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domingo, 7 de agosto de 2016

Aos bardos os palcos e olhe lá

Quem viu reportagens sobre a abertura das Olimpíadas deve ter visto o Caetano Velozo  com uma folhinha de papel escrito Fora Temer.
Fez lá seu show com o compadre Gil e a tal Anita que vi pela primeira vez.
Gosto muito do canto do Caetano e do Gil, e da maioria das composições deles.
Não gostei quando Gil e esposa (ao menos à época) tentaram dar um passa moleque no Paulinho da Viola, na distribuição de cachês em um show em que se apresentaram no RJ se não me engano com o Chico também participante.
A conversa é de que o Paulinho da Viola seria "menos" que os outros participantes.
Que belos socialistas de merda são esses caras, quando é para se locupletar com as verbas públicas eles metem a mão na cumbuca sem dó, como se precisassem disso, como que se suas apresentações não lhes bastassem dinheiro suficiente para uma boa vida.
E ainda tentam determinar o valor de cada artista.
O Chico, que ando chamando de Falecido Chico, emplacou sua irmã num ministério do PT que nem em um governo incompetente como os petistas se sustentou e teve que dar lugar a outro sei lá quem.
Não vem ao caso.

Esses nossos ícones da música, que se denominavam de esquerda e foram exilados, se arrogam agora receber benesses descabidas, viraram cúmplices de governos desastrados.
E não me venham com ideologias, não as vejo neles.
Ideologia se traduz em práticas generosas que nenhum deles tem.
Por generosas considero atividades em prol da nação sem remuneração por crer na possibilidade de um país melhor.
Nada disso, na vida privada são muito parecidos à nossa falida classe política.
Tem as mesmas práticas da velha corte brasileira.

O "menos" Paulinho da Viola de então apresentou-se com mais destaque na abertura da Olimpíada, e diga-se de passagem, com uma elegância, simplicidade e altivez que nenhum dos que citei anteriormente tem.
Ah! e para saberem, esse grande homem, nos tempos da ditadura não foi exilado e não fazia muito alarde mas ajudou muita gente que combatia a ditadura a se esconder nas favelas do RJ onde era e é muito considerado.
Obrigado por ser quem é Paulinho da Viola, por ser como é.
E principalmente por, sendo uma pessoa pública e famosa, se ater ao seu papel de bardo, dos melhores.
Aos bardos os palcos.
Falar bobagem e agir em desfavor ao país ninguém precisa.

Não grito Fora Temer, apesar de que eu bem que gostaria que a nossa justiça cassasse a chapa dele com a aquela gaúcha que esqueci o nome, e que tivéssemos a chance de colocar gente melhor (se é que há) no nosso governo central.
E que junto nós pudéssemos outro congresso, penso que o povo hoje anda de olhos mais abertos que em 2014.