Páginas

Tradutor - Translate

quarta-feira, 15 de outubro de 2014

Pós Modernidade



E assim caminha a Humanidade... caminha?
Introdução

Li dois textos, um do Veríssimo e outro do Jabor.
Ambos falando sobre as mulheres.
Anexo os dois textos para saberem do que falo aqui, é importante lê-los antes.

O do Veríssimo fala do ser mulher que está rareando, terminando.
Não é mais o modelo da mulher atual.
Quem entende bem o novo modelo é o Jabor, do outro texto.
Essa é a mulher que está nascendo.
Mas vejo nos textos um equívoco: os dois somente constatam: um o que existe e está passando e outro o que está iniciando.
Constatações. Rigorosas, muito boas.
Mas constatações. Pura observação da realidade.
Faltam propostas, ousar no “se fosse assim...”.
Será que ninguém mais sonha, projeta, nem pessoas das mais criativas como os dois autores acima?

Faltou às "antigas" o ideário, que continua faltando às modernas.
Algumas coisas, importantes, foram perdidas.
Não só para nós, mas para a Humanidade.






Existem pesquisas que dizem ser possível fazer um novo ratinho a partir de duas ratinhas, ou até de uma, não vem ao caso.
Huxley, em Admirável Mundo Novo tinha previsto isso.
Sim previsto, ele foi mais objetivo que Nostradamus, e mais assertivo.
Está tudo acontecendo conforme as previsões do Huxley.
Não era ficção, era premonição!!!

O que essas coisas tem a ver com o assunto?

As ratinhas nos dizem que não precisamos mais transar para procriar, falta pouco e tudo estará resolvido!
Tubos de ensaio e uma Pipeta serão os novos símbolos do sexo procriativo.
Ah! sim, haverão dois tipos de sexo: o procriativo que não mais será realizado pelos processos milenares e inseguros e o sexo social, que visa o gozo carnal.
Haverão nada, já são assim.
A esterilização total é que ainda é opcional, mas já é de uso corrente.

Huxley eliminou o relacionamento duradouro entre duas pessoas, tornou-o efêmero, transa-se, mas cada dia com um ou uma obrigatoriamente. Nada de compromissos.
Algum paralelo com nossa realidade atual?
Ele acaba com a unidade familiar, tão importante para a sociedade moderna pois criava uma célula de consumo (puro interesse capitalista).
Agora as células são individuais, dobra-se o consumo e por isso vinga, vira modelo (de novo – puro interesse capitalista).
E o metrossexual, o tal quase viado, também foi previsto.
Se igualou às feminilidades praticadas pelas mulheres.
E elas, as modernas, já aprenderam a "bater na mesa" para defender uma opinião profissional.
Estamos todos iguais (homens e mulheres se é que ainda vingará essa definição?). 
O tal metrossexual está mais preocupado com o ego dele do que com qualquer outra coisa.
As mulheres continuam se preocupando com as necessidades metrossexuais (elas as inventaram), e avançam sobre o lado das antigas habilidades masculinas.

Novo ser se transmutando, em breve seremos todos "mulhomens"?
Aquela coisinha que fica no vão das nossas pernas e só serve para esse prazer efêmero, irá se inutilizando e por fim, segundo Darwin, simplesmente eliminado?

Devemos analisar os dois caminhos possíveis:
·         O sim, que implica em imaginarmos o ser humano se unificando em uma espécie meio andrógina, ou melhor bissexual, onde o sexo permanece somente para seu uso “social”.
Esta é uma alternativa bem possível, ao se considerar que a humanidade poderá parar de evoluir pela ação dos conflitos como os gerados pelo antagonismo ainda reinante mas que, ao se tornar cada vez mais complexa como atualmente, tende a mudar o paradigma da evolução humana do conflito para o entendimento, pois é muito mais produtivo.
Ih! Acho que fui muito fundo aqui, esqueçam...
Talvez esse seja o final do processo, mas muita coisa deve acontecer antes disso.
(mas ainda me inquieta: será que seremos um dia assexuados ou bi?).
·         O não nos tornaremos mulhomens,  penso que representa o início de um processo que tem muita possibilidade de desembocar na hipótese acima.
O prazer do relacionamento polarizado continuará a ser um estímulo às relações humanas.
O homossexualismo que aparenta ser cada vez mais difundido, na verdade está só se explicitando.
A Humanidade sempre teve os homossexuais, exemplificar é desnecessário.
Temos, em cada sexo diferenças muito interessantes, até agora mal exploradas. E o que é pior, muita coisa se perdendo com os novos costumes.

