Páginas

Tradutor - Translate

domingo, 19 de outubro de 2014

E a seca é culpa de quem?

Estou em Curitiba.
Nesta última semana houveram duas grandes tempestades por aqui, com vendavais de quebrar árvores ao meio.
Nos 5 anos que por aqui estou só uma vez vi tamanha tempestade, que por sinal derrubou uma ameixeira que nos agraciava com seus frutos.
Aí fico pensando: será que essa vai para sampa, bem que podia, antes era assim.
Mas parece que não vai, tropeça nas serras não vence os bloqueios térmicos.

A falta de água no sudeste é culpa de quem?
Os estudos de hidrologia não tinham essas previsões de seca?
Nada poderia ter sido feito antes do cataclismo que vive-se hoje?
Não é só a seca das torneiras, mas a das usinas elétricas que preocupam, estas por usar muita água se comparadas com a torneiras, muitas vezes muito mal educadas.
Difícil prever, mas há um erro estratégico na administração da água.
Já comentei em outro post que um professor de Hidráulica na Poli, defendia a construção de micro usinas espalhadas pelo país afora.
A exemplo das micro e pequenas empresas, poderiam ser elas a ajudar nessa hora.
Vantagens são óbvias:
  • armazenam água ao longo dos cursos d'água, 
  • inundam áreas muito menores e ao contrário do impacto ecológico das grandes usinas, são até benéficas ao meio ambiente,
  • geram energia de forma distribuída no espaço e próxima dos consumidores.
Mas me parece que não há vontade política em fazer isso, muito menos bom senso.

Existe um parque eólico no nordeste que, ficou parado mais de um ano (se ainda não está) porque foi concentrado numa região (provavelmente com ventos mais favoráveis) e a linha de transmissão que levará seu produto a centros consumidores não teria sido terminada ainda.
Governos gostam de mega obras, esquecem-se das pequenas soluções.
Mesmo que os ventos não sejam ótimos, se os geradores fossem distribuídos no espaço talvez o resultado fosse equivalente, pois teríamos menos perda nas transmissões.

Mas de novo a opção pela grande obra é que se aplica.
Esse pensamento se confronta com a sustentabilidade, e daí os ambientalistas tentam o quanto podem obstrui-los, nem sempre com bom senso ou com êxito.
É a falta de humildade do ser humano diante da natureza que o irá matar.
O desequilíbrio está aí, é visível.
Estamos começando a sofrer agora os nossos desmandos no trato do planeta.

Nenhum comentário: