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domingo, 14 de junho de 2015

Parcos neurônios dos economistas

Já postei antes sobre a dificuldade dos economistas de trabalharem com a matemática mantendo suas preferências nos temas das ciências humanas.
Ou seja, suas análises são sempre muito bem explicitadas em fenomenologia do comportamento humano.
Para eles expectativas são mais importantes que o 2+2 baseado em fatos.
Não concordo com nada do que falam as mais variadas correntes dos economistas que se confrontam defendendo ações opostas no que se refere aos mecanismos de ação econômica como taxa de juros, incentivos, investimentos públicos, etc..
Não concordo simplesmente por pura ignorância minha.
Mas burro também não sou.
O tal do Meireles escreveu hoje que o aumento de juros deve continuar pois a inflação é alta.
Afirma ele que a inflação é fruto do desbalanceamento entre a oferta e a demanda e só diminuindo a demanda é que se combate eficazmente a inflação e permite-se voltar a crescer.
Mas eu, que aprendi a fazer conta de mais e menos, vejo que no tal prato da balança dele tem a oferta a pesar contra a demanda.

Será que o aumento da oferta não seria outro fator importante na queda da inflação?

E no artigo do citado o autor passa ao largo do desbalanceamento das contas públicas que precisam pagar um juro alto para rodar sua dívida fruto da improbidade administrativa de nosso estado perdulário, que para completar não devolve os serviços mínimos à sociedade.
Esse sim talvez o maior motivo de todas nossas mazelas.
É prática que vem de longe, apesar dos governos petistas as terem aumentado muito como mostra nosso noticiário diário.
Temos os juros mais altos do planeta paralelo a uma inflação que galopa a todo vapor e pode passar dos 2 dígitos, e será que esse não é um quadro bastante claro de doença do nosso estado?
A falta de formação matemática dos economistas fica aparente quando não conseguem montar equações com mais de 2 componentes como oferta e demanda.

As mudanças que o Brasil precisa não passam pela só pela economia, e nem principalmente por ela.
Temos um estado que transborda de nossa economia e para sustentá-lo geramos esses desequilíbrios.
E o capital se aproveitando desse descompasso aplica-se no financiamento da dívida pública brasileira ao invés de usar seu poder para fazer avançar o país no tal prato da oferta, investindo em todos os meios de produção de bens e serviços para nos tornar mais competitivos.
Ou seja, colocar nesta equação o desequilíbrio Estado x Economia é o mínimo que se pode pedir para nos aproximarmos mais de soluções plausíveis, caso contrário ficaremos nesse enxugar gelo nesta estagflação que estamos pois o dinheiro vai pra banca de financiar o governo e não a produção brasileira.

O tal pacote de investimentos é uma balela que quem tem mais que um neurônio o sabe.
Antigamente os políticos inauguravam obras prontas, depois passaram a inaugurar pedras fundamentais de projetos que se iniciavam, de década para cá estamos inaugurando planos, utopias que não saem do papel mas são facilmente levados a novos planos, como promessa nova que mata a velha.
É a nova ciência inventada pelo governo a  mentirologia.
A coisa vai de mal a pior, os ratos estão tomando conta!


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