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terça-feira, 12 de maio de 2020

Novo normal e as ondas de contágio

Não entendo nada de vírus, medicina ou biologia.
Estudei um pouco de estatística e por isso fico especulando as ocorrências do tal Sars-Cov-2 que é o virus que provoca a COVID-19.

Provavelmente os pesquisadores encontrarão uma vacina para ele, mas a questão é quanto tempo isso irá demorar.
A equação não muito complicada de entender tem como variáveis:
  1. a capacidade de atendimento do sistema de saúde,
  2. taxa de contágio,
  3. o número de infectados,
  4. a porcentagem de casos de internação entre os infectados e
  5. a porcentagem de casos graves entre os internados.
Isso tudo a ser ajustado a cada região geográfica por suas conjunturas sócio, econômica, política, climáticas, culturais etc..

Capacidade de Atendimento

Muita gente reclama dos governos estaduais e municipais sem nem entenderem do que estão falando.

Fácil é ser pedra difícil é ser vidraça como eles são.
Se a estratégia de ampliar a estrutura de atendimento é o suficiente só o tempo irá dizer, mas acredito que estejam fazendo o possível diante das limitações econômicas e de recursos humanos disponíveis.

Algumas pesquisas estão sendo feitas por universidades públicas para a produção de respiradores. Eles acabarão por vir a ajudar no atendimento em breve.

Taxa de Contágio e Distanciamento

Especialistas dizem que a taxa de contágio limíte é de 1, ou seja uma nova pessoa infectada para cada  já infectado.
Taxas abaixo de 1 representam que o contágio estará em declínio, acima que estará crescente.
Por exemplo na Alemanha antes deste relaxamento dos últimos dias a taxa estava em 0,65 e depois subiu rapidamente para preocupantes 1,1.

Aqui como nem todos os dados são publicados pelos secretarias de saúde, é difícil chegar a uma conclusão ainda.

Estima-se que nossa taxa de contágio esteja entre 2 e 4 o que é altíssimo e pode representar muitas mortes.

Mas o que sabemos por enquanto, mesmo que meio às cegas é que o distanciamento diminui essa taxa e o número de infectados (item 2 e 3 da equação), não precisa ser muito inteligente para entender isso, apesar de muitos aqui no Brasil questionarem esse óbvio.

Quando os governantes tomam medidas mais drásticas para aumentar o distanciamento, muitos criticam, desobedecem aumentando o problema.
Talvez porque os mortos não lhes sejam próximos.

Infectados

Para termos vencido o vírus penso que a tal imunização de rebanho precisa ser alcançada, mas ela segundo os infectologistas demora a ocorrer, coisa de anos talvez.
Não podemos contar com essa ajuda.
 
Os estudos dizem que algo entre 15% e 20% dos infectados se tornam casos que necessitam de internação e que destes uma parcela ainda a estimar melhor (faltam dados) precisam de UTI.

Nossa Taxa de Mortalidade ainda está razoável em torno de 5,49 óbitos por 100 mil habitantes, mas caminha célere algo em torno de 40 óbitos se não mudarmos a taxa de contágio com o distanciamento.
Já a Taxa de Letalidade é bem alta perto de outros países, estamos na casa dos 6,5%, o que representa que dos infectados 6,5% das pessoas irão morrer.

Expectativas

Cientistas estão procurando tratamentos eficazes em paralelo aos estudos de vacinas.
As duas coisas são importantes.
Os tratamentos poderão reduzir  as percentagens das internações Normais e de UTI´s

Segunda onda

A China, Alemanha, Espanha e Itália entre outros detectaram que o relaxamento das medidas de distanciamento social estão provocando a volta do aumento de contágio.
Não me surpreende, vamos lembrar que nossas gripes usuais são ocorrem sazonalmente também.
Como o vírus da gripe é mutante, temos que nos submeter a uma nova variante todo ano, ou quase.
Vacinamo-nos contra a nova cepa, mas provavelmente outra virá.

Se esse é o comportamento do vírus da gripe, porque será diferente o de seu irmãozinho o tal do Cov-2?

Deveremos esperar novas ondas de contágio após a primeira até que soluções mais definitivas de vacina sejam encontradas.
Com elas virão novas ondas de mortos num processo de amplitude declinante, até que cheguemos ao novo normal de vida.


Algo como no gráfico acima, o que precisamos saber é quando essa amplitude poderá fazer parte do atendimento de saúde consideradas todas as demais moléstias a cuidar.
Acho que irá demorar, e por enquanto, viveremos muito tempo nesse novo normal onde combater o contágio será importante.
Vamos ter calma e racionalidade nas ações.


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