos
Minha Merda Minha Vida
Xiii! Cagei, mas quem não caga?

Sim, faço aqui um tratado socio-psico-filosófico, e por que não dizer engenheiristico (parafraseando Dias Gomes ou Paulo Gracindo em O Bem Amado).
Freud Um pouco de história psi
Faço-o por estar intrigado com o tal do Freud, o dito pai da psicanálise, que ao que me parece falou pouco de merda, apesar de eu não conseguir deixar de pensar que ele deve ter falado muita merda, isso sim.
Mas não sou pessoa muito letrada nestas áreas psicotraumatizadoras que fizeram do cuidador de mulheres mal amadas uma referência na análise psicológica das pessoas de todo o universo.
Eu sinceramente penso nunca ter tido o menor tesão pela minha mãe talvez muito pequeno, bebê ainda, o máximo que reconhecia era aquelas tetas leiteiras que matavam minha fome, mas não se confundam era pura fome, não tinha nada a ver com ver minha mãe nua, tesão ou essas coisas.
Sei que os letrados nas ciências da psique vão me achar um idiota falando sobre isso, mas sinceramente, vez ou outra, a reciproca é verdadeira. Ficamos quites.
Eu estranho muito mesmo uma ciência que trata do conhecimento psíquico pensar ter nascido do trabalho de um médico (aquele adepto a diagnósticos, drogas e bisturis).
Pelo reconhecimento por um ilustrado médico que conheci, o Dr. J.Geraldo Begiatto, a medicina não pode nem ser chamada de ciência. Isso foi dito após ele ter feito doutorado em física quântica na busca quase tresloucada que tem aquela mente borbulhante.
Mas apesar das merdas ditas sobre essas autoridades modernas, meu assunto é a merda em si, o tal do bolo fecal como gostam de chamar os acadêmicos.
O primeiro trauma merdístico
Minha inquietação com assunto tão fedorento começou cedo, na tenra idade.
Lembro-me bem da cena de um bebezinho que não sei mais quem era (ou seja não me lembro tão bem assim), sentado num penico com sua mãe ao lado que queria porque queria parar de lavar fralda suja da merda dele.
Insistia ela para que fizesse sua obra ali, naquele penico de ágata (algumas coisas são marcantes na nossa cabeça tal como esse penico).
Eu e minha mãe ali assistindo a primeira cagada.
Engraçado, com o tempo o ato de esvaziar a barriga vai se tornando privado para as pessoas (não é à toa que o vaso sanitário é apelidado de privada), mas quando a gente não tem muito do que se envergonhar ainda caga em público mesmo.
Acho que com o tempo transformamos nossas cagadas literais em metafóricas num mecanismo muito complexo de substituição de valores que acho que os estudiosos de psicologia poderiam aprofundar em vastos tratados acadêmicos. A mim, leigo não cabe me aprofundar na correlação entre o esses dois tipos de cagada.
Voltando ao tal do bebê no penico, lembro que ele estava meio resmunguento por estar ali. Sei que não era vergonha, mas não sei se era porque o tal penico estava meio gelado (o que sempre é um problema para relaxar o tal do buraquinho quando abundamos em algo frio) ou resmungava por outro motivo.
Mas enfim, veio a tão esperada cagada, meio tímida, malcheirosa como deve sempre ser, mas que surpresa tive ao ver o menino se esbugalhar em um choro tão sentido quando a mãe o levantou e mostrou-lhe a obra.
Eu estranhei o choro pós-ato, e perguntei à minha mãe que também meio sem saber explicar transferiu a responsabilidade para a mãe do bebe, que era mais letrada nestas psicologizadas da vida.
- É a sensação de perda, disse-nos a mãe.
