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quinta-feira, 11 de dezembro de 2014

IncomPeTência a serviço da Demagogia.

Quando uma nação cai nas garras de um projeto equivocado de desenvolvimento econômico e social as coisas tendem a degringolar com muita rapidez.
Nestes 12 anos (quase uma geração historicamente falando) de administração equivocada do PT, vimos que o programa mais alardeado de transferência de renda está fazendo herança maldita, filhos do Bolsa Família tornam-se bolsistas também e não saem da linha da pobreza mais que econômica cultural também.
Não se movem socialmente.
Sabem o quanto se gasta esses programas? Uma merreca considerando o orçamento da nação.
Gasta-se muito mais com dinheiro grosso dado quase de graça a empresas que o utilizam de forma muitas vezes espúrias.
Um exemplo, os mais de 10 bilhões dados ao Eike para seu conglomerado X que virou M... e nosso dinheiro dado ao BNDES ficará para sempre perdido. O golpe da Petrobras pode ser pequeno diante do rombo que esse senhor causou não só no bolso de cada um de nós como mais diretamente dos seus acionistas.
Sabe porque?
Equívocos simples de gente incompetente.
Definitivamente falta ao PT competência para o executivo.
Foram ótimos na oposição, que mesmo exacerbada na maioria das vezes, nos fazia pensar e colocava em discussão todo e qualquer assunto. Meio cansativo mas esse é o papel da oposição.
Mas no poder são um desastre, não sabem administrar.
A máxima do "rouba mais faz" iniciada com Ademar de Barros em sampa e melhor praticada por Maluf agora é vencida de longe pelo "rouba e não faz" do PT.
Os equívocos estão em todos os setores, é uma pena.
Mas vamos pegar o mais importante, bola da vez agora que é a questão energética.
O projeto esdrúxulo de Lula com o pré-sal é fadado ao insucesso desde o início. Sempre falei isso.
É um retrocesso na gestão energética.
O caminho que os sensatos seguirão é o da sustentabilidade, com o risco de não o fazer provocar a auto extinção. Exemplo disso são os idiotas dos chineses agora se deram conta que se não pararem de poluir não vão conseguir sair de casa sem antes dar uma passada no hospital.
Estão matando muita gente por lá por poluição, o Prof. Saldiva bem o sabe. Eles é que não contam, afinal gente para morrer é o que não falta por lá. Será que pensam que "é até melhor se livrar de um tanto delas"?

O Brasil inaugurou os renováveis com o programa do álcool que o Lula tanto se vangloriou por termos, mas ele mesmo seguido pela sua brilhante gestora de energia acabaram por arruinar.
Atualmente cerca de 50 usinas de álcool já foram para o beleléu.
Serviram para o discurso demagógico do Lula, e agora morrem por incompetência na ingerência corrupto-política na Petrobras que dona Dilma, gênio que faz falir lojinha de $1,99 acabou fazendo.
Temos o melhor sistema hídrico do mundo, mas não sabemos aproveitá-lo, aliás até isso estamos destruindo.
A destruição de florestas e matas ciliares descontrolada, correndo solta sem fiscalização, está comprometendo nosso clima como se pode constatar sem muito esforço. A mudança do sistema de chuvas por aqui é notória, temos enchentes no sul em pleno inverno, secas permanentes no sudeste, enchente recorde no noroeste do país.
Esse destempero veio para ficar, reversões são projetos de longo prazo, matas demoram muitas décadas para se restaurar.
Mas mesmo assim, sobra-nos muita água fluvial que poderia ser muito melhor aproveitada em usinas hidrelétricas talvez de menor porte, com a vantagem de serem mais distribuídas geograficamente falando, e com menor impacto ambiental, mas mesmo assim reservando boa quantidade de água para manter o regime uniforme na utilização desse recurso.
Mas não conseguiram colocar um projeto em pé das usinas necessárias, estamos queimando óleo diesel e gás, poluindo mais que o necessário, e gastando mais por pura incompetência de tornar realidade projetos necessários, mesmo que questionáveis.
A energia elétrica ficou mais cara e ficará ainda mais para podermos pagar a conta dos equívocos.

Temos uma riqueza eólica nos nossos extremos norte e sul da faixa litorânea que não é aproveitada devidamente.
Não com os mega projetos de enormes parques de geradores que depois requerem grandes e custosas linhas de transmissão como já o fizeram. Não sei se no nordeste aquele parque enorme ainda está girando pás à toa por falta de linha de transmissão, não duvido que ainda esteja. Há 2 ou 3 anos a energia era ou é ainda desperdiçada por falta de competência em programar um projeto.

Agora, a Petrobrás e a Eletrobrás estão em profunda crise, 12 anos da mão pesada e absolutamente equivocada, incompetente mesmo, da Dilmona que acabaram por colocar em crise duas das empresas que poderiam ser orgulho nacional, e se tornaram grave problema de gestão.
Se isso não é incompetência, precisamos redefinir a palavra.
Com o preço do petróleo caindo o pré-sal já está comprometido.
Mega projeto equivocado, tanto em termos de mercado como de sustentabilidade, pois se continuarmos queimando combustível fóssil por muito mais tempo o limite será a sustentabilidade da vida no planeta.

Morreremos de calor e da poluição e sem água para beber?
Triste né?

 

terça-feira, 9 de dezembro de 2014

Pobre bilionário infeliz.

Clovis Rossi, em sua matéria de hoje na FSP faz ótima reflexão sobre a distribuição da riqueza.
Eu sempre pensei que o capitalismo terá um limite, pois ter mais dinheiro para quem tem muito, não representará mais nenhuma mudança de vida para ele.
Tudo o que consegue é investir para, não sei se feliz ou infelizmente, acumular mais riqueza.
0,004% da população detém 13% da riqueza, imaginem o que é isso.

Não devem limpar a bunda com nota de 100, podem usar até seda chinesa, sei lá, mas tem um limite para o pensado conforto a partir do qual nada pode ser acrescentado, não é triste?

Sim triste, isso mesmo, pois nossos sonhos de consumo estão todos realizados por ele, acabaram-se os sonhos.
Não se suicidam para não deixar o dinheiro para os outros!
Há uma infelicidade nessa exuberante acumulação.
Lembram-se do Tio Patinhas, naquele prédio-cofre de dinheiro?
Seu único valor de estimação era a moeda-número-um.
Ela representava o começo e o tempo dos sonhos.
Boa a metáfora do Disney né?

Mas quem já nasce nadando em dinheiro, não teve chance de ter sua número-um.

Talvez nunca tenha a chance de ter o símbolo da conquista da fortuna em seu imaginário, o que o torna muito pobre... de espírito quero dizer.

Quem dá valor à fortuna conquistada, tende a ter dúvidas reais sobre a validade do processo. Mesmo que tenha sido pouco escrupuloso no processo de conquista da riqueza, é acometido de certo rompante de generosidade, começa a pensar um pouco nos outros criando fundações de ajuda humanitária.
O Bill Gates é exemplo disso.

Outros, mesmo que tenham nascido em berço esplêndido, têm na sua formação familiar a tradição de cultuar a número-um do clã, aprendem o valor do trabalho, e por incrível que pareça, mesmo tendo fortunas muito maiores, ostentam menos, são muito mais comedidos.
Antonio Hermínio de Morais foi exemplo disso, um de seus filhos que não lembro o nome, foi calouro meu na Poli, e nas férias voltava todo queimado no rosto e nos braços, se tirasse a camisa dava pra ver as marcas do sol de Carajás ou outra mina qualquer em que era orientado a ir estagiar um pouco em cada departamento. Não só para conhecer o negócio, mas penso eu mais importante, conhecer o prazer do trabalho.

O que então será que faz mesmo a felicidade do ser humano.
É o ter? O poder?
Não acredito!
Quando no leito de morte pensaremos no patrão (bom ou ruim) ou nos entes queridos, nos bons momentos, nos aprendizados tidos?
A menos do judeu da piada (podia ser turco também tá?), que no leito cita todos da família e pergunta: quem toma conta "do lojinha ?", acho que as melhores lembranças são as dos momentos compartilhados.

É isso o que move Gates e os Moraes em suas ações.
O primeiro por algum tipo de dor na consciência acredito eu.
Os segundos porque colocam sua fortuna em serviço do desenvolvimento do país e até os da minha geração valorizavam a criação de trabalho como forma de fazer o homem crescer.

A humanidade só se dará conta da sua infelicidade quando descobrir que o compartilhar é que nos realiza.
Não adianta arrancar dos ricos seu dinheiro na força, eles se armam cada vez mais e aumentam assim seu poder.
Enquanto essa ínfima fração de poderosíssimas pessoas continuarem a ditar as regras, a humanidade toda (inclusive eles) estará fadada à infelicidade.
A crise econômica atual, sintoma da derrocada deste capitalismo de mercado selvagem e promíscuo com estados incompetentes e ditos democratas, é a crise desse homem que valoriza mais o ter que o ser.

Vai demorar muito para tudo isso mudar, a menos que se invente um tipo de vírus letal que se adquira pegando em dinheiro.

quarta-feira, 3 de dezembro de 2014

Direto do Eden...

