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sábado, 8 de novembro de 2014

A mentira, a democracia e a economia antropofágica.

 Mais de setecentos economistas brasileiros assinaram documento on line de apoio à condutas econômicas que antes chamamos heterodoxas (mas virou palavrão infelizmente).
Eles têm  argumentos que devem ser considerados.

E Dilma convidando banqueiros ou um "homem do mercado" para a Fazenda.
É um poço de contradição essa Sra.

Não acredito nos paradigmas atuais que regem a economia, não só aqui, mundo afora.
O tal capitalismo de mercado, em relação promíscua com governos ineptos está fazendo água em quase todo o mundo.
O mundo não cresce economicamente adotando a ortodoxia atual.
E quando cresce, prejudica o planeta como fazem os EUA e a China.

Algo está errado e ninguém quer ver?
Quando a ignorância prepondera, mesmo que encastelada em títulos doutos, não há como sair do círculo vicioso.

Sustentabilidade

São Paulo está tendo a chance de aprender o quanto a água pode fazer falta, mas daqui a pouco será a comida que se encarecerá, pois também faltou água para a agricultura e pecuária.
Precisaremos implorar gotas de água para entendermos que algo muito maior deve ser feito para que nos mantenhamos vivos no planeta?
Hoje o governo permitiu publicação dos índices de desmatamento que o Green Peace já vinha se esgoelando dizendo que tinha que parar.
Mas ninguém faz nada.
Será que o Ibama não tem competência para fiscalizar?
O desmatamento mais que dobrou, e para retirar madeira que é vendida fora com documentação emitida pelo Ibama, mas pouco fiscalizada.
Será que o Ibama também tem lá suas maracutaias?
Não duvido. Não pode ser só incompetência.

Economia sustentável

Mas porque misturo economia com sustentabilidade da vida?
Porque acho que a primeira erra quando se baseia no capital e não no ser humano.
Marx montou todo um arcabouço econômico focado na mercadoria e no capital.
O trabalho era medido como algo que se converteria em capital, parte para quem o exerce e parte para a remuneração do próprio capital.
É o tal do lucro.
Mas que lucro é esse?
Por mais que se tenha dinheiro, sem água, com ar poluído, poucos poderão sobreviver.
E sem os consumidores, não haverá mercado.
E sem mercado não haverá lucros.
Esse sistema econômico que destrói os meios de vida irá se auto destruir, e levar junto o planeta arrasado.

Vamos concordar que parece ser um caminho irreversível dada a burrice humana.
A horda caminha para a beira do precipício discutindo a cor cinzenta do céu e por ele será engolido.

Sou pessimista, vão dizer.
Não, acho que vivemos misturados sãos e insanos, tá uma miscelânea sócio-cultural-religiosa no mundo que ninguém está mais se entendendo.
A Babel moderna está posta.

A alternativa passa pela mudança da consciência de cada ser humano.
São muitas as iniciativas que rolam pelo mundo que se colocam como alternativas ao sistema atual: a economia solidária,  os vários movimentos em defesa da natureza, as pesquisas de melhoria de produção agropecuária, as pesquisas científicas que nos fazem mais longevos e tantas outras iniciativas nos fazem acreditar que há um tipo de ser humano que emerge desse caos destrutivo e que está realizando algo em prol da sustentabilidade.

É tudo uma questão de como conseguir criar uma unidade política dessas pessoas mais lúcidas, fortalecendo um movimento realmente participativo, sem cabrestos, que nos levem a contrapor o sistema atual.

Quero pouco poder a governantes.
Quero um estado organizado por especialistas, com projetos e planos bem construídos e aprovados em instâncias realmente representativas da sociedade.
Acredito na república e no sistema representativo, com pequena diferença: sem remuneração oficial aos representantes.

Quero um estado independente do poder do capital.
Aliás quero que o capital repense seu papel, não adianta o lucro medido como mais capital acumulado, se as condições de vida da população forem tão ruins que gerem a violência que vemos por toda a América Latina e também nos EUA.
Essa violência que não permite mesmo quem tenha mais recursos usufrua de uma vida saudável, segura e feliz.

Isso tudo só poderá acontecer se de alguma forma nos unirmos em discussões que aprofundem as alternativas do dia a dia.
As redes sociais são o novo veículo que irá fazer essa revolução.
Com menos pets bonitinhos, e mais consciência da gravidade das mazelas atuais.

Ou fazemos algo agora, ou nossos descendentes não terão uma sociedade para viver.

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