Eu, ainda mais burro do que sou hoje, não entendi patavina com essa história de perda.
Fui logo perguntando -Ele vai querer o que, guardar todo cocô dentro dele?
Fiquei pensando que talvez os bebes fossem barrigudinhos por causa disso, não querem "sofrer a perda" da merda que fizeram. Fiquei até pensando que se espremesse bem a barriga de um deles (como fazia com o tubo de pasta de dente) talvez esborriface merda pra todo lado, mas ficou só no projeto nunca consegui realizar a proeza. Imaginei até uma guerra de crianças apertando bebezinhos barrigudos pelados espirrando merda uns nos outros seria gozado.
Já os políticos, adultos, muito mais espertos e canalhas claro, não vêm a hora de se livrar daquelas suas merdas metafóricas que produzem diuturnamente sem o menor trauma de perda. Como evoluímos não é?
O negócio do "vamos dar um xau pro cocô" que a mãe do bebê inventou foi mais intrigante, o coitado do cagado ali, bunda suja ainda e mal conseguindo enxergar dentro do vaso, tendo que dar xauzinho para a merda que ficou rodando ao se despedir. Eu não tava muito interessado em ver, fiquei pensando se a merda nessa hora derradeira também se despedia do bebê, afinal a perda é recíproca, ela a seu lado perdera aquela barriguinha quentinha e depois de deixada tonta de tanto girar e tinha que se lançar numa louca aventura dentro de tubos escuros do esgoto.
Pobre merda pensei, mas achei melhor não falar senão o bebezinho não pararia mais de chorar pela merda perdida.
Merda nossa companheira inseparável
Há algo de muito estranho na nossa relação com a merda.
Por mais que todos os dias nos despeçamos daquela diária, outra sempre surge para nos lembrar de nossa condição humana.
Para nos lembrar que só poderemos nos manter vivos produzindo-as, ou seja é um mal necessário.
A lógica matemática do se=>então virou comeu=>cagou na merdologia pós-moderna que estou fundando agora.
Mas minha professora do ginásio não gostou muito desse exemplo que dei sobre a lógica, mas que é é!
Aprendendo a conviver então com essa excrescência, a gente vai se acostumando a ter certo controle sobre as atividades correlatas, trocando em miúdos das nossas cagadas.
Quando crianças e jovens, na escola aprendemos que, apesar não ser por apego à merda pois aquele trauma da perda se transforma em um alívio reconfortante, temos que aprender a apertar o orifício anal, o cú para os menos cultos, para que o alívio não venha em hora inadequada, e principalmente até que a professora autorize sua seção de cagada escolar, a literal, fétida.
Mas como sempre fui meio arredio ao autoritarismo, ali representado pelos professores, criei o hábito de dar boa travada no fiofó, de modo a poder me aliviar em casa, onde a autorização era dispensada.
Mas, como toda regra tem exceção, veio o dia em que a trava não estava suportando com o peso de todo o "barro" acumulado na minha barriga.
Já tinha ido para a escola meio "carregado".
Depois de um dia inteiro comendo lanches e refeições o volume, sensivelmente acrescido, estava se tornando peso insuportável para o pobre orifício.
Mas prepotente que sei que sou, achei que dava para caminhar os 2,5 km da escola até minha casa firmando a trava.
Depois de andar alguns quarteirões com aquele passo pé-ante-pe de manequim, só que bem curtinho para não abrir muito as pernas, não aguentei! No meio do caminho, como que numa explosão, caguei nas calças.!

