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sexta-feira, 25 de junho de 2021

Covid-19 veio para ficar!

"A situação está cínica!" diria Adoniran Barbosa.

Se considerarmos:
  •  a população mundial de cerca de 7,7 bilhões de pessoas;
  • Que para vacinar todas as pessoas precisaríamos de 1,9 doses por pessoa considerando que algumas vacinas tenham dose única;
  • Teríamos que ter 14,63 bilhões de doses para vacinar toda a população mundial;
  • Que precisamos para vacinar 75% da população de  cerca de 11bilhões de doses
  • Até agora, com 6 meses de vacinação foram aplicadas 2,84 bilhões de doses ou seja 25% do total necessário;
  • Precisaremos de 4x6 = 24 meses para vacinar os 75% da população global.

Não excluo faixas etárias mais novas pois o mundo está constatando que crianças e jovens são excelentes disseminadores da doença, mesmo que assintomáticos.

Não sabemos quanto tempo durará a imunidade de cada vacina, mas supondo que seja de 1 ano (como a do H1N1) teríamos que somar a cada ano outro tanto de vacinas, o que pereniza e aumenta a falta.

Isso representa que não chegaremos à imunidade de rebanho com esse ritmo de vacinação, ou seja não nos livraremos desse vírus só com a vacinação atual.


 Nem vou falar de cepas novas que, porventura, possam ser resistentes às vacinas existentes.

Precisamos então encarar que a manutenção de medidas preventivas como uso de máscaras, distanciamento e higienização serão condutas que ficarão como hábito dos humanos por anos, provavelmente.

Países que liberaram essas prevenções estão voltando atrás, iconicamente Israel e Reino Unido são os exemplos mais atuais.

À favor temos pesquisas feitas mundo afora, e forte financiamento dos EUA, buscando um medicamento barato que promova a cura da infecção pelo Sars-Cov-2, assim como de um aumento substancial no número e tipos de vacinas a nos ajudar a livrar, de mais esse vírus.


terça-feira, 22 de junho de 2021

Olga Bechara uma amiga que se foi


 -  Aleixo, não seja maria-vai-com-as-outras! Você tem sua própria personalidade.

Eu tinha onze ou doze anos, estava no ginásio, uma escola experimental (eu prefiro chamar de modêlo) chamada Ginásio Vocacional Oswaldo Aranha, no Brooklin.

Ela fazia parte de um projeto de governo que pretendia fazer uma escola com E maiúsculo.

Uma escola inclusiva, de período integral, transdisciplinar, e ajustada à realidades diversas.

Esse projeto se chamava Serviço de Ensino Vocacional, e contava com 6 escolas experimentais: 
Americana, Batatais, Barretos, Rio Claro, São Caetano do Sul e São Paulo.

Foi criada pelo trabalho conjunto de grandes educadores (as): Maria Nilde Mascellani coordenou o sistema no qual participa, entre outros tantos educadores, a Profª. Olga Thereza Bechara; desde seus primórdios na cidade de Socorro.

Na prática conheci a Profª. Olga como sendo orientadora (não lembro se Educacional ou Pedagógica) do Vocacional O.Aranha. 

E ela me deu a bronca da primeira frase deste texto, pois eu e mais 3 aprendizes de safados vivíamos aprontando na escola.

Acho que foi quando nós estávamos fazendo um trote com calouros colocando-os a medir os 3 corredores do prédio da escola com palitinhos de fósforo. O que me rendeu não só a bronca mencionada, como o castigo de medir o corredor eu mesmo ;O(.

Conto essa história para mostrar o quanto essa atitude de um educador pode mudar nossas vidas.

Descobri com o episódio que eu não gostava tanto de ser aprendiz de safado, que essa não era minha índole. 

Mudei bastante de conduta após isso, não que vez ou outra não aprontássemos alguma travessura, mas minha participação as amenizava ao menos.

Mas sempre fomos seguidos pelos olhos atentos dos educadores do Vocacional, tanto orientadores como professores. Todos nos observavam com atenção, sentíamo-nos não só observados, como analisados e orientados com carinho.

Precisaria escrever um livro para contar tudo de bom que a formação do Ginásio Vocacional representou na minha vida.

Depois de formado mantive contato com a Maria Nilde, e a amizade da Olga Bechara.

Ela se manteve, sempre que possível, atualizada das histórias de vida de cada aluno que orientou. 
Talvez visse em nós os filhos que nunca teve biologicamente. 
Tinha carinho e orgulho por cada um de nós, algo como uma meta-mãe.

Vá em paz querida Olga, ou melhor não vá fique aí dentro de cada um de nós.