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quarta-feira, 5 de novembro de 2014

Os extremos encostam a bunda.

A situação está ficando cínica. Assim dizia Adoniran Barbosa quando as coisas se empretejavam.
A presidente não pode esquecer que boa parte dos votos que recebeu são do PMDB, um partido que tem pouco caráter mas muita esperteza e gana para estar no poder.
É mais que um fiel da balança, pois pode balançar mais que os pratos conforme sua conveniência.
Os petistas mais radicais, estão achando que podem promover as mudanças bolivarianas que fazem parte de seu projeto de poder, alinhando-se aos países falimentares em que tais propostas foram implantadas.

Essa radicalização, mais com cunho emocional que racional.

À esquerda ao se analisar friamente os resultados obtidos para o povo nestes nossos vizinhos rezadores da cartilha do Fórum São Paulo, vemos que fora um assistencialismo barato, a miséria continua perpetrada.
E com ela o baixo nível eternizado das grandes populações carentes da América Latina.
É o pior que podemos ter, como já abordei no texto anterior.
Ficar isolado como Cuba não me parece boa opção.
Fazer demagogia atacando os Estados Unidos, mas vivendo da exportação de petróleo para esse mesmo "execrável" país, como faz a Venezuela, também não apresenta-se como ideia feliz.


À direita, manifestações odiosas de volta de ditadura militar é feita por quem não viveu aquela época.
Foi um atraso, inclusive na economia, que o Sr. Delfim Neto nos legou, aliás fazendo agora caras e bocas de inocente.
Foi um grande promotor de desestruturação da nossa economia esse hipócrita.
Um estado de direito é o mínimo que se pode ter, para sermos considerados democracia e termos a mínima chance de integração com o resto do mundo.
Não há o que acrescentar contra ditadura militar, é desnecessário.
Acho que os que a pregam deveriam simplesmente se calar, parar e pensar, e estudar um pouco da história, analisando bem os fatos.

A quem interessa então essa polarização?
Àqueles que querem que se continue a fazer política pela emoção e não pela razão, é simples assim.
E tem gente com essa má intenção dos dois lados.
E não notam que no final ocupam o mesmo lugar, encostando as bundas e defendendo totalitarismos de lá e de cá.

Não existem essas divisões entre pobres e ricos, nordestinos e elite sulista, ou qualquer outra que se pregou com tanta e triste veemência nas eleições.

Pode ser que as condições de desenvolvimento econômico, social e cultural do norte-nordeste sejam mais adversas.
Pode ser também que por conta disso haja certa defasagem que foi e continua sendo aproveitada por uma política coronelista, onde melhor que ensinar a pescar é ir dando o peixe para deixar o pobre dependente.
Mas isso não pode ser motivo para os do sul e sudeste execrar os nordestinos, mas sim a esses que os mantém presos nesta ciranda de subdesenvolvimento.
Algo está sendo feito contra isso, e acredito que os nossos irmãos destas regiões erroneamente pintadas de vermelho no mapa do Brasil, irão com sua inteligência e perseverança, acabar por sair desse quadro.
Falta-lhes mais empenho político por parte dos governos para terem a vara e a isca para suas pescas diárias.
Mas não se pensa em educação com a grandeza e isenção necessárias para formar cidadãos mais esclarecidos e mais aptos às atividades do mundo atual.

Enquanto esses radicalóides ficarem fazendo pressões extremistas, nossa realidade vai se deteriorando, vamos perdendo o pouco de força econômica que havíamos conquistado, e daqui para frente conquistas sociais passam a correr sério risco, com o desemprego e a escasses de recursos que estão se descortinando para os anos que entram.

Com uma presidente que não sabe exatamente a que pressões aceitar, com um autoritarismo pessoal absolutamente contrário à prática política, com uma base aliada de mentira que se apoia no lodo, ficará difícil  de governar.
O início está trágico, as mentiras e maledicências fazem feridas mais profundas do que se pensa.

Quem vai se candidatar a se servir de capacho aproveitador nos ministérios?

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