Sim, vejam como é profundo o tratado que agora faço, conto aqui coisas que não contei à ninguém, nem que fosse o próprio Freud sentado no sofá de casa eu contaria.
Estava bem perto da casa de uns tios meus, e entrei literalmente na vilinha onde moravam para poder me desfazer do inimigo inesperado.Não tinha ninguém lá, tive que pular o muro, naquele estado, e invadir o banheiro que tinha na edícula para dar fim àquela situação constrangedora.
Demorou mais de 1/2 hora para resolvê-la.
Voltei pra casa sem cueca, calça molhada aqui e acolá para eliminar os vestígios mais volumosos. Cueca mais ou menos lavada embrulhada, na mala; e por sorte o sapato e a meia não haviam sido atingidos pela explosão bostística.
Mas como tudo na vida é uma lição, aprendi a respeitar a incontinência dos outros, mesmo as que não sejam fisiológicas.
Afinal, quando a merda é muita a gente tem que por pra fora.
Viram o resultado filosófico que a bosta pode nos ensinar?
Aqui cabe também um esclarecimento linguístico: falei em bosta como sinônimo de merda, é verdade mas somente para a bosta humana, bosta é muito mais abrangente, todos os animais a produzem, merda é exclusividade nossa.
Merda que te quero Merda
Na universidade, cursando engenharia civil, vi a importância sociológica da merda.
Os agrupamentos humanos tendem a produzir mais merda/habitante que pequenas comunidades ou até agrupamentos agrícolas.
O motivo é simples, as cidades nos fazem comer mal e como a lógica do se=>então então continua valendo, haja merda no esgoto!
Nós, humanos, toscos e talvez não muito mais inteligentes que nossos predecessores símios, resolvemos juntar a bosta urbana para tratá-la, como está nos livros, mas como a realidade é outra, jogamos mesmo é a merda na natureza.
Os índios e povos menos evoluídos cagam no mato, distribuem sua merda de forma construtiva e adubam a terra. Quando do mato fomos à "casinha" alí fora, começamos a resolver um problema e criar outro.
Para resolvê-lo jogamos uma pá de cal em cima, o que aliás criou essa expressão linguística que deve ser oriunda da merdança, ou da necessidade de suporta-la, ainda segundo a merdologia moderna, expressão essa muito usada pelos políticos brasileiros esquecendo que a origem está na merda cotidiana que produzem.
Quando misturamos a merda com produtos químicos como sabões, detergentes, e outras modernidades, acabamos por contaminá-la, inutiliza-la como adubo natural, e daí pra frente criamos o inferno poluidor que temos hoje.
Em resumo, o homem fez merda com a merda. Deixasse ela "in natura" seria mais útil do que navegando, ensaboada, a céu aberto nos rios.
Só caras muito burros poderiam piorar a merda, e nós orgulhosamente o fizemos.
A menos que você seja um comedor de sabonete, seu cocozinho é ótimo adubo, se assim o usarmos.
Que pena, vira poluição na mão dos idiotas que somos não é?
Os Estados da Merda
Não me refiro a estados político-geográficos, mas a estados físico-quimicos da merda.
Vejam como a merda pode ser um tema tratado com profundidade sem ter que obrigatoriamente enfiar o dedo nela.
Sólida:
a) faz barulho de pedra quando cai no vaso,
b) terror dos que tem hemorróidas e
c) felicidade dos médicos que gostam de passar pomadinha no bumbum de adultos
Média:
a) dizem que é a ideal, em forma de banana (que não seja a prata) e boia na água,
b) não suja muito a bunda,
c) não maltrata para sair.
Esfarelada:
a) quase as características da média mas normalmente vem com um pum explosivo que suja todo o vaso exigindo a vassourinha para uma melhor ação de limpeza.
Líquida:
aquela da diarreia, não há fiofó que a segure, mantenha-se o mais próximo possível do vaso.
A Merda e o Peido, casal inseparável....
A Dona Merda  se casou com o Sr. Peido desde sempre.
Ela muito recatada e silenciosa, ele um barulhento, falastrão.
Ele é sempre o abre-alas magricelo, ela sempre a gorda silenciosa.

