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sexta-feira, 23 de dezembro de 2016

A Previdência está nos roubando!!!

Nunca acreditei nos sistemas de previdência.
Os motivos são muitos :

  1. Se fosse realmente bom não seria uma imposição do estado aos trabalhadores, todos correriam para colaborar, não é óbvio?
  2. Não beneficia todos com a mesma regra, o funcionalismo público (ói estado a sugar nosso sangue aqui novamente), políticos, membros do judiciário, e tantos outros mamadores das tetas da grande mãe esquálida apresentam uma conta muitas vezes maior que a do setor privado;
  3. Não tem a transparência necessária;
  4. Cria uma máquina burocrática imensa que só para mantê-la gastamos boa parte do que seria o benefício futuro;
  5. Cria grandes dificuldades para os empregadores e para os trabalhadores;
  6. Deixa o contribuinte à mercê de políticos e suas leis que sabem que quanto menos recebe o povo, mais sobra para suas falcatruas e benesses;
  7. Tira a liberdade de ação dos contribuintes.
Não faltam acréscimos à essa lista, mas esses pontos me bastam para saber que é um sistema falido.
E não é por tudo o que se alega atualmente para mudar a legislação previdenciária, é falido pelo próprio princípio previdenciário e seus interesses corporativos

Novamente tentam arrochar os trabalhadores do setor privado, que são a grande massa contribuinte, em prol daqueles pendurados em todo nosso estado perdulário e ineficiente.

A conta não pode ser exposta, não pode haver transparência pois revelaria o real problema do sistema previdenciário, e claro dos gordos salários e vantagens que aqueles que se acomodam no estado acumulam.

Sem a Previdência você pode trabalhar 35

ficar mais 43 anos aposentado 

com ganho de 127,7% do salário médio de contribuição.

Fizemos um exemplo:
Contribuindo por 35 anos com UM SALÁRIO MÍNIMO ($$880,00) conseguiríamos acumular (por baixo) o capital de  R$ 251.791,29 no final do período de 35 anos de contribuição, considerando o ridículo rendimento da poupança.
Se você retirar 13 salários de R$ 1.123,70, ou seja não 80% do salário mas 127,7% do salário todo mês, você receberia esse valor por 43 anos de aposentadoria.

60% a mais de rendimentos!!!
E por espantosos 43 anos de vida.

Se somarmos 35+43+16 (idade de um pobre coitado começar a trabalhar) = 94 anos, o que é acima da vida média do brasileiro que é de 73,62 anos segundo o IBGE.
Se você bater com as dez aos 74 anos (o que é a probabilidade estatística não meu desejo)  você ainda deixaria um patrimônio para os herdeiros de R$ 181.100,54 ou uma pensão no mesmo valor que vem recebendo, até zerar sua conta.

Estamos sendo roubados, esse sistema é um roubo oficial instituído para alimentar os vagabundos das oligarquias do funcionalismo público nas várias esferas e poderes do estado.
Ninguém aguenta mais!!!

A reforma da previdência seria simples.


  1. Todo trabalhador terá uma conta poupança vinculada a ele em um banco qualquer que escolha, obrigatória quando do primeiro emprego;
    1. Os valores serão transferíveis para qualquer outro banco conforme a conveniência do titular e claro melhores ofertas de rendimento ao longo do tempo;
    2. O trabalhador não pode sacar até completar a idade que escolheu para começar a retirar, algo pode ser estabelecido como mínimo, com 10 ou 20 anos da abertura da conta ou casos de emergência;
    3. O trabalhador deve receber extrato mensal dessa conta que apresente os rendimentos e o saldo desta. 
    4. Se o empregador não fizer o depósito que lhe cabe, o trabalhador pode acionar imediatamente os órgãos públicos que devem providenciar o mesmo e coibir que se crie ou aumente a dívida bilionária que as empresas tem com a previdência;
  2. Ao ficar desempregado o trabalhador poderá utilizar emergencialmente dessa conta até que esta zere ou ele volte a contribuir. A decisão é do trabalhador. É um seguro desemprego que ele mesmo tem, se o estado quiser ajudar que o faça;
  3. Essa conta funciona como uma conta-corrente, com um prazo de congelamento para movimentação a ser estabelecido por regulamentação. Algo como um movimento por mês.
Muitos vão me perguntar o que acontecerá com essa ou aquela categoria, nada de diferente, é uma previdência individual com critérios claros para todo trabalhador brasileiro, obrigatória e sem outras opções para quem estiver empregado.
E o que faremos com o sistema previdenciário, todo o patrimônio e funcionalismo ligados ao sistema previdenciário?
O sistema deixaria de existir, um elefante branco a menos nas nossas costas.
Quanto ao patrimônio (prédios, instalações e outros bens móveis e imóveis) serão transferidos para o estado, sendo que sua destinação deverá ser destinada aos serviços públicos reais e seguir a prioridade de uso como Saúde, Educação, Cultura, etc.
Os funcionários seriam transferidos para serviços realmente úteis à comunidade como hospitais e escolas, e se sobrarem podem ir para a limpeza pública não é?

Sobre a alegação que o sistema previdenciário auxilia o SUS, vamos desvincular esses impostos, que aliás já pagamos e muito para o péssimo serviço prestado na maioria dos serviços.

Para não parecer chute anexo a tabela que usei para os cálculos.
É isso
===============================  Tabela ===================================

quinta-feira, 10 de novembro de 2016

Os dois EUA

A eleição de Trumph pôs às claras dois Estados Unidos, o de dentro e o de fora.
O de fora é esse que passa pelo mundo como a maior economia, tecnologias de ponta, educação de altíssimo nível, e tantas benesses que o mundo moderno nos dá.
O de dentro é retrógrado, conservador, e , medroso. 
Por simples ignorância dessa grande parte da população que acabou elegendo como presidente um Tiririca da vida (sem menosprezo ao nosso Tiririca que está se saindo muito bem diante tantas barreiras que tem que vencer na vida).
Essa realidade americana vive sendo escondida do sol com peneiras muito frágeis.
Suas cadeias andam cada vez mais cheias, principalmente de negros.
A discriminação racial sempre foi tema delicado por lá, lembro como se fosse hoje o discurso de Luther King.
Muito pode se ter avançado lá como cá, em direitos adquiridos pelos nossos negões, mas pouco se avançou na real inclusão desta raça que tanto contribui para a civilização mas é sempre relegada a um papel menor.
Não adianta obrigar cotas de negros em escolas como aqui ou em filmes como lá, o que precisa acontecer de fato é uma mudança interna das pessoas acolhendo-se mutuamente negros, árabes, indus, asiáticos, judeus, etc. ah! e branquelas também, principalmente em acolher pois mais facilmente foram acolhidos por todos.
Essa mudança não se deu e fica patente quando olhamos as prisões dos dois países, repletas de jovens apartados por crimes que a sociedade desigual praticamente os instiga a fazer.
Defender direitos humanos não é defender os presos, é combater as causas que levam tantos cidadãos à criminalidade.
Um povo preconceituoso e ignorante vota em populistas como aqui o fizemos e nos demos muito mal com as gestões petistas.
Lá ao menos parece que o presidente por mais doidivanas ou palhaço que seja, tem limitações impostas pelo congresso e outras estruturas democráticas.
O problema é que o congresso de lá, também agora, é republicano.
Não temos muito a esperar desse Estados Unidos de dentro que quanto toma o poder, acreditando em armas, segregações, xenofobias, e preconceitos sempre provoca desarranjos mundo afora.
Foi a invasão de Bush que pavimentos os movimentos radicais islâmicos, acho que não resta dúvida disso.
E muita coisa pior o Bozotrhump poderá fazer do que ficar enfiando a mão nas coxas das mulheres ou chamando outras raças de bandidos.
A esperança é que o palhaço tire a máscara e o ator por traz dele tenha neurônios mínimos para comandar uma potência que pode para bem ou para o mal.
Quem (sobre)viver verá.

quinta-feira, 6 de outubro de 2016

Ah! tem Dó ria...

As autoproclamadas esquerdas reclamam da eleição de Dória e sua visão neoliberal, como se não tivessem culpa, ao polarizar a política, na guinada à direita que essa eleição mostrou.

Não gosto do Dória, nem do Alkmin.
Não dizem com clareza a que vieram.
O Pt também fez isso, pior, dizia uma coisa e fez outra.

Se a Prefeitura não for capaz de gerir seus próprios, o problema é de quem a gerencia, não da existência de parques e outros bens públicos que ficam "incomodando o estado" segundo o pensamento privativista.

A seguir assim vão querer privatizar as creches, as escolas de primeiro grau e o que mais? hospitais, postos de saúde? As ruas? Minhas cuecas?

Ora, um cara que mente em se dizer "não político" mas que com pouco mais de 20 anos foi nomeado para a Paulistur pelo então prefeito Covas, tem sim uma vida política.
Seu pai João Agripino da Costa Doria Neto, mais conhecido como João Doria, foi um publicitário, psicólogo, advogado e deputado federal brasileiro.
Era filiado ao Partido Democrata Cristão, o mesmo de Franco Montoro, que nomeou Covas (este meio a contragosto) e claro o garoto filhinho do papai, político sim, Dória Jr., esse aí que se elegeu prefeito agora.

Começar então com mentira é um péssimo presságio.

Para completar também não gosto de igrejas, muito menos da mistura delas com a política.
Sim, cléricos podem exercer cidadania, praticar política. Assim foi Dom Paulo Evaristo Arns, mas não se pode praticá-la usando da igreja um trampolim para conquistas políticas.
Infelizmente hoje as promiscuidades entre política, igrejas e dinheiro é uma praga que nos assola, haja visto o segundo turno do RJ, que pode eleger um pastor que provavelmente vai instituir a burca em Ipanema e Leblon.

Essa corrente burguesa que assumiu o PSDB eliminou dele toda a identidade do "S" que a sigla ostenta.
No limiar ficou FHC que ao se dobrar ao neoliberalismo Tacheriano, de braços com Clinton, cuspiu nas teses que defendeu antes.
Perdeu a visão social de longo prazo, talvez Dona Ruth não resistindo a tanta desfaçatez tenha feito  um game-over mais cedo do que deveria. 
Lembremos que ela foi quem, usando idéias de e apoiada por Cristóvão Buarque, começou o programa de bolsa-esCola, não o esMola em que o PT o transformou.

No discurso Dória faz menção a Montoro e Covas, que penso que reviraram no túmulo, incomodados por falas vazias, e posturas tão pouco Sociais que tanto defendiam quando vivos. Eu os conheci, testemunhei ações não bla bla blá.

Para quem pensa que dará para se acomodar no sofá e esperar uma boa gestão de Dória, acho que se enganam.
Vão sim é sentar no no kibe, que lhes incomodará o fiofó até terem que se levantar e voltar às ruas contra privatizações burras como a de parques e outras besteiras.

Comodatos para o comercio podem ser feitos desde sempre.
Se representarem melhor renda para a manutenção deles ótimo, é instrumento já existente na prática.
O que não precisamos é de uma intermediação na gestão ganhando nosso dinheiro.
Privatizar não é jogar na privada! 
Avisaeh  o mocinho do pulôver Polo.

Tem outros próprios municipais que não me fazem falta, o Complexo do Anhembi e o Autódromo são outros.
Vamos vendê-los mas a preço justo, com avaliações técnicas, e uso preservado.
Isso se tiver comprador.
Se não tiver vamos ser criativos como gestores e inventar muitos e muitos usos nesses espaços para poder promover a cidade onde o turismo de lazer é tão pouco implementado diante do de negócios.

Vigiemos nossos políticos, eles não podem fazer besteiras contra a vontade popular.
Abracemos os nossos parques.


terça-feira, 4 de outubro de 2016

Direita volver... Vou ver é uma grande cagada!

Direita e esquerda são termos anacrônicos que já deveriam ter sido banidos do dicionário político atual.
A suposição de polos leva-nos a pensar numa dualidade que não existe mais.
O mundo moderno é muito mais complexo que o zero ou um, o nós ou eles, o sim e o não.
Há muito mais nuances a serem observados quando abandonamos essa visão infantil da dualidade.

O uso desse enfoque polar coloca a pessoa fora da realidade, num mundo paralelo que ele - por provável pobreza de espírito - idealiza dentro de suas possibilidades cognitivas.

Exquerda

É portanto normal as afirmações delirantes de golpe, de teorias de conspiração, de não aceitação de fatos notórios como a prisão e condenação de altos executivos (e donos) de grandes impérios empresariais.
Falar em "ditadura do proletariado" em pleno século XXI é de arrepiar.
Que tal ler um pouco da vida e obra de Bakunin, e comprara-la à de Max?
Avisa lá que o muro caiu em 1989, que a China adotou um capitalismo de estado e depois se viu forçada a soltar suas rédeas para poder dar conta do desenvolvimento necessário para centenas de milhões de cidadãos.
Sobraram tristes exemplos, como Venezuela e Coréia do Norte que deixam claro sua incompetência em gerir o bem estar de seus cidadãos.
Até Cuba tem se mostrada mais aberta ao mundo global, senão afunda de vez.
Republiquetas africanas e ditaduras do oriente médio mostram o quão atrasados podem estar seus habitantes, bárbaros mesmo. Deveríamos propor que os homens também fossem castrados nesses lugares a exemplo do que fazem com as mulheres por lá.

DeReita

Do outro lado, mas com a mesma pobreza de espírito, muitos não aceitam a complexidade de gêneros humanos da contemporaneidade.
Sim, estamos em um tempo em que discutir homofobia é para quem ainda não entendeu a diversidade que o mundo anda a criar.
Eu não penso nas diferenças, assisto-as.
Faz parte da liberdade de cada um.
Me agride sim e a falta de sexualidade, fico triste quando a vida nos leva a uma situação de baixa libido, acho que essa força vital não deveria nos abandonar nunca.
Viva o viagra e o que mais vier!
Outros preconceitos que os ditos "conservadores" mantém acesos só denotam o atraso de seu pensamento, e provavelmente a rudeza de sua conduta.
Vi tentativa de entrevista da esposa do Cunha para um repórter, e o marido a interceder não deixando a tal arregalada falar. Acho que ela é arregalada daquele jeito por choques elétricos que o crápula deve lhe aplicar, afinal um Prada vale um sacrificiozinho né?

Extremos 

Gente que não desceu da árvore.
Extremistas só servem para se autoafirmar.
Existe um porque o outro existe.
Ficam em uma batalha que não leva a nada, enquanto isso o mundo caminha.
E mal, caminha muito mal para direções onde a valorização da vida é secundária, o que valem são as coisas, o dinheiro, a autosatisfação.
O individualismo mais confortável se impões contra o comunitarismo.
Nenhum dos extremos parece ver isso, afinal seu mundo é paralelo, é outro.
Há uma esquizofrenia nesse olhar, não dá pra negar.
Acho que Bolsonaros e Caetanos, que Malafraias e Chicos e tantos outros pares de opostos deveriam ser colocados frente a frente, presos, até que se apercebessem das idiotices que dizem.

Eu particularmente não teria o menor interesse em assistir as bobagens ditas por eles.






segunda-feira, 3 de outubro de 2016

O "day-after" do PT.

Não adianta reclamar, votos são determinantes.
O PT perdeu em praticamente todas as cidades da Grande São Paulo, onde nasceram suas bases históricas.
O Haddad foi melhor que outros na gestão?
Pode até ter sido, claro com críticas o que é normal na gestão pública.
Seu pecado mortal foi ser petista.
Mas é decorrência de suas escolhas.

O que o Brasil mostrou é que o discurso de golpe, o tapar o sol da peneira sobre a roubalheira declarada e já punida, da negação dos fatos e da mentira não foram aceitos pelos eleitores.
O castelo de cartas caiu, e revelou conteúdo fétido.
O povo sentiu o mal cheiro e se manifestou nas urnas.

Não, não me agrada ver Dória um subproduto do Alckmin, de uma política meio sem forma, de um neoliberalismo escamoteado, enfim um discurso vago quanto às intenções, rumos, planos e projetos.
Mas o fato é que ele, Dória, foi eleito no primeiro turno (fato inédito em sampa) e merece nossos cumprimentos por isso.

Agora já que o elegemos, cabe ter uma postura de cobrança mais eficaz.
Que tal câmaras setoriais de cidadãos não partidarizados a discutir as propostas?
Proposta normalmente das esquerdas (que nem sempre se fazem efetivas ou principalmente eficazes) mas que podem e devem ser implementadas para o aprofundamento das discussões nas Sub-prefeituras ou qual seja o nome que todo gestor gosta de mudar.

Os políticos de carteirinha visam primeiro sua condição pessoal e depois a coisa pública, isso está demonstrado nas nossas falsas democracias como postei ontem.
E esse foi exatamente o câncer que acometeu o PT, viveu para se manter no poder e morre exatamente por isso.
Morre o PT e morrem muitas esperanças de melhoras.

Precisamos remover esse monte de benesses que os políticos se autodeclaram merecedores.
Precisamos tirar dos cargos políticos o foco na vantagem pessoal, e com isso começar a ter pessoas realmente interessadas na coisa pública.

Essa possibilidade de reforma política só irá acontecer se brotar da população.
Não serão essas raposas que irão cuidar bem de nossas galinhas.
É inconcebível a fortuna que ganham todos os funcionários de nosso estado contra as necessidades da nação no geral pobre.

É quase nada afirmam alguns, dizendo que diante do PIB esse custo é irrisório, mas não é só uma questão de economia, mas também de exemplo de moral e ética que tem que vir de cima.

Gabinetes caríssimos em todos os poderes para que?
Um Ministro do STF precisa de cerca de 250 funcionários para fazer o seu papel (que diga-se de passagem deixa muito a desejar).

Enquanto não discutirmos o país que queremos não avançaremos.
Precisamos urgente de uma nova constituinte que entre tantas coisas:
  • seja composta por cidadãos que nunca tenham sido eleitos, não tenham filiação partidária, e que tornar-se-ão inelegíveis para sempre depois de promulgada a nova constituição;
  • com cláusulas de barreiras para que os constituintes sejam representantes de setores sociais e classes profissionais diversas e obrigatórias para que se pensem em projetos de nação, e não casuísticos;
  • haja uma definição clara da estrutura do estado que queremos, de novo cito Simonsen "nosso estado não cabe em nossa economia" e assim não sobra dinheiro para os fins a que se destinam nossas instituições;
  • se fixe ganhos, e infraestruturas administrativas (inclusive de funcionários) para cada cargo público, de Ministro da STF, passando por Presidente da República, das casas do Congresso e chegando até as diretorias de autarquias;
  • reative o instituto do "Voto Nulo" que anularia uma eleição majoritária caso seja praticado por mais da metade dos eleitores;
  • as empresas, se publicas e realmente necessárias tenham uma gestão autônoma,  com diretoria montada por mérito e concursos internos que promovam seus quadros em uma carreira profissional, sem ingerências com nomeações políticas e mudanças de rumo conforme o mandatário da vez;
  • se reveja o papel de "Agencias Reguladoras". Para que sustentar outras instituições para realizar um trabalho inerente ao papel do estado. Senão para que o estado;
A lista seria longa e não sou autoridade no assunto, penso mesmo que não há uma autoridade absoluta, daí uma constituinte com grupos setoriais ou temáticos a montar um novo projeto de Brasil.
Espero que desta vez com o B maiúsculo porque o brazuquinha tá maltratando seu povo há muitos séculos.
Não estaria na hora de mudanças reais?

O PT se mostrou uma grande frustração para as classes menos favorecidas da nossa população, conquistas transitórias (para não dizer provisórias) não se sustentaram e muitas de forma equivocada baixaram hordas de cidadãos às suas condições originais.
Uma pena.
A punição veio pelas urnas.




domingo, 2 de outubro de 2016

Dia de Palhaço... ops de Votar!

Hoje é dia de declararmos nosso idiotismo.

A democracia está comprovadamente falida, e não é só aqui não, é no mundo todo.
O processo democrático tal como colocado antigamente já não atende as necessidades da realidade atual. Não vê quem não quer.

Claro que, em termos municipais essa falência pode não ser tão explicita. Pequenas cidades tem uma proximidade entre o eleitor e o político que lhes permite uma interação quer seja de cobrança quer seja de prestação de contas do trabalho realizado.
Mas isso só em pequenas cidades, com menos de digamos 50 mil habitantes.

Além desse ponto o que acaba acontecendo é uma impessoalidade dos representantes políticos que lhes permite navegar nas mentiras sazonais que são vomitadas a cada 4 anos.
A culpa não é deles, é do próprio sistema e principalmente dos cidadãos que não querem se responsabilizar pelas atividades públicas e delegam ao estado essa função.
Mesmo em países muito mais civilizados que nosso brazuquinha ferrado, essa fórmula acaba fazendo água.

Um exemplo recente foi a votação da saída do Reino Unido da União Europeia. Ninguém acreditava que o voto pela saída sairia vitorioso, e simplesmente acabou por não ir votar. Deu no que deu, um balaio de gato armado sem que fosse o real desejo da maioria dos ingleses.
Não quiseram participar, se responsabilizar e agora é leite derramado, sorriso amarelo e muitas mazelas a a sofrer por consequência.

