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segunda-feira, 14 de outubro de 2013

Ufa! Cristo não é mais Idiota

Depois de mais de 1700 anos a humanidade está livre de ter que pensar em Cristo como um idiota.
Os mais inteligentes poderão resgatar a crença nele.

Se foi um emissário de Deus, tido mesmo como Seu filho, como pelo amor Dele poderíamos acreditar que foi enviado à cruz sem saber o que iria lhe acontecer?
Só mesmo sendo um bobão, ou Deus um tirano.
Hipóteses improváveis!
Que pai enviaria seu filho numa missão dessa importância, sem alertar o filho das agruras que iria passar?
Tentações demoníacas para desistir? Estória para boi dormir, isso sim;

Depois do Evangelho de Judas Iscariotes, apresentado recentemente, podemos recuperar a crença no Filho de Deus, ou melhor o mais recente enviado por Este, e talvez mesmo o mais importante dos que aqui cumpriram missão, a exemplo de Moisés e tantos outros em várias outras culturas e épocas do planeta.

A igreja, prontamente reagiu contra a inclusão desse Evangelho como parte da doutrina Cristã. Assume sim ser somente um “documento Histórico”.
Claro que iria fazê isso.
Na civilização judaico-cristã, e suas religiões herdeiras sempre houve temas complicados que acabaram por debaixo do tapete.
Reconhecer este documento com a mesma importância religiosa dos demais evangelhos (considerando terem gênesis semelhante) seria um passo em direção ao reconhecimento da versão mais espiritualista do catolicismo.
Iria nos obrigar ao reconhecimento de um contato espiritual freqüente entre Cristo e seu Pai, ou mesmo com outros mentores espirituais outorgados por Ele, e que esse dom implicava também em seu conhecimento dos destinos que a missão lhe exigiria.

E que para que esse destino acontecesse necessitava da cumplicidade de um de seus discípulos – provavelmente aquele em quem mais confiava, não num traidor mas o mais fiel!

Os escritos contam do suicídio de Judas, mas já intentando chamá-lo de traidor, e com isso dar o rumo religioso que a igreja tem até agora.
  • Fortalece a idéia do mal como uma entidade involutiva, não como a ausência do bem, que representaria um processo evolutivo simples.
Simples mas pouco “emocional” para cativar fieis que passariam a se proteger do Demônio e sua horda de súditos que nos ameaçariam diuturnamente, sob o manto do catolicismo. O marketing seria muito menos eficaz – o fato é que o Demo vende fé!
  • Desprezando a reciclagem dos espíritos em várias vidas encarnadas e num processo de evolução de longo prazo, não mais um “tudo ou nada” circunscrito a uma só vida terrena.
A Igreja Católica, assim como suas dissidências focam todo seu trabalho no Pai e no Filho minimizando propositadamente da Santíssima Trindade o Espírito Santo que representa o Homem nessa tríade.

Aceitar o Evangelho segundo Judas Iscariotes seria espiritualizar a cultura judaico-cristã, e talvez, por decorrências, outras doutrinas derivadas desta que chamei de herdeiras.

Entender a alma para algo mais que um recheio extemporâneo de um corpo ocorrido por mero sopro divino. 
Entende-la como parte do Todo que o Homem é, o Espírito Santo que cada um de nós representa.  
Algo que já existira antes do corpo e se preservará após a morte deste.
É assumir a doutrina espiritualista que permeia a maioria das religiões de outras culturas antigas.
Um espírito que vem, ciclicamente, habitar nosso planeta para evoluir junto com a humanidade.

É fato consumado que Cristo sabia exatamente o que iria acontecer com ele. Antes mesmo de sua chegada à Israel.
Quando o soube?
A igreja teria que deixar claro o que fez Cristo entre sua pré-adolescência e seu 33 anos. Onde andou? O que aprendeu? Em que “fontes” espirituais bebeu sua alma?
Será que ele nasceu com o conhecimento do que lhe ocorreria ou foi depois de encarnado que, nesse tempo pouco descrito de sua vida, foi aprendendo filosofias espiritualistas de outros cantos e com isso tomando consciência do papel que teria nessa vida e entrando em contato com seu Pai, e mentores mandados por ele.
Se assim ocorreu, Cristo  teria evoluído a partir do contato com outras doutrinas (provavelmente bastante espiritualistas) e a partir delas recebido a vidência de seu próprio destino.
Com ajuda de outras doutrinas, de forma absolutamente ecumênica, teríamos enfim uma igreja cristã fundada em princípios voltados aos homens e não a uma elite que sempre usufruiu da nossa boa fé.

É focar a religião na evolução do Espírito Santo que somos nós, e para a qual o Pai e o Filho tanto se dedicam.

De um agnóstico, que suspende o juízo dos fatos que não temos prova, mas inquieto com os rumos que as religiões acabam dando à humanidade. Sem elas talvez estivéssemos melhor.

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