Em comum o cheiro, e a casinha onde residem até nos abandonarem.
Um não vive sem o outro apesar do peido, como todo macho, gostar de dar suas escapadinhas sem trazer a merda com ele.
Aí é que a coisa pega, pois ele por magricelo é mais difícil de conter nas garras do tal furico e por vezes escapa. E escapa nas horas mais indesejadas. Mas não se exasperem com isso, com o tempo aprendemos a conviver com isso, atarraxando mais o fiofó em momentos cruciais, de depois mais velhos liberando geral achando que todo mundo tem que entender esses arroubos flatulentos.
A briga eterna
Mas como essas traições do Sr. Peido não ficam impunes, quando ele começa a exagerar nas escapadelas, ela vai ficando brava e passa a não querer sair.
Pronto foi criado o conflito conjugal, ela vai se ressequindo (esclareço que merda não tem ressentimento e sim ressequimento) até se estabelecer no 1° Estado, aquele também chamado quebra-vaso.
Aí as discussões do casal são infindas, e cada vez mais o magrelo do peido resolve sair correndo, não querendo entrar nas discussões de casal que geram o ronca-barriga.
Isso até um dia que Dna. Merda está tão volumosa, que não há muito mais caminho possível para o Sr. Peido, aí quem vai se avolumando é ele, na ante-câmara que a Dna. Merda criou.
Até aí o furico nem mais lembra mais como é cagar, esqueceu, mas não seu dono que fica com aquele discussão incessante na barriga até tomar uma atitude. Laxante neles. Laxante é um tipo de psicólogo fecal que entende que estão separados mas só vão resolver o problema juntos.
Céus, aí o furico volta a lembrar da cagada, que pode ser sofrida demorada com a Dna.Merda ainda insistindo em vir primeiro e segurando lá atrás o Sr. Peido, ou mais rápida tipo explosão, quando ele muito irritado força a barra e saem concomitantemente, é a hora do quebra-vaso.
Enfim, o laxante resolveu a disputa.
Mas como sabemos todos, amanhã tem mais.

Referências Bibliográficas
FOICU, Michel. Vigiar e Punir - História da violência nas prisões de ventre.
Tradução de CUFoi, Ardendo. 4ª edição. Merdando Vozes, 1987.

FREIRA, Renata. Política e Educação nos Casos Conjugais: ensaios. 2ª edição.  São Paulo: Cortou Editora, 1995.

GOLFFMAN, Ervingativo. Manicômios Diarréiticos. São Paulo: Sem Perspectiva, 1974.

LEITE, Tadeu. A tentativa vã de conciliação e liquefação mérdica. Uma contribuição ao trabalho
educativo, à prisão de ventre e a sociedade. 1997.  Dissertação (mestrado em merdologia clássica) /
Universidade do Fundão Paulista.

MELLO, Garante. Educação, pensamento e prática para conter mal maior. São Paulo: Ineditora, 1987.

AMEIXO, Deliroso. Esse cú tem dono. CUritiba: Censurado, Sempre



No rastro dos fdp.

Escrito antes das eleições passadas:
Um problema sério da modernidade é a transferência de responsabilidade.
Inicia-se, como sempre o foi, na mais tenra infância, quando um irmão argumenta para os pais que "não foi ele, foi o irmão" (ou amigo, vizinho, etc..).
"Nos antigamente" os pais, bem mais presentes na educação dos filhos, tinham como identificar essa mentira e coibi-la.
Não interessa como, pois por vezes o método usado era inadequado, mas a questão ética de exigir a verdade, essa era ensinada.
Na atualidade os pais, bem mais omissos, não tem como avaliar essas coisas "bobas" e deixam pra lá. Pronto, estamos ensinando que mentir é possível e não ter punições é o previsível.

O vício da mentira não vem no DNA, ele se instala em muitas oportunidades da formação e mesmo da vida da pessoa.
Afinal é tão mais fácil transferir a responsabilidade para outros, principalmente quando o fato é incriminador.
Na falta do outro a incriminar, tanto pelo desconhecimento deste como para acobertar erros de amigos, usamos a mentira do "não vi, não ouvi, não sei enfim".
É bem infantil não acham?
O mundo atual está cheio destas últimas frases.
Ao ouvi-la, acredite, é provável que estejamos diante de uma mentira.
Implicações danosas
  1. Na política o maior interessado no esquema do mensalão e com toda certeza com seu aval, diz não saber do que se trata e raspou a barba para disfarçar.
  2. Gasolina: a Petrobras diz que não pode aumentar o preço do combustível por conta de determinações políticas, mas se eu lhes afirmar que estou pagando 15,6% mais caro aqui em Curitiba, a tal (des)Graça vai dizer que não sabe, e pode até perguntar onde fica Curitiba;
  3. Todas as propagandas políticas desde há muito tempo:
  4. A impunidade criminal e cível que assola o Brasil descaradamente.
  5. melhor parar por aqui a lista é muito grande.
Ah! e uma mentira repetida mil vezes não vira realidade não, é só uma mentira sem mais nem menos.
Escrito hoje:
Eu disse não disse?

Feliz Aniversário...Será?

É interessante como quando bebês nos é dado o não saber do que seja o último dia do nosso primeiro ano.
Não menos interessante é não sabermos quando será nosso primeiro dia do último ano de nossas vidas.
Nesses extremos da existência, essa ignorância salta aos olhos daqueles que estão pelo meio do caminho, daqueles que sempre alimentam a esperança de mais um, um ano feliz dentre de tantos ou tão poucos que a vida nos pode oferecer.
Nesses derradeiros segundos do que vai ser um passado e os promissores do porvir nos animam a viver mais um de nossos ciclos de vida.
Desejamos aos outros e estes a nós toda a felicidade que pode vir a acontecer, mas também pode ser que não venha.
Aniversário é tempo de balanço da vida, de repensar nossos caminhos, de boas e más lembranças, de lembrar do nosso caminho, nossa vida, amizades, inimizades esperanças e desesperanças.
Definitivamente o mais importante não são os possíveis desejos emitidos ou recebidos, o que conta mesmo é esse símbolo de + que acabamos tendo em nossa vida.
É o momento de rever nossos rumos naquilo que pode não trazer a nós e/ou aos outros a felicidade que se almejada.
Um tempo de introspecção mais que de mera comemoração, afinal pode-se ter o que comemorar ou não.
Os tempos andam meio esquisitos, as coisas não estão muito bem entre o homem e o planeta e principalmente entre os homens, dos mais próximos aos distantes.
Estamos matando o planeta, matando muitos homens, matando esperanças de outros e se bem pensarmos, as nossas.
Serão mesmo tempos de comemorações?

quarta-feira, 15 de abril de 2015

Tempos de Crise ou Crise dos Tempos



Quase um manifesto anarquista, não fosse o paradoxo!
Sim estamos em um país desgovernado.
Enquanto o Congresso tenta aprovar uma nova lei da terceirização de mão de obra para restringir direitos trabalhistas (assunto que abordarei em outro post), o governo federal terceiriza suas atividades atestando sua incompetência em gerir o país quando estamos em crise.