A democracia, quanto tentada em grandes populações tende então a não ser um mecanismo eficaz na representatividade cidadã.
Essa tentativa de transferir nossas responsabilidades com a coisa pública para o estado e seus representantes criou oligarquias, cortes, ou melhor dizendo quadrilhas que tomando o poder promovem falsos serviços, mentiras, e trazem muito prejuízo aos nossos bolsos.
Pagamos caro por pouco serviço em troca.

Nossa preguiça em atuar em prol da coisa pública, das decisões que nos afetam criou esse espaço para maus caracteres ocuparem.
Nos três poderes e nas  três esferas.

Votar em um nome, ou num programa de trabalho que não será cobrado futuramente é aceitar a mentira, tal qual, parece-me foi aceita pela juíza no meu caso em São José dos Pinhais que postei anteriormente.

Quem confere um depoimento, uma promessa de atuação legislativa, uma proposta de políticas urbanas?
Ninguém.
Fica uma névoa sobre os fatos que com o passar do tempo ficam esquecidos.
Vitória da mentira!
Vivemos nela e fazemos mesmo é papel de palhaços ao ir apertar os botõezinhos de uma urna que só falta nos dizer "tchau bobão" ao sair.

quarta-feira, 21 de setembro de 2016

Justiça para rir ou chorar?

Ontem tive uma experiência que poderia dizer inusitada.
Fui convocado pela juíza que cuida do caso para ir a Curitiba para depor.
Sete horas de viagem, uma correria num taxi que felizmente se mostrou totalmente aloprado para que eu chegasse a tempo e lá estou eu.
A causa já era em si estapafúrdia.
Promitentes compradores de um sobrado meu em São José dos Pinhais, que invadiram-no (assim como o germinado dele) sob a batuta da corretora Solange Delfim, começaram uma ação pedido à justiça que passasse o imóvel para o nome deles (sem pagar o saldo claro) ou algo parecido.
O advogado deles aquele típico de porta de cadeia que não precisa maiores descrições.

Mediante a argumentação de meu advogado a juíza achou por bem ouvir as partes.
Só que não fui ouvido, acho que falta um dos pratos da balança da iconográfica representação da Justiça.

Não bastasse isso, o aviso que faz a juíza, para cada depoente, alertando que falso testemunho é crime passível de prisão é só pro-forma.
Como avaliar o caso sem saber que há mentiras envolvidas?
O caso é estranho, e acaba tenho certa complexidade, que não vale aqui discorrer.
O que quero dizer é que como pode uma mentiras do gênero:
"Ele me entregou a chave da casa" quando o que houve foi um arrombamento com invasão?
"Ele não lhe pagou nada da comissão de corretagem?" resposta (cínica): Não! Sendo que bem sabe a corretora que recebera proporcionalmente a comissão de corretagem combinada, porcentual calculado com base nos sinais recebidos.
A ligação de água foi pedida em meu nome, com fotocópias minhas e sem minha autorização o que deve ter no jurisprudês um crime a ser considerado.
Foram outras tantas mentiras e omissões de fatos.
Datas ficaram no "não me lembro" quando são fundamentais para que se analise a procrastinação havida pelos compradores na aquisição do financiamento.

Talvez haja um acordo para me pagarem com um mínimo de reajuste do valor dos imóveis, mas a mentira maior se fixa na declaração contraditória de que tudo o que eles estavam tentando é me pagar o que devem, quando queriam mesmo é surrupiar o meu patrimônio.
Até o próprio mote da ação foi desdito.

Definitivamente o Brasil é uma terra de mentirosos e mal caráteres, e se você se julga uma exceção, coitado é somente mais um idiota como eu em um país de salafrários.
Não sei se nasci no tempo errado, no país errado, ou em ambos, mas que o combinação lá em cima não tá legal, ah! não tá mesmo.

Não tivesse a idade que tenho correria atras de minhas outras possíveis cidadanias (italiana e portuguesa) para poder dizer-me de outro país.
Tenho vergonha de ser brasileiro!

domingo, 18 de setembro de 2016

De volta à nova velha sampa

Paulistano e exilado daqui há muitos anos fiquei surpreso com a cidade.
A especulação imobiliária é, sem dúvida, um fenômeno surpreendente, para não dizer assustador.
É devastadora. Colocou um mastodonte a uma quadra daqui em uma zona R2 que é residencial de baixa ocupação só casas, o maldito prédio tem trocentos andares.

A corrupção no brazuquinha é definitivamente endêmica.
Para que uma incrustação dessas ser feita em um bairro alguém levou muita grana para permitir.
Deixa qualquer um triste pois jovem e tolo idealista fiz umas extensões na FAUUSP justamente sobre planejamento urbano.
Fora maravilhosos exemplos do pós-guerra, o que mais se fixou em mim sobre o assunto é a necessidade de se manter rígidas as regras criadas para não incorrer no caos pré-visualizado por quem planeja.
Pois é o caos em sampa está posto, e a causa é uma só.
O papel do planejamento no Brasil só serve mesmo para limpar a bunda dos corruptos.
A ideia de que o planejamento seja dinâmico, mutável só se sustenta quando as interações forem drásticas. Exemplifico:
  • se você quer adensar uma área tem obrigatoriamente que pensar na infraestrutura, como no abastecimento de água, captação de esgotos (que é uma merda metafórica também), energia e principalmente transporte público e privado (o tal do tráfego).
Esse é o primeiro mastodonte, provavelmente virão outros pois corruptos e corruptores não faltam no Brasil.
A Lava-Jato ataca somente um aspecto da corrupção nacional, mas é somente um de muitos quadros de corrupção que nos assolam.
Ela está em todas as hierarquias, nas três esferas de governo e em todos os poderes.
Será um cancro difícil de extirpar.
Faz parte da cultura, de nosso subdesenvolvimento.
Na tentativa de levar qualquer vantagem, até da mais simples como entrar em uma fila (de cinema ou de carros) o brasileiro acha que ser Gerson é que é legal.
Somos incivilizados e isso nos leva à necessidade da corrupção para atingirmos "todo o nosso merecimento".

Não sou contra que a cidade cresçam, que haja evolução urbana.
Há prédios novos lindos por aqui, houve alguma melhora no transporte público mas a tal linha do metro, aquela aérea, está parada. Ela seria importante para fazer parte do que seria o anel de interligação das várias linhas, hoje praticamente só alguns dos projetos das radio-concêntricas foram implementados.

Quando visitamos a Cia. do Metrô no início dos anos 70, o projeto era abrangente, e incluía um ou dois anéis de interligação das linhas de modo a melhorar a capilaridade do sistema, assim como as marginais e o rodoanel fazem.
Mas por aqui tudo o que se refere à gestão pública é deficiente não tem jeito.

E para completar vem o Temer novamente falar em privatização com financiamento de 80% do projeto feito pelo nosso capital.
Tão ridículo quanto foi o FHC naquela onda de privatizações que promoveu.
Privatizar é aceitar que empresas assumam determinados projetos e que além dos serviços prestados paguem impostos e royaties pela concessão de espaço público entre outras contrapartidas. Cabe ao estado regulamentar e fiscalizar a prestação do serviço e não investir nele.
Privatizar não é como pensam nossos políticos, jogar na privada. 
Alguém pode avisá-los por favor?


PT, saudações!

Estamos de volta com o Velho PT de sempre, na oposição falando o mesmo de novo.
E pior,o que não fez quando lhe deram a faca e o queijo na mão.

Eta petizada (termo mais adequado ao pensamento infantil destes que se denominam petistas) tola essa sô, diria  Pedro Malasartes.

Os que ainda apoiam-no parecem não querer reconhecer a verdade, que é uma só: arruinaram o país.
Perdemos os anos de ouro em que Lula governou não para melhorar realmente a vida dos mais pobres, mas num populismo nefasto que o Fórum São Paulo preconizou como método para a tomada do poder na AL.
Que atraso de pensamento. que comportamento histriônico!

Fundamentos equivocados e anacrônicos.

Max que em seu tempo foi um belo burguês sustentado pela família primeiramente, por Engels de família da alta burguesia que molda neste último a reação contra a exploração dos trabalhadores (de suas próprias fábricas) e por fim pela vida aristocrata de sua esposa Jenny, propõe a ditadura do proletariado que se mostrou uma falácia em todas suas tentativas no século XX.
As ditaduras criaram nova elite,  e se não pior tão ruim quanto o sistema mantido pelo capitalismo.
Ruíram todas as mais consideráveis, Rússia e China como exemplos principais, restando entretanto um ranço totalitarista que décadas de equivoco provocaram.

Hora de avançar.

Não defendo o capitalismo que, diga-se de passagem, usou muito das teorias de Max para se aprofundar sua "expertise" em abusar do mercado (que somos nós os idiotas compradores de tudo o que inventam).
Sou a favor do anarquismo preconizado por Bakunin, que por sinal deu as costas à Primeira Internacional Socialista quando Max preconiza a "ditadura do proletariado", pelo simples fato de não acreditar em ditadura.
E ele tinha razão, a história comprovou.

Mas nós, latinos-americanos-terceiromundistas, claro tínhamos que inventar a excrescência do Fórum São Paulo para planejar a idiotice da tal ditadura pelas Américas.

Desculpem, mas é coisa de gente com pouca atividade neural, para ser elegante no verbo.

Enquanto isso o capitalismo selvagem, esse dito "de mercado" ativa suas garras incentivando o individualismo como forma de aumentar o consumo (tem coisa mais besta que 4 pessoas sentadas para jantar com o zapzap na mão falando - por vezes - com eles mesmos?).

Meu pensamento de sociedade passa por uma relação com foco nas comunidades reais, que mais que uma troca de bla-bla-blás pelas redes sociais, decidam seus rumos.

Uma comunidade não é somente um monte de indivíduos agregados em uma rede.
Ela precisa ter metas, objetivos claros e projetos a serem perseguidos.
Ela precisa realizar atividades, construir pontes que levem-nos a um amanhã melhor.
Ela precisa ser permanente.
Sem grandes complicações.

E as passeatas de 2013 e 2016 não contam como ações comunitárias?

Claro que contam, pois elas tinham algumas das características citadas.
Faltou muita coisa, principalmente maior clareza nos objetivos, e a falta de um projeto e claro a falta de continuidade.

A canalha nacional (que não é exclusividade brasileira) se aproveita exatamente dessa falta de objetivos claros, de um projeto a ser perseguido para se sustentar no poder.

