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quinta-feira, 15 de julho de 2010

Paulo Moura

Nascido nos anos 50 vi toda modernidade se desenvolver, mas vi mais, vi craques em todas as áreas que sempre me deixaram inebriados.
Mas como é próprio da vida, vi também a despedida de muitos deles.
No começo ficava muito indignado, pois existem pessoas que não poderiam se dar ao luxo de morrer, não tinham o direito de nos deixar.
Foram tantos, e me ficava sempre - cada vez mais - um aperto no coração, uma sensação de vazio, um frio na alma.
Aprendi a conviver com todas essas perdas... mas não muito, só o necessário para continuar vivendo.
Quem assistiu Paulo Moura sabe da docilidade, simplicidade e da leveza com que dele emanavam sons dos mais limpos que já ouvi, de seu sopro mágico, suave.
Estas perdas deixam a humanidade cada vez mais sombria, menos radiante.
Como caminho para a velhice, talvez não acompanhe os novos brilhos que vem por aí, e me fica uma torpe sensação de que, com essas partidas, um pouco de minha história vai se perdendo junto.

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