É verdade quando a presidente diz que a crise vem de fora, pois houve corte acentuado na pauta de exportações que fizeram o sucesso da gestão Lula.
Um país que teima em ser somente produtor de insumos básicos, produtos primários, que elegantemente querem chamar de commodities nos dias de hoje.
Historicamente fomos por sempre exportadores de matérias primas, a mais tosca economia.
A crise vem de fora porque não resolvemos nossos problemas aqui dentro como toda republiqueta que faz sua demagogia na exportação deste tipo de produto.
Venezuela e Rússia são exemplos de “cumpanheiros” tão mal geridos como o Brasil, como o foi Cuba também.
A industrialização nacional sempre foi deixada de lado pelos últimos governos, e o que restava dela atualmente foi jogada na lata do lixo sem o menor escrúpulo.
A demagogia da falsa esquerda, a eterna festiva, sem bom senso, enterrou o país nesta crise, que será difícil de sair.
Fogem da raia, terceirizam suas responsabilidades, Lula se esconde e só fala nos redutos que o apoiam.
Os pobres que tiraram o nariz para fora da água a estão vendo subir novamente. Seus parcos, muito parcos ganhos estão ruindo com a recessão e inflação, matando seus sonhos.
Explique-lhes isso na próxima eleição PT!
Instituições Falidas
Sem dúvida que vivemos uma crise institucional no país, e se não forem feitas mudanças profundas na corte brasileira, estaremos fadados ao insucesso eternamente.
Denomino corte as nossas instituições de estado que não deixaram de ter o mesmo ranço criado por D.João como bem explicou Laurentino Gomes na sua trilogia sobre a corte brasileira.
Os 15 mil que vieram com o espertalhão que, por covardia, ludibriou Napoleão (como se isso fosse mérito) se multiplicaram mais rápido que os ratos que lhes fizeram companhia na viagem. 
São o DNA dos que formam nossa corte atual.
Temos os 3 poderes deteriorados, frequentados pelos piores dos cidadãos que o país tem.
Exceções somente fazem a regra. Não bastam para pensarmos que irão um dia vencer essa falta de caráter do brasileiro que põe seus melhores piores na política, na gestão do estado em seus vários níveis e poderes.
Os bandidos de verdade
Quando damos aos dignatários de cargos públicos o poder de autorregulamentarem salários, benefícios e mordomias criamos o ambiente ideal para que os indivíduos de duvidosas intenções (para dizer o mínimo) se locupletem desse estado de coisas.
Os gestores dos 3 poderes agem como se não tivéssemos uma crise econômica que vem de há muito, e que não permite o país se desenvolver.
Bem dizia o ex-ministro Roberto Simonsen, “o estado brasileiro não cabe na economia do país”. E de seu tempo para cá só aumentou a diferença, e muito.

Aliam-se a esse quadro escabroso, os detentores do alto capital, que agem como agiotas, nunca pensaram na nação, vivem de extorqui-la, não dando nada em troca.
E junte-se uma imprensa escrava do patrocínio do capital, seja ele privado seja público, de alma vendida que manipula a opinião pública ao mando dos patrocinadores.
Para um povo ignorante como o nosso, despolitizado, alienado para ser mais preciso, essa manipulação é prato cheio para esses os seguidores de Goebbels disfarçados.

É a coisa está feia mesmo, principalmente por sermos esse povo vira-latas que aceita tudo e a tudo adere sem pensar.
As Saídas?
Os portos e aeroportos seriam de grande valia, não fosse sermos mal reconhecidos como cidadão pelo resto do mundo. Nossa incivilidade contrasta em países onde poderíamos esperar um pouco mais de organização, educação, cidadania, hombridade, ética. Essas coisas que esquecemos que existe.
Resta-nos pensar em alternativas por aqui mesmo.
Sou anarquista, dos Bakunianos, que acredito que somente a desconstrução desse estado que está aí poderá levar-nos a um estágio mais avançado.
Essa democracia representativa faliu, ao menos por aqui. Agoniza mesmo nos países mais avançados.
Precisamos sim de uma gestão pública e de instituições de governo, mas não tal como são organizadas hoje, baseada em na eterna mentira de defender os menos favorecidos mas sendo dirigidas pelos mais favorecidos que criam os tais dos “menos”.
Uma organização social que exigirá muito mais do cidadão, sem lhes dar chance de delegar suas responsabilidade para um representante que acaba agindo em interesse próprio e não público.
O caminho é longo pois dependerá inicialmente da desconstrução deste estado.
Se inicia com sua desautorização.
A sonegação é, apesar de crime, uma forma de dar inicio à essa movimento.
Já existe há muito por aqui e até está sendo "descoberta" agora.
Economia solidária, escambo e outras formas de compartilhamento de bens e serviços sem passar pelas moedas oficiais acabarão por se tornar sonegação lícita, difícil de ser impedida por esse estado que queremos eliminar.
Minar seus recursos tornará o estado desinteressante para os mal intencionados, será repensado, esse é o único jeito que posso ver.
Trabalho árduo que irá ensinar muito de cidadania ao povo, e décadas à frente talvez se crie um país de oportunidades iguais.

domingo, 8 de março de 2015

Dando voz aos idiotas, ou quase!

Economia Solidária e Anarquia
No ano passado escrevi sobre a dificuldade que tive de entender equações de mecânica dos fluidos com integrais quádruplas quando estudava engenharia.
Naquele post, critiquei os economistas que, muito menos afetos à matemática que os engenheiros, falam sobre algo que é baseado no valor do dinheiro, algo que seria matemático.
Claro que o lado de ciências humanas da formação de economistas é mais light, fácil de digerir, e principalmente mais fácil de ser aprovado pois tem respostas que permitem maior flexibilidade como as de cunho histórico-socio-cultural mais fáceis que aquelas "malditas" da matemática que querem um número ou conjunto deles preciso, exato.
Baboseiras Quádruplas
Volto ao tema pois estou estarrecido com o besteirol que ouço atualmente sobre a economia no mundo todo.
Aliaram-se à esses economistas, pouco afetos a números, uma horda de jornalistas "especializados" em economia que ficam repetindo as baboseiras que um ou outro economista, por sua vez pouco assertivo, bradou na mídia em algum momento.
O fato é que a humanidade, e suas ciências humanas estão absolutamente atrasadas em relação ao nosso desenvolvimento tecnológico e está sendo atropelada por essa última.
Se as "equações humanas" já eram difíceis sem tanta tecnologia, o que se dirá agora, onde supostas estatísticas apresentam precisão de centésimo percentual, mas estão fundadas em pressupostos absolutamente falsos.
As baboseiras começam então a se maquiar como grande verdade, mas não passam do "discurso do burro" do universo das fábulas.
Pelo Mundo
A economia americana está se sustentando, volta a crescer, não por brilhantismo na gestão econômica, mas por uma característica intrínseca de grande parcela daquele povo que se torna obstinado em princípios básicos de livre iniciativa, e tantos outros do "american way of life".
Obstinação que vemos ainda em parcelas dos povos de alguns países asiáticos.
São populações que se focam em modelos impostos, aceitando-os e se sujeitando a tudo o que essa visão estreita promove, para o bem e para o mal.
Em alguns casos como o norte americano e o chinês, a parcela que se sujeita ao sistema despreza que esse sistema relega à miséria parcela importante de sua população, e usam ambas a repressão para conter os menos favorecidos, no caso os negros e pobres americanos, e escravos-pós-modernos da China.
Já a Europa parece não encontrar mais o caminho do que poderia ser um "sistema econômico" e usa os velhos processos de opressão que estão fazendo água não só na Grécia, como em muitos outros países da UE e continuarão a afundar. Deveriam focar o termo União muito mais em aspectos culturais, sociais e históricos, e na defesa destes, do que num sistema econômico obsoleto.
Mas há um mérito no processo civilizatório que se vê brotar por lá.
Explico.
A falência do sistema econômico, nessa fusão promíscua entre o dinheiro e o estado criou uma elite do dinheiro mundial (1% detém 50% do capital do planeta), um estado anacrônico, e uma inviabilidade de oportunizar vida digna aos jovens.
Na Espanha, como 50% dos jovens estão bem preparados mas sem colocação na sociedade, a economia solidária esta sendo a alternativa para se manterem dignos.
O que me agrada nessa proposta é que ao adotá-la estamos desconstruindo as formas atuais da economia e de estado e criando novas formas de organização política e econômica.
Há uma mudança de paradigmas, e só assim o novo virá.
Sem o menor embate com o sistema que acabará se esfacelando, a troca utilizando uma moeda própria aceita como princípio moral de um agrupamento humano irá gerar uma economia que não paga impostos aos governos, e nada pode impedi-los de assim proceder sem tolher a liberdade humana.
Na contrapartida, os cidadãos imersos em economias solidárias terão que ser muito mais participativos em nas decisões que envolvem a coisa pública que os afeta.
É o processo proposto pelas ideias anárquicas originais do início do século 19.
O Velho Terceiro Mundo
Sei que a modernidade não gosta dos termos subdesenvolvimento e terceiro mundo, aos quais fomos habituados a usar para definir a América Latina, a África, muitos países do Oriente Médio e a Índia.
Mas são termos muito mais honestos com a realidade destes lugares.
Eles estão hoje, mais que nunca, mostrando seu atraso.
E cada vez mais atrasando-se em relação ao resto do planeta.
A América Latina dividida tentativas de um bolivarianismo anacrônico que tenta, assim como o Putin na Rússia e os Aiatolás do Irã, resgatar um sistema que já se provou ineficaz, está afundando os países em que se implantou ou esta ainda tentando se implantar.
Os que escapam desta sina, tem economias pouco ativas e não conseguem gerar uma união Latino-americana como fez a Europa.
A Rússia por sua vez cada vez mais se isola e cria dificuldades internas que acabarão explodindo novamente.
Estamos por aqui atrasados no quesito tecnologia-produtividade e mais ainda no humano que agrupa economia, política, educação & cultura e bem estar.
A queda destas pretensas democracias socialistas, que não passam de um patrimonialismo oligárquico travestido, é inexorável.
Mas daí a retomar o caminho do desenvolvimento, principalmente humano, muita água terá que passar sob a ponte.
Ah! e sobre a Economia Brasileira
Na lógica linear do pensamento do ex-ministro que se passava no pão (e de tantos outros economistas da esquerda caolha), aquela das medidas anti-cíclicas na economia tem até seu lugar.
SE Os juros altos da Selic favorecem somente o capital, principalmente o especulativo, ENTÃO vamos baixar os juros na marra, eles param de ganhar especulando e se voltam para a produção.
=> CONCLUSÃO: mentira, esse dinheiro foge para portos seguros e ficamos a ver navios... zarparem claro.
SE os bancos públicos financiarem o consumo a juros baixos a economia cresce e os demais bancos tem que baixar os juros, ENTÃO crédito pro que der e vier.
=> CONCLUSÃO: os demais bancos preferem aplicar o capital em porto mais seguro que uma limitada classe média tanto no tamanho como na longevidade. A festa acaba logo pois as famílias tem parco poder de endividamento, neste universo onde ser banqueiro é o mesmo que ser agiota
SE financiarmos empresas "top" nacionais, elas irão empurrar o crescimento, ENTÃO vamos alimentar o BNDES com nossa dívida cara e emprestar baratinho para as empresas top.
=> CONCLUSÃO: top-top, as empresas pegam nosso dinheiro, baratinho no BNDES, e aplicam na Selic, o resultado é garantido e o único problema são as feridas de tanto ganhar dinheiro coçando o saco.
Teríamos muitos SE & ENTÃO dessa lógica pobre e linear que chamam de medidas "anti-cíclicas". Sabe porque a CONCLUSÃO será sempre negativa? Pois o que é anti qualquer coisa usa o mesmo paradigma do pró essa coisa.
O que precisamos é mudar os paradigmas, e isso só com mudanças de comportamento que teremos que ter, não por livre vontade afinal somos todos uns comodistas, mas forçados pelas sucessivas crises que já começaram e que virão cada vez mais.