O resultado é que trocamos as moscas mantivemos a merda.
E não são eleições já que resolveram, pois não estamos organizados como sociedade para termos políticos melhores.
Vamos todos votar mas mesmas merdas de sempre, esse é o fato, pois são eles, das elites canalísticas (como diria o velho Odorico) que fazem a lista dos bandidos da vez.
Há exceções, mas só para poder fazer valer a regra, penso que são poucas.

Resultado da ópera, não mudamos porcaria nenhuma.
Pior não mudaremos.

Mas voltando ao PT e sua petizada.
O bolivarianismo disfarçado que o PT fez, apoiando falácias latino-americanas com o nosso dinheiro, está em ruínas.
Mostrou-se corruptor.
Bolívia nos usurpou propriedades da Petrobrás sem indenizar.
Fizemos porto em Cuba como se não necessitássemos urgentemente de obras nos portos de Paranaguá, São Francisco do Sul e Tubarão, para citar somente aqueles que se prestam às exportações de soja, frango e carne que é o que realmente está sustentando nossa balança de pagamentos.
Emprestamos dinheiro do BNDES mundo afora sem garantias de recebimento, para construir canais de propinas e eternizar-se no poder esse é fato.

Mas a petizada não acredita, não quer acreditar na malversação que ocorreu.
Ora, estava na hora de crescerem, de entender que entre zero e um existem infinitos números possíveis, que entre a minha verdade e a sua existem muitas outras.
Que o mundo é mais complexo, exige mais inteligência para ser vivido.
Exige que reconheçamos nossos erros para poder ir em frente, caso contrário estaremos sempre chorando pelo sorvete caído como infantes que se recusam a crescer.
Exige a coexistência com os diferentes.
E principalmente exige honestidade, ética, moral e defesa da coisa pública para o bem da cidadania.

Assim não ia dar mesmo petizada, hora de voltar para a escola e tentar aprender tudo de novo e desta vez, por favor, tentem entender as coisas direitinho



quinta-feira, 15 de setembro de 2016

Os números de nossa triste realidade

Estadão publicou matéria sobre o os manifestantes de agora serem massa de manobra.
Mostra como as pessoas gritam alto mas são absolutamente desinformadas.
Gosto de citar o Mário Henrique Simonsen pois há décadas já dizia que nosso estado não cabe na nossa economia.
A proposta da hora agora é a tal Reforma Previdenciária.
Anos para mais, anos para menos e o ânus que dói é sempre o da massa contribuinte via CLT.
Fiz uma conta básica entre o tamanho do déficit previdenciário do funcionalismo público e o do setor privado, resultado: cada aposentado do setor público gera um buraco nas contas públicas de R$_74.130,88 enquanto que no setor privado esse número é de "apenas" R$_3.583,33. Se dividirmos o primeiro pelo segundo veremos que o setor público é 20,7 vezes mais nefasto que o privado.
Isso só nas contas da união, nem sei se o Estadão inclui também aposentadorias e pensões dos militares da reserva.
O que acontece no Brasil no aspecto da Previdência é o que acontece em toda nossa estrutura político-econômico-fiscal.
O setor privado trabalha para sustentar um monte de gente ineficiente que se denomina funcionário público, que presta péssimo serviço, e ainda se aposenta provocando prejuízos aos nossos cofres vinte vezes maior que o setor privado que na verdade é quem mais colabora com o caixa previdênciário.
Não quero ficar nesse economês idiota.
As contas públicas brasileiras são mesmo uma indecência.
Não somos mais um país de 3º mundo, somos de 4º mundo uma invenção do Lula que acabou por enterrar o brazuquinha já tão ferrado.
Perderemos 2 décadas para chegar ao estágio que estaríamos agora,
Nesse tempo nós, tartarugas civilizatorias, veremos os coelhos passarem por nós várias e várias voltas.
Não, não somos fadados ao sucesso.
Somos retrato da letra do Bancarrota Blues composição do falecido Chico.
=+=+=+
Não nos bastasse tanta desgraça, vem o Temerário e lança um programa de privatização ao estilo do FHC, onde o investidor entra com a vontade e 20% e o restante o Brasil banca pelo BNDES, BBrasil, CEF e "bancos privados".
Puta que pariu, não há outro termo a usar para expressar os disparates que rolam por aqui.
O mundo está abarrotado de dinheiro sem ter investimento seguro para fazer.
No Japão a Selic de lá é (ao menos já foi) negativa, quer dizer que você não recebe juros pela aplicação, paga.
É surreal, Dali chutou a tampa do caixâo puto da vida quando ouviu isso.

Se quiserem investir no Brasil, venham, realizem os projetos com dinheiro próprio, e amortizem o investimento com o resultado operacional de cada tipo de negócio com pedágios, taxas de embarque, serviços ferroviários, etc.
Agora o investidor entra com os 20% em pé ninóis que tomamos nos 80% deitados.
Esses caras não entenderam que privatizar não é jogar na privada.

Temer tá fedendo como Sarney, não acredito que um banho o fará cheira como o Itamar que enfim foi quem nos tirou do buraco naquela oportunidade.


domingo, 7 de agosto de 2016

Aos bardos os palcos e olhe lá

Quem viu reportagens sobre a abertura das Olimpíadas deve ter visto o Caetano Velozo  com uma folhinha de papel escrito Fora Temer.
Fez lá seu show com o compadre Gil e a tal Anita que vi pela primeira vez.
Gosto muito do canto do Caetano e do Gil, e da maioria das composições deles.
Não gostei quando Gil e esposa (ao menos à época) tentaram dar um passa moleque no Paulinho da Viola, na distribuição de cachês em um show em que se apresentaram no RJ se não me engano com o Chico também participante.
A conversa é de que o Paulinho da Viola seria "menos" que os outros participantes.
Que belos socialistas de merda são esses caras, quando é para se locupletar com as verbas públicas eles metem a mão na cumbuca sem dó, como se precisassem disso, como que se suas apresentações não lhes bastassem dinheiro suficiente para uma boa vida.
E ainda tentam determinar o valor de cada artista.
O Chico, que ando chamando de Falecido Chico, emplacou sua irmã num ministério do PT que nem em um governo incompetente como os petistas se sustentou e teve que dar lugar a outro sei lá quem.
Não vem ao caso.

Esses nossos ícones da música, que se denominavam de esquerda e foram exilados, se arrogam agora receber benesses descabidas, viraram cúmplices de governos desastrados.
E não me venham com ideologias, não as vejo neles.
Ideologia se traduz em práticas generosas que nenhum deles tem.
Por generosas considero atividades em prol da nação sem remuneração por crer na possibilidade de um país melhor.
Nada disso, na vida privada são muito parecidos à nossa falida classe política.
Tem as mesmas práticas da velha corte brasileira.

O "menos" Paulinho da Viola de então apresentou-se com mais destaque na abertura da Olimpíada, e diga-se de passagem, com uma elegância, simplicidade e altivez que nenhum dos que citei anteriormente tem.
Ah! e para saberem, esse grande homem, nos tempos da ditadura não foi exilado e não fazia muito alarde mas ajudou muita gente que combatia a ditadura a se esconder nas favelas do RJ onde era e é muito considerado.
Obrigado por ser quem é Paulinho da Viola, por ser como é.
E principalmente por, sendo uma pessoa pública e famosa, se ater ao seu papel de bardo, dos melhores.
Aos bardos os palcos.
Falar bobagem e agir em desfavor ao país ninguém precisa.

Não grito Fora Temer, apesar de que eu bem que gostaria que a nossa justiça cassasse a chapa dele com a aquela gaúcha que esqueci o nome, e que tivéssemos a chance de colocar gente melhor (se é que há) no nosso governo central.
E que junto nós pudéssemos outro congresso, penso que o povo hoje anda de olhos mais abertos que em 2014.

quarta-feira, 18 de maio de 2016

Um ministério pra chamar de meu...


Um ministério pra chamar de meu... mesmo que seja só eu.

A classe artística, barulhenta por dever de ofício, fica alardeando:
a) Que foi Golpe o afastamento da Dilma e
b) Que é retrocesso na cultura a eliminação do MinC.

a) Processar difamações contra o Brasil

Ontem deu na imprensa um bando de atores, quase todos rindo (acho que é da nossa cara mesmo) e empunhando papeis reclamando de golpe no impeachment da Dilma.
Ao que me consta a Sônia Braga (a única que identifiquei ali) mora nos EUA há décadas e tem por lá uma carreira cinematográfica. Que sabe ela de nossa realidade? 
Não sei sobre os demais, mas se fosse meu papel cuidar da imagem do Brasil eu imporia processos acusando de difamação contra cada um desses personagens que querem aproveitar seu segundo de fama para falar mal do país, pois no fundo é isso o que fazem.
Não, não defendem o Brasil, esculacham nossa imagem lá fora. 
Por sorte sua significância é ínfima, e sobrevivem no tempo do cheiro de um peido.
Mas merecem processo, e quem mais o fizer.
Não ouvi sobre a manifestação das aprendizes de princesas vovós com o Requião que foram passear às nossas custas pra falar mal do Brasil. Se afirmarem que é golpe merecem um processo por difamação, ou sei lá mais o que os juristas podem usar.

a) Meu ministério

Se a tese dos artistas vociferantes é de que as ações culturais só acontecem se existir um ministério para elas, quero um ministério pra cuidar de mim também.
O ministério da atenção ao RVA (só as iniciais para esconder a bizarrice).
O ministro serei eu claro, e nomearei um monte de estafetas, e ninfetas para cuidarem de mim.
Com certeza serei um cara bem feliz, com carro, avião por conta da FAB, moradia e o escambau.
Você também não quer?
Tá, não só pro Aleixo, um ministério para quem programa computadores, abrange um monte de gente.
Se o ministro for eu e a camarilha minha, tô topando!
Concordam?
Não!
E se montar uma boa estrutura, e distribuir algumas centenas de empregos formando uma camarilha mais "abrangente'?
Não de novo!
Ô gente ingrata...

A lógica ministerial

Montar uma estrutura ministerial é um assunto que junta política e bom senso administrativo.
Não é o nosso caso que só temos utilizado da face política e deixamos o administrativo de lado, criando um estado que não cabe em nossa economia, como falava Simonsen.
"A economia é pouca quando eliminamos um ministério" argumentam alguns.
Não penso assim, pois as despesas administrativas, fora as mordomias de qualquer ministério devem levar muitos milhões por ano do nosso dindin.
Milhões que podem e devem ser alocados para projetos objeto da pasta.

Referencias do mundo civilizado

Li  matéria que em Londres todos os funcionários são obrigados a utilizar transporte público, salvo exceção que deve ser justificada e julgada para lançar mão de usar um táxi.
Ao que saiba há um ciclo escolar comum a todos e os políticos colocam seus filhos na mesma escola do pobre, projeto que me parece defendido pelo Sen. Cristóvam que não é Colombo mas descobre coisas boas como o bolsa escola.

O estado para si e para os seus

No Brasil a estrutura de estado parece funcionar para si mesma e para os seus, daí a chiadeira contra a extinção de ministérios.
É notório como o cidadão comum, que afinal é o empregador do funcionário público, é tratado como um inferior pelo seu empregado.

Acabam as tetas.
A chiadeira sobe o tom mas que sobreviva o bom senso.
Como já postei, ainda falta eliminar outros ministérios e muita chiadeira irá acontecer.
Esportes não se justifica fora da esfera da Educação e Cultura.
O mesmo se dá com Ciência e Tecnologia.


Um rearranjo organizacional

Estamos muito atrasados na gestão pública.
Não faltam no Brasil especialistas em organização operacional de instituições.
O que falta é vontade política de fazer as mudanças.
Não será com a corja que se instalou nos poderes que iremos adiante nesses temas.

Penso que só uma constituinte exclusiva, que entre tantos temas defina as estruturas organizacionais do executivo, legislativo e judiciário poderá realmente mudar as coisas.
Uma constituinte que deve apresentar um projeto de nação e onde, findos os trabalhos, terão seus promulgadores impedidos de atuar no estado em qualquer de suas esferas.

Será mero sonho de um velho delirante?

sábado, 14 de maio de 2016

Pura recatada e DO MINISTÉRIO PORRA!!!

Claro que é significativo, vem de signo.
É o que parece, expressa uma visão.
E dar significância a algo.

E Temer não teve habilidade para tanto.
Claro que mulheres e negros podem fazer cagadas.
Mas podem não fazer, e podem até ser meio neutros no que tange ao mal cheiro.
Mas sua presença teria grande significado.

Será que também os índios, os gays, os deficientes...
Ôpa, talvez aí não caibam tantos, ainda mais num ministério sonhado por mim com no máximo 14 cadeiras.

Sei que haverão mulheres e muitas, nas últimas semanas tenho telefonado para muitas empresas, mais de cem com certeza, e os homens que me respondem são ampla minoria, elas, as lindinhas, se sobressaem.
(E não reclamem do "lindinhas", não é menosprezo, se não entendem danem-se mocréias)

Seria justo uma maior pluralidade no ministério, mas assim em como nosso congresso há uma maioria gritante de homens, brancos e de meia idade.

Mas há algo pior, bem pior a considerar que é a inclusão de um sem número de indiciados na justiça a ocupar pastas.
Também vale aqui o argumento fisiológico de "como encontrar representantes em um congresso onde 60% tem problemas com a justiça?".

Aí o buraco é mais embaixo, não se resolve com fisiologismo, não se resolve mantendo essas regras de composição de maioria fadada ao insucesso. 
Temer talvez morra por ela, e com ele a maioria dos nossos congressistas.
Precisamos procurar outros.
Precisamos de uma reforma política onde a manifestação de voto nulo volte a significar a insatisfação com todos os candidatos.



Mudamos para ficar no mesmo!

Talvez até dê para entender a pouca margem de manobra do Temer.
Herdou uma lógica fisiológica sedimentada há décadas.

Como já disse, o toma-lá-dá-cá se institucionalizou com o FHC para se reeleger.
Com os petistas virou forma de governo de um sindicalista acostumado a ter várias caras, ser falso amigo dos operários e cúmplice dos empresários em seu arrocho.

Não está fazendo nada de diferente, a não ser reduzindo 10 ministérios por força de uma imposição das ruas.
Na verdade, não se vê nessa solução um "projeto de salvação nacional" nem ponte nenhuma que leve a bom futuro.
Começa mal, fazendo o mesmo do mesmo, sim, com menor escala, mas o mesmo.

À corja que habita o congresso, salvo exceções a fazer regra,  se lhes der folga, se agarra nas tetas do estado mais que carrapato em saco ariano, aquele bem branquinho e macio.
Congressistas dessa baixa qualidade só funcionarão na base da imposição, forçada pela população nas ruas, que ao pressionar o executivo irá mudando aos poucos o país.
Isso está provado.

Não foram anos e anos da mídia a dizer o que estava errado, chamando especialistas a depor o porque da acusação de erro e até de como, talvez, acertar.
Foi o povo na rua que provocou mudanças.
Há 3 anos fizemos os primeiros movimentos.
Este ano 6 milhões de brasileiros gritaram contra a situação, não foram só gritos de "fora Dilma", foram execrações a muitos outros políticos (que não representam ninguém), e também ao modelo político instituído no país.

Os políticos dizem nos ouvir, mas no máximo usam um só dos ouvidos, com o outro continuam a trabalhar com a velha e hipócrita política brasileira.
Temos mais de 30 partidos e ao mesmo tempo nenhum a representar o interesse da nação.

Penso que a representação partidária esteja anacrônica, e não é só aqui não, acontece mundo afora.
Para exemplificar as manifestações na França - declaradamente apartidárias - contra a reforma previdenciária que um governo dito de esquerda promove para poder equilibrar um sistema com tendências a falir. Coisa impensável a poucas décadas.

Nesses novos tempos de comunicação ágil, rápida, pública e coletiva, ponto a ponto, o significado de representatividade política deve ser repensado.
O indivíduo é assim, plural, ao menos os que entendem sua complexidade se assumem assim, não falo dos tolos ou desequilibrados, esses negam tudo por negar.

Mas sendo pragmático e partindo dessa nossa realidade nefasta, talvez o limite possível para o novo presidente seja esse.

O que precisamos?

O país precisa de um projeto, com um objetivo claro do que quer ser.
Sabemos de nossa forte vocação para ser o grande celeiro do mundo, mas não assumimos na prática esse nosso papel.
Não temos infra-estrutura para atender essa vocação, faltam portos e aeroportos para a saída de nossas possíveis safras.
Falta formação escolar e técnica, para formar mão de obra e cidadão mais esclarecidos (temor dos políticos mundo afora).
Não agregamos valor aos nossos produtos, vendemos soja e não óleo, rações e outros derivados que agregariam valor e dariam empregos por aqui. Vendemos minério e fechamos metalúrgicas.
Não fazemos a reforma agrária séria, que promova uma verdadeira interiorização do desenvolvimento esvaziando significativamente nossas cidades combalidas pela verdadeira guerra civil que se instalou nelas apelidada de violência urbana.
Falta saúde, que se pública e gratuita, é na prática prá lá de insuficiente, em muitos casos inexistentes.
Falta ética, moral, dignidade e cidadania.

Sobra estado inflado e incompetente,
Sobra funcionalismo tão mal caráter como nossos representantes políticos,
Sobra corrupção em todos os níveis e poderes do país.

Precisamos criar um novo estado.
Do jeito que a população pretende, onde os serviços sejam voltados para os cidadãos e não para os funcionários como hoje parecem ser.
Somos destratados por aqueles que são realmente nossos funcionários. Devem-nos respeito e bons serviços.

Precisamos de um estado com um planejamento técnico, com um organograma claro e fixo, sem alterações sazonais ao gosto do político de plantão.
Os ministérios e secretarias de estado e municipais devem ser discutidos tecnicamente mediante temática e capacidade de coordenar e se fixar em algo do tipo:
  1. Economia, Fazenda e Previdência Social
  2. Planejamento
  3. Casa Civil e Secretaria de Governo
  4. Indústria, Minas e Energia
  5. Agricultura
  6. Transportes
  7. Comércio e Turismo
  8. Comunicações
  9. Saúde e Assistência Social
  10. Ministério da Educação, Cultura, Esporte, Ciência e Tecnologia
  11. Relações Exteriores
  12. Defesa Nacional, Justiça e Cidadania
Temer para tentar acomodar os homens no poder e mantém:

  • Advocacia Geral da União como ministério, assunto afeto ao da Justiça;
  • Cidades assunto do Planejamento;
  • Ciência, Tecnologia e Comunicações onde os dois assuntos iniciais são afetos à Educação, não existem sem ela;
  • Fiscalização, Transparência e Controle querendo parecer moderno, mas já existem orgãos no ministério público e controladorias para cuidar desses assuntos, transparência não é assunto de um ministério, é para a Casa Civil cobrar de todos;
  • Desenvolvimento Social e Agrário, isso é tema da agricultura;
  • Esporte, que começa na escola ou não existe como o nosso vexaminoso desempenho;
  • Integração Nacional, se faz com um bom Planejamento;
  • Meio Ambiente é um tema transdisciplinar, e deve permear a ação de todos os ministérios, o Ibama bem cabe no Planejamento;
  • Minas e Energia, talvez seja sim o caso de ser mantido aumentando minha conta para 13, que seria um número cabalístico de azar acho eu;
  • Talvez o Trabalho seja outro possível acréscimo para desfazer o azar do 13;
  • Secretaria de Segurança Institucional, como diz o nome não deve ser ministério mas organicamente ligada à Casa Civil;
  • Turismo como ministério é uma besteira, são ações afetas aos municípios, principalmente ao comércio deles.

Vá lá então, que fossem no máximo 14, não 24.
Com nomeações políticas somente de 1o.  e 2o escalões (ministros e secretários e correlatos estaduais e municipais) para poderem definir coerência entre os projetos e demandas naturais e a linha política esperada no poder central.
Estruturas meritocráticas, com possibilidade se se livrar de lixos funcionais que existem no organismo público.
Romper com uma estabilidade pessoal do funcionalismo público em prol da estabilidade da nação. Velho vício que veio desde o império.
Acabar com as mordomias de nossos poderes, que até assusta pela falta de ética, e em todas as instâncias.
Se não se pode demitir, põe pra trabalhar nos hospitais, escolas, atendimentos ao público essa camarilha.
Isso sim seria enxugar a máquina.
Se o executivo desse o bom exemplo, a nação o apoiaria, iria às ruas para aprovar as mudanças estruturais e principalmente de apoio, sem fisiologismo.
Mas Temer fez o que sabe fazer, não irá adiante nisso.

Se fosse poderia promover as demais reformas importantes que estão a gritar por mudança.
O resto de nosso estado é inflado até não poder mais, incompetente, cheio de maus caráteres, dispendioso e só atende a quem nele trabalha.
O povo, "que se exploda" como dizia o Justo Veríssimo.

Pois está na hora de explodirmos, não está?
Ou será essa a herança que iremos perpetrar para as novas gerações?




domingo, 8 de maio de 2016

Tudo Como Dantes no Quartel de Abrantes

"Oi tolinhos de plantão! Mudamos para ficar na mesma."
Esse é o mote da atual  política brasileira.

Parece que tirar Dilma, Cunha e quem mais vier não vai resolver muita coisa.
A fila de maus-caracteres em Brasília é enorme.
Uma verdadeira Sodoma, ou puteiro como dizia Cazuza.

O vice-próximo-presidente parece não ter caráter forte o suficiente para  criar ponte alguma para o futuro.
Sabe que só um choque de austeridade mudaria as expectativas e econômicas e políticas.

Mas herdou um presidencialismo fisiológico, que vem se arraigando desde o segundo mandato de FHC, que será difícil destruir.
Mas se FHC foi pai desse toma-la-da-cá, o Lula foi o filho pródigo que o institucionalizou e tornou modo de governar.

Em toda essa história, o PMDB sempre foi o mais fisiológico de todos os partidos.
Até hoje não se sabe realmente a que veio o PMDB, é uma sigla herdada, sem programa definido qua não seja o de carrapato do poder.

Nossas esperanças cairão por terra rapidamente.
Nossa mobilização contra o modo de fazer política e desfazer a pátria deve continuar.
É ministério demais, cupincha demais, safadeza demais a assolar o país.

O discurso do "no máximo 20 ministérios" pode acabar em um leve aumento destes digamos para 40?, pois não se trata de montar um conjunto orgânico e operacional de órgãos para administrar a nação, mas de espaços para que os políticos continuem roubando, para se elegerem e claro continuarem roubando.
São os arranjos de sempre.

Nada vai mudar se não continuarmos a reclamar, agora não aleatoriamente, mas sobre temas específicos como o que queremos como estrutura de governo, reforma política, administrativa, fim das mordomias inclusive do judiciário, e tantos outros que são o principal ralo de nosso tão suado imposto.


Enquanto formos os bundões que somos ficaremos  no  "Tudo Como Dantes no Quartel de Abrantes".
Triste fim para as maiores mobilizações que o Brasil já viu.
Frustrante mesmo.

É isso povo bundão.

sábado, 16 de abril de 2016

Os Cíceros e Catinilas modernos

Me intriga realmente os mecanismos de nossos pensamentos.
Postei uma vez  um assunto que me intriga que é o como o cérebro pode produzir o que chamo de bem pensar e seu oposto o mal pensar.
Volto ao assunto, diante vasta proliferação dos que se manifestam com o mal pensar citado no outro post.
Sabemos que temos setores bem distintos em nossos cérebros.
A Razão é de departamento diferente daquele que trata das emoções.
Penso que o "bem pensar" reside no equilíbrio, uso adequado, da atividade desses dois lados.
Se em equilíbrio a mente nos faz entender melhor as coisas, assimilar as frustrações, assumir os erros, nossas fraquezas e até qualidades.
Sem ele se perde a noção da realidade.
Erramos se nossa visão for excessivamente lógica, que despreza que somos humanos, com sentimentos e emoções que nos fazem mais complexos que meras máquinas pensantes.
Erramos também quando desprezamos nossa razão e agimos por mera emoção. Ficamos à mercê dos sugestionamentos mais nefastos que a sociedade pode nos oferecer, tais como a fixação excessiva em uma religião, em um time esportivo, em um partido político, e por aí vai.
Pior é que nesse desequilíbrio a pessoa se enfraquece diante espertos que vendo sua fraqueza doutrinam-na de acordo com sua conveniência.
Isso não é novo, vem desde sempre.
O invento das religiões sempre se baseou nisso, doutrinações sociais como o fascismo seriam impossíveis em uma população equilibrada, mas Hitler pegou o povo alemão em um momento propício para doutriná-los e deu no que deu.
Totalitaristas são peritos em utilizar esse desequilíbrio preponderante nas massas humanas.
Não faltam exemplos, ao contrário, parece que a história foi feita basicamente com esse processo.

Castração pelo desequilíbrio..

Sou ignorante sobre psicologia, não falo de castração no sentido que os psicos falam.
Uso esse termo por representar a impossibilidade de se procriar, mais objetivamente ainda impossibilidade de criar.
O desequilíbrio entre razão e emoção nos castra, pendendo para qualquer que seja o lado.
A incompreensão dos fatores emocionais criam modelos lógicos que falham quando aplicáveis a humanos, é simples.
Não há razão que consiga fazer uma criança desemburrar, quem não sabe disso passa vexame em shoppings, mercados etc.
Liberar nossas emoções sem a autocensura da razão nos impede ver fatos reais, construímos uma meta-realidade falsa claro.
Casos extremos levam à loucura em seus vários estágios.
Sem conseguir ver os fatos como são, não poderemos nos confrontar com nossos erros, frustrações e tantos outros aspectos da realidade que nos provocam sofrimento.
Mas sem assumir o erro não se chega ao acerto.
Sem assumir nossa frustração com alguém ou uma causa, não se tem referência crítica dela e continuamos a defendê-la como um doidivanas.
É assim que vejo torcedores fanáticos, militantes políticos, crentes religiosos, fãs doentios de qualquer objeto que seja.
Gente que não consegue esse equilíbrio, preponderando seu emocional para mim são muito estranhas.
Convivi bastante com gente simples, operários da construção civil e vi, mesmo nos mais incultos, que há essa diferença de comportamento.
Os equilibrados, mesmo que ignorantes, se dispõe ao aprendizado e vão em frente, já outros talvez por limitados cognitivamente mesmo, agindo com predominância emocional, ficam estacionados.
Não entendo o que faz o desequilíbrio.
Seriam frios e sem sentimentos os que querem viver no plano racional?
Seriam deficientes cognitivos, burros na rasa palavra, os que agem emocionalmente?
Absolutamente não sei, sei que esses castrados existem.
Todos nós, em certos momentos, nos desequilibramos, faz parte da vida, mas ao voltar o equilíbrio sabemos fazer uma autocrítica e sair desse lugar nefasto.
Mas alguns, doentiamente, persistem nessa atitude de castração.
Talvez haja um outro departamento no cérebro que seria o "fiel da balança" e que em certos humanos não funciona adequadamente.

Fazer o que?
Sempre existirão Cíceros e Catilinas na humanidade.
Parece que a distorção é antiga.

quarta-feira, 13 de abril de 2016

Nós contra eles!

Não gosto de provocações, estamos de ânimos muito acirrados.
Não importa o lado que cada um esteja as provocações que se postam por ai não ajudam muito.
Elas trabalham o nível das emoções e não da razão.
São mais destrutivas que construtivas.
É uma pena, eu sempre digo que somos insuficientes, nos acomodamos em ser o necessário e esquecemos que podemos mais, no caminho do suficiente, afinal penso que esse seria o objetivo da vida.
Recebi uma resposta que penso tola de um antigo amigo, que reagiu de forma emocional a uma questão factual objeto de uma resposta que dei a um post seu.
Me fez pensar, como as pessoas são toscas.
Enquanto acreditarmos em religiões, partidos, e principalmente mitificarmos pessoas, nos curvarmos aos interesses pessoais, estaremos no mesmo estágio do Carneiro de Ouro, que salvo engano meu ocorreu milênios atrás.
Eu tento não defender nem atacar ninguém, prefiro me ater aos fatos.
É mais simples e é objetivo.
E não me venham que não há verdades, só pontos de vista diferentes.
Balelas filosóficas, pois a fome, o desemprego, e a falta de perspectiva e tantas outras mazelas da vida são reais.
Queria ver um filósofo perdendo sua boquinha na academia e tendo que defender o pão de cada dia para seu sustento.

É o caos?

Enfiamo-nos em um balaio de gatos que não trará bem algum ao país
Não temos políticos à altura, não há estadistas na política, houveram agora não mais.
Talvez isso seja bom, que tal começarmos a pensar em propostas?
Pensarmos no que pretendemos que aconteça daqui para frente.
Quais nossas prioridades.
Qual é o projeto de nação que o Brasil precisará adotar para um dia ser um país que não se sujeita ao escárnio internacional.
Sim, o mundo ri de nós, e claro sem entender patavina do que está acontecendo, mas nós também não entendemos, não é verdade?

Provocações Inúteis

Por mais que eu concorde com certas posições pois os fatos nos levam a conclusões, de que adianta postar que quer o Lula na cadeia e a Dilma fora? De que adianta postar que assinou um documento em prol da DE-MO-CRA-CIA, com figuras que apoiam o governo e rejeitam o impedimento da presidente alegando que o mesmo é golpe.
São provocações inúteis.
Estamos em um estado de direito, muitos que viveram a ditadura militar como eu sabem o que representa não poder se manifestar.
Quem grita não vai ter golpe sabe que não é golpe, criam um discurso para provocar só isso.
Quem grita Lula na cadeia sabe que não adianta nada batermos nessa tecla cotidianamente como provocação.
Temos instâncias competentes para cada caso desses, ao menos para isso nossa Constituição de 1988 serve, baliza nossos caminhos institucionais.

Pra Rua Sim!

Isso não quer dizer que não devamos nos manifestar, ao contrário, o que falta no Brasil é a manifestação popular.
Só minorias organizadas (e financiadas) se mobilizam, e olhe lá só quando muito incitadas pelos poderosos.
Mas mesmo essas tem o direito, desde que dentro da ordem pública de o fazerem.
Mas a grande massa da população tem que aprender que sua voz só será ouvida pelo poder quando seus gritos na rua forem altos o suficiente para acordar a canalhada que se infiltrou nos poderes, em todos os níveis e instâncias.
Temos que gritar aos nossos representantes o que queremos, força-los a cumprir a vontade do povo e não seus interesses pessoais.
Foi um processo longo o de "canalhização"  da coisa pública, aos poucos os piores foram se infiltrando na política.
Será mais longo ainda desconstruir esse estado verdadeiro inimigo da nação, o que nem ainda começamos, para gradativamente construir um novo, que caiba na economia brasileira para alegrar um pouco o brilhante Mario Henrique Simonsen.
Trocando em miúdos:
TODOS ÀS MANIFESTAÇÕES SEM PROVOCAÇÕES E SEM VIOLÊNCIAS!!!

quarta-feira, 6 de abril de 2016

Day After

Fiquei quieto por algumas semanas a espectar  meio atônito as baboseiras que se escreve e fala no Brasil de hoje.
Não bastasse o PT ter arruinado décadas  de oportunidades frustra até aqueles que receberam esmolas em sua gestão pois essas também estão a minguar.
Sem correção, as doações dos programas assistenciais começarão a se tornar desinteressantes, e aqueles que se fiaram nelas e não aproveitaram a oportunidade vão cair novamente na vala da miséria.
Na verdade não havia plano de governo na pauta petista, só um plano de poder.
E agora Luiz?
A festa acabou , a luz apagou e o que será Luiz?
Pra muitos o xilindró, justo e necessário embora tardio.
Para outros a velha cantilena de cabeças limitadas ao horizonte de seus narizes.
Intelectuais que não pensam,
Artistas vendidos por incentivos milionários,
Meia dúzia de juristas que temo ter pouca credibilidade no próprio meio,
Uma presidente desenganada, se não pelo impedimento, ou pela cassação da chapa, pelo próprio descrédito que a nação deposita nela.
Não conseguirá mais nem fazer as encenações de lançamentos de falsos programas, obras e afins, pois sua palavra não vale vintém.
Mentiu, não cumpriu com o que prometeu.
Quem mente não é crível.
Seu criador sabe que a casa caiu.
Pode ser preso a qualquer momento.
Foi pego com a boca na botija, com os roubos que praticou, surrupiando bens da presidência num ato indecoroso que nunca antes na história desse pais...
Coisa meio indescritível que nos envergonha perante o mundo, faqueiro de ouro, telas valiosíssimas, containers e containers surrupiados à luz do dia.
Outro que mentiu, e mente deslavadamente dia após dia, nunca sabe de nada, nada é dele ele é só usufrutuário como o canalha do Cunha também se denomina.
As investigações levaram a lavagem à porta de uma história sem fim: a do assassinato de Celso Daniel, o cúmplice da roubalheira que mantinha um fio de ética e que acreditava em roubar a bem do partido, não para o enriquecimento ilícito de alguns.
A polícia tem preceitos simples quem não foram cumpridos naquele caso, o primeiro deles é: procurar saber a quem interessava a morte do prefeito. Será que não chegaram a conclusão nenhuma? Não creio, há muita gente comprada para calar a boca como o recém enquadrado pela Lava-Jato, dono de um jornal que comprou com o "cala-boca" recebido.
Chafurdando mais ainda chegarão ao Luizinho do PT em Campinas, quem viver verá.
O que se pode concluir desse caos instaurado, isso é o que importa.
Vamos listar fatos consumados.
1. A presidente não tem mais condições de governar, afastada ou não é uma pessoa sem credibilidade alguma;
2. O Luiz Inácio, alvo atual da Lava-Jato sabe que está no fio da navalha, sabe de sua culpa e faz um jogo de tentar insuflar as velhas bases de apoio petistas, ditas organizações sociais, incitando-as à violência como começa a ocorrer nesta semana com invasões e destruições do MST,
3. O Lula da Silva, sabe que o ministério é uma proteção provisória à sua pessoa, e talvez nem o seja. Sabe principalmente que sua família também está no foco das investigações e poderia se tornar o único protegido de uma família prisioneira,
4. Temos um congresso acuado pelas investigações da Lava-Jato, entre a cruz e a espada a canalha congressual anda assustadíssima,
5. Os presidentes das duas casas do legislativo estão às portas de serem enquadrados na lei e sofrerem suas punições cabíveis nos deixando livre dessas figuras nefastas, o que só ainda não aconteceu por termos no STJ uma corja absolutamente incompetente operacionalmente, que anda usando passos de um século atrás,
6. O Temer é uma figura muito introvertida, de poucas falas públicas, e que não passa confiança à nação, mas é a bola da vez caso nos libertemos da Dilma via impeachment,
7. Se o caminho for a rejeição das contas da chapa Dilma-Temer nos livrarmos dos dois juntos de mãos dadas ela e Temer nos poupariam de sua presença pela cassação da chapa pelo STE,
8. Mas para isso precisamos defenestrar Cunha da presidência pois é pessoa que já se mostrou nada, NADA repito, confiável. Não pode passar nem perto do Palácio do Planalto,
As conclusões
A. A primeira a que se chega é que os dois presidentes do Legislativo e a da República precisam urgentemente ser afastados a bem da vida nacional, a bem do país retomar sua vida normal,
B. A Lava-Jato precisa ser defendida com unhas e dentes pelo povo, saindo sim à rua caso haja tentativa de cerceamento da única coisa boa que acontece na atualidade para o país,
C. A incitação à violência tem que ser denunciada, e as violências praticadas pelos "vândalos sociais" tem que ser combatida pelo exército pois esse é seu papel constitucional,
D. Caso assuma Temer, devemos pressionar por um governo de coalizão que ser comprometa com alguns princípios já estabelecidos como desejo popular e que tento listar a seguir mas pode ser ampliado:
  1. o menos fisiológico possível, com ministros mais técnicos do que políticos e estruturas burocráticas baseadas em carreira e mérito, com a menor ingerência política possível, 
  2. que monte e publique e de preferência aprove junto ao congresso um Plano de Recuperação Nacional para nos tirar dessa crise. Que muitos participem dele, além dos políticos membros da sociedade civil devem ser incluídos.
  3. que se comprometa com uma reforma política que:
    1. restrinja mordomias e enquadre nossa classe política à nossa realidade, com um mínimo de custo para a nação,
    2. acabe com eleições marqueteiras limitando as ações à debates e gravações de políticos dizendo a que vieram,
    3. redefinam quanto ao voto sua obrigatoriedade, distrital simples ou composto,
    4. reveja duração e repetições de mandatos, termine com a reeleição de cargos executivos,
    5. termine com as emendas "compra-votos", instrumento de chantagem do executivo contra o legislativo. Projetos devem ser parte de um orçamento e esse executado conforme aprovado no PDO;
  4. se comprometa com uma reforma administrativa para:
    1. reduzir ao máximo cargos comissionados ou antigamente ditos "de confiança" (confiança de quem oras bolas?),
    2. otimizar a produtividade, cobrar eficiência dos funcionários, criar sistema eficaz de denúncias de improbidade e inépcia dos servidores, tratando as ações corretivas com transparência,
    3. restringir as ações do estado àquelas de interesse público, fechando empresas-cabide-de-emprego,
    4. simplificar o processo tributário nacional, quase com certeza o mais caro para ser executado em todo o mundo, fora a exorbitância dos valores arrecadados para nenhum retorno,
    5. definir claras prioridades, projetos e metas, e dotações orçamentárias para (nessa ordem):
      1. Educação,
      2. Saúde,
      3. Cultura e Tecnologia,
      4. Infra-estrutura,
      5. outros
  5. se comprometa com reforma da previdência:
    1. redefinindo critérios de idade mínima para aposentadoria, fora o tempo de contribuição,
    2. redefinir  a correlação valor contribuído x valor estimado a receber,
    3. eliminar pensões inconcebíveis e insuportáveis, como as de filhas de aposentados desde que não casadas,
    4. alinhar todos os tipos de previdência em um único plano equitativo a todos os cidadãos, sem vantagens para classes, categorias ou tipo de funcionalismo público ou privado.
  6. busque um novo acordo com o poder judiciário de modo que este promova uma profunda reforma, construída dentro de seu bojo pois eles com certeza sabem de seus problemas, de modo que se passe a realmente fazer justiça o que hoje, fora as recentes iniciativas do "baixo escalão", não se faz.
Ou seja Temer assumir não é o fim das manifestações, mas a mudança de seu foco do fora corrupção para um conjunto de reivindicações objetivas como as acima citadas por exemplo.
Talvez devêssemos mesmo pensar em um plebiscito que viria junto com as eleições de outubro sobre os temas mais relevantes a serem alterados em nosso projeto de nação.
Porque não pensar até em uma Constituinte, com constituintes eleitos especificamente para ela e com proibição de candidatura futura, que trabalharia em paralelo ao congresso nacional, com vida limitada à publicação de nova carta que de 1988 para cá se tornou pra lá de obsoleta.
Não ponho ponto final no post pois penso que deverá ficar aberto a novas sugestões, vamos parar de pensar nas mazelas atuais, sem esquecer de continuar forçando a eliminação dessa corja mais bandida do poder, mas começar a pensar no day-after, pois ele virá com toda certeza

sexta-feira, 11 de março de 2016

Tõ de saco cheio!

Crai, esse negócio de ficar defendendo minorias como os viadinhos (ah! desculpem eu sou velho e uso os termos de antigamente, pode ser bichinhas também), as sapatonas, os giletes; falar da minoria racial que seriam a "maioria negra ou mulata (parda a puta que o pariu), dos "sem_alguma_coisa" falar dessas coisas está enchendo o saco. 
Quem fala delas não se resolveu., itemizando:

  • Posso sugerir então que os "homofóbicos macho alfa" vão tomar naquele lugar que só o Lula sabe bem pronunciar;
  • Que as lésbicas (verbo antigo = sapatonas, parem de disfarçar, é horrível uma gatíííííssssima dar aquele olhar 41 no cara (não, não foi para mim, foi prum gatááááássssssoooo) pra ela dizer para ele que não gosta da coisa, mas engole;
  • Pros giletes (os jovens não conhecem o termo que designa bisexual) , fiquem quietos e tentem um "menage a trois" me incluíndo fora dessa tá?;
  • Pras "minorias negras", pôrra parem de se dizer negros se querem parecer brancos, usando dos costumes adotados pelos branquelas, sabe, tipo aquele negócio de alisar cabelos lindos que o criador o fez.
  • Pros sem_alguma_coisa, pqp tá me achando trouxa? as mulheres que invadiram a rede globo de Goias? tinham sobrepeso (gordas pra carai) que se fossem "sem terra" de verdade deveriam ser umas coitadas magrelas, famintas, coitadiadas. A essas vou sugerir fazer um regime sério pois daqui a pouco vão fazer movimento das "Sem Túmulo".
A lista é mais longa, mas trocando em miúdos quero mesmo é que esse povo se anonimize, quer dizer vão tomar no verbo lulistico!
Arf!

sábado, 27 de fevereiro de 2016

Deus existe?