O Chorão (rip), o gato da foto, já está no Eden mas mesmo de lá fica aparecendo nos meus sonhos para reclamar. Primo em 3o. grau do Garfield, veio dizer que eu não lhe dei toda a comida que merecia em vida, pode? Vejam o reclamo:

Sr. Crápula, estive aqui do Eden pensando naquelas várias oportunidades em que o Sr. se refastelava fazendo comida, preparando aquelas carnes e frangos deliciosos e nos deixava de fora.
Eu sei que uma ou duas vezes acabou tropeçando em mim porque eu ficava ali, literalmente no seu pé, pedindo meu petisquinho, que demorava mas vinha.
Sei também que o Buddy, esse coitado desse magricela que não tem nada pra comer que não seja ração assim como eu, ficava ali também no seu pé, atrapalhando não só seu preparo mas também concorrendo com minhas súplicas.
Eu ficava meio chateado com ele, mas como ele é mais novo e tinha que tentar orientá-lo permitia sua presença.
Era maiorzinho que eu, não dava pra tropeçar mas que ele ficava no caminho ficava.
Depois, não sei o que deu na sua cachola de nos manter fora da cozinha enquanto cortava as carnes, pensa que o vidro não deixava passar o cheiro do franguinho, da carne, da linguiça. Engano seu agente cheirava aquilo tudo e ficava ali na porta, miando eu dando umas fracas latidinhas o Buddy.
Sei que por fim, quanto dava na telha, você abria a porta com os petiscos na mão para distribuir para mim e pro magricela.
Ah! que alegria, eu até parava de chamar o Sr. de Crápula, por uns 2 ou 3 minutos.
O Buddy também, dizia (como ele é bobo né?) que eu chamava o Sr. de Crápula sem motivos, mas quando ficava de fora da porta bem que usava o termo.
Imagina, me deixar ali fora sem poder me enroscar nas pernas dele, dando meus miadozinhos de mendigo implorando pelos petiscos, isso é crapulice das grossas.
Ele é Crápula crapulento isso sim - dizia eu pra ele enquanto ele, maior e mais rápido acabava comendo mais petiscos que eu.
Mas o Buddy, sabe como são os cachorros que parecem esquecer de tudo quando os humanos chegam. Fazem festa mesmo que tenham sido repreendidos.
Nós gatos não, ficamos uns dias a mais chateados, amuados num canto, mas depois acabamos perdoando os humanos que, coitados, não sabem muito bem como se comportar.
Não fosse a Santa Bia, eu teria me mandado de lá, talvez me arrependesse porque às vezes o Crápula bem que era legal.
Um nobre como eu não devia ficar na dúvida mas fico.
O fato é que meu primo, mais famoso, ganha do Jonh uns hambúrgueres, umas linguicinhas, e o Oddie, que é o magrela bobo do meu primo, que nem chegue perto que o Gar (é o apelido dele na família) já estica as unhas.
Se eu estivar as unhas pro meu magrela, o Crápula sai correndo atrás de mim com a vassoura na mão, é só pra assustar, mas sabe... assusta mesmo!
O Buddy nunca tentou me dar umas mordidas de verdade, ele é mais novo e não se olha no espelho, respeita minha autoridade.
Apesar de achar que eu era criança como ele pra ficar brincando de morde-morde, bestão mesmo, nunca me atacou.
Como o Crápula ficava regulando os petiscos, agente se divertia caçando passarinho. Formávamos uma boa dupla. Agente conseguia encurralar os sabiás que rondavam por lá e vez ou outra o Buddy acabava por comer o bichinho, e olha que droga o Crápula não gostava!
Pô Sr. Crapulento tem que entender que é um petisquinho a mais pra nós tão mal nutridos só com ração!
Mas minha reclamação agora tem muito sentido.
Estava lá no Eden, e lá não se come nada, uma chatisse, dizem que não precisa, mas é tão gostoso dar uma mastigadinha e pensei. E se eu for reclamar com o Crápula, implorar mesmo por uma sardinha, ou um pedacinho de frango será que ele me dá?
Sabe tenho a meu favor a diferença com que fui tratado em relação ao magricela.
Quando tinha churrasco por aqui, ele se refastelava com um monte de carne que davam para ele, eu via, mas carne assada eu não como, é nojenta!
Daí ficava longe para não ter inveja do Buddy, ao menos ele né?
Bom mas vê se amanhã, na hora que for cozinhar lembra um pouco de mim e manda um pedacinho de carne ou do frango ou mesmo do peixinho pra mim tá?
Não, não chore, fique feliz!
Sei que não vou conseguir comer o petisquinho, mas saberei que lembrou de mim, será tão bom!

Hipocrisia... a cotidiana.

Li outro dia uma matéria sobre a xenofobia nos EUA onde um negro citava o quanto o racismo pode estar arraigado na mente de uma pessoa exemplificando que mesmo ele, ao olhar para trás e ver alguém caminhando na sua mesma trilha, ficava mais tranquilo se a pessoa fosse branca.
Parece paradoxal um negro se sentir mais seguro sendo acompanhado por um branco ao invés de outro negro, mas era fato testemunhado por ele, que quem quer que seja não vem ao caso.
O que me espanta é como a construção de nosso imaginário social se dá fazendo seleções estapafúrdias, e de como nós acabamos seguindo essa estupidez que criamos seja individual ou coletivamente.
O pior é que ela está lá, do mesmo modo que vendo um cão pitbul na calçada, mesmo que preso pelo seu dono, arrepiamos o pelo como gatos, mas não fazemos o mesmo com o pobre vira-latas que cruzamos logo à frente.

Quero dizer que tenho então em meu imaginário certos símbolos adjetivados de modo errado, como associar negro a perigo, bicha a cantada inapropriada, pitbul à ataques, mulher usando estampa de oncinha com puta, e assim por diante.

Mas o pior é que ao julgar as coisas sob esse prisma errado caímos na cilada de acreditar por exemplo que branco não é perigoso (fui assaltado por um branco à luz do dia), fiz um stand para o Clodovil (uma bicha pública) que desde o início foi mais respeitoso profissional e pessoalmente comigo, ainda jovem, que a maioria das pessoas com quem tratei vida afora, vejo muita mulher respeitável usando hoje saia curta,bota e blusa de oncinha, e muita puta vestida normalmente, e mais, vejo muita mulher normal querendo sexo e alardeando aos 4 ventos da internet, seriam putas? Não posso julgar.

Esses equívocos devem ser suficientes para rompermos com nossas crenças, devem agir mais com a razão do que com a emoção e fazer uma revisão desse nosso imaginário para podermos balizar melhor nossas ações.

Conduta dita politicamente correta, não o será se não passar por uma profunda revisão interna nos indivíduos de suas crenças, do que se deve ou não associar a cada símbolo.
Sem isso corre-se o risco de cair numa hipocrisia maior ainda.
É mais justo explicitar o que se sente, pois isso permite o diálogo e talvez a superação de uma forma de julgamento equivocada.

Precisamos olhar para dentro, revisar nossos conceitos para podermos agir melhor e sem tanto preconceito contra raças, gêneros, ideologias, classes profissionais, e tantos outros que já se mostram prá lá de ridículos, mas que muitas vezes não os superamos realmente.
De fachada, só pra inglês ver não adianta nada.

sexta-feira, 28 de novembro de 2014

Hipocrisia...

Lendo as notícias de hoje, vejo que a maioria dos colunistas falam sobre a incoerência entre os discursos eleitoreiros da presidente eleita e sua prática que começa a se apresentar.
Colocar, no mínimo, 4 reaças (denominação de uma esquerda zarolha) em cargos importantes é demais!
A gritaria petista está alta.
Mas se olharmos o ministério tal como está hoje, há muita direita infiltrada pelas necessidades de acochambramentos políticos de nosso sistema político fisiológico e corruptor por si só.
O Trabuco não aceitou e mandou um competente garoto no lugar para testar a verdade da mentira de Dilma. Desenho para explicar: se a presidente delegar a economia aos 3 novos ministros anunciados ontem, estará declarando que mentiu na campanha, e fica difícil dizer o que pensa ela sobre a mentira posta, ou se é mais uma mentira futura. Puts, difícil de entender. Mas é como na matemática menos com menos da mais, mentira da mentira dá verdade, acho que agora ficou claro.
Mas na verdade isso tudo que rola pouco me interessa, acho mesmo difícil que a Dilmona tenha deixado sua índole autoritária de lado pelo bel prazer de se contradizer.
Deve ter tido muita pressão do próprio Lula, que mentiu mais que ela para elegê-la e que tem armas poderosas para ameaça-la, haja visto o processo do Lava-Jato. Eles precisam se safar junto das falcatruas, pois ao se chocarem poderiam cair os dois.

Agora todos ficamos no aguardo para saber se será só mentira ou mentira da mentira.
Se o Ministro Levy tomar pulso mesmo, fará o que quer o mercado e talvez continuemos na corda bamba desse nível do grau de risco, senão a porca vai pro brejo.
O mercado continuará tenso até que medidas concretas sejam anunciadas, até lá estamos assistindo uma novela mexicana na administração pública.
O fato é que a prepotência da presidente não denota que seja pessoa a se curvar, grita pois lhe falta argumentação e mesmo cognição para embates mais arrazoados e produtivos.
Quem viver verá, assistam os próximos capítulos pois a algazarra política vem aí, com a Lava-Jato direcionado nas partes baixas de muitos políticos.


terça-feira, 25 de novembro de 2014

Buddy & Chorão (rip)

  

Este post foi feito para que meus animais de estimação tivessem voz na internet. Buddy o cão, tem certa dificuldade para digitar, sua pata pega umas oito teclas e sai tudo errado. Como ele fica meio irritado, ele dita e eu escrevo. Já o Chorão, o gato, é um nobre (devia ter nascido na Renascença), e com suas pequenas e delicadas patas consegue digitar seus comentários. Acreditem se quiser, eu não decido nada por aqui :o(

  

Eu sou Chorão, o gato.

 
Todos dizem que sou meio gordo... eu não acho, afinal eu tenho sangue azul, sou nobre - por parte do trisavô, mas sou, e os nobres tem que ser meio gordinhos né? 
Nobres tem vida mansa, comem bem, dormem bem, fica meio gordinho mesmo.
Se tivesse carnaval de gatos eu seria o Rei Momo, com certeza.
Nem caçar para comer agente precisa mais, nós que vivemossssss (opa desculpe a tecla travou) com esses humanos ficamos na maior mordomia. Só temos mesmo que comer, dormir, fazer nossas necessidades e de vez em quando chamar a atenção dos donos.
Essa hora é legal, mas como sou gato e nobre tento não dar muito na vista que gosto de carinho. Faço cara que não é comigo, mas como não sou tolo, logo logo me achego aos meus donos.
Além de ser nobre, sou mais velho que o chato do Buddy. Tenho mais de 10 anos e não vou durar tanto tempo quanto ele, acho que vou apagar antes. 
Mais um motivo para minhas gordurinhas.
Ah, e o último forte motivo é que agora além da minha comida, que plebeu do Ricardo não deixa o Buddy comer (acho que por isso o Buddy chama ele de Crápula), eu tenho a dele, daí não resisto e mando ver na dele também.
Bom já escrevi demais, estou com minhas patas cansadas.
Nem era para eu escrever nada, é que o Crápula, ops desculpe o Ricardo, falou que eu tinha que fazer uma apresentação minha neste lugar.
Não gosto muito de escrever para a plebe, pode ser que não entendam minhas palavras, mas fazer o que, dá do Cra... Ricardo cortar a minha dieta, me deixar a pão e água... melhor escrever um pouquinho.
Mas agora cansei, vou deitar em meu puff, que está adequadamente arrumado com meu manto real pela Santa Bia (eu e o Buddy concordamos que ela é uma santa) e tirarei uma breve soneca de umas 3 ou 4 horas, é meio do dia, fica meio quente para ir ao sol. 
Já fui, coloquei meu barrigão branco pra cima para me esquentar.
Bom se der, se eu quiser, se vocês entenderem o que escrevo, outro dia teclo um pouco mais aqui.