Mas voltando ao assunto.
Na verdade, nos últimos 40 anos (cinquenta no máximo) resolvemos mudar tudo.
As mulheres principalmente!
Que sempre, e tanto, oprimidas resolveram ocupar uma lugar de maior destaque, maior brilho, mais bem remunerado que o tanque ou o fogão e a correspondente mesada fixada pelo marido.

"- Tem todo o direito" - pensamos nós os homens modernos da época.
Vamos dividir as despesas, as obrigações, as responsabilidades...E chega!!!
Não me venha com louça ou roupa para lavar...
Aí já é demais!
Cozinhar só no churrasco de fim de semana! 
Daí constatar as mudanças não é uma questão de ciência, é nosso dia a dia.
Algumas (ou muitas) não aguentaram mais aquele cara, muitas vezes desempregado e de pijama, andando pela casa e ela com uma jornada tripla de profissional-mãe-amante para dar conta.
Vieram as separações, numerosas, acho que a maiorias nos relacionamentos.
Umas difíceis, outras nem tanto.
Os filhos?
Se acostumaram, tanto que agora é a maior caretice ser filho de pais casados a mais de dois anos...
Alias agora é assim dois pais e respectivos namorados.
Já se acostumaram.

Tem até pai está namorando um outro homem! E mãe namorando outra mulher...
Talvez até, melhores essas relações homossexuais, pois tendo tantas barreiras a vencer, me fazem crer em melhores intenções, mais honestas, na verdade de profundo amor entre as partes.

Tudo normal. Banalizou-se.
Nada contra. Só Constatações.

Mas será que seremos sempre seres determinados por necessidades tão imediatas?
Sexo, propriedade, comida, status!
Não existe nem ética nem estética, só status, muitas vezes antiestético, quase sempre antiético.
Feio mesmo! A moda muitas vezes é poucas linda como deve ser a arte.
A falta de ética prepondera, justificando-se com desculpas esfarrapadas que não se sustentam.

E ter isso tudo não traz a felicidade tão esperada e propalada pelos comerciais destas porcarias que consumimos.

A pluralidade dos tempos atuais está aumentando o espaço feminino acostumado a cuidar de várias coisas ao mesmo tempo.
O que não pode acontecer, é a mulher perder muitas das características positivas que tem – e só ela tem -  algumas tão bem ressaltadas pelo Veríssimo no seu texto.
Elas precisam de uma dose a mais de esperteza.
A primeira, de mostrar que é “tão boa quanto o homem” não basta, tem que mostrar que é “melhor”, que aprenderá tudo o que o homem sabe, mas sem perder seu saber feminino.
Parar de imitar tolamente os homens.

As constatações nos textos dos autores citados assusta.
Agem como disse o Jabor não como a do Veríssimo que exigia que se conversasse sobre a relação.
A mulher do Jabor, a moderna está perdendo aos poucos as qualidades da mulher do Veríssimo.
Nos relacionamentos ela é mais dura que os velhos homens, que ao constatarem um par de chifres davam uma botinada no traseiro da produtora dos enfeites e fim.
As do Jabor dizem “dane-se vou usá-lo” como faziam os homens das mulheres “pouco queridas”, elas os mantém – hipocritamente -  muito mais espertas que nós, velhos babacas não nos chutam a bunda.
Usam-nos como nunca fomos capazes de fazer com elas, ao menos com as mais consideradas. Tolamente nos apaixonávamos por nossas amantes.
Hoje, ela, nem pelo companheiro, já que é totalmente natural que não seja um só.
É algo novo. Meio sem amor, aquele de verdade.
Tudo bem, é menos hipócrita, mas falta o ideário e isso é grave.
Acontece simplesmente, como se fôssemos seres inconscientes.

E aquela intuição que o Veríssimo citava?
Ah! Não dá mais tempo...
Talvez nem achem necessário... vida corrida!
E essa intuição era um bem da humanidade, que deveria ser ensinado aos homens, trazido para todas as instâncias da vida.

O jogo da polaridade homem - mulher, está sendo colocado de lado.
De um lado, homens que se tornam mais sensíveis, mas não sabendo ainda como trabalhar essa sensibilidade.
Um parêntesis:
Ser sensível para o homem não é se enfeitar como mulher, tirar sobrancelha, maquiar-se, fazer depilação.
Isso é besteira dos tais metrossexuais.
A Beleza, na espécie humana, é da Fêmea.
É mais bela, tem lindas curvas, delicadeza, poucos pelos.
É a beleza que se espera de seres mais elevados na escala animal.
A seguir com esse pensamento de igualdade estética vamos chegar à conclusão que chegaram as bichinhas : “Elas (as mulheres) são lindas e temos mais é que imitá-las!”.
Assim, o metro sexual, aprendendo com os travecos, irá descobrir o silicone e fazer lindos seios, bundas, maçãs de rosto e coxonas.
Isso é viadagem pura e simples!
Fecho parêntesis

 De outro mulheres, que a título de um profissionalismo crescente, descartam essa sensibilidade que utilizavam de maneira tão natural e eficaz.
Deixam de lado aquele jeito carinhoso, cativante, que destravava a sensibilidade dos homens e esquentava os relacionamentos.
Embrutecem-se, esse é o fato.
Isso não é evolução!
Tem que existir aquela mulher cantada por Vinícius, ou pelo Chico, acrescida desta outra, moderna, plugada, dinâmica que tanto apreciamos.

Insisto, elas devem ser mais inteligentes que os homens e agregar esses novos valores intelectuais, profissionais, etc. ao seu caráter, sem dispensar as qualidades natas que as tornam tão interessantes.

Devem brigar sim para que se divida o turno de dona de casa com o companheiro!.
Devem dispor de mais tempo para si, para suas intuições, para o cuidado com a família, com os filhos.
E ao faze-lo, ir despertando no companheiro essas atitudes, dividindo assim realmente todas as responsabilidades, aumentando ainda a delicadeza saudável desse novo homem, ensinando-lhe esses mistérios.
As relações homossexuais tem essa vantagem, a divisão equitativa fica explicita pois são dois iguais convivendo, apresenta um dia a dia mais harmonioso.
Não estou aqui fazendo apologia a elas, mas é um fato e podemos aprender com ele.

Mas é isso, não seremos ainda dois iguais, mas iremos paulatinamente nos aproximando de valores positivos reais, tornando-nos mais inteiros, completos.  Aprendendo um com outro.

Eu, por exemplo acho o amor materno lindo, é o amor que ensina a amar!
Como homem tenho inveja da profundidade que a mulher pode dar a esse amor.
Por mais que tente, sei que não chego lá.
Gostaria de aprender mais com elas.

Apesar das religiões serem comandadas por homens, é nas mulheres que se encontrava o desprendimento e a elevação espiritual para o contato com o divino.
Até isso está se perdendo.

Já se viu algo mais poderoso que lágrimas de mulher para mudar tudo?
Seu efeito sobre os homens é mágico, não é chantagem!
Abrem novo departamento nestes, e os permeabilizam para as emoções também.
Se elas pararem de chorar, a terra ficará seca, amarga.
A energia dessas lágrimas (não só as de tristeza) alimenta nosso planeta.

Ao fundirem sexo e amor ofereciam uma forma muito mais rica de relacionamento.
Mas insaciáveis os homens tinham que separa-los, transando muito e se relacionando pouco, até com a própria companheira.

