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quinta-feira, 6 de novembro de 2014

Projeto? para que.

Estudei engenharia e sei que sem projeto qualquer obra vai pro brejo.
Ou sai cara, ou sai errada, ou nem sai.
Eis o diagnóstico do que estamos vendo no Brasil, fácil assim.

Governos sem projeto não realizam nada a contento.
Foram raros, e muitas vezes equivocados, os governos que apresentaram algum projeto.
Mesmo que parciais, como o Getúlio com a siderurgia nacional, como o Jucelino com 50 anos em 5 que o que fez mesmo foi fazer uma capital nova (e superfaturada lembrem-se) e que trouxe a indústria automotiva para o Brasil e acabou nos deixando refém de um projeto logístico que destruiu as nossas ferrovias e afundou nosso potencial hidroviário.
Projetos parciais também mostram que sem planejamento fica difícil acertar.

Nunca tivemos um projeto de nação.
Nossa legislação é ridícula, há tantas leis que acabamos por aplicar somente a que interessa aos mais poderosos.
Nosso sistema político é risível, tanta besteira que se houve fora as bizarrices que nos ridicularizam mundo afora como eleger um palhaço para o congresso, que afirmou que não sabia o que se fazia lá.
Falta eleger o Marcola ou o Beira-Mar para podermos melhor significar o congresso brasileiro.
Palhaços e bandidos, a nata brasileira no congresso.

Países que saíram de seu subdesenvolvimento o fizeram com projeto de nação como o Japão, Austrália, Nova Zelândia ou Coreia e alguns até pouco democráticos como alguns potentados do oriente médio.
A China tem um projeto, dentro de um capitalismo de estado totalitarista, ainda assim tem um projeto, pois cresce não só baseada em seu grande mercado (o que seria uma vantagem para o Brasil), mas porque tem planejamento, objetivos e metas para alcançar.

Mas planejar está fora do escopo da nação Brasileira.
Somos povo atrasado, inculto, egoísta, corrupto na origem de nosso DNA, e provavelmente não sairemos nunca desse estado de subdesenvolvimento.
Me desculpe o Darcy Ribeiro, que vivo estivesse, deveria estar repensando seu otimismo com nosso povo moreno.
Somos sim um povo vira-lata que tem a esperteza desses cães.
Mas sofremos de um tipo de dupla personalidade ao ser afável de um lado e manter algumas características das raças das quais nos originamos.
Há um tipo de esquizofrenia que se cria nessa dupla personalidade.

Bem respondeu Deus quando indagado porque teria feito do Brasil um lugar tão lindo: "vai ver o povinho que vou botar aqui".
E aqui estamos nós exatamente como previsto!

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