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terça-feira, 27 de maio de 2014

A a infeliz guinada à direita!

Vinte por cento do parlamento europeu foi tomado por uma direita populista e retrógrada.
Retrógrada não só por representarem algo passado, mas por representar sentimentos toscos de um passado que imaginei estar enterrado.
Lá parecem esquecer tudo o que fizeram de mal para o terceiro mundo e agora se dão ao luxo de ser xenófobos, de hostilizarem populações migrantes que foram chamadas por eles mesmos em tempos de vacas gordas.
Não queriam sujar as mãos com trabalhos "de segunda ordem", "inferiores".
Mas agora, que o desemprego graça solto por aquelas paragens os inimigos passam a ser exatamente aqueles que vieram ao socorro de habitantes mãos de pelúcia.
Que vergonha!
A falta de imaginação de todos os que pensam de modo radical denota mesmo é sua falta de inteligência.
Sim o capitalismo de mercado está fazendo água há muito, mas a saída não é voltar atrás como propõe essa direita excrescente.
E não é só lá que surgem esses movimentos não, eles estão aflorando aqui na América do Sul como forma de combater o totalitarismos não menos excrescente representado pelo bolivarianismo brotado do Fórum São Paulo, e implementado por gente tão ignorante como os do dito polo oposto.
Não há oposto à direita ou falsa esquerda.
Somente ignorância de mesmo tamanho.
Não se enganem não pois o que impera do primeiro mundo é um capitalismo de extrema direita disfarçado de bom menino que tentam chamar de liberalismo.
Mas ele não está funcionando.
O mundo parou de crescer e na contrapartida as mazelas voltaram a se acentuar em todos os rincões do planeta.
Há saída?
Não dentro do sistema atual.
Enquanto o foco for o capital, e os bens materiais, não haverá saída.
A concentração de renda cresceu nos últimos 10 anos como nunca se imaginou, e foi no mundo todo.
O que fazem os bilionários a não ser ter que se defender de uma sociedade que cedo ou tarde irá atacá-los por estar sem saída?
Parece-me que o desenvolvimento humano caminha na contramão do desenvolvimento tecnológico e do mercado.
O Estado, que de forma muito hipócrita estaria a preservar o bem público está absolutamente coligado ao mercado e ao capital e se lixando para o bem comum.
Arrecada impostos como nunca, de maneira automática e fácil, muito mais fácil do que tinham que fazer os senhores feudais. Eletronicamente assaltam nossos bolsos para pouco dar em troca.
Não falo só do brazuquinha não vejo o primeiro mundo derrapando em sua incapacidade de resolver os rumos que deveremos tomar.
Há saída?
Só se for voltando o objetivo da sociedade para o homem, e seu crescimento.
Para fazê-lo melhor e mais forte precisamos arrancar-lhe a preguiça cidadã.
Devemos desobedecer o estado, criar economias solidárias, micro comunidades econômicas que baseadas no respeito ao cidadão. E que na troca de serviços e bens, acabará por não recolher impostos e com isso irá desconstruindo o poder econômico do estado.
Sim é um princípio anárquico, mas que não tem a ver com desordem, ao contrário pois quando pregamos mais participação cidadã nos rumos de seus destinos instamos mais controle sobre a coisa pública.
Desordem é o que hoje se vê nessa tal democracia onde a corrupção, e a promiscuidade entre os poderes do estado e o capital tem levado a humanidade a uma situação grave de deterioração social.
Desordem é o que vivemos hoje, ou alguém tem dúvidas?
Se não inovarmos por autodeterminação a natureza que tanto estamos punindo irá fazer-nos cada vez mais frágeis e acabaremos tendo que concluir que a volta aos princípios comunitários será a única alternativa para podermos sobreviver.
Como já disse antes Marx errou ao focar todo seu estudo sobre economia no capital, doutrina que até hoje embasa as pobres mentes dos que cuidam da política econômica mundial quer seja mais à esquerda quer seja à direita.
Tivesse ele montado uma teoria econômica onde o lucro seria o crescimento humano, teríamos ido em outra direção.
Mas isso não é para uma humanidade insuficiente como somos nós que só pensamos nas coisas e esquecemos de nossos valores internos.
Talvez os catastrofistas tenham mesmo razão.
A natureza talvez seja nossa chance de mudança, não sem muito sofrimento.

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