Elas aprenderam o mau hábito.
Fazem agora como nós, pior como já disse.
Vingam hoje milênios no desprezo; sem necessidade, pois as mulheres de antigamente eram coniventes com esse sistema.

Mas será esse o caminho?
Desistir do pouco que restava de qualidade no relacionamento, e que devagarzinho ia sendo ensinado aos homens?
Sexo é bom, muito bom.
Pode-se passar a vida transando cada dia com um!
Os primatas já o faziam.
Mas vem o dia em que se cai no vazio, como tantos já notaram.
Não prego a caretice.
Acho que se pode (deve) experimentar, ou viver experimentando, mudando mesmo.
Só que relacionamentos.
Algo com mais conteúdo do que aquele que enche a camisinha.

É verdade que não precisamos mais viver a vida com uma "cara metade", não mais a muleta que o companheiro representava.
Agora somos unos, inteiros, relacionando-se com outros inteiros.
Natural que não se pretenda mais "amor eterno até que a morte nos separe".
Mas que tem que ser infinito tem, como já cantado.
Nos fazer viver emoções, sonhos e projetos, alegrias e tristezas.
Daí sim, representou vida!

Talvez os relacionamentos atuais venham a ser mais efêmeros sim, mas não podem é ser superficiais, meras transas, encontro de corpos vazios, sem almas.
Tem que representar mais.
Algo que dure no depois, para sempre.
Uma marca que uma alma deixa na outra para a eternidade.

Isto está sendo jogado fora!
Não vejo propostas que permitam essa nova forma de relação. 
Agora, constatar os fatos com bom rigor, como fizeram o Veríssimo e o Jabor não basta.
Teremos que ir além disso para desenhar nosso futuro, a nova equação de relacionamento depende das qualidades femininas para ser montada.
Nós homens não sabemos como colocar esses componentes femininos em uma equação, vocês mulheres é que tem que ajudar a monta-la – a quatro mãos - senão continuaremos tentando essa velha fórmula, que está provando não funcionar mais.

Por milênios o patriarcado parece ter levado-nos ao que estamos agora.
Uma sociedade com todo potencial de evolução material que quisermos e primitiva nas relações humanas, emocionais e sociais.
Talvez, neste novo milênio, as mulheres comecem a comandar.
Impor seu jeito de ser (preferencialmente aquele feminino por favor).
Tornando-nos mais justos socialmente e felizes como seres.

A sociedade esta se tornando feminina, isso é um fato a assumir.
Na nova era a Terra mudará desta fase masculina, bruta, guerreira, polarizada para uma  feminina, mais delicada, plural, inclusiva!

É um tipo de desafio, que as mulheres devem aceitar, pois acredito poder fazê-lo.





Os textos comentados


Traição -  de Arnaldo Jabor

Como não ser um homem traído nos dias de hoje.
Você homem da atualidade, vem se surpreendendo diuturnamente com o "nível intelectual, cultural e, principalmente, "liberal" de sua mulher, namorada e etc...
As vezes sequer sabe como agir, e lá no fundinho tem aquele medo de ser traído - ou nos termos usuais - "corneado".
Saiba de uma coisa...esse risco é iminente, a probabilidade disso acontecer é muito grande, e só cabe a você, e a ninguém mais evitar que isso aconteça - ou então - assumir seu "chifre" em alto e bom som.
Você deve estar perguntando porque eu gastaria meu precioso tempo falando sobre isso. Entretanto, a aflição masculina diante da traição vem me chamando a atenção já há tempos.
Mas o que seria uma "mulher moderna": a principio seria aquela que se ama acima de tudo, que não perde (e nem tem) tempo com/para futilidades, é aquela que trabalha
porque acha que o trabalho engrandece, que é independente sentimentalmente dos outros, que é corajosa, companheira, confidente, amante... é aquela que as vezes tem uma crise súbita de ciúmes mas que não tem vergonha nenhuma em admitir que está errada e correr pros seus braços... é aquela que consegue ao mesmo tempo ser forte e meiga, desarrumada e linda...enfim, a mulher moderna é aquela que não tem medo de nada nem de ninguém, olha a vida de frente, fala o que pensa e o que sente, doa a quem doer...
Assim, após um processo "investigatório" junto a essas "mulheres modernas" pude constatar o pior. VOCÊ SERÁ (OU É???) "corno", ao menos que:
·          Nunca deixe uma "mulher moderna" insegura. Antigamente elas choravam.Hoje, elas simplesmente traem, sem dó nem piedade. - Não ache que ela tem poderes  "adivinhatórios". Ela tem de saber - da sua boca - o quanto você gosta dela. Qualquer dúvida neste sentido poderá levar às conseqüências expostas acima.
·          Não ache que é normal sair com os amigos (seja pra beber, pra jogar futebol...) mais do que duas vezes por semana, três vezes então é assinar atestado de "chifrudo". As "mulheres modernas" dificilmente andam implicando com isso, entretanto elas são categoricamente "cheias de amor pra dar" e precisam da "presença masculina". Se não for a sua meu amigo...bem..
·    Quando disse que vai ligar, ligue, senão o risco dela ligar pra aquele ex bom de cama é grandessíssimo.
·    Satisfaça-a sexualmente. Mas não finja satisfaze-la. As "mulheres modernas têm um pique absurdo com relação ao sexo e, principalmente dos 20 aos 38 anos, elas pensam - e querem - fazer sexo TODOS OS DIAS (pasmem, mas é a pura verdade)...bom, nem precisa dizer que se não for com você...
·    Lhe dê atenção. Mas principalmente faça com que ela perceba isso. Garanhões mau (ou bem) intencionados sempre existem, e estes quando querem são peritos em levar uma mulher às nuvens. Então, leve-a você, afinal, ela é sua ou não é????
·    Nem pense em provocar "ciuminhos" vãos. Como pude constatar, mulher
insegura é uma máquina colocadora de chifres.
·    Em hipótese alguma deixe-a desconfiar do fato de você estar saindo com outra. Essa mera suposição da parte delas dá ensejo ao um "chifre" tão estrondoso que quando você acordar, meu amigo, já existirá alguém MUITO MAIS "comedor" do que você...só que o prato principal, bem...dessa vez é a SUA mulher.
·    Sabe aquele bonitão que, você sabe, sairia com a sua mulher a qualquer hora. Bem... de repente a recíproca também pode ser verdadeira. Basta ela, só por um segundo, achar que você merece...Quando você reparar... já foi.
·    Tente estar menos "cansado". A "mulher moderna" também trabalhou o dia inteiro e, provavelmente, ainda tem fôlego para - como diziam os homens de antigamente - "dar uma", para depois, virar do lado e simplesmente dormir.
·    Volte a fazer coisas do começo da relação. Se quando começaram a sair viviam se cruzando em "baladas", "se pegando" em lugares inusitados, trocavam e-mails ou telefonemas picantes, a chance dela gostar disso é muito grande, e a de sentir falta disso então é imensa. A "mulher moderna" não pode sentir falta dessas coisas...senão...
·    Bem amigos, aplica-se, finalmente, o tão famoso jargão "quem não dá assistência, abre concorrência". Deste modo, se você está ao lado de uma mulher de quem realmente gosta e tem plena consciência de que, atualmente o mercado não está pra peixe (falemos de qualidade), pense bem antes de dar alguma dessas "mancadas"...proteja-a, ame-a, e, principalmente, faça-a saber disso. Ela vai pensar milhões de vezes antes de dar bola pra aquele bonitão" que vive enchendo-a de olhares... e vai continuar, sem dúvidas, olhando só pra você!!!

