O governo americano está propondo (desesperadamente) tirar US$ 700 bilhões de seus contribuintes.
O congresso quer discutir, o que deixa os maestros da gestão financeira americana no estado emocional mostrado abaixo (foto do G1)
O congresso quer discutir, o que deixa os maestros da gestão financeira americana no estado emocional mostrado abaixo (foto do G1)
Henry Paulson, secretário do Tesouro dos Estados Unidos
Parece que a coisa não vai bem por aquelas bandas.
Pior, mesmo sem terem conseguido a aprovação deste montante, os outros mercados estão "abrindo o bico" dizendo que esse total não é suficiente para resolver a crise.
E se só o dobro fosse resolver? imagino o FED convertido em uma tenda de candomblé, e o Paulson acima esbravejando em uma camisa de fôrça.
Deve ter muita gente olhando abaixo do nível do mar para ver com mais detalhe o tamanho do iceberg, e no susto do que vê sai berrando por aí: É maior, é maior!!!
A imprensa e os economistas - que parecem não fazem a economia, só tentam toureá-la que o que a competência lhes permite - deixam o louco berrante do "é maior" de lado e se atem àquilo que dá para filmar e mostrar no noticiário.
Mas acho que os loucos é que tem razão: o buraco é mais embaixo.
As demais economias do primeiro mundo (que permitiram , levianamente, que suas poupanças fossem aplicadas em papeis podres) ficam caladas, não querem aderir a medidas tão "heterodoxas" (lembram do termo?) de interferência do estado na economia de mercado.
É a negação desse negócio de neo-liberalismo (que foi a última desculpa para manter relações colonialistas neo-pós-multi-modernas seja lá o nome que se da à exploração dos mais fracos pelos mais fortes no mundo de hoje).
O Bush fez cara de limão azedo por ter que justificar a proposta de intervenção do estado na economia.
Mas que ninguém se assuste, não é nenhuma proposta comunista, lá o estado quer ver o povo pagando os desvarios do "mercado". Estão tentando adubar os jardins de todas as casas americanas com esterco de papel podre.
Mas tem uma pergunta que fica:
Algúem levou o dinheiro, ah! que levou, levou.
Se foram os próprios mutuários; (sei lá se são chamados assim por lá) que supervalorizaram seus imóveis e depois devolveram-nos pelo valor real, e embolsaram a diferença; esse "excedente emprestado" deve estar em algum lugar.
Talvez no invejável consumo americano, assim a roda gigante do maior mercado do mundo continua girar.
Mas o que aconteceu, no frigir dos ovos, é que os demais poupadores do mundo que compraram esse papel higiênico, ops! podre, pagaram o consumo do cada vez mais crescente mercado americano que parece ter um "que" de mentira, de falso.
Um consumo baseado num crédito que eu não precisarei pagar (porque é uma ação de estelionato pós-moderno, involuntário e avalisado por instituições financeiras) é uma mentira em termos de mercado, não tem e nunca terá liquidez.
Mas é isso o que o americano tem feito a muito tempo para manter-se como potência econômica.
Perde o resto do primeiro mundo que comprou papel higiênico usado como título de investimento.
Mas com a mentira vindo à tona, os grandes bancos americanos - todo-poderosos ao julgar o rumo de economias nacionais do terceiro mundo - foram à falência, não souberam cuidar das próprias calças o que significa que tudo o dito anteriormente por eles soa hoje como balela, de argumento "para inglês ver", só servia aos interesses do FMI que era o cobrador da máfia cujo "capo di capi" eram os EUA.
Falando em FMI, numa crise destas cadê o truculento cobrador que não dá seu pitaco neste "probleminha financeiro"?
A manter-se assim calado poderia fechar definitivamente as portas não é?
Bom, tem muita água (suja) pra rolar sob essa ponte.
Vamos assistindo de nariz tapado e olhos atentos.
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