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sábado, 20 de maio de 2017

O Estado Que Queremos II

#ConstituinteJá

O fedor de Brasília está me dando náuseas e preciso continuar meu pensamento sobre nossa triste realidade.

O Estado que serve x o que se serve

Continuamos a usar o patrimonialismo, o clientelismo, o fisiologismo e a promiscuidade Estado-Capital instituídas com a vinda do Império em 1808.
Para quem duvida, a leitura do livro "1808" é quase que obrigatória.

Falta de Caráter - Lugar Comum

Essas regras levam ao poder o pior que a cidadania pode oferecer, não o melhor.
No Brasil sobe de status o que tem menos carácter, e mérito somente o necessário mesmo que insuficiente.
Não preciso citar exemplos, é só ver os descalabros que temos nos 3 Poderes, nas esferas Nacional, Estadual e Municipal.
Gente séria é ponto fora da curva, e muitas vezes é morta mesmo, para o poder brasileiro matar é algo praticamente normal.
P.C. Farias, Luizinho de Campinas, Celso Daniel, Eduardo Campos, Teori são casos que ficam como possíveis exemplos disso.
Foi o Aécio que recentemente fez alusão à essa prática, tá gravado.

As causas?

Enquanto o Estado fornecer as benesses que hoje oferece a quem nele "trabalha" e exigindo pouquíssima contrapartida, lá se instalarão não o melhor, mas o pior da cidadania nacional.
Corporativistas acabam gastando boa parte de seu tempo protegendo seus empregos e tentando aumentar seus ganhos.
Essa é a verdade.
Exceções só fazem a regra.
Essa é explicação para a inépcia dos nossos serviços públicos e seus altos custos.
A estabilidade, uma excrescência da vida pública cria uma máquina não gerenciável, se a incompetência não pode ser eliminada, temos que conviver em um ambiente desmoralizado profissionalmente.
Ou isso acaba, ou o serviço em si acaba por falta de pagamento, a nação falida não terá como pagar esses custos.

Nasce a corrupção!

Num ambiente onde o mérito e a ética ficam fora, a corrupção floresce, graça solta, vira praticamente o "modus operandi" a se utilizar para tratar com a gestão pública.
O jeitinho brasileiro é, na verdade, a cafajestagem que nos contaminou desde sempre.
Isso tem que acabar.
A corrupção é um crime mais-que-hediondo, pois além de roubar a propina do cidadão, destrói sua crença na nação.
Só punições muito severas podem mudar esse estado de coisas.
Só com um Judiciário eficiente isso acontecerá, o que exige um redesenho profundo no que é esse poder tão desacreditado no Brasil.



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