Mulher ou Anjo ? de Luís Fernando Veríssimo

Certo dia parei para observar as mulheres e só pude concluir uma coisa: elas não são humanas.
São espiãs.
Espiãs de Deus, disfarçadas entre nós.
Pare pra refletir sobre o sexto sentido.
Alguém duvida de que ele exista?
E como explicar que ela saiba exatamente qual mulher, entre as presentes, em uma reunião, seja aquela que dá em cima de você?
E quando ela antecipa que alguém tem algo contra você, que alguém está
ficando doente ou que você quer terminar o relacionamento?
E quando ela diz que vai fazer frio e manda você levar um casaco?
Rio de Janeiro, 40 graus, você vai pegar um avião pra São Paulo.
Só meia-hora de vôo.
Ela fala pra você levar um casaco, porque "vai fazer frio".
Você não leva.
O que acontece?
O avião fica preso no tráfego, em terra, por quase duas horas, depois que você já entrou, antes de decolar.
O ar condicionado chega a pingar gelo de tanto frio que faz lá dentro!
Começam os murmúrios:
"Bem que minha mãe avisou"; "a minha namorada chegou a tirar meu casaco do armário e eu não quis trazer"...
As passageiras simplesmente tiram os casacos das bolsas.
Como é que elas sabiam?
"Leve um sapato extra na mala, querido. Vai que você pisa numa poça..."
Se você não levar o "sapato extra", meu amigo, leve dinheiro extra para comprar outro. Pois o seu estará, sem dúvida, molhado...
O sexto sentido não faz sentido!
É a comunicação direta com Deus!
Assim é muito fácil...
As mulheres são mães!
E preparam, literalmente, gente dentro de si.
Será que Deus confiaria tamanha responsabilidade a um reles mortal?
E não satisfeitas em gerar a vida, elas insistem em ensinar a vivê-la, de forma íntegra, oferecendo amor incondicional e disponibilidade integral.
Fala-se em "praga de mãe", "amor de mãe","coração de mãe"...
Tudo isso é meio mágico...
Talvez Ele tenha instalado o dispositivo "coração de mãe" nos "anjos da
guarda" de Seus filhos (que, aliás, foram criados à Sua imagem e semelhança...).
 E sua beleza?
No reino animal, em geral, o macho é o mais belo.
O leão, o pavão, o condor...
Nem é preciso dizer que a raça humana foge à regra...
As mulheres choram. Ou vazam?
Ou extravasam?
Homens também choram, mas é um choro diferente.
As lágrimas das mulheres têm um não sei quê que não quer chorar, um não sei quê de fragilidade, um não sei quê de amor, um não sei quê de tempero divino, que tem um efeito devastador sobre os homens...
É choro feminino.
É choro de mulher...
Já viram como as mulheres conversam com os olhos?
Elas conseguem pedir uma a outra para mudar de assunto com apenas um olhar. Elas fazem um comentário sarcástico com outro olhar.
E apontam uma terceira pessoa com outro olhar.
Quantos tipos de olhar existem ?
Elas conhecem todos...
Parece que frequentam escolas diferentes das que frequentam os homens!
E é com um desses milhões de olhares que elas enfeitiçam os homens.
En-fei-ti-çam!
E tem mais!
No tocante às profissões, por que se concentram nas áreas de Humanas?
Para estudar os homens, é claro!
Embora algumas disfarcem e estudem Exatas...
Nem mesmo Freud se arriscou a adentrar nessa seara.
Ele, que estudou, como poucos, o comportamento humano,disse que a mulher era "um
continente obscuro".
Quer evidência maior do que essa?
Qualquer um que ama se aproxima de Deus.
E com as mulheres também é assim.
O amor as leva para perto dele, já que Ele é o próprio amor.
Por isso dizem "estar nas nuvens", quando apaixonadas.
É sabido que as mulheres confundem sexo e amor.
E isso seria uma falha, se não obrigasse os homens a uma atitude mais sensível e respeitosa com a  própria vida.
Pena que eles nunca verão as mulheres - anjos que têm ao lado.
Com todo esse amor de mãe, esposa e amiga, elas ainda são mulheres a maior parte do tempo.
Mas elas são anjos depois do sexo - amor.

É nessa hora que elas se sentem o próprio amor encarnado e voltam a ser anjos.
E levitam.
Algumas até voam.
Mas os homens não sabem disso.
E nem poderiam.
Porque são tomados por um encantamento que os faz dormir nessa hora...

Nenhum comentário: