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segunda-feira, 20 de outubro de 2014

Prouni, Pronatec e uma esquerda de mentira.

Acho que sou caolho pois não vejo nada de bom nesse Prouni e tenho muitas reservas com o tal Pronatec.
Prouni

O Prouni financia o estudo universitário aos menos abastados.
O problema é que, na verdade, cria uma dívida para o aluno pagar depois de formado, e dá lucro à Faculdades não muito meritórias, para não dizer o pior.
Não seria mais útil engrossar os orçamentos das Universidades Públicas, e permitir sua expansão, já que a gestão de qualidade destas é reconhecidamente maior.
E se é para pagar depois, porque os mais abastados que entram nas públicas também não podem pagar depois.
Se essa é uma ação da esquerda (como se denomina o PT) o que será feito da direita?
Pronatec
Já o tal Pronatec e até os outros programas semelhantes em São Paulo e Minas, que o Aécio citou no debate, não me agradam por não fazerem parte de um sistema de formação mais amplo.
Estudei em uma escola experimental (Ginásios Vocacionais) que era um projeto de sistema de ensino em São Paulo na década de 60 do século passado.
A ideia daquele sistema era iniciar os adolescentes em todas as áreas, permitindo-lhes se aproximar das que mais lhes interessasse.
No ensino médio então, os jovens já se iniciavam na vida do trabalho (um emprego ou estágio era obrigatório) e isso trazia um amadurecimento ao jovem e um melhor foco em suas escolhas.
A formação até o segundo grau deve ser obrigatória para todos os cidadãos.
A partir desse ponto, especializações podem ser o foco.
Não concordo com o sistema S ou das Escolas Técnicas, que iniciam a formação técnica sem completar o devido amadurecimento do jovem, principalmente nos aspectos culturais, políticos e sociais.
Formar apressadamente mão de obra qualificada e pouco cidadã pode ser muito interessante para o capital e para o estado, mas é péssimo para o indivíduo e para a nação.
Vive-se hoje uns 20 anos a mais do que se vivia em média a 60 anos atrás.
Porque a pressa?
Precisamos de um sistema de ensino que inclua a educação, desde aquela doméstica até a social e técnica.
Sem isso nunca sairemos desse estágio de subdesenvolvimento (o termo é antigo mas se aplica como nunca) em que estamos e piorou nos últimos tempos, para dizer a verdade.
A nossa indústria, que seria o berço dos melhores e mais qualificados empregos, reduziu sua participação no PIB quase à metade nos últimos anos.
Nossa construção civil, não evolui a décadas, são novos materiais, até técnicas novas, mas a qualificação da mão de obra é mínima, falta-lhes a vontade (parece não se perceberem como parte da sociedade) e a formação (fazer conta para a maioria dos empregados nesta área é uma dificuldade, geometria então parece bicho de 7 cabeças).

A formação técnica então não pode prescindir da base que o segundo grau dá aos jovens.
Os cursos técnicos devem existir, defendo a formação técnica, mas acho que ela deveria ser um contra-turno de um colegial, garantindo melhores indivíduos para a sociedade e porque não para a produção.
Sem planejamento, sem nação!

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