terça-feira, 6 de janeiro de 2015

Exceção à Regra

Nos tempos da universidade conheci um calouro da Poli que não imaginei que fosse tão batalhador pelos ideais que defendíamos na época.
Fui ter práticas políticas fora da universidade pois discordava de uma esquerda que chamávamos "festiva" que propunha práticas das quais eu não concordava.
Talvez eu tenha desistido cedo, mas aquele calouro que apelidaram-no Chefão à época, persistiu.
Eu não suportei a nojeira que era a política, ele teve estômago para tal.
Deu no que é hoje, uma exceção à regra dos políticos e da própria política brasileira.
Infelizmente é uma exceção que faz a triste regra.
Que sirva como exemplo.
Aqui de longe mandei-lhe meu abraço e desejei sorte na nova empreitada.
Transcrevo o convite que me enviou para divulgar seu trabalho que atesta o que afirmo aqui.


Governador Alckmin anuncia novo Secretário de Agricultura e Abastecimento
Mônika Bergamaschi transmite o cargo a Arnaldo Jardim no dia 8 de janeiro, em solenidade no Salão Nobre da SAA
O governador Geraldo Alckmin anunciou Arnaldo Jardim como o novo Secretário de Agricultura e Abastecimento. Jardim é engenheiro civil e deputado federal pelo PPS desde 2007. Foi secretário de Estado da Habitação (1992-93) e tem importante atuação parlamentar nos setores de agricultura, energia, meio ambiente e desenvolvimento.
Arnaldo Jardim iniciou sua vida política como líder estudantil, na Escola Politécnica da USP, onde se formou em engenharia civil. Foi diretor do DCE da USP e da União Estadual dos Estudantes num período efervescente da luta contra o regime militar e pela democracia. Participou de movimentos de bairro na cidade de São Paulo. 
Início da vida pública - Em 1982 trabalhou ativamente na campanha que elegeu Franco Montoro como Governador de São Paulo. Integrou o governo para trabalhar com o então Secretário do Interior, Chopin Tavares de Lima, na condição de Chefe de Gabinete. Nesse período, desenvolveu trabalhos importantes como o da descentralização administrativa e de programas de desenvolvimento comunitário no interior (vacas mecânicas, padarias, piscicultura, cozinha piloto, interior na praia, redescobrindo o interior, movimento de jovens).
Assembleia Legislativa de São Paulo - Foi eleito pela primeira vez deputado estadual em 1986, tendo sido relator do anteprojeto de Constituição Estadual e autor da lei que instituiu a carteira de prevenção ao câncer ginecológico e mamário. No segundo mandato, em 1991, foi Líder do Governo na Assembleia Legislativa,
Secretaria de Habitação - Em 1992 assumiu a Secretaria de Habitação do Estado de São Paulo, onde ficou até 1993. Foram 75 mil unidades habitacionais construídas, 45 mil deixadas em processo de construção e mais 45 mil com os devidos editais de licitação.  Um trabalho realizado de forma dinâmica, mais barata e apimentada pelo Projeto Vida Melhor, que tinha como meta estimular a participação comunitária e humanizar as condições de vida nos conjuntos habitacionais. Em 94 disputou eleições majoritárias como candidato a Vice-Governador.
Volta ao Legislativo paulista –  De volta à Assembleia em 1999, o deputado ganhou destaque como relator geral do Fórum São Paulo Século XXI – projeto planejou o desenvolvimento de São Paulo para este novo século - e da CPI dos Combustíveis, onde combateu a máfia dos combustíveis adulterados. Além disso, participou do I Encontro Interparlamentar do Mercosul, ocorrido em Buenos Aires, na Argentina, foi Presidente da Comissão de Assuntos Internacionais e membro das comissões de Transportes e Cultura, Ciência e Tecnologia. Também foi substituto do Conselho de Ética e Decoro Parlamentar e autor da Emenda Constitucional que pôs fim à "impunidade parlamentar", fixando a imunidade apenas aos chamados "crimes de opinião".
Atuação parlamentar na ALESP – Coordenou as Frentes Parlamentares da Habitação, pela Energia Limpa e Renovável e do Cooperativismo Paulista; foi indicado para ser membro da Câmara Especial de Biocombustíveis, da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo; foi presidente do Grupo de Trabalho responsável pela elaboração de uma nova legislação de destinação dos resíduos sólidos no Estado; fez parte do Conselho Consultivo da ARTESP - Agência Reguladora de Serviços Públicos Delegados de Transporte do Estado de São Paulo; representou a Assembleia Legislativa no Conselho Estadual de Política Energética.
PPS - Presidente Estadual do PPS (2001/02), atualmente, é membro da Executiva Nacional do partido, assim como, do Diretório Estadual de São Paulo.  
Câmara Federal - Arnaldo Jardim é o 1º vice-líder da bancada do PPS na Câmara Federal, onde é titular na Comissão de Minas e Energia e compõe ainda as comissões de Ciência e Tecnologia; Desenvolvimento Urbano; Viação e Transportes; Turismo e a Comissão Mista de Orçamento.
Sua atuação foi reconhecida por publicações como "100 Cabeças do Congresso Nacional", elaborado pelo Diap - Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar, e por votação realizada pelo Portal Congresso em Foco, como um dos melhores parlamentares da Câmara.
Foi relator da Lei da Política Nacional de Resíduos Sólidos (Lei 12.305).
Nas Comissões Especiais, o deputado participa: da Exploração do Pré-Sal; das PECs 231, 285, 115 e 351; da Lei da Anistia; das Fontes Renováveis; do Transporte Coletivo Urbano; do Parcelamento e Uso do Solo; do FUST; da Exploração de Recursos de Terras Indígenas; da Tarifa Social de Energia Elétrica; das Licitações e Contratos; e de Videofonograma.
O deputado também é relator do Grupo de Trabalho para Consolidação das Leis, onde é o responsável pelas áreas de mineração, águas e energia, além de coordenar o Grupo de Trabalho de Resíduos Sólidos e de Eficiência Energética.
Preside a Frente Parlamentar pela Valorização do Setor Sucroenergético (Frente do Etanol) e a Frente Parlamentar em Defesa da Infraestrutura Nacional.
Também é diretor do ramo crédito da Frente pelo Cooperativismo (Frencoop); além de fazer parte da Frente Ambientalista, a de Defesa da Indústria Têxtil e de Confecção e a do Setor Coureiro, Calçadista e Moveleiro.
É membro do Comitê Dirigente de Auxílio Parlamentar à Iniciativa da Água, do Fórum Mundial da Água (World Water Council).

Serviço
Cerimônia de transmissão do cargo de Secretário de Agricultura e Abastecimento
Data: 08/01/2015 às 10:00 horas
Local: Salão Nobre da Secretaria de Agricultura e Abastecimento
Endereço: Praça Ramos de Azevedo, 254 – Centro – São Paulo/SP
Assessoria de Comunicação SAA: (11) 5067-0069
www.agricultura.sp.gov.br
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