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sábado, 26 de julho de 2014

Capitalismo líquido

Zygmunt Bauman escreve sobre o mundo líquido, sua definição para a contemporaneidade.
Se Max estivesse vivo, talvez escrevesse sobre o capitalismo líquido nesses tempos do mercado.
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Como não sou economista, mas um reles operário, não faço teses, só expresso uma opinião.
Mas uso lógica ao descrever essa nova forma de imperialismo, poderíamos chamar de imperialismo volátil, mais etéreo que o líquido, gasoso.

Ao contrário do que propõe os economistas muito mais sábios que eu, penso que a Selic não tem todo o  poder de reduzir a inflação haja vista a conjuntura atual.
Estagflação é um paradoxo.

Se a Selic sobe mas não reduz a inflação, talvez o paradigma seja outro.
Manter a Selic, quer dizer o valor dos juros pagos para reciclar nossa dívida, representa aumentar os gastos com a dívida e com isso manter a mão pesada nos impostos para poder pagá-los.
Selic alta é sinonimo de transferência  de impostos pagos pelo povo, para os capitais que lucram e beneficiam os ricos aqueles que aplicam no mercado.

Essa é a forma pós-moderna de imperialismo, não de nações, mas do capital.
Funciona assim:
  1. aumenta a Selic e paga juros mais altos para o capital aplicado no mercado,
  2. pressiona os impostos, já insuportáveis, para fazer caixa,
  3. a nação gasta grande parte do que arrecada pagando então esses juros que vão remunerar o capital especulativo das bolsas para dar boa vida aos investidores,
  4. não sobra dinheiro para o custeio e investimentos em infraestrutura, saúde, educação, cultura e lazer,
  5. os serviços que realmente melhorariam nosso IDH, não em alguns pontinhos mas num salto que nos posicionasse ao menos entre os primeiros 20 do ranking, não são oferecidos ao nosso povo, e por fim,
  6. nossa miséria acaba pagando a boa vida dos povos investidores.
Sei que não tenho autoridade para falar em economia, mas infelizmente ainda tenho tempo e vontade para pensar.
Pensem, retruquem e deem sua opinião.

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