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quarta-feira, 21 de setembro de 2016

Justiça para rir ou chorar?

Ontem tive uma experiência que poderia dizer inusitada.
Fui convocado pela juíza que cuida do caso para ir a Curitiba para depor.
Sete horas de viagem, uma correria num taxi que felizmente se mostrou totalmente aloprado para que eu chegasse a tempo e lá estou eu.
A causa já era em si estapafúrdia.
Promitentes compradores de um sobrado meu em São José dos Pinhais, que invadiram-no (assim como o germinado dele) sob a batuta da corretora Solange Delfim, começaram uma ação pedido à justiça que passasse o imóvel para o nome deles (sem pagar o saldo claro) ou algo parecido.
O advogado deles aquele típico de porta de cadeia que não precisa maiores descrições.

Mediante a argumentação de meu advogado a juíza achou por bem ouvir as partes.
Só que não fui ouvido, acho que falta um dos pratos da balança da iconográfica representação da Justiça.

Não bastasse isso, o aviso que faz a juíza, para cada depoente, alertando que falso testemunho é crime passível de prisão é só pro-forma.
Como avaliar o caso sem saber que há mentiras envolvidas?
O caso é estranho, e acaba tenho certa complexidade, que não vale aqui discorrer.
O que quero dizer é que como pode uma mentiras do gênero:
"Ele me entregou a chave da casa" quando o que houve foi um arrombamento com invasão?
"Ele não lhe pagou nada da comissão de corretagem?" resposta (cínica): Não! Sendo que bem sabe a corretora que recebera proporcionalmente a comissão de corretagem combinada, porcentual calculado com base nos sinais recebidos.
A ligação de água foi pedida em meu nome, com fotocópias minhas e sem minha autorização o que deve ter no jurisprudês um crime a ser considerado.
Foram outras tantas mentiras e omissões de fatos.
Datas ficaram no "não me lembro" quando são fundamentais para que se analise a procrastinação havida pelos compradores na aquisição do financiamento.

Talvez haja um acordo para me pagarem com um mínimo de reajuste do valor dos imóveis, mas a mentira maior se fixa na declaração contraditória de que tudo o que eles estavam tentando é me pagar o que devem, quando queriam mesmo é surrupiar o meu patrimônio.
Até o próprio mote da ação foi desdito.

Definitivamente o Brasil é uma terra de mentirosos e mal caráteres, e se você se julga uma exceção, coitado é somente mais um idiota como eu em um país de salafrários.
Não sei se nasci no tempo errado, no país errado, ou em ambos, mas que o combinação lá em cima não tá legal, ah! não tá mesmo.

Não tivesse a idade que tenho correria atras de minhas outras possíveis cidadanias (italiana e portuguesa) para poder dizer-me de outro país.
Tenho vergonha de ser brasileiro!

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