Olá pessoal, eu sou o Buddy.


Levo uma vida de cachorro, bom de papagaio num dava pra ser né?
Essa corrente que vocês  veem me aprisionando foi devido a uma besteira que eu fiz, fiquei com raiva do teclado do computador e dei uma mijada nele.
Daí, não sei porque, o Crápula (esse é o nome do meu dono) me colocou na corrente.
Ainda bem que tem a Bia (Santa Bia) e me deu o paninho para eu deitar.
Bom agora o Crápula digita o que eu mandar (quase tudo acho que quando falo palavrão ele não escreve), mas depois eu reclamo para ele quando agente ve junto o resultado. Mas não adianta ele não quer palavrão aqui. Não sei se vai dar para falar tudo como se deve.
Vamos tentar.
Moro numa casa que tem um gramadão, um lugar com cerca que tem umas coisas plantadas que o Crápula e até a Santa Bia não me deixam entrar.
Nem eu nem o Chorão.
Mas no gramado eu posso correr e me divertir.
Tem uns passarinhos que ficam andando pela grama, já desisti de pegar um, eles são rápidos e se mandam antes de eu chegar perto.
A casa tem uma varanda onde eu posso ficar, mas dentro ai o Crápula não deixa eu ficar, vive me mandando para fora, eu tento, quando tem uma frestinha na porta eu abro com o fochinho, a cabeça e pronto, entro e sento.
Daí o Crápula me vê e diz: o que faz essa bundinha aqui dentro de casa, e me manda para fora. Eu saio, fazer o que, perder a mamata é que não vou, quando der eu entro de novo.
Eu tenho um ano e meio. Quer dizer, sou um cão criançinha ainda. Às vezes pareço ser mais velho, outras mais novo.
Eu adoro crianças, mas o Crápula é um velho chato que só tem um filho e ainda por cima mora longe, ele nunca veio aqui. Se valer o ditado Filho de Crápula Crapulinha é, melhor que não venha mesmo. Mas pode ser que o Crápula tenha sido tão chato com o filho como é comigo, que o filho seja legal, sei lá.
A Santa Bia tem tres filhos. Um mora em outro país com a mulher (esses dois eu já conheci).
Outro mora nesta cidade, mas é longe. Ele que me trouxe da gaiola que eu vivia, ia ficar comigo, mas era um lugar meio pequeno, quando ele viu que eu ia crescer, resolveu me trazer para cá, sorte minha.
Um cachorro meio grandinho como eu deve morar em uma casa, num lugar sem quintal que eles chamam de apartamento não dá.
Me coço toda hora, e daí sai um monte de pelo,num apartamento iam querer me embrulhar.
O outro filho é uma filha, que mora longe também, na cidade onde mora o filho do Crápula, mas ela é legal, também já veio aqui me ver. Acho que ela também é meio que santa, quiném a mãe. Mas mora longe e quase nunca vem aqui.
Bom, pra variar o Crápula falou que já chega, que outro dia eu falo mais, como é ele que digita nem adianta reclamar.
Até mais.

Postado em 08/11/2010 em outro blog que desativei.

domingo, 23 de novembro de 2014

Santo Agostinho Tinha Razão...Em 400DC

Outro dia li matéria sobre a corrupção que citava um princípio preconizado por Santo Agostinho de que "é da natureza humana ser corrupto".
Não sei se é verdade a afirmação dada ao autor, mas acho que seria uma verdade, não fosse o transcorrer de 1.700 anos de história que nos separam daquele filósofo e teólogo que embasa o cristianismo ainda hoje.

Se nesse longo período não conseguimos melhorar nossos princípios éticos convertendo-os em uma moral mais civilizada, deveríamos usar os tablets como tacapes para convencer os outro não é?
Se queremos o direito de usufruir de todo o avanço tecnológico que temos, do aumento de nossa vida útil que com toda certeza deve ter sido duplicada desde aquele tempo, devemos também, por obrigação evolutiva sermos mais avançados em ética, termos uma moral mais adequada para a convivência de uma população que nesse período cresceu geometricamente.
Alegar hoje, que uma pessoa possa ter a posição de "levar vantagem em tudo" como doutrinava Gerson (e diga-se de passagem que não a considerava fora do campo) não é mais tolerável.
Aceitar a corrupção como uma tendência natural do ser humano, e consequentemente incombatível é uma falácia que só interessa aos agentes de tais práticas.

A corrupção, penso eu, é um crime hediondo.
Quando se rouba de outro, seja uma pessoa privada seja pública, está cerceando-lhe uma melhor aplicação que poderia ser dada àquele dinheiro furtado.
Muitas vezes, se está roubando o dinheiro que melhor alimentaria a vítima lesada, ou lhe permitiria uma educação melhor, ou um atendimento médico mais tolerável do que o que vemos hoje.

Hediondo, pois se não mata de fome, mata as esperanças das pessoas.
Mata a fé nas próprias pessoas, o que não deveria acontecer.
Mata a esperança de dias melhores para uma nação.
 Acredito que a maioria da população tende a ser honesta, se desliza vez ou outra é porque se baliza no maus exemplos dos que infelizmente ocupam posições de poder ou prestígio na sociedade.
Um senador ou um juiz que é pego na blitz da lei-seca e se recusa a ser punido, está sendo imoral.
Quando a gente tenta "dar um jeitinho" com o guarda para nos poupar de uma multa, estamos sendo imorais.
Quando se aparelha órgãos de estado com um bando de sangue-sugas que não fazem o trabalho para o qual foram contratados estamos sendo imorais.
Quando um funcionário público nos atende mal, está sendo imoral.
Esses casos são tão graves como  a corrupção que sabemos que sabemos ser endêmica e epidêmica no nosso Brasil de agora.

Se hoje a Polícia Federal e o Ministério Público, brilhantemente organizadas com a ajuda do Dr.Márcio Tomás Bastos que nos deixou essa semana, podem prender presidentes de empreiteiras, corruptores contumazes, haverá o dia em que toda e qualquer forma de beneficiamento, de levar vantagem, de se descompromissar com os deveres de funcionários públicos também serão passíveis de punição.
Quando um rito sumário puder punir um mau caráter que nos atende mal seja gari ou presidente, a ponto de poder demiti-lo de suas funções públicas, teremos um outro país.
Quando a estrutura do estado estiver imune às influências político-partidárias, trabalhando em projetos de longo prazo, com fundamentação técnica, teremos menos imoralidade.
Quando o "doa a quem doer" deixar de ser um simples chavão publicitário e o enriquecimento ilícito e patente de tantos e tantos políticos for colocado às claras, seremos um país melhor.

Vejo nesses organismos um bando de jovens que me dão esperança de que no dia que nós, os mal educados, passarmos definitivamente os bastões a eles construam uma sociedade mais justa, coisa que nós não conseguimos até agora nestes mais de 500 anos.

sábado, 15 de novembro de 2014

O Petróleo é nosso, mas o "lucro" é deles?

Quando em 1970 entrei na faculdade, havia um certo orgulho na Poli por seu apoio na fundação da Petrobras.
Muitos ex alunos participaram dos movimentos em prol desse objetivo.
Antônio Carlos Zarattini, na escola,  e famoso na dramaturgia como Carlos Zara, foi um deles.
Cito-o agora, entre tantos outros que poderiam ser citados, pois foi defensor do "petróleo é nosso", e se foi pro andar de cima ainda quando a Petrobras era um orgulho para os brasileiros.
Não precisou passar pela vergonha que agora os brasileiros passam pelos desmandos que brotam da companhia que tanto nos orgulhou como nação.
A ideia original, de que deveríamos explorar o petróleo como bem nacional, e distribuir seus frutos para todos os brasileiros, na verdade nunca se realizou.
A empresa foi dominada pela economia de mercado, e nunca tivemos aqui uma gasolina a preços razoáveis.
No mínimo ela subsidiava o diesel e sempre pagou muitos impostos para sustentar governos ineptos em administrar e especialistas em surrupiar (até oficialmente) nosso parco dinheirinho.

Com a iniciativa do Pró Álcool, a Petrobras deu um pontapé inicial num programa de energia sustentável, algo que se bem me recordo, era inédito no mundo.
Nas décadas de 70 e 80 do século passado era comum o cheiro de álcool nas ruas. Dava até pra ficar "meio bebo" tamanho o desperdício dos motores carburados adaptados meio precariamente.

Mas avançamos meio que a trancos e barrancos.
Nosso petróleo até então foi do tipo pesado, que origina poucos produtos voláteis e muito asfalto.
Enquanto a Petrobras crescia como podia, íamos conseguindo chegar à meta da autossuficiência nos combustíveis, no que se refere à exploração dos fósseis e produção dos renováveis.
Lula até tentou fazer do nosso álcool um programa exitoso, a tecnologia havia se desenvolvido muito e os carros, modernizados, passaram a usar indiscriminadamente os dois produtos na mistura que o cliente desejasse.
O clamor pela sustentabilidade inflamou até os norte americanos que passaram a produzir álcool de milho em larga escala.

Os erros

O estado e o capital sempre tiveram essa convivência promíscua no Brasil.
Mesmo mundo afora, se assiste essa desgraça que é a corrupção.
Países mais avançados tentam combate-la, os mais atrasados são governados por corruptos sem escrúpulos e muito menos vergonha na cara.
Vemos um processo de moralização tentando crescer nos países europeus que acabou forçando a Alston e a Siemens (só para exemplificar) se auto declararem corruptoras e se disporem a pagar por isso.
Pagam multas mas os agentes corruptores ficam em liberdade.
O mau caráter na verdade não está sendo combatido, só forçamos as pessoas a agir dentro de uma moral que na verdade não a tem como valor pessoal.
É um vale tudo pelo lucro.
Se a mãe em pedaços der mais lucro vendem-na depois de passá-la nas mãos do Jack.
Sabemos que o PT não inventou a corrupção.
Mas entrou no poder porque seu discurso sempre foi pela moralidade.
Mas sua moralidade não passava de mais uma falácia, eram contra o roubo que fosse para bolsos que não os seus.
Para os seus, aí a moral é outra, afinal precisamos financiar nossas ações partidárias para nos manter no poder.
Roubo petista é revolucionário!
Pô, não há adjetivação para roubo, roubo é roubo.

