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terça-feira, 8 de dezembro de 2015

Anarquismo Democratico ou Democracia Anarquica

Na linguagem, a ordem das palavras altera o significado.

Estamos enterrados numa democracia anárquica no mundo todo.
Será que dá para notar o caos?
Fim do Meio Ambiente
Fizeram tanto alarde na COP21 plantando esperanças (pequenas diga-se de passagem), mas quando se falou em financiamento aos países mais atrasados todo mundo ficou mudo.
Ideias e promessas são muitas, mas ações poucas, pífias e estamos ano a ano sofrendo pela passividade humana.
Fala-se em diminuir o desmatamento quando já devíamos estar falando em reflorestamentos, e pior tudo para daqui a décadas.
Penso que reuniram uns loucos naquele local, e o pior é que são considerados os entendedores do assunto.
Pobre planeta, se isso é o melhor que a humanidade pode lhes devolver.

Fosse somente no que se refere ao meio ambiente ainda vá, mas não, é a passividade inata homem da atualidade, voltado para seu umbigo, ego centrado que toma força na modernidade.
Economia x Política
A economia, baseada nesse capitalismo de mercado e consumo, que estando numa sinuca de bico não consegue ver alternativas.
E claro que mantendo os paradigmas não haverão alternativas, isso nos explicou a mais de dois milênios o mito da caverna, mas insistimos em não aceitar sua lição.

A política que está desvalorizada, os representantes não mais representam os que os elegeram, pois o fizeram baseados num instituto que podemos chamar de democracia de mercado, onde o emocional é amplamente conduzido pelo marketing e a razão e a lógica  passa ao largo.
Votamos errado em políticos errados.

Exemplo fresquinho é a guinada à direita na França depois dos atentados de Paris, a teoria da conspiração até diria que a direita francesa deve ter contratado o EI para fazer o atentado, nada mais produtivo eleitoralmente para eles.
E o recrudescimento com os imigrantes, a xenofobia, e tantos outros preconceitos acabarão acirrando a violência, não a combaterão como pregam os radicais.
B de Brasil ou de Bizarro?
Claro que em países mais atrasados como o nosso as bizarrices são gritantes.O circo armado em Brasília é exemplo disso.
Que pessoas baixas vemos no cotidiano da imprensa!
Se há gente decente por lá andam se escondendo.
O impedimento da presidência, que defendo ser ato político e não jurídico pois a justiça é, por vezes, cega demais para fatos como a mentira e a inépcia que se instaurou no governo federal na última década.
Nesse sentido a carta do vice presidente à mandatária talvez seja um dos únicos rebates à hipocrisia política brasileira, que vem de séculos diga-se de passagem.
Não simpatizo com esse senhor, mas ao ver a caixa de laranjas podres uma meio podre pode ser a alternativa possível.
Cai de Pau na Terra da Garôa
A truculência do governo paulista tanto na forma de propor sua reorganização no ensino como no trato com as manifestações políticas dos estudantes nos revelam sua verdadeira face. O autoritarismo, a democracia do "eu mando e você obedece".
Novamente ai o governo anarquizou a democracia.
Mas a adesão das famílias dos jovens manifestantes, dos professores, e de tantas outras organizações ao movimento mostram um possível renascimento do sentido de cidadania tão esquecido.
Cidadania que essa democracia de mercado tem horror, que cria a discussão, o embate, a construção de novas ideias, a crítica e a revolta contra qualquer autoritarismo.
Não basta suspender o processo governador, é necessário refazer o projeto com mais diálogo, em cada escola e com a comunidade interessada em grupos de escolas.
Sinceramente, se um projeto de ensino for levado a sério os alunos deveriam ocupar os prédios escolares por período integral o que duvido desembocasse em superavit de equipamentos, principalmente de prédios.
E se prédios merecerem ser desocupados, sua destinação tem que ser discutida com a comunidade pois a falta de serviços públicos decentes é berrante.
Perigoso não é governador? Estimular a cidadania é risco à falsa democracia instalada.

Cidadão! Quem? Eu?
Sem cidadania, somos indivíduos agrupados, pensando somente em seu micro universo, em seus medos, seus anseios, suas ambições e necessidades.
A palavra alteridade em pouco tempo sairá dos dicionários a continuarmos assim.

Nesses tempos de super populações e do individualismo implantado pelo liberalismo que, por sua vez, gera essa odienta democracia de mercado, temos que voltar nossos esforços ao comunitarismo.
Com maior engajamento das comunidades nos assuntos que lhes afetam a vida, com o fortalecimento da cidadania tão temida pelos autoritaristas.

Está na hora da sociedade, ao menos na parcela ainda pensante dela, começar a mudar os paradigmas atuais, que estão se mostrando catastróficos em todos os aspectos da vida humana.
Temos que revisitar conceitos mais puros, mais profundos por assim dizer, sobre nossa forma de se organizar nos aspectos sociais, políticos, econômicos e  técnicos para tentar novos rumos.
Nosso barco está à deriva.
Temos que tentar algo urgentemente, a sociedade está esgarçada e corre riscos inusitados, como a devastação do meio ambiente, o terrorismo, as grandes massas migratórias e seus choques culturais, uma economia que gera desigualdades brutais, um consumismo exacerbado em certas regiões e a miséria em outras partes do planeta, a violência que instaurou nas regiões onde as desigualdades são gritantes são exemplos do que temos que combater.
Não é pouco a ser feito.
O tempo  é exíguo.
O dia de tempos fatais parece já estar fixado, temos poucas décadas para fazer a diferença ou sucumbirmos.

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