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quinta-feira, 16 de outubro de 2008

Quando Terminará?

Se existiam cerca de US$ 212 trilhões circulando nas bolsas contra US$ 52 trilhões que é o PIB mundial, parece-me numa matemática simples, que os capital especulativo terá que perder 75% do seu valor para se equiparar ao capital produtivo.
Sei que os economistas devem me chamar de idiota, que as regras não são tão simples assim.
Mas acredito mesmo nessa simplicidade.
Se o PIB é o retrato do que se produz, e o capital é o meio utilizado para trocas nesta produção, o excedente não está lastreado na produção.

O que é chamado de especulativo é, na verdade, um dinheiro usado como jogo, onde a credibilidade da banca é fundamental, e esta parece ter acabado.

Há que se escrever outras regras econômicas, com maior controle sobre os agentes financeiros (que acabam por ser os promotores primeiros da especulação), ancorando o capital à produção para que este realmente se apresente como confiável.
Parece que a Europa já entendeu isso.
Querem um novo FMI.
Querem a inclusão dos emergentes nesta nova escrita, pois sabem que deles pode vir uma esperança de crescimento econômico, e que alguns deles podem trazer experiências de regulação bastante úteis para essa nova economia.

Devemos voltar a valorizar os meios de produção acima dos mercados financeiros, pois a economia real se faz com os primeiros.
Parece-me que o tal "capital líquido" descrito pelo Baumann acaba por evaporar-se em poucos instantes da história.

Não será o fim do capitalismo como dizem os economistas, e eu acredito, mas que provavelmente será o fim da economia baseada nas finanças, nas trocas de valores sem valor, da especulação e da jogatina, eu penso que será.

Está na hora do setores produtivos da economia começarem a falar mais alto.
Dentro das organizações como Sadia, Votorantim e outras onde o setor financeiro poderia apresentar resultados "surpreendentes" agora estão amargando perdas que poderão neutralizar todos os surpreendentes ganhos obtidos na especulação.
Está na hora de valorizar a produção, e deixar que as finanças voltem a seu papel de coadjuvante.

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