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domingo, 6 de outubro de 2013

Troca-Troca Sem Trocar Nada

Esta foi uma semana de troca-troca de partido para os políticos brasileiros.
A desfaçatez é odiosa, o bailar entre os partidos mostra que não há princípios programáticos e/ou ideológicos nas carreiras dos políticos brasileiros.
São totalmente prostituídos pelo poder. Exceções que me desculpem, sei que as há.
Mas a grande massa é sim de pessoas sem caráter que fazem qualquer negócio para se eleger e se locupletar nas tetas do estado.
Reforma Política
Nunca teremos uma reforma política oriunda das quadrilhas que se instalaram no estado brasileiro, percamos a esperança.
Só saindo às ruas, exigindo uma constituinte específica para a reforma política, onde os constituintes seriam eleitos unicamente para essa finalidade e se tornariam automaticamente inelegíveis para o resto de suas vidas. Isso iria garantir que não estariam legislando em causa própria.
Nosso país é o único no mundo que paga vereadores. Nossos orçamentos legislativos são dezenas de vezes maiores que o de qualquer outro país no mundo. Nosso judiciário é inepto, um palco de falastrões que tornaram nossa justiça uma piada, e de muito mal gosto diga-se de passagem.
Voltando ao Troca-Troca
Ficou clara a manipulação dos TRE´s para não permitir o registro da Rede da Marina.
O PT temia essa Rede balançando, essa é a metáfora que melhor explica o pavor de um segundo turno entre Marina e Dilma, a primeira levaria o cedro com certeza, até porque a própria bancada evangélica vê nela uma melhor interlocutora. As oposições poderiam se reorganizar e tentar uma coalizão que tornasse o país governável com um mínimo de bom senso, coisa que hoje não há.
O governo havia fomentado a criação desse partideco PRÓS pois seria o refúgio de uma horda de cooptados para virem apoiar o desgoverno atual. Excrecências politicas como os irmãos Gomes são exemplo claro disso. O Solidariedade tinha seu risco calculado, não assusta ninguém, não será um CONTRAS como a Rede Sustentabilidade poderia ser.
A enfraquecida Marina ficaria então no mato sem cachorro e pararia de incomodar, não fosse ela se acomodar em outro partido.
Mas às vezes uma união pode ser prematura.
Explico: no conjunto dos que votariam no E.Campos alguns podem não gostar da Marina e vice-versa, será que votariam numa chapa única no primeiro turno?
Eu pessoalmente não tenho muita afinidade nem confiança no discurso dela, mas quanto ao PSB acho que pode ser um partido mais à esquerda e por novas militâncias tendendo a ser mais honesto e ético, se é que dá para acreditar em ética na política brasileira.

Penso que seria melhor a Marina em outro partido e o E.Campos no seu.
A estada dela em qualquer partido será sempre provisória pois ela acabará tendo a Rede validada, não há como escapar é um dos poucos partidos que mantém uma identidade no Brasil, posso até não concordar com eles mas é óbvio seu direito de existir.

A definição entre situação e oposição deveria sempre ser feita no segundo turno, pois é nele que todos unidos entre situação e oposição poderão pender contra a permanência do PT.
Até porque a democracia precisa da alternância no poder senão tudo emperra e se corrompe como hoje vemos acontecer.

Decisão Fora Das Urnas
Mas as decisões eleitorais não passam só pelo jogo político, sabemos que a economia, essa sim, tem um grande poder na opinião do eleitor.
Ontem tentei entrar no supermercado e desisti na porta, foi quando me lembrei que era o dia do pagamento de muitos assalariados.
Me veio à mente o período de hiperinflação quando corríamos ao supermercado pois diferença de horas poderiam nos fazer levar menos leite ou açúcar para casa.
As filas de ontem com carrinhos cheios é uma declaração explicita do medo do povo quanto à volta da inflação que apesar de índices "controláveis" segundo o governo, pesam muito mais na realidade do dia a dia de nossas famílias que vem valores de aumento de preços do que nos é fundamental bem maiores que esses índices oficiais altamente desconfiáveis.
Aí a porca torcerá o rabo e falsas promessas se tornarão inócuas.

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