"A situação está cínica!" diria Adoniran Barbosa.
Se considerarmos:- a população mundial de cerca de 7,7 bilhões de pessoas;
- Que para vacinar todas as pessoas precisaríamos de 1,9 doses por pessoa considerando que algumas vacinas tenham dose única;
- Teríamos que ter 14,63 bilhões de doses para vacinar toda a população mundial;
- Que precisamos para vacinar 75% da população de cerca de 11bilhões de doses
- Até agora, com 6 meses de vacinação foram aplicadas 2,84 bilhões de doses ou seja 25% do total necessário;
- Precisaremos de 4x6 = 24 meses para vacinar os 75% da população global.
Não excluo faixas etárias mais novas pois o mundo está constatando que crianças e jovens são excelentes disseminadores da doença, mesmo que assintomáticos.
Não sabemos quanto tempo durará a imunidade de cada vacina, mas supondo que seja de 1 ano (como a do H1N1) teríamos que somar a cada ano outro tanto de vacinas, o que pereniza e aumenta a falta.
Isso representa que não chegaremos à imunidade de rebanho com esse ritmo de vacinação, ou seja não nos livraremos desse vírus só com a vacinação atual.
Nem vou falar de cepas novas que, porventura, possam ser resistentes às vacinas existentes.
Precisamos então encarar que a manutenção de medidas preventivas como uso de máscaras, distanciamento e higienização serão condutas que ficarão como hábito dos humanos por anos, provavelmente.
Países que liberaram essas prevenções estão voltando atrás, iconicamente Israel e Reino Unido são os exemplos mais atuais.
À favor temos pesquisas feitas mundo afora, e forte financiamento dos EUA, buscando um medicamento barato que promova a cura da infecção pelo Sars-Cov-2, assim como de um aumento substancial no número e tipos de vacinas a nos ajudar a livrar, de mais esse vírus.