Páginas

Tradutor - Translate

sexta-feira, 27 de março de 2020

Fique em casa Pôrrrra!

Depois de alguns dias quando há dados consolidados do COVID-19 consegui postar esses dados e levantar os gráficos abaixo.

Da esquerda para a direita temos as tendências de Infecções e abaixo de Mortes pelo COVID-19.
Lancei os dados disponíveis de 16/03 até hoje e fiz projeções considerando as taxas de crescimento de aproximadamente 15%, 17% e 22%

O distanciamento social pode, com muito esforço, nos fazer mudar entre os cenários acima. Mataremos 4, 8 ou 50 mil brasileiros conforme a tendência do crescimento do vírus.

Como dizem os antigos: "o seguro morreu de velho".
Prefiro ficar em casa, não por ter medo do vírus, pois apesar de não ser um "atleta" como nosso presidente, me cuido muito bem, do corpo e principalmente da cabeça.

Reduzir o contato ao máximo possível é a melhor saída, não é questão médica, é estatística portanto
pôrra!

segunda-feira, 23 de março de 2020

Carona no Corona!

Estou sitiado em casa.
Tudo por conta de uns bichinhos que nem dá pra enxergar!
Esse carinha tá matando gente no mundo todo, gente perto da gente, e é aí que a coisa pega.

No Brasil no ano de 2019 morreram assassinados mais de 41 mil brasileiros. Na maioria  pobres, negros ou mulatos e de idade menor que 30 anos.
Mas como eles não são nossos filhos, netos, sobrinhos, como não estão sob nossas vistas, não faz diferença suas mortes para nós!
A fome mata em série mundo afora, mas não os nossos, não faz diferença para nós!


Campanha contra a violência no Largo da Carioca - RJ

Mas se ameaçarem o vovô e a vovó, aí a coisa pega.
Se eu puder ser infectado, acabar hospitalizado, e talvez morrer aí vou me desesperar, não antes disso.

Agora paramos, todos, em todo o mundo.
O tal bichinho, poderoso como inimaginável, está mudando a realidade no planeta.
Até líderes tacanhos como os que estão hoje disseminados como vírus (parecidos né?) estão tendo que se render às evidências dos fatos. Estão tendo que trocar política mesquinha por ações de estado.

Os céus parecem estar reagindo à nossa loucura planetária, que dá mais valor ao dinheiro que ao ser humano.
Mais valor ao crescimento que à sustentabilidade, às coisas que à vida.

Para tudo gritou o planeta!
Vão para casa pensar no que estão fazendo comigo.
Como mensageiro mandou o tal bichinho invisível, para mostrar como a prepotência humana é tola, e pode ser desfeita por algo invisível, porém mortal.

Teremos que congelar todos os sistemas por meses, muitos talvez.
Os paradigmas terão que ser mudados sob o risco de convulsões sociais incontroláveis.
Não há como ficar inerte vendo seus filhos morrerem de fome porque seu trabalho informal não lhe rende mais o precário sustento.

As autoridades terão que pensar em ações emergenciais muito além do imaginado.
Terão que ter competência para isso, o que nem sempre está sendo visto, principalmente por parte do presidente, por sinal com os mesmos 35% de aprovação que mostra que boa parte dos que o elegeram ainda não entenderam sua inépcia, e talvez por também ineptos não entenderão.
Teremos que nos balizar pelos técnicos e governadores que andam mostrando mais bom senso e garantem mais de 50% de aprovação da população.

Mas a vida segue, agora com muitas mudanças.

Haverá uma inversão no que achamos importante.
Teremos que conviver em família, largar os celulares de lado para atender todas as tarefas  que delegávamos a terceiros como a educação dos filhos, cozinhar, lavar, passar enfim teremos que voltar a ser como não devíamos ter deixado de ser.

O vírus, por não distinguir classes sociais, raça, gênero, posições políticas e outras tantas diferenças pelas quais andamos discutindo, matará um pouco de cada, mostrando claramente que a igualdade existe, ao menos para ele.

( economia.culturamix.com/blog )
  • O modelo globalizado do capitalismo de mercado, selvagem, está se esgotando.
  • Parou a China, fonte do trabalho escravo que ajuda a produzir produtos mais baratos. 
  • Parou o mundo junto com falta de insumos vindos de lá.
  • Parou o mundo junto pela falta de consumo deles.
  • Parou o mundo quando o vírus lá incubado foi distribuído mundo afora.

O tal bichinho é um mensageiro, como outros já vieram e diz a ciência, muitos ainda virão.
Gafanhotos andam rondando temerariamente pelo planeta.
Muitas outras doenças andam voltando.
São mensagens do planeta que ao sucumbir nos levará junto.
O dinheiro não comprará tudo e na toada atual, menos poderá ser comprado por ele.

Solidariedade, empatia, alteridade e cumprimento à determinações governamentais e técnicas serão a hipótese para salvar mais vidas.

O homem não é bom por natureza, mas a vida em sociedade o educa, melhora.

Você irá colaborar?

segunda-feira, 2 de março de 2020

Misoginia e Assédio


Minha casa foi roubada e fui atendido por um casal de policiais para garantirem meu acesso seguro ao imóvel, e registrar o BO da ocorrência.
Devo elogiar o procedimento deles.
Durante o atendimento ao meu caso o policial Marcondes recebeu alguns telefonemas de uma moça cujo ex a estava importunando, tentando invadir sua casa para provavelmente agredi-la como  já havia feito antes. A moça estava com medida protetiva e mesmo assim o cara não a deixava em paz.

Comentei com eles a loucura que passa pela cabeça desses caras que assediam e agridem as mulheres.
Depois de tanta campanha no carnaval em prol do respeito ao próximo e principalmente às mulheres e grupos LGBT vemos que nada disso muda o comportamento destes doidivanas.
Um Bom Exemplo
Desfilamos esse ano na Mancha Verde, escola de samba que tem uma linda quadra na Barra Funda.
Participamos de inúmeros ensaios, tanto na quadra como no sambódromo.
Notei, quase que surpreso, que em todos os momentos o respeito às mulheres, gays, e outras minorias foi total, sim TOTAL.

  

A frequência à quadra é bastante heterogênea sob o ponto de vista sócio-econômico-cultural, mas o respeito é imperioso, homogêneo.
Acostumei-me a ficar tranquilo sabendo que ninguém iria importunar a jovem e as mulheres que estavam  conosco, assim como qualquer outras.
A gente enfim passa a entender o que é segurança, e o conforto que ela nos dá.

Imagino que o mesmo ocorra com a maioria das escolas de samba.
Há um sentido de comunidade que determina certas regras, entre elas esse respeito, e esse comportamento deve estar ligado à esse sentido de inclusão e pertencimento que as pessoas recebem de certos grupos sociais.

Imagino que esses hábitos, ali cultivados, são levados para o comportamento cotidiano das pessoas desta comunidade que tive o privilégio de conviver. 

Como poderíamos usar esse exemplo para as demais instâncias do convívio social é a pergunta que não quer calar.