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sábado, 27 de junho de 2015

Gay sim, covarde não!

Hoje é um dia que se comemora algo que não deveria ser comemorado: "Orgulho Gay".
Que merda é essa?
Não, não tenho nada de homofóbico, mas pergunto: os outros 364 dias do ano são do "Orgulho Hétero"?
Quanta bobagem a humanidade está promovendo!
Héteros, vamos fechar a Paulista nos outros 364 dias, bleah!
Estamos fazendo muito carnaval com um fato que não merece todo esse destaque.
Tem gay desde que o homem é homem, acho que até antes dizem os biólogos.
Não pode ter só um dia para lembrar.
Gay é só uma das expressões que definem opções de gênero que adotamos.
Fico me perguntando se um bisexual é enquadrado como GLS´s da vida, ora ele também cai fora dos padrões.
E os assexuados, aqueles que não tem o instinto sexual dos animais, também seria enquadrado?
Então o respeito à qualquer diferença deve ser primordial e fim.
Mas porque falo da covardia no título do post?
Penso que deve ser muito difícil "morar" em um corpo que não corresponde a seu gênero como ocorre com as bichas e lésbicas.
Não me venham com o politicamente correto que não devemos usar o termo bicha, nem viado nem nada disso, principalmente porque os que pertencem aos grupos se dão ao direito de utilizar esses termos.
Voltando ao habitat dessas almas sofridas, a possibilidade de adotar o visual do gênero que lhes correspondem hoje em dia é muito bom.
Poder ter um nome fake como o ENEM está propondo é muito bom.
Estava eu tirando um passaporte quando chamam pelo Sr. Fulano de Tal e levanta uma loirona gostozérrima para ser atendida. Que merda, melhor um apelido formalizado pelo menos ficaria na minha cabeça a imagem do mulherão.

O que me fez lembrar da covardia, hoje foi ter entrado na fila do supermercado atrás de uma moça bonita, não exuberantemente bonita mas bonita, e depois de aguardar um pouco, vem uma outra moça bem menos atraente, de óculos escuros, pede licença e se junta à outra já citada.

Passaram então suas compras, e noto que a de óculos dá um abraço na outra, e esta fica meio que incomodada. A abraçante liga no celular para mais alguém, e a compra vai se finalizando e ela depois de novo abraço e beijos na cabeça da primeira, vai mais à frente do caixa e se volta para meu lado. Eu já tinha dado uma medida nas curvas das duas. Sem dúvida a bonita era também bem gostoza, já a outra era meio derrubadinha de corpo, sem bunda e peito que são predicados femininos que convenhamos, são interessantes. Os óculos encobriam um rosto que, para ser comedido, diria não ser bonito.
Aí fiquei pensando, coitada (coitada não porque não vejo quem praticaria o coito com ela) ela não tem muita chance com homens mesmo, daí sua opção preguiçosa, talvez e muito provavelmente covarde.
Sim, digo covarde pois lembro que em minha adolescência foi muito difícil vencer o medo da relação com o sexo oposto.
Se você não é o lindão ou o lindinho da turma, for somente um cara normal, a insegurança é muito grande, aterrorizante mesmo.
Mas se entender com o sexo oposto é o caminho.
Eu, particularmente, sempre achei as mulheres muito mais interessantes que os homens, elas tem curvas, coxas, bundas, peitos, rostos lindos, sorrisos meio maliciosos (a gente que acha).
São imbatíveis.
Pobre da bicha feia, perde em todos os predicados, e digo isso do fundo do coração. Eita concorrência difícil.
Mas como me interessava mais pelas meninas, tive que vencer meus temores, fazer meus papéis ridículos que se faz quando adolescente, mas fui me entendendo com esse jogo do sexo.
E gostei, ah! nada como o cheiro de mulher.
Devaneios à parte, volto ao meu pensamento no caixa do supermercado: não seria parte da homossexualidade uma atitude covarde, como por exemplo a da moça não bonita (viram como sou politicamente correto) que tendo pouca chance com homens prefere assediar a amiga, e com isso criar um vínculo homossexual na base dessa covardia?
Eu já vi muita mulher feia com uns caras que são bem bonitões, essas tinha boa autoestima e foram a luta. Não seria covardia então a solução adotada pela não bonita?
Será que esse tipo de comportamento também não ocorre de forma mais disseminada nos tempos de agora?
Acho que há mais gayzisse que antes, mesmo supondo que parte dela é fruto dessa disfunção natural entre gênero da personalidade e seu corpo, acho que estamos exagerando na dose por pura covardia.
Não gosto muito do "não conheço mas não gosto".
Gostar ou não tem que ser fruto de experiência, de vivência com a diversidade, não de teorias movidas pelo medo.
Ser gay é mais uma questão de conflitos de gênero.
A sexualidade não é hetero, homo ou bi, ou o que se invente mais.
É instinto das espécies vivas que utiliza os caminhos possíveis para se realizar.
Ter qualquer tipo de preconceito, reserva ou pior recriminação contra qualquer manifestação sexual é confrontar a própria vida, não tem o menor sentido.

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