Hoje uma matéria da FSP  no Blog Mensageiro Sideral de Salvador Nogueira cita que "E a estimativa mais conservadora que os pesquisadores conseguiram fazer sugere a existência de aproximadamente 2 x 10^18 potenciais Terras. Você tem ideia de quanto é isso? É o número 2 seguido por 18 zeros. Faço questão de escrever por extenso: 2.000.000.000.000.000.000. Ou, de um jeito que possamos ler em voz alta, 2 bilhões de bilhões de planetas habitáveis."
Na matéria também se comenta que a maioria desses bilhões de bilhões de planetas têm, imaginem, o dobro da idade da Terra.
O que isso quer dizer?
Penso que a probabilidade de existir vida, vida inteligente, e provavelmente muito mais evoluída que a nossa é enorme também.
Simples assim.
Falei em probabilidade, que é estudo antigo de uma ciência chamada matemática, se alguém não sabia.
Eu mesmo sempre duvidei da probabilidade em seu estado, por assim dizer, puro.
Sempre achei que os modelos seriam mais complexos e portanto por vezes as estatísticas se enganariam, como pesquisas por vezes se enganam não é?
Mas os enganos são provenientes de erros na modelagem dos dados, por vezes essa modelagem é muito complexa, ou ainda muito custosa.
Mas falando em uma estimativa conservadora que afirma que podem existir 2 bilhões de bilhões de planetas semelhantes ao nosso não há erro de modelo que sugira que somos só nós terrestres e um Deus a cuidar de nós.
A vida é algo mais complexo do que essa relação simplória das religiões que hoje imperam por aí.
Falo de religiões que podemos chamar de sérias, não de todas essas outras charlatãs que se multiplicam mais que o aedes aegypti.
Então, afirmo que simplificar tudo e reduzir o universo ao que pretendem esses vendedores de paz de espírito das igrejas é coisa para gente com intelecto prejudicado, para não usar termos mais chulos.
Ah! e Deus?
Se existir acho que seria um deus de todas as possíveis raças que habitem o universo,  não acham? Caso contrário seria um deusinho muito chinfrim.
E cáspite se existe e tem bilhões de casas para cuidar, vamos deixar ele em paz e vamos cuidar da nossa Terra que é tão linda e anda muito maltratada por nós.

Complexidade

Não penso entretanto que essa vida que temos aqui seja fruto de um único ciclo e fim.
Vejo tantas diferenças entre as pessoas que não consigo acreditar que as tenhamos tão díspares tendo nascido, todos, com as mesmas condições.
Gêmeos univitelinos podem ter diferenças brutais, apesar de vidas paralelas, eu já vi muitos casos assim.
Isso me sugere que haja um grau de complexidade na vida que vai além da animação de um corpo por uma energia que simplesmente se esvaia com a morte.
Acredito que há uma brecha para pensarmos em algo mais complexo, uma espiritualidade que vá além do ciclo da vida material.
Mas não posso afirmar, pois agnóstico que me sinto, não tenho informação suficiente para afirmar ou negar algo.
Sei que, muitas vezes, sinto haver algo a mais, um sentimento de pertencimento a algo que não tenho aqui como descrever.
De qualquer modo, após minha morte, saberei.
Ou não...

terça-feira, 23 de fevereiro de 2016

Bakunin pero no mucho!

Dos Impérios ao Estado-Capital

Por vezes me intitulo um anarquista bakuniano.
Não que eu concorde com movimentos ocorridos a um século e meio atrás ou mais. São, é  claro, ultrapassados e cabiam como soluções no contexto que ocorreram.
As ações revolucionarias foram fator fundamental para a derrubada de muitos impérios e uma libertação, ainda que provisória, de poderes infames.

Revolução sem violência.

Entretanto no decurso de minha vida sempre fui contrário à violência, pois à máxima que essa gera mais violência deve-se acrescentar que a violência instiga o pior de cada ser humano, criando uma escalada de barbárie difícil conter.
Assistimos isso durante esse últimos 150 anos de história, e chegamos a um grau de violência no planeta nunca visto.
Produzimos mais bestas-feras a cada dia que passa.
Não estamos em processo de evolução da raça humana, regredimos, pois é mais fácil agir por nossas emoções brutas (e as piores são as mais atraentes) do que por nossa ração e porque não dizer por sentimentos mais elevados.

O que valorizo no anarquismo são muito de seus princípios que refletem a natureza humana, e suas consequências  sociais, políticas e econômicas.
Não os métodos usados no auge dos processos revolucionários do fim do século XIX.

Por isso posso dizer que sou anarquista em seus princípios teóricos mas não na transposição de sua prática revolucionária e violenta para a nossa contemporaneidade.

Quem abraça a violência não pode se dizer anarquista moderno, pois princípios de liberdade, respeito ao próximo, e cidadania preconizados pela teoria em questão, não valem como base para violência nos dias de hoje.
Se os métodos políticos não se atualizarem em seu contexto temporal jogam para o lixo seu ideário, pois práticas antes consideradas necessárias podem se tornar execráveis na atualidade.
A grande maioria dos partidos políticos mudaram seus métodos e linhas de ação no último século, não é cabível imaginar então que os princípios revolucionários de antanho sejam aplicáveis agora.


Desistir jamais

Será então que não há esperança para um pensamento anarquista nos dias de hoje?
Acredito que sim, será viável se houver uma mudança de paradigma.
Como provou Gandi com sua força pacífica ao libertar a Índia do julgo inglês, a não violência é mais forte pois mobiliza o melhor dos seres humanos envolvidos em conflitos, ao contrário do que ocorre com as revoluções.
 A saída anarquista, penso eu, passa pelo enfraquecimento dos principais poderes da atualidade, o capital e o estado.
Quanto menos desenvolvido seja o país esses são os dois maiores inimigos públicos.
Em parte do mundo desenvolvido a participação popular determinou estados que se voltam ao organizar a sociedade e prover a essa os serviços para seu conforto e desenvolvimento.
Aqui no nosso distante país tupiniquim ao ouvirmos sobre países onde os representantes políticos são modestos em suas mordomias, onde o estado é enxuto e eficaz, onde os serviços de educação e saúde são públicos, gratuitos e de alta qualidade, ficamos meio estarrecidos, incrédulos tão distante é essa realidade da nossa.
Nesses países o estado é do tamanho necessário e suficiente.
São modelos muito próximos dos princípios anarquistas, aplicados à modernidade.
Só se consegue o respeito aos cidadãos quando esses tem formação educacional, e consequentemente cidadã, que force seus representantes a executar políticas que lhes favoreçam (cidadãos) e não a eles mesmo (políticos) como acontece na maior parte dos países ditos democráticos.
É uma pequena parcela de países onde isso acontece, menor ainda se falarmos em dimensão populacional.
Há outra parcela de países de primeiro mundo onde essa relação é ainda, por assim dizer, civilizada, ou tolerável.
Mas a grande maioria dos países de terceiro mundo (termo antigo mais muito atual) mostra a necessidade de se promover essa reação pacífica contra estados (e claro sua classe política) e seus poderes econômicos. Brasil entre eles e talvez um dos principais.

De Macunaíma.com a Brasil.edu (prafraseando Gaspari)

Nossa oligarquia medieval não passou pelas várias revoluções que o mundo teve desde 1.500DC.
Somos aquela velha e rançosa sociedade de privilegiados contra uma grande massa de desvalidos. O que evoluiu um pouco foi a parcela do cordão dos puxa-sacos que podemos chamar de classe média, ou mérdia como queiram.
Acomodados cada um na sua casta, país explorado pelo primeiro mundo desde sua invasão (sim ninguém descobriu merda nenhuma os índios já estavam por aqui) por Cabral, talvez o safado número 1.
Ele mentiu que procurava o caminho das Índias, mas o que queria mesmo é a genitália de nossas índias tupiniquins, o que não deixa de ser um caminho, mas bem menos nobre cientificamente falando.
Fundo de quintal rico, não tivemos a oportunidade de cultivar um sentido de nação.
Somos todos apátridas, as vezes sinto o Brasil como terra de ninguém. Acho mesmo que somos o prostíbulo do mundo.
A canalha tomou conta do país, não há partido, instituição, nem cidadão que não tenha em seu cerne o virus da canalhice.
Aqui acima de Deus há Gerson e sua lei de levar vantagem em tudo.
Nenhuma mudança se fará se os cidadãos de brios não começarem a reagir.
Não me arrogo puro, tenho lá meu saco de erros a carregar, mas se não guardarmos nossos erros em um saco bem amarrado, e assumirmos a necessidade de mudar as coisas a herança que restará a nossos filhos e netos é a de uma nação em ruínas.
Para desautorizarmos o estado e o poder econômico por aqui não adiantará dúzias de Sérgio Moros, a canalhice nacional é endêmica, brota como erva daninha.
A dificuldade em combater os ratos finda quando a eles não resta mais alimento. Se mandam, caem fora.
Na política brasileira formada quase totalmente por ratos, a alternativa será tirar-lhes o alimento, a boca rica que representa ser um (não)representante eleito.
Claro que eles não vão votar algo contra eles mesmos, ou alguém imaginou numa assembleia  de ratos a votação no projeto de eliminação dos queijos? Ficam os queijos "ad eternum".

Então resta poucas saídas.

Talvez a melhor seja a desconstrução do estado brasileiro.

Quero que falte dinheiro para pagar os funcionários dos nossos falsos representantes, que falte dinheiro para pagar até seus altos salários.
Que seus automóveis apodreçam nas garagens, com pneus e tanques vazios.
Que falte luz no Congresso por falta de pagamento.
Que lhes falte água para dar a descarga dos excrementos que os excrescentes que lá habitam.
Quero presidente tendo que despachar à luz de velas.
Quero banquetes com feijão e arroz com uma "mistura", como cabe a todos nós cotidianamente.
Quero que a propina possível seja de centavos, não de milhões ou bilhões como as de hoje.
Quero cinco mil deputados e mil senadores sem ganhar um centavo do estado, que nos representem por idealismo, não pelo proveito próprio.

Como fazer?

Ai entra meu pensamento anarquista brazuca.
Para desautorizar o estado e o poder econômico só com um processo de desobediência civil e de economia alternativa (como a solidária) chegaremos lá.
A sonegação fiscal que graça o país já não é um tipo de desobediência civil?
Sim ela o é, mas lhe falta o correto sentido.
O sonegador se sente culpado.
Quando o fizer com um senso de revolta (não de levar vantagem ou assumir dificuldades) estará ajudando a desconstrução que proponho.
Outro bom exemplo é a economia solidária que cria um processo à margem do dinheiro, não passa pelos bancos, não arrecada impostos.
Um modelo econômico adotado em muitos lugares do mundo e com muito sucesso, penso.

 A possibilidade de fazer pelo prazer. Explico: num tempo onde o emprego é raro, os salários aviltantes, faz-se o que nossa natureza e aptidão nos permite.
Artesãos, oficinas de  todo o tipo, agriculturas comunitárias, serviços públicos, e tantos outros exemplos de atividades que podem ser realizadas fora do universo empregatício e do interesse de ganho imediato são formas econômicas alternativas.
Fazer para viver e viver para fazer, a vida se resume a isso.

Eu não tenho fórmula pronta, mas penso que só esse minguar do estado e seu cúmplice o capital poderão mudar o paradigma por aqui.
Fazer oba-oba, reclamar esporadicamente, ano sim ano não, não irá resolver nada.
Os poderosos sabem que acaba tudo dando em pizza.
Só uma mudança de postura, no dia a dia, e sempre e com convicção levará à mudança real.