Implantou-se uma ideia simples de aparelhar todos as instituições com membros confiáveis ao partido e seus aliados, para canalizar o resultado da corrupção para seus bolsos, tanto partidários como pessoais.
Afinal isso já havia sido feito em Santo André e em Campinas. Pena que tiveram que matar alguns um pouco mais patriotas para não inviabilizar a conquista do poder.

E assim foi construída a história que assistimos.
Não há novidade nenhuma.
Para os grandes fornecedores do estado brasileiro só interessa saber a quem irão pagar a propina, estão acostumados, escolados mesmo.
Não lhes interessa nada além do lucro.
E o que é melhor, se o descontrole é grande, a propina alta, o preço pode também ser alto.
Em Abreu e Lima até o verdureiro enfiava a mandioca de maneira aviltante nos contratos de fornecimento.
Se gritar "pega-ladrão" por lá todos levantam a mão, do porteiro ao diretor.
Pode não ser realmente assim, mas para nós aqui de fora, é essa a sensação que passa.

Pré Sal

A "descoberta" do pré sal não pode ser considerada realmente uma descoberta.
Já haviam pesquisas que mostravam esse potencial.
O problema era extrair petróleo naquela profundeza.
Empresas como a Cooper Cameron, a quem prestei alguns serviços há décadas, dizia que um dia conseguiriam chegar à essas profundidades com suas "árvores de natal" equipamento que produzem para extrair o petróleo.
Mas conseguimos certa auto suficiência na extração, mesmo antes do pré sal.
Não houve um bom planejamento dentro da Petrobras para se preparar para destilar o que extraímos.
A inépcia da gestão voltada a atender a demanda dos ladrões, que coloca em postos importantes da empresa pessoas não gabaritadas para as funções que não sejam as de roubar faz com que coisas absurdas sejam feitas.
Um exemplo dos descalabros é contratar uma Abreu e Lima sem projeto definitivo.
É como contratar a construção da sua casa sem saber o quanto vai custar, nem milionário faz isso.
A pressa é inimiga da perfeição e amiga da corrupção.

Um contrato que se multiplica por 10 ou 15 não é sério.
Será que escreveram um "mais ou menos 2 Bilhões" de "Reais ou Dlares não sabemos ainda" no contrato.

Realidade

Não conseguimos ainda sobreviver sem a compra de gasolina e diesel importados, mesmo que agora tenhamos uma aparente auto suficiência na extração.
Não conseguimos destilar o que exploramos pois a Petrobras não tem capacidade de refino ainda.
Aliada forte para a derrubada da Petrobras é a teimosia em usar controle de preços para tentar conter a inflação.
Tese burra, pois ou vivemos em um sistema de livre mercado, ou iremos ser derrubados pela economia mundial, que é o que acontece com a Venezuela e a Argentina de forma mais acentuada e com alguns outros hermanos auto proclamados Bolivarianos.
Pobre Simon, deve contorcer-se no túmulo.
Como resultado, a especialista em economia que governa o país, conseguiu quase que acabar com o programa do Álcool.
Mais da metade das indústrias sucroalcooleiras faliram, foram para o beleléu, pois a política de preços comprimidos da gasolina as inviabilizaram.
Uma pena.
Nos tempos atuais chegamos a importar álcool norte americano, produzido com milho, que é muito menos eficaz em termos de produção sustentável que o de cana, mas fazer o que?
O pré sal que seria a chance de finalmente, algo ser retornado para a nação, dentro dos objetivos iniciais da Petrobras, corre sério risco de não passar no teste de viabilidade.
Dois fatores farão muita diferença:
1. A sustentabilidade do planeta está urgenciando medidas para conter efeito estufa, com o risco de sobrevivência da humanidade. Novas fontes de energia sustentáveis podem tornar inviável a continuidade de exploração.
2. Aliada à causa acima, um produto caro e ultrapassado pode não mais se viabilizar economicamente, ainda mais com a demanda decrescente prevista para os próximos anos com a recessão que o mundo enfrenta.

Pá de cal

O triste da história toda é que mesmo com essa benvinda operação Lava Jato, que ontem conseguiu colocar as mãos em corruptores (sabe-se lá por quanto tempo ficarão engaiolados), será difícil combater a corrupção sem que se mude os paradigmas de nomeação dos gestores das companhias e autarquias estatais.
Mas isso seria esperar muito de alguém que está numa sinuca de bico como nossa presidente.
Nunca na história deste país, para parafrasear discursos ufanistas e mentirosos, um presidente foi eleito com tanta dificuldade não só no pleito, mas principalmente no início de seu mandato.
Dilma não tem apoio da base aliada e nem de seu partido, que agora mais partido que sempre é o P de um lado e o T de outro.
Lula plantou postes e o PT colhe Frankensteins.

Para continuar na sua teimosia numa gestão econômica incoerente (não agrada realmente nem os tais economistas que supostamente a apoiam), querendo ser a grande profissional na economia que faliu uma loja de R$0,99, está nos levando ao descontrole.
A queda no emprego só não é maior porque muitos desempregados não o procuram, tamanho é o descrédito do trabalhador com as suas possibilidades.
Se o desempregado não procura emprego ele não entra nas estatísticas do desemprego.
Mas a dos miseráveis está começando a aumentar, e pode ser mais significativa.

Não bastasse ser essa grande economista, nossa presidente ainda é exímia articuladora política, e mais ainda gestora de equipes.
Um brinco nessas tarefas.
Quando não tem argumentos, como qualquer incompetente, grita, bate o pau (será só metáfora?) na mesa, manda calar a boca e o desmando vira mando.
Cerca-se de capachos que a obedecem.
Fica perdida nas questões de distribuição dos (só) 39 ministérios, e sabe-se lá quantas autarquias, empresas e demais órgãos que tem a esdrúxula nomeação política e não meritória.
As velhas raposas sabem como tratar com cão raivoso, acabam ganhando sua galinha no final.

Lula x Dilma

Das velhas raposas,  talvez a mais esperta seja Lula.
Sabe que a coisa está mal, mas não sabe como controlar o  Frankenstein  que colocou na presidência.
Boa parte do PT o queria candidato neste ano, não conseguiu.
Quase perderam a eleição, ganharam pelas mentiras deslavadas que usaram numa campanha imunda, que nem esperou o baixar da cortina para fazer o que acusavam que o adversário iria fazer.

Mas agora, com o petrolão batendo à porta da presidente, que para se blindar teria que colocar a batata quente no colo do Lula, a coisa está mesmo beirando ao caos.
Lula sabe disso e não duvido que para retrucar a blindagem a Dilma não devolva a batata quente alegando que ela era a gestora maior da Petrobras quando fora ministra da pasta e como sua presidente do conselho.
Quem colocou a Sra. Foster foi Dilma, que aceitava o presidente anterior que corre o risco de ser preso em breve.

Quando o barco faz água, os ratos são os primeiros a fugir.

Se houver comprovação na justiça, que será cobrada na agilidade pela população, da participação do PT, PMDB e PP nos roubos, o impeachment poderá se tornar realidade.
Afinal foi Lula e Dilma, cada um a seu tempo e sua responsabilidade, que nomearam os corruptos. Não dá para dizer mais que não sabia, o povo não engole mais isso.

Por muito menos o Collor foi defenestrado e o PC Farias assassinado.

Hoje é dia de manifestação contra a corrupção em todo o país.
Eu vou para a rua, alias aqui, pra praça.
Vou gritar sim, Chega de corrupção!
Não gritarei Fora Dilma, pois acredito que há leis e critérios para julgá-la a contento, e essa sim quero que se aplique até onde for necessário.

domingo, 9 de novembro de 2014

Com nó na garganta?

A indignação nos traz essa sensação de nó na garganta que parece nos sufocar.

Não falo deste ou daquele governo, nem só do Brasil, mas de um sentimento que tenho certeza as pessoas que pensam, que criticam, que contestam qualquer realidade, tem em todo o mundo.

Estamos divididos em quatro grandes grupos:
  1. Os poderosos que querem o poder a qualquer custo, seja ele nos estados seja no capital, cada vez mais misturado com os estados.
  2. Os críticos, ao qual me incluo, que olham, analisam, debatem, criticam, aceitam as contestações e críticas mantendo um processo de crescimento e porque não propõe soluções. Somos também muitos, mais do que se imagina penso eu.
  3. Uma enorme massa populacional que está em movimento para se definir em qual desses grupos um dia, se a ascensão sociocultural lhes permitir.
  4. Vastas populações de miseráveis espalhadas geograficamente mundo afora, claro com manchas mais visíveis em países de terceiro mundo, mas que não esconde os miseráveis, por exemplo de Nova Iorque o que é um certo paradoxo.
Não quero falar dos dois grupos extremos acima, mas dos do meio, onde há uma possibilidade de mudança a ser articulada.
Os primeiros são, no mínimo, doentes pois estão levando o planeta a uma situação insustentável e não agem dentro de uma lógica mínima de sobrevivência. Já os últimos mal conseguem pensar no pão e água de cada dia, ou semana sei lá.

O Estado e seu governo

Li outro dia superficialmente sobre teoria do estado, onde se afirmava que os humanos tem obrigatoriamente que se agrupar para sobreviver e desse fato decorre naturalmente um processo de delegação de poder e criação de lideranças, e com elas e a organização que o povo requer nasce a res pública, uma forma que romana que parece materializar o sentido de democracia pregado pelos gregos, que vamos e venhamos brilhantes democratas que mantinham escravos, mulheres submissas, meninos ou adolescentes a seus serviços sexuais e outras idiotices destas.

Não há como viver em grupo sem uma forma de governo, mas acho que no virar do século estamos precisando repensar mais seriamente o que seria o estado.
Tal como constituído hoje não está atendendo em parte alguma do mundo as necessidades da humanidade.
Fascista, populista, imperialista, democrático, totalitarista, e tantas outras formas de governo estão se mostrando ineficazes.
Mesmo os parlamentaristas, forma que mais se aproxima do que acho a semente do futuro dos governos, tem se mostrado frágil diante do capital, principalmente esse.

Onde está o erro?

Me parece próprio da natureza humana a cobiça, a luxúria e a maioria dos outros pecados capital.
Praticam e depois vão rezar aos seus deuses o perdão bem gratificado para suas seitas.
Não pratica-los seria mais fácil, e menos custoso, além de deixar de alimentar uma corja que se intitula religiosos.
Não precisamos de religião na conduta social.
Precisamos primordialmente de moral e ética norteando nossas condutas.
Em seguida  vem a alteridade, nossa capacidade de nos colocarmos no lugar dos outros e entendermos que sem ele não haverá o eu.
Aliando esses três predicados a uma inteligência razoável seria muito difícil chegarmos ao estado de coisas em que estamos.
O problema são os tais pecados que insistimos em praticar, já que o perdão vem.
Até quando não se sabe, pois coisa diferente do falso perdão por nossos erros graves, é a impossibilidade de um morto por exemplo perdoar seu assassino, ou o planeta perdoar nossas gana por destruí-lo.

Tem jeito?

Não serão o primeiro ou o último grupo dos citados que farão a mudança.
Ela surgira da possibilidade de articulação dos outros grupos que poderão se organizar contra o estabelecido e sustentado pelo primeiro.
A primeira contraposição é se rebelar contra a propaganda, que é sempre enganosa e baseada em meias verdades emocionalismos tolos a que todos somos tentado.
Não é difícil deixar de dar ouvidos a ela se temos um mínimo de noção de como ela manipula nossas condutas.
A mídia noticiosa tem também forte promiscuidade com o poder do primeiro grupo, pois depende de seus anúncios para sobreviver. Também ela deve ser lida com muito senso crítico, pois nem sempre é isenta.
Mas é papel dos jornalistas procurarem a verdade, e devemos acreditar que a maioria deles se esforça por informar com isenção. Portando devem ter livre manifestação e arcar com suas responsabilidades de bem informar.

Anarquia até que enfim!

As redes sociais são fenômeno recente, do início deste novo século e não seria de esperar que elas colaborassem mais do que já colaboraram.
Mas seu poder é muito grande, e mesmo que monopolizado poderá ter sua hegemonia derrubada, pois a tecnologia é aberta e permite vários tipos de organizações.
Mas algo importante foi revelado pelas redes sociais: o processo anárquico.
Elas permitirão a construção de uma sociedade democrática baseada nos bons princípios anarquistas que defendem primordialmente a forte participação do cidadão nas decisões de "res pública" que o atingem, nos vários graus.
Lá vem o Aleixo falando em anarquia novamente!
Sim, mas eu não criei o processo, ele mesmo se cria sozinho, é quase natural querermos mais participação, querermos ser ouvidos e decidir mais sobre as questões que nos tocam.
Não vou citar as várias iniciativas que se coadunam com esses princípios, falei isso em poster anteriores.
O que falta é uma forma de organizar essa bagunça que estamos criando, de modo a gerar uma força transformadora, que siga regras simples e claras para poder se fortalecer, mas que organize propostas e as encaminhe e cobre sua implantação.
Há muitos movimentos de pressão já estabelecidos e prontos para serem usados, mas ainda falta um tipo de orquestração, que não pode ser criada por indivíduos, mas por um tipo de coletivo que impeça o personalismo, pois esse destrói as possibilidades de participação plural e horizontal.

Há muito o que atualizar nas teorias anarquistas de quase 200 anos atrás, mas há fundamentos que se preservam vivos até agora como o sentido de liberdade, de organizações comunais, de hierarquização federalista.

Como se organizar?

Há redes para todas as finalidades:
O Face eu uso para generalidades, inclusive propondo discussões como esse texto;
O Twitter eu uso para notícias e relações digamos "mais sérias" politicamente falando.
O LinkedIn teria um cunho profissional, mas é extremamente confuso, ou eu muito ultrapassado.
O Instagram ou o Pinterest deveriam ser exclusivos para as belas fotos e filminhos de adoráveis bichinhos, bebes, etc. Momentos de devaneio, mas não mais que isso.
O Asc.fm é uma plataforma que não uso, mas pode ser interessante para a finalidade de criar debates.
Qual seria um espaço ideal para criarmos grupos hierarquizados, para se debater interesses públicos sem ficar enchendo o saco dos outros como faço quando indico meus posts?
Os blogs são veículos para manifestação individual ou de grupos, talvez sejam um caminho.

Só penso que, por se tratar de um tipo de organização coletiva, deveria ter visual e funcionalidade simples pois quanto maior o número de pessoas acessando inclusive com pouco conhecimento de tecnológico, maior seria a inclusão real das pessoas.
Penso em discussões setoriais separadas como:
  1. Regionais (bairros, regiões urbanas e rurais, cidades...)
  2. Sociais e Educacionais (gêneros, faixas etárias, educação....)
  3. Culturais (folclore, música, literatura, teatro, mídias...)
  4. Políticas (estado, representatividade, legislação municipal estatual e federal,federalismo...)
  5. Econômicas (mercado, economia solidária, estruturas econômicas...)
  6. ...um monte de outros que não me arrogo dizer sabedor de todo o tipo de interesse.
Esses grupos poderiam chegar a consensos sobre temas importantes e criar propostas positivas a serem levadas às instâncias representativas nas várias esferas e forçar mesmo a barra para sua aprovação com mobilizações não violentas, organizadas e quaisquer forma de pressão que puder ser feita sobre os nossos representantes.
Não basta falar que esse ou aquele político não me representa, vamos fazer com que eles nos representem na marra, eles são sensíveis ao voto, ao mandato.

Esse post é pra não dizerem que não falei das flores, possíveis flores que podem ser plantadas hoje.

sábado, 8 de novembro de 2014

E agora José, quer dizer Luis Inácio.

Não adianta comentar o óbvio, em uma semana todas as mentiras da campanha da Dilma foram reveladas de maneira explicita.
Quem votou a favor ou se omitiu, quem acreditou não vai, claro, reconhecer o mal que fez.
Adota ela tudo o que censurou nas propostas do Aécio.
As divulgações represadas de índices desfavoráveis, o aumento de juros, gasolina e energia são exemplos das mentiras.
Não vou cita-las está tudo estampado na mídia, não vê quem não quer.

É uma pena, pois ainda por cima são medidas tomadas com certo equivoco, com a incompetência com a qual estamos familiarizados.

O Mantega foi capaz de dizer que a eleição da Dilma foi uma aprovação ao programa econômico (que nunca se entendeu qual é) adotado. Uma piada, fosse dita pelo Tiririca, mas para um ministro faz favor.

O país e seus representantes estão saturados dessa política mentirosa, que por si só já demonstra o mau caráter de quem a pratica.
Se sua existência é baseada em mentira, você perde a noção do que é realmente, você se torna uma mentira, que triste não?

O congresso está respondendo como deve ao autoritarismo petista e isso irá tornar os próximos quatro anos desse governo uma luta livre na lama.
Os grandes partidos já disseram a que vieram, e não sei se continuarão a concordar com a troca de benesses (apelido light para corrupção) pois o petrolão irá mostrar o equivoco dessas soluções de cooptação.
Agrava-se as decisões de que agora o "núcleo duro" que habita o palácio será composto só por petistas, acho que não denota tentativa de união nenhuma, ao contrário.

A coisa está preta, e ficará pior.

E agora José, a festa acabou?

A mentira, a democracia e a economia antropofágica.

 Mais de setecentos economistas brasileiros assinaram documento on line de apoio à condutas econômicas que antes chamamos heterodoxas (mas virou palavrão infelizmente).
Eles têm  argumentos que devem ser considerados.

E Dilma convidando banqueiros ou um "homem do mercado" para a Fazenda.
É um poço de contradição essa Sra.

Não acredito nos paradigmas atuais que regem a economia, não só aqui, mundo afora.
O tal capitalismo de mercado, em relação promíscua com governos ineptos está fazendo água em quase todo o mundo.
O mundo não cresce economicamente adotando a ortodoxia atual.
E quando cresce, prejudica o planeta como fazem os EUA e a China.

Algo está errado e ninguém quer ver?
Quando a ignorância prepondera, mesmo que encastelada em títulos doutos, não há como sair do círculo vicioso.

Sustentabilidade

São Paulo está tendo a chance de aprender o quanto a água pode fazer falta, mas daqui a pouco será a comida que se encarecerá, pois também faltou água para a agricultura e pecuária.
Precisaremos implorar gotas de água para entendermos que algo muito maior deve ser feito para que nos mantenhamos vivos no planeta?
Hoje o governo permitiu publicação dos índices de desmatamento que o Green Peace já vinha se esgoelando dizendo que tinha que parar.
Mas ninguém faz nada.
Será que o Ibama não tem competência para fiscalizar?
O desmatamento mais que dobrou, e para retirar madeira que é vendida fora com documentação emitida pelo Ibama, mas pouco fiscalizada.
Será que o Ibama também tem lá suas maracutaias?
Não duvido. Não pode ser só incompetência.

Economia sustentável

Mas porque misturo economia com sustentabilidade da vida?
Porque acho que a primeira erra quando se baseia no capital e não no ser humano.
Marx montou todo um arcabouço econômico focado na mercadoria e no capital.
O trabalho era medido como algo que se converteria em capital, parte para quem o exerce e parte para a remuneração do próprio capital.
É o tal do lucro.
Mas que lucro é esse?
Por mais que se tenha dinheiro, sem água, com ar poluído, poucos poderão sobreviver.
E sem os consumidores, não haverá mercado.
E sem mercado não haverá lucros.
Esse sistema econômico que destrói os meios de vida irá se auto destruir, e levar junto o planeta arrasado.

Vamos concordar que parece ser um caminho irreversível dada a burrice humana.
A horda caminha para a beira do precipício discutindo a cor cinzenta do céu e por ele será engolido.

Sou pessimista, vão dizer.
Não, acho que vivemos misturados sãos e insanos, tá uma miscelânea sócio-cultural-religiosa no mundo que ninguém está mais se entendendo.
A Babel moderna está posta.

A alternativa passa pela mudança da consciência de cada ser humano.
São muitas as iniciativas que rolam pelo mundo que se colocam como alternativas ao sistema atual: a economia solidária,  os vários movimentos em defesa da natureza, as pesquisas de melhoria de produção agropecuária, as pesquisas científicas que nos fazem mais longevos e tantas outras iniciativas nos fazem acreditar que há um tipo de ser humano que emerge desse caos destrutivo e que está realizando algo em prol da sustentabilidade.

É tudo uma questão de como conseguir criar uma unidade política dessas pessoas mais lúcidas, fortalecendo um movimento realmente participativo, sem cabrestos, que nos levem a contrapor o sistema atual.

Quero pouco poder a governantes.
Quero um estado organizado por especialistas, com projetos e planos bem construídos e aprovados em instâncias realmente representativas da sociedade.
Acredito na república e no sistema representativo, com pequena diferença: sem remuneração oficial aos representantes.

Quero um estado independente do poder do capital.
Aliás quero que o capital repense seu papel, não adianta o lucro medido como mais capital acumulado, se as condições de vida da população forem tão ruins que gerem a violência que vemos por toda a América Latina e também nos EUA.
Essa violência que não permite mesmo quem tenha mais recursos usufrua de uma vida saudável, segura e feliz.

Isso tudo só poderá acontecer se de alguma forma nos unirmos em discussões que aprofundem as alternativas do dia a dia.
As redes sociais são o novo veículo que irá fazer essa revolução.
Com menos pets bonitinhos, e mais consciência da gravidade das mazelas atuais.

Ou fazemos algo agora, ou nossos descendentes não terão uma sociedade para viver.

quinta-feira, 6 de novembro de 2014

Projeto? para que.

Estudei engenharia e sei que sem projeto qualquer obra vai pro brejo.
Ou sai cara, ou sai errada, ou nem sai.
Eis o diagnóstico do que estamos vendo no Brasil, fácil assim.

Governos sem projeto não realizam nada a contento.
Foram raros, e muitas vezes equivocados, os governos que apresentaram algum projeto.
Mesmo que parciais, como o Getúlio com a siderurgia nacional, como o Jucelino com 50 anos em 5 que o que fez mesmo foi fazer uma capital nova (e superfaturada lembrem-se) e que trouxe a indústria automotiva para o Brasil e acabou nos deixando refém de um projeto logístico que destruiu as nossas ferrovias e afundou nosso potencial hidroviário.
Projetos parciais também mostram que sem planejamento fica difícil acertar.

Nunca tivemos um projeto de nação.
Nossa legislação é ridícula, há tantas leis que acabamos por aplicar somente a que interessa aos mais poderosos.
Nosso sistema político é risível, tanta besteira que se houve fora as bizarrices que nos ridicularizam mundo afora como eleger um palhaço para o congresso, que afirmou que não sabia o que se fazia lá.
Falta eleger o Marcola ou o Beira-Mar para podermos melhor significar o congresso brasileiro.
Palhaços e bandidos, a nata brasileira no congresso.

Países que saíram de seu subdesenvolvimento o fizeram com projeto de nação como o Japão, Austrália, Nova Zelândia ou Coreia e alguns até pouco democráticos como alguns potentados do oriente médio.
A China tem um projeto, dentro de um capitalismo de estado totalitarista, ainda assim tem um projeto, pois cresce não só baseada em seu grande mercado (o que seria uma vantagem para o Brasil), mas porque tem planejamento, objetivos e metas para alcançar.

Mas planejar está fora do escopo da nação Brasileira.
Somos povo atrasado, inculto, egoísta, corrupto na origem de nosso DNA, e provavelmente não sairemos nunca desse estado de subdesenvolvimento.
Me desculpe o Darcy Ribeiro, que vivo estivesse, deveria estar repensando seu otimismo com nosso povo moreno.
Somos sim um povo vira-lata que tem a esperteza desses cães.
Mas sofremos de um tipo de dupla personalidade ao ser afável de um lado e manter algumas características das raças das quais nos originamos.
Há um tipo de esquizofrenia que se cria nessa dupla personalidade.

Bem respondeu Deus quando indagado porque teria feito do Brasil um lugar tão lindo: "vai ver o povinho que vou botar aqui".
E aqui estamos nós exatamente como previsto!

quarta-feira, 5 de novembro de 2014

Os extremos encostam a bunda.

A situação está ficando cínica. Assim dizia Adoniran Barbosa quando as coisas se empretejavam.
A presidente não pode esquecer que boa parte dos votos que recebeu são do PMDB, um partido que tem pouco caráter mas muita esperteza e gana para estar no poder.
É mais que um fiel da balança, pois pode balançar mais que os pratos conforme sua conveniência.
Os petistas mais radicais, estão achando que podem promover as mudanças bolivarianas que fazem parte de seu projeto de poder, alinhando-se aos países falimentares em que tais propostas foram implantadas.

Essa radicalização, mais com cunho emocional que racional.

À esquerda ao se analisar friamente os resultados obtidos para o povo nestes nossos vizinhos rezadores da cartilha do Fórum São Paulo, vemos que fora um assistencialismo barato, a miséria continua perpetrada.
E com ela o baixo nível eternizado das grandes populações carentes da América Latina.
É o pior que podemos ter, como já abordei no texto anterior.
Ficar isolado como Cuba não me parece boa opção.
Fazer demagogia atacando os Estados Unidos, mas vivendo da exportação de petróleo para esse mesmo "execrável" país, como faz a Venezuela, também não apresenta-se como ideia feliz.


À direita, manifestações odiosas de volta de ditadura militar é feita por quem não viveu aquela época.
Foi um atraso, inclusive na economia, que o Sr. Delfim Neto nos legou, aliás fazendo agora caras e bocas de inocente.
Foi um grande promotor de desestruturação da nossa economia esse hipócrita.
Um estado de direito é o mínimo que se pode ter, para sermos considerados democracia e termos a mínima chance de integração com o resto do mundo.
Não há o que acrescentar contra ditadura militar, é desnecessário.
Acho que os que a pregam deveriam simplesmente se calar, parar e pensar, e estudar um pouco da história, analisando bem os fatos.

A quem interessa então essa polarização?
Àqueles que querem que se continue a fazer política pela emoção e não pela razão, é simples assim.
E tem gente com essa má intenção dos dois lados.
E não notam que no final ocupam o mesmo lugar, encostando as bundas e defendendo totalitarismos de lá e de cá.

Não existem essas divisões entre pobres e ricos, nordestinos e elite sulista, ou qualquer outra que se pregou com tanta e triste veemência nas eleições.

Pode ser que as condições de desenvolvimento econômico, social e cultural do norte-nordeste sejam mais adversas.
Pode ser também que por conta disso haja certa defasagem que foi e continua sendo aproveitada por uma política coronelista, onde melhor que ensinar a pescar é ir dando o peixe para deixar o pobre dependente.
Mas isso não pode ser motivo para os do sul e sudeste execrar os nordestinos, mas sim a esses que os mantém presos nesta ciranda de subdesenvolvimento.
Algo está sendo feito contra isso, e acredito que os nossos irmãos destas regiões erroneamente pintadas de vermelho no mapa do Brasil, irão com sua inteligência e perseverança, acabar por sair desse quadro.
Falta-lhes mais empenho político por parte dos governos para terem a vara e a isca para suas pescas diárias.
Mas não se pensa em educação com a grandeza e isenção necessárias para formar cidadãos mais esclarecidos e mais aptos às atividades do mundo atual.

Enquanto esses radicalóides ficarem fazendo pressões extremistas, nossa realidade vai se deteriorando, vamos perdendo o pouco de força econômica que havíamos conquistado, e daqui para frente conquistas sociais passam a correr sério risco, com o desemprego e a escasses de recursos que estão se descortinando para os anos que entram.

Com uma presidente que não sabe exatamente a que pressões aceitar, com um autoritarismo pessoal absolutamente contrário à prática política, com uma base aliada de mentira que se apoia no lodo, ficará difícil  de governar.
O início está trágico, as mentiras e maledicências fazem feridas mais profundas do que se pensa.

Quem vai se candidatar a se servir de capacho aproveitador nos ministérios?

domingo, 2 de novembro de 2014

Caudilhismo, populismo, totalitarismo. A trilogia do atraso!

Postei um vídeo de Gloria Alvarez que fala de nossa situação política em países que seguem a doutrina do Fórum São Paulo e resumida em um clichê "bolivarianismo".
Simon Bolivar que me perdoe mas ou estão usando seu nome em vão ou ele era mesmo um merda!
Desculpem a malapalavra.

O vídeo postado mostra com clareza nosso subdesenvolvimento latino americano.
Velho de guerra e ao que tudo indica a se perenizar com essa falsa esquerda que enriquece os caudilhos que a representam.
Menos o Mujica, homem que ao que me parece muito decente. A exceção que faz a regra de todos os outros.

Sabem o que é triste, é que pela nossa ignorância social, cultural e principalmente política estamos à mercê dessas demagogias emocionais que vigoram na falsa democracia do início do século XXI.

Não quero um presidente que "lava mais branco" como dizia a propaganda do sabão Rinso.
Não quero um presidente que faça o ridículo coraçãozinho com as mãos.
Não quero um presidente que minta nem sobre sua idade, cor ou mesmo opção sexual.
Não quero uma política voltada à emoção.
Pudesse eu mataria, de morte matada - como diziam os nordestinos machos, os João Santanas da vida.
Política não é marketing.
Quem propôs isso foi o maior fascista do planeta Goebells, nome que deveria ser execrado do vocabulário, pior que Hitler que o ouvia.

Porque estou escrevendo essa porcaria agora...
Lembrei!

Não quero financiamento público nem privado de campanhas políticas.
A campanha tem que ser baseada em razão e no máximo na simpatia dos candidatos.
Não quero campanha fora de um esquema rígido do horário gratuitamente-pago-por-nós feito nas sedes dos TRE´s do país, onde o candidato senta-se em frente a um pano preto, ou branco, ou verde-e-amarelo o que seja, e diga a que veio. Conte seus projetos, diga como irá realiza-los, mostre-os viáveis.
Se os incultos não entenderem, danem-se, vão procurar explicação e aprendam o que realmetne representa a política.
Se um candidato mentir, com ações comprovadamente contrárias às que divulgou na campanha, deve ser imediatamente e sumariamente destituído do cargo.
Como comprovar isso.
Dilma eleita falou que o Aécio iria aumentar os juros da Selic o que ela não faria.
Manda ela embora e faz outra eleição.
Fosse o Aécio eleito, não mandasse no primeiro mês um projeto para o fim da reeleição, rua também!
Aí teríamos um pouco de seriedade na política, mas isso é uma mera utopia, um devaneio de um idiota como eu que pensa que o ser chamado humano merece o adjetivo.

Melhor desistir.

sexta-feira, 31 de outubro de 2014

Propriedade...para que serve?

Eis um tema polêmico e que com toda certeza a maioria será contra o que acredito.
A propriedade privada é um desserviço ao homem.
Simples assim, sou contra a propriedade privada.
Explico.
Numa cadeira de planejamento urbano que cursei na FAU-USP foram apresentados vários projetos das new-towns inglesas que tinham uma visão mais abrangente do que representa o agrupamento social que chamamos de cidades.
Muito estudo foi feito, e por lá existem experiências muito interessantes sobre urbanismo sociologicamente pensado.
Lembremos que a Inglaterra é o berço do capitalismo.
Mas bem lá, uma das cidades novas que não me recordo o nome (fiz algumas pesquisas mas não a encontrei ainda), propôs o fim da propriedade privada em prol da qualidade de vida do seus habitantes.
Uma experiência muito interessante pois colocava por terra um ponto do capitalismo importante que é o direito à propriedade privada.
Mas inverteram a ordem das coisas e lá permitem a privacidade do cidadão em uma local que é do estado, e não dele.
É um tipo de comodato que é pago pelo cidadão para usufruir de um imóvel o mais adequado possível para ele, a cada fase da vida.
De uma quitinete quando jovem até uma casa de vários quartos quando casado com muitos filhos e a volta à quitinete quando velho, por exemplo.
Ao longo do tempo despende com a moradia um valor proporcional às suas necessidades.
A cada mudança solicita ao poder público outro tipo de imóvel.
Ao liberar o que usava esse é totalmente revisado (pelo poder público) para ser entregue a outro solicitante.
São muitos os aspectos interessantes desse modelo:
  1. Permite que a moradia deixe de ser um problema para ser adquirida com problemas de financiamentos e possíveis sub ou sobrevalorização de imóveis que dá na crise da bolha imobiliária que afundou o mundo em 2008.
  2. Garante moradia digna a todos proporcionalmente independente da zona onde more.
  3. A oferta de moradias cresce de acordo com a necessidade da população e o faz de forma planejada.
  4. A valorização dos imóveis não passa por um terrível problema que é a especulação, que é sempre difícil de ser combatida.
  5. A valorização ou não dos imóveis é fruto da melhora da administração pública e esta é que se beneficia com uma possível elevação do preço do comodato.
Devem existir outras vantagens, mas não vale se estender demais nisso.
Vejam que sob o ponto de vista lógico essa forma de administrar as cidades é muito melhor e garante qualidade de vida a seus moradores.

Mas fico imaginando na cabeça das pessoas a indignação: "esse cara quer estatizar minhas propriedades".
Não, não quero porque acho que essa ideia seria inteligente demais para ser absorvida por pessoas tão toscas como o somos aqui, e na maior parte do planeta.

Todos querem ter a propriedade, mesmo sabendo que ao morrer não a terão do mesmo jeito.
"Ah! mas tem os herdeiros" - alguém irá justificar.
Mas também o fator herança só existe se houver o que herdar.
E não há melhor herança que a educação que possamos dar aos filhos, pois daí em diante o resto serão conquistas merecidas por eles.
Bens materiais sem valores morais só servem para criar vagabundos, horda que já não é pequena.

segunda-feira, 27 de outubro de 2014

Ninguém ganhou!

Mais de 1/4 dos brasileiros estão se lixando para as eleições, cujo voto seria obrigatório.Caso não fosse obrigatório penso que mais da metade do eleitorado não teria ido votar.
Os mais aguerridos defensores de cada partido não fazem mesmo a diferença.
É a grande massa ignorante de cidadãos que deve ser cooptada por um processo nada lícito chamado de marketing político.
Um jogo onde tudo é válido.
Um jogo que deveria causar asco aos próprios participantes tantas sãos as mentiras e sujeiras que se faz para tentar ganhar o voto dos idiotas.

Acredito que isso não é política.
Esse processo não pode ser chamado de democracia.
A grande parte dos votos brancos, nulos e abstenções mostram que há uma grande parcela da população que não acredita nessa democracia.
Não acredita no sistema político instituído.

Com isso conseguimos eleger um presidente com 39% dos votos da nação, não pela maioria de seu povo.
Fosse Aécio ao invés da Dilma o quadro seria semelhante.
Quer dizer, quem se elege num sistema como esse não representa a maioria da população.
E no entanto ficaremos sujeitos aos mandos e desmandos de um indivíduo que não nos representa realmente.

Quem nos representa então?
Deveria ser o Congresso.
Num sistema presidencialista as coisas são simples.
Para governar o eleito precisa do Legislativo.
Para convencê-lo deve distribuir benesses aos deputados e senadores para poder ganhar seu apoio.
Como a maioria dos congressistas está mais interessado em suas causas pessoais ou do grupo que representa, está formado o caldo de cultura para a corrupção que graça solta no Brasil.
Tá, não é só no Brasil que temos corrupção.
Mas a impunidade é coisa nossa sim.

Esta é nossa política, ou o que chamam de.

É, em resumo, o resultado de um povo inculto de de péssimo caráter.
Tolerante com a corrupção.
Que usa a lei de Gerson para tudo.
Que é preguiçoso.
Que está pouco se lixando para a herança que deixaremos para as gerações futuras.

Se pudesse viajar no tempo queria estar nas caravelas portuguesas para incendiá-las antes de terem chegado aqui.
Ou no mínimo explodido aquela frota que trouxe a corte para o Brasil, e seus 15 mil canalhas que se multiplicaram mais que os ratos que vieram junto. São a "elite" que ocupa o estado brasileiro.

Guardo aqui os resultados lastimáveis de nossas eleições:

37.277 brancos nulos e abstenções 26,10 %
51.041 Aécio 35,74%
54.500 Dilma 38,86

Ninguém ganhou!

segunda-feira, 20 de outubro de 2014

Prouni, Pronatec e uma esquerda de mentira.

Acho que sou caolho pois não vejo nada de bom nesse Prouni e tenho muitas reservas com o tal Pronatec.
Prouni

O Prouni financia o estudo universitário aos menos abastados.
O problema é que, na verdade, cria uma dívida para o aluno pagar depois de formado, e dá lucro à Faculdades não muito meritórias, para não dizer o pior.
Não seria mais útil engrossar os orçamentos das Universidades Públicas, e permitir sua expansão, já que a gestão de qualidade destas é reconhecidamente maior.
E se é para pagar depois, porque os mais abastados que entram nas públicas também não podem pagar depois.
Se essa é uma ação da esquerda (como se denomina o PT) o que será feito da direita?
Pronatec
Já o tal Pronatec e até os outros programas semelhantes em São Paulo e Minas, que o Aécio citou no debate, não me agradam por não fazerem parte de um sistema de formação mais amplo.
Estudei em uma escola experimental (Ginásios Vocacionais) que era um projeto de sistema de ensino em São Paulo na década de 60 do século passado.
A ideia daquele sistema era iniciar os adolescentes em todas as áreas, permitindo-lhes se aproximar das que mais lhes interessasse.
No ensino médio então, os jovens já se iniciavam na vida do trabalho (um emprego ou estágio era obrigatório) e isso trazia um amadurecimento ao jovem e um melhor foco em suas escolhas.
A formação até o segundo grau deve ser obrigatória para todos os cidadãos.
A partir desse ponto, especializações podem ser o foco.
Não concordo com o sistema S ou das Escolas Técnicas, que iniciam a formação técnica sem completar o devido amadurecimento do jovem, principalmente nos aspectos culturais, políticos e sociais.
Formar apressadamente mão de obra qualificada e pouco cidadã pode ser muito interessante para o capital e para o estado, mas é péssimo para o indivíduo e para a nação.
Vive-se hoje uns 20 anos a mais do que se vivia em média a 60 anos atrás.
Porque a pressa?
Precisamos de um sistema de ensino que inclua a educação, desde aquela doméstica até a social e técnica.
Sem isso nunca sairemos desse estágio de subdesenvolvimento (o termo é antigo mas se aplica como nunca) em que estamos e piorou nos últimos tempos, para dizer a verdade.
A nossa indústria, que seria o berço dos melhores e mais qualificados empregos, reduziu sua participação no PIB quase à metade nos últimos anos.
Nossa construção civil, não evolui a décadas, são novos materiais, até técnicas novas, mas a qualificação da mão de obra é mínima, falta-lhes a vontade (parece não se perceberem como parte da sociedade) e a formação (fazer conta para a maioria dos empregados nesta área é uma dificuldade, geometria então parece bicho de 7 cabeças).

A formação técnica então não pode prescindir da base que o segundo grau dá aos jovens.
Os cursos técnicos devem existir, defendo a formação técnica, mas acho que ela deveria ser um contra-turno de um colegial, garantindo melhores indivíduos para a sociedade e porque não para a produção.
Sem planejamento, sem nação!

domingo, 19 de outubro de 2014

E a seca é culpa de quem?

Estou em Curitiba.
Nesta última semana houveram duas grandes tempestades por aqui, com vendavais de quebrar árvores ao meio.
Nos 5 anos que por aqui estou só uma vez vi tamanha tempestade, que por sinal derrubou uma ameixeira que nos agraciava com seus frutos.
Aí fico pensando: será que essa vai para sampa, bem que podia, antes era assim.
Mas parece que não vai, tropeça nas serras não vence os bloqueios térmicos.

A falta de água no sudeste é culpa de quem?
Os estudos de hidrologia não tinham essas previsões de seca?
Nada poderia ter sido feito antes do cataclismo que vive-se hoje?
Não é só a seca das torneiras, mas a das usinas elétricas que preocupam, estas por usar muita água se comparadas com a torneiras, muitas vezes muito mal educadas.
Difícil prever, mas há um erro estratégico na administração da água.
Já comentei em outro post que um professor de Hidráulica na Poli, defendia a construção de micro usinas espalhadas pelo país afora.
A exemplo das micro e pequenas empresas, poderiam ser elas a ajudar nessa hora.
Vantagens são óbvias:
  • armazenam água ao longo dos cursos d'água, 
  • inundam áreas muito menores e ao contrário do impacto ecológico das grandes usinas, são até benéficas ao meio ambiente,
  • geram energia de forma distribuída no espaço e próxima dos consumidores.
Mas me parece que não há vontade política em fazer isso, muito menos bom senso.

Existe um parque eólico no nordeste que, ficou parado mais de um ano (se ainda não está) porque foi concentrado numa região (provavelmente com ventos mais favoráveis) e a linha de transmissão que levará seu produto a centros consumidores não teria sido terminada ainda.
Governos gostam de mega obras, esquecem-se das pequenas soluções.
Mesmo que os ventos não sejam ótimos, se os geradores fossem distribuídos no espaço talvez o resultado fosse equivalente, pois teríamos menos perda nas transmissões.

Mas de novo a opção pela grande obra é que se aplica.
Esse pensamento se confronta com a sustentabilidade, e daí os ambientalistas tentam o quanto podem obstrui-los, nem sempre com bom senso ou com êxito.
É a falta de humildade do ser humano diante da natureza que o irá matar.
O desequilíbrio está aí, é visível.
Estamos começando a sofrer agora os nossos desmandos no trato do planeta.

sábado, 18 de outubro de 2014

Dizer eu errei não doi.

Quem afirma algo está sujeito ao erro.
Estudei muito, e quase sempre em grupo, aprendi que assim é melhor.
Errei muito (não só nos estudos) e meus colegas (amigões mesmo) sempre apontaram meus erros.
Tinha 2 alternativas a) reconhecer o erro, b) tirar uma nota ruim.
Preferi sempre a primeira.
Aprendi que na vida é assim, ao assumirmos nossos erros fica fácil aprender.
Ah mas dói assumir o erro... eu não acho.
Sou essa coisa mal resolvida mesmo que a natureza fez e é meu dever depois de errar aprender com ele e tentar melhorar.
Dizem os psicólogos (dos os quais tenho certa desconfiança) que ao assumirmos nossos problemas estamos a um passo de resolve-los.
Os historiadores constatam que os que aprenderam com os erros foram vitoriosos a posteriori.
Pois bem, estou em devaneio?
Não, vamos ser objetivos.
Perguntei aos meus amigos petistas que me respondessem se concordam, apoiam, e rezam a cartilha do Fórum São Paulo, uma excrescência que o PT, entre outros partidos radicais brasileiros, apoia e é  representado pelo seu doidivanas e mau caráter Marco Aurélio Garcia (aquele do toptop).
Ninguém me respondeu.
São vários os amigos petistas.
E mais ainda, amigos dos amigos.
Parece que não são muitos neste meu meio.
Ninguém me respondeu.
Ninguém se dignou a falar um sim ou um não.
Que merda!

Junto com Dona Berenice, minha professora dos 4 anos primários, e de Dona Glorinha, minha orientadora no Ginásio, e Dona Maria Nilde que além de criar o Vocacional me ajudou nas minhas ações sócio-educativas-políticas, está a educadora que muito admiro é me é muito querida Olga Bechara.
Um dia ela me disse, eu com 12 anos se muito, ela com mais uns 10 talvez: "Não Seja Maria Vai Com As Outras" palavras que me calam fundo, mesmo depois de 50 anos.
Olga não sou mais um "Maria vai com as outras".
Mas agora, depois de 50 anos, a Sra. e me parece alguns dos Becharas que também conheci e sempre respeitei, não estão usando a máxima que tão gentilmente me oferecera aos meus 12 anos.Está na hora de acordar, ser pragmático e pensar como nação, usar a razão e não a emoção que é por sua vez uma das origens do ser "maria vai com as outras".

Tenho outros amigos que, como sacis-pererê, ficam meio na encolha.
Como o saci que acha que se esconde atrás de um mero bambu.
Não deixarei nunca de tê-los como amigos, afeto não tem a ver com razão felizmente para nossa vida.
Uma mãe ou mulher de um bandido vai visitá-lo na cadeia se sujeitando às maiores baixarias dos administradores do presídio.
Mas fico realmente triste quando não me respondem, perdem a chance do diálogo.

Sou anarquista declarado, sem a violência dos idiotas.
Quem não entende direito o anarquismo que vá se informar.
Não sou nem fui  filiado a partidos.
Nossos partidos, mesmo que somados, não me representam não há definições ideológicas, utopias a serem perseguidas, nada. São agremiações eleitoreiras e só.
São feitos como as religiões, baseiam-se em fé e não em razão, e claro no dinheiro.

Mas honestamente espero mais de meus amigos.
Amizades são feitas pelas pelas afeições e pela história vivida juntos.
Isso não dá para desfazer.

quarta-feira, 15 de outubro de 2014

O Transito de Sampa em 2000.



Assunto: Código Nacional de Trânsito e sua Gestão em São Paulo.
Quem escreve: Ricardo Aleixo – Fiz Engenharia Civil na Escola Politécnica da USP e lá estudei Engenharia de Tráfego.

Ouvi uma entrevista no seu programa, com um especialista em trânsito do Rio de Janeiro, na qual combatia a lei em tramitação no congresso que propões alterações no CNT.
Concordo com a opinião do entrevistado.
O CNT tem que ser “duro” na defesa da  segurança do trânsito.
Mas essa segurança deve começar pela boa gestão do tráfego pelos municípios.
E isso está longe de acontecer aqui na capital.

Nossa política de trânsito está baseada nos seguintes princípios:
1.      Quanto mais multa melhor. Exemplos:
1.1.   Na entrada do Túnel Sebastião Camargo (de quem vem descendo do clube Paineiras) existe uma restrição de velocidade de 50 Km /h, logo em seguida um multômetro (desses eletrônicos) e logo em seguida a velocidade volta a 60 Km /h. Não é o único caso que conheço com essa característica.
1.2.   Na Marginal, a velocidade em alguns pontos cai para 70 km /h. Quem inventou 70 Km/h ao invés dos 80 Km / h deve ser um gênio (de 4 patas). Experimente andar nessas 2 velocidades em um carro razoavelmente moderno (fabricado depois de 1980) e você verá que não há diferença prática na segurança. Deve-se definir padrões claros de limites de velocidade. Sou do tipo 40, 60 e 80 etc. Daqui a pouco vai haver 32,46 Km / h em um trecho de 98m da marginal. E é claro um multômetro justamente aí.
1.3.   No cruzamento da Pompéia com a Francisco Matarazzo, devido a uma confusão que os gênios do trânsito fizeram, é normal o tráfego parar extemporaneamente, sem aviso, e deixar um ou outro motorista no papel de palhaço na zona de cruzamento. Aí vem um guarda e multa-o. O guarda deveria estar ali para avisar os motoristas, inibir sua entrada no cruzamento, e não multar. Multar não melhora o trânsito, melhora a arrecadação.
2.      Inibir o trânsito de veículos em ruas onde o interesse particular prevalece sobre o coletivo. Sabe quais... ruas bloqueadas gratuitamente para não serem usadas. Veja a lógica: o tráfego se comporta como um fluido que deve traspassar um meio. Se obrigarmos que o tráfego somente se dê em vias principais, iremos diminuir em muito o fluxo do fluido, causando: a) baixa velocidade e b) congestionamento. Não lhe parecem palavras familiares? Trocando em miúdos, se entupirmos as artérias vamos provocar um enfarto. São Paulo está enfartando!!!
3.      Colocar no planejamento e na administração, orientação e policiamento do tráfego pessoas inabilitadas para essa finalidade.
3.1.   No planejamento temos técnicos na engenharia de tráfego que parecem migrados diretamente dos campos de extermínio em massa da 2a. Guerra! Criam disparates do tipo conversão à esquerda em vias de alto movimento e velocidade. Naquela pista de mais alta velocidade tem uma conversão à esquerda e um pobre coitado parado. Sujeitando-se a tomar uma por traz de perder a vida. É perigoso ou só eu acho isso? E não venham com a desculpa que não tem como fazer diferente... desculpas do tipo  “sabe o traçado urbano não permite”... Bobagens!!! A gestão da coisa pública não pode aceitar essa atitude. a vida humana deve ser a primeira prioridade na política de gestão pública. Hoje não é!!!
Pior ainda é o fato de se ter que dividir o tempo de operação dos semáforos entre 3 fases ao invés de 2. Será que disseram para eles que 1/3 é menor que 1/2?
3.2.   Sobre a gerência do tráfego nas vias deve-se considerar o quem é quem. O quadro atual é mais ou menos o  seguinte:
3.2.1.     Todos podem multar: quando eu era pequeno para multar tinha que ter poder de polícia, agora tem mocinha azul, homenzinhos marrons, flash’s multicoloridos, quadradinhos pretinhos no asfalto, espiões da CIA, Interpol, FBI, e sei lá quem mais a nos multar.
3.2.2.     Ninguém precisa orientar. Pergunto quem já viu, nas ruas, alguém ligado ao trânsito dando uma orientação de bom senso? Daquelas “eu poderia multar, mas se orientar é melhor para o trânsito”. Eu nunca vi!
4.      Abandonar o transporte público ao Deus dará.
Sabe, transporte de massa não é tão complicado. É outra cadeira do curso de engenharia que fiz.
Tem que haver uma hierarquia nas soluções. Temos que usar o exemplo das arvores:
4.1.   Grandes troncos, para altos volumes == Metro,
4.2.   Pequenos troncos, para médios volumes == Pre-Metrô, Corredores de Ônibus Elétricos,
4.3.   Galhos, para captação da população levando-os (de forma integrada) até algum tronco = Ônibus para maiores volumes, e lotações para os menores.
Mas aqui não tem ordem.
Para o metrô e corredores nunca temos verba.
Os ônibus e peruas vão do centro até a periferia. Geram um tráfego desnecessário.
O transporte público é a) de má qualidade, b) muito caro e c) escasso.
É mais barato pegar uma Brasília amarela de rodas gaúchas, juntar mais 3 colegas, e gastar uns R$ 5,00 para rodar uns 30 Km ao invés de gastar R$ 10,00 (se fossem pegar um único ônibus para ir e outro para voltar).
E não venham com a história da gasolina estar barata. Não tá, é a mais cara do mundo.
O que não temos é política de transporte público. Compare São Paulo com Curitiba.
São somente alguns exemplos.
Sabe, nasci aqui a quase 50 anos. Gostava de São Paulo. Não gosto mais.
Estou indo para o interior.
O mais gozado é que para onde vou estou batendo com um monte de paulistanos.
Já que as reformas agrárias, eleitoral, fiscal e outras tão necessárias não vem, estamos criando uma reforma diferente. Estamos reformando uma casa no interior  e abandonando Sampa.
Esta cidade só nos mostra o lado ruim das pessoas. Para onde vou, vemos o lado bom. Aqui todo mundo quer entrar na frente – egoísmo. Lá damos passagem um para o outro -  Civilidade.

Adeus!!!

R.Aleixo

PS: